Merry Christmas
Capítulo em homenagem a Dani W.BEra uma vez uma garota que não acreditava mais em amizade, ela limitou-se em escrever histórias apenas para não perder toda a fé na humanidade, pois sentia que em breve perderia.
Seus olhos castanhos repousavam na tela do computador em uma bela tarde de inverno quando alguém lhe adicionara no MSN, era uma garota, uma sonhadora, seu nome era Danielle.
Fez pouco caso, não queria dar muita intimidade a uma pessoa que não conhecia, mas Danielle parecia persistente e todas as vezes falava com a menina, a menina que tinha o coração duro sentiu-se amolecendo aos poucos até apaixonar-se por Danielle, apaixonar-se pela amizade, pelo companheirismo e pelos risos.
Uma amizade nascera e a menina, bem... Ela cresceu muito desde que conhecera Danielle e com isso a amizade delas crescera muito mais.
Creio que todas ás palavras do mundo seriam poucas para expressar meu afeto e gratidão, você me viu como mestra, como uma ídolo para você quando eu tinha certeza que não servia para nada. Você tinha fé em mim, você me fazia sorrir mesmo em tempos sombrios e eu tenho plena certeza que você me conhece muito mais do que muitas pessoas próximas a mim.
Você é aquela que eu desejo ficar solitária junto, é aquela que eu temo afastar-se de mim, é meu porto seguro...
Eu te amo Dani, amo muito e espero que nossa amizade cresça a cada ano que passe, a cada sopro do vento nórdico, a cada flor que desabroche na primavera.
Que você seja feliz a cada aniversário, que você conquiste o mundo com o seu talento e continue fazendo maravilhas na vida das pessoas. Que você leve a fé aos outros e leve o amor.
Esse capítulo eu dedico a você como presente de aniversario, minha vontade mesmo era mandar uma passagem só de vinda para BH, (ia te roubar para mim) ahohoia. Mas como ainda não posso te dou um pequeno e singelo presente, é pequeno, mas é de coração!
Deixo agora uma frase da Clarice Lispector que sirva para ti durante toda a eternidade.
“A Vida é curta, mas as emoções que podemos deixar, duram uma eternidade” (Clarice Lispector)
TE AMOOOOOOOOOOOOOOOO =)
S2
Feliz Niver \õ/Caios:: DANDAN MINHA BESTTTTTT =) *abraço forte* Feliz idade velha!
Jay:: Erm... Estamos brigados só no capitulo ok? Eu ainda te amo! *Dá uma flor*
Kevin:: FELIZ DIA VELHAAA :D *Abraça forte e começa a pular*
Sirius:: *sorri malicioso e beija demoradamente os lábios de Danielle* O presente eu te dou no fim desse cap ok?
Músicas Inseridas No Cap:
1ª – Hello – Evanescence
Evanescence - Evanesence - Hello
2ª – X&Y – ColdPlay
coldplay - XY
3ª – You Fill My Heart – Jason Walker
Jason Walker - You Fill My Heart
A intensidade na qual a neve caía sobre ás janelas vitrais do imenso e magnânimo Castelo Adhara chegava a ser reconfortante para os olhos castanhos esverdeados de Anne. A neve sempre lhe acalmara de certo modo, o frio sempre acalmava seu coração por muitas vezes comparar-se a ele. Suspirou fundo desgrudando o olhar da paisagem coberta de neve virando-se e caminhando pelo quarto.
Gaya não dissera nenhuma palavra sobre seu envolvimento com Caios Trent e isso parecia lhe torturar ainda mais, afinal, a monarca dos Adhara’s quando permanecia em silêncio era o explicito sinal de perigo e Anne sabia que se a língua ferina de sua mãe não declarasse nada sobre seu envolvimento com um Trent era o absoluto sinal de mal presságio.
Parou frente o espelho da penteadeira tocando com o dedo indicador os lábios vermelhos, o beijo da despedida do dia anterior parecia ainda repousar sobre si. Cerrou os olhos com tal lembrança, estar com Caios era como estar protegida era como se ela pudesse sentir sensações jamais impostas a ela ou a seu irmão, era como ser livre pela primeira vez na vida.
- Anne. – A voz rouca de Nathan ecoava assim que a porta do quarto se abrira.
A morena virou-se lentamente a fim de fitar a face do irmão mais velho, fazendo um leve aceno para que este adentrasse ao recinto.
- Não acha estranho? – Começou o moreno fechando a porta atrás de si caminhando até a irmã que sentara frente à penteadeira apanhando uma escova prateada tratando de escovar os fios negros.
- Estava pensando nisto. – Respondera a garota séria fitando a face severa do irmão pelo espelho.
Nathan andou de um lado para o outro pelo quarto pensativo até sentar-se na cama da irmã caçula e unir as mãos em sinal de preocupação, Anne repousara a escova sobre o móvel e levantara-se caminhando até o irmão sentando-se ao lado do mesmo tocando-lhe o ombro em sinal de apoio.
- Ela sabe Anne. – Murmurou o rapaz. – Ela sabe e se não a enfrentarmos algo vai acontecer.
- Você sabe onde estamos Nathan, esse lugar é controlado por ela e Vega, território inimigo.
- Somos poderosos! – O rapaz esbravejara levantando-se bruscamente.
- Mas somos apenas dois. – Sussurrou a menina fitando os olhos furiosos do irmão. – E não vamos servir de ajuda a Caios e aos outros se formos mortos, Stacy não ficará melhor se te perder.
- Como você...
- É notório que está apaixonado por ela.
- Anne...
- Você uma vez me disse que podemos mudar nosso destino... – Os olhos da menina tornavam-se ternos. – E eu quero mudar.
Nathan limitou-se em sorrir abertamente um sorriso tão bonito que a caçula dos Adhara’s quase não o reconhecera, ambos trocaram olhares singelos, tudo aquilo que estavam passando só servia para uni-los ainda mais, só servia para mostrá-los que não precisavam ser iguais ao clã sombrio do qual pertenciam, eles ainda podiam ser livres.
A mansão Trent não possuía um semblante muito alegre naquela manhã ensolarada, algo que era considerado bastante estranho para os Elfos Domésticos que esperavam por uma festa de boas vindas aos seus “pequenos senhores”. A sala de estar mantinha-se séria, mesmo com as pequenas crianças brincando no centro e Max Potter tocando uma melodia tranqüila ao piano sob olhares vigilantes de Joe, June e Trevor que possuíam semblantes tão ranzinzas que chegava a assustar o pobre amasso de Dalilah.
- Por que nós não podemos entrar lá e participar da conversa? – Rosnara Joe fitando a mãe por cima dos ombros.
Amy Trent suspirou cansada, já era a milésima vez que respondia a mesma pergunta do filho do meio, amaldiçoou-se mentalmente por não ter ido ajudar Suzan e Megan com o almoço enquanto tinha tempo, ficando ao lado de Ashlee fiscalizando os mais novos.
- Eu acho que a Sra. Trent já te respondeu isso Joe... – A voz doce de Lauren ecoava enquanto adentrava a sala segurando uma bandeja com chá depositando a mesma na mesinha de centro.
- Lau-Lau eu te amo por aturar o Kevin, mas sinceramente você já sabe do que eles estão tratando no escritório, sua opinião não é muito válida aqui por isso. – Trevor sorria de canto. – E por Merlim Max! Toque algo mais animado!
- Desculpe. – Max sorria sem graça mudando a melodia para algo mais animado fazendo Trevor girar os olhos categoricamente arrancando risinhos de June.
- Eu acho que vocês deveriam parar de reclamar. – Ashlee falava tediosa servindo-se de chá e indicando um lugar para Lauren sentar-se ao seu lado. – São os mais novos por aqui, nos meus tempos os pirralhos não tinham vez e por isso eu me tornei uma pessoa melhor!
- Mãe você anda péssima em quesito de explicação. – June revirava os olhos.
- Como dizia meu bom e velho pai: Manda quem pode e obedece quem tem juízo. – Amy piscava marota apanhando Dalilah em seu colo.
- Eles vão demorar muito lá dentro mamãe? – Perguntava a loirinha confortando-se no colo.
- Não sei querida, por que?
- Porque eu sinto falta do Caios... – Murmurou a pequenina levantando-se do colo da monarca e dirigindo-se para fora da sala.
Os olhos de Ashlee e Amy nunca tornaram-se tão tristes, assim como os olhos de Lauren, Dalilah ainda não havia superado o ataque ao parque de diversão por isso a cada segundo que falavam que Kevin ou Caios estavam por perto a pequenina queria aproveitar o máximo temendo perde-los em algum momento.
O escritório localizado atrás da sala de estar nunca estivera tão cheio quanto naquele momento, mal se podia notar os vários porta retratos amarrotados nas estantes e os livros espalhados pelo chão de qualquer maneira, talvez o escritório de Carter Trent nunca tivesse recebido tantas pessoas em um só momento. Quatro cadeiras estavam localizadas no centro e ocupadas por quatro jovens, frente a eles estavam os olhares severos seus pais, um olhar que aqueles quatro rapazes só viam quando faziam algo que podia levá-los realmente a Azkaban.
- O Ministério da Magia nos propôs muitas coisas... – Carter falava sério fitando o filho e os outros rapazes. – Por isso estamos mandando seus irmãos no final do ano letivo para terras trouxas, é perigoso por demais permanecer no mundo bruxo por enquanto. Seus avós se disporão prontamente a cuidar deles...
- Vocês são maiores de idade, ou quase... – Draco começava lançando um olhar sugestivo para Kevin que parecia encantado por demais com os inúmeros bibelôs nas prateleiras do escritório de Carter. – Queremos que decidam se vão permanecer no mundo mágico ou se vão viver como trouxas.
- Agora querem saber nossa opinião? – Zombava Jay. – Não é só a do Caios?
- Não começa Jay. – Harry dizia dentre os dentes.
- Ora, mas é verdade! A opinião dele sempre foi a mais importante não é?
- Você quer calar a boca? – Rosnara Caios levantando-se bruscamente da cadeira assim como Jay, o rosto de cada um a um palmo do outro e os olhares furiosos soltando faíscas.
- Vai começar de novo? – Sirius indagava em tédio. – Vocês vão começar a rolar na pancadaria? Por que se vão me avisem ok?
- Já basta! – Harry interpunha nervoso. – Chega de infantilidade James! É hora de amadurecer!
- É mesmo? – O moreno virava-se bruscamente para o pai assim que Caios tornou-se a se sentar contra vontade. – Pois eu tenho uma resposta para essa proposta ridícula de vocês, EU NÃO VOU ME ESCONDER EM BURACO NENHUM! EU VOU FICAR ONDE EU SEMPRE FIQUEI COM OU SEM MEUS IRMÃOS!
Caios prendera o ar, Jay bufara saindo pela porta do escritório fazendo menção de batê-la, a fúria ainda era visível e pelo que Caios podia sentir a raiva que Jay alimentava não iria acabar tão cedo.
- Sabe esse lance de bater portas anda meio clichê... – Analisava Blake encostado na parede. – Bem, agora que um ponto da reunião foi discutido podemos passar para o próximo?
- A união repentina dos irmãos Adhara a nós. – Draco franzia o cenho. – Pode ser uma armadilha.
- Não é uma armadilha. – Vociferava Caios.
- Como não? Devemos analisar isso direito. – Comentava Blake. – Afinal pelo que Harry nos contou a caçula Adhara estava saindo com Jay, e do nada cessaram as saídas, poderia ser uma analise dela e...
- Ela parou de sair com o Jay por começar a sair comigo. – Rosnara o loiro.
Por um segundo ou menos o silêncio sepulcral instalara-se naquela sala, todos os olhares se prendiam a Caios que sustentava o olhar severo ao de seu pai que parecia faiscar da pura fúria, Carter parecia segurar-se para não voar na garganta do filho mais velho que possuía uma pose tão arrogante quando a dele em seus tempos de escola.
- Eu ‘tô com fome, alguém mais ‘tá com fome? – Kevin interpunha sorrindo amarelo.
- Eu ‘tô! – Sirius levantava a mão como se estivesse em sala de aula.
- Deixem-me a sós com meu filho. – Rosnara Carter perigosamente.
Harry, Blake e Draco trocaram olhares assustados, enquanto Kevin e Sirius apressavam-se para deixar o cômodo. Quando Carter ia aplicar um belo sermão em Caios ninguém apreciava ficar por perto. Como num tufão todos abandonaram a sala, Carter aproximara-se da porta a trancando e lançando um feitiço silenciador no local, o que fez Caios preparar-se sabia que se o silenciador fora lançado era sinal de que a conversa a seguir não seria lá uma das melhores de sua vida.
- Me diga que você não está namorando uma Adhara. – Sussurrou o homem.
- Ok, então eu não digo. – Caios respondia relaxado recebendo um olhar assassino do pai.
- VOCÊ FICOU LOUCO CAIOS? O QUE VOCÊ PENSA TER NA CABEÇA? – Urrara Carter perdendo todo o fio de calma que aparentava ainda restar em si.
- VOCÊ NÃO VAI ME DIZER O QUE FAZER EM RELAÇÃO ÁS GAROTAS QUE EU SAIO PAI! – Urrou o menino de volta levantando-se da cadeira.
- VOCÊ SABE O CAOS QUE ESTÁ O MINISTÉRIO, SABE QUE TEM TUDO HAVER COM OS ADHARA’S E AGORA VOCÊ ESTÁ NAMORANDO UMA ADHARA! VOCÊ QUER COLOCAR TODOS NÓS EM RISCO? O QUE VOCÊ SABE DESSA GAROTA? COMO PODE CONFIAR NELA AO PONTO DE NAMORÁ-LA? COMO PÔDE ARRISCAR TODOS NÓS CAIOS? COMO PODE SER TÃO EGOISTA?
- EGOÍSTA? JAY NÃO CONVERSA COMIGO POR GUARDAR UMA PORRA DE SEGREDO SEU! EU ME ARRISQUEI ESSES MESES INTEIROS, PERDI NOITES DE SONO APENAS PENSANDO NAS SUAS CARTAS, NO SEU BEM ESTAR E O DA MAMÃE E VOCÊ ME CHAMA DE EGOISTA? EGOISTA É VOCÊ QUE SÓ PENSA NA PORRA DA BATALHA E NÃO EM MIM, JOE E DALILAH! EU CONFIO EM ANNE PORQUE EU A AMO!
Os olhos verdes de pai e filho brilhavam como nunca, a respiração acelerada e os punhos cerrados de ambos faziam com que a tensão naquela sala pudesse ser cortada por uma imensa tesoura. Carter cortara o contato visual dando meia volta na escrivaninha de seu escritório fitando uma imensa janela atrás da mesma.
- E ela te ama? – Perguntou roucamente sem fitar o filho.
Caios não respondera, não podia responder algo que não sabia, limitou-se em baixar a cabeça e sentar-se novamente.
- Sabe o que esse relacionamento vai trazer a vida de vocês dois Caios? – Carter indagara ainda sem fitar o primogênito. – Desgraça. Vão caçá-la por estar com você e vão odiá-lo por estar com ela, vocês serão banidos, pois não terão lugar juntos e...
- Mamãe e você também eram de mundos diferentes. – Cortara Caios. – Minha mãe me ensinou a ter fé nas pessoas, ela teve fé em você quando você se tornou um assassino sanguinário, por que eu não posso ter fé na Anne sendo que ela não matou e não fez mal a ninguém?
Carter silenciou-se, seus olhos verdes fumegando em misto de orgulho e medo, virou para o filho que lhe fitava incerto como se lhe perguntasse por que o céu era azul, sorriu levemente, Caios podia ser extremamente parecido consigo em algumas reações, mas a bondade que habitava em seu peito era herança de Amy.
- Daremos uma chance aos Adhara’s. – Carter murmurara. – Mas isso não quer dizer que eu não tenha um pé atrás com eles.
- Obrigado pai. – Caios sorria abertamente como se tirasse um peso imenso de suas costas.
- Agora enquanto ao Potter... – O sorriso sarcástico que sempre habitava nos lábios do patriarca dos Trent em época do Hogwarts voltava radiante. – Parece que é praga de nossa família roubar as mulheres deles...
- Pai... – Caios rolava os olhos.
- Hey, é a segunda mulher que eles perdem para nós! Não sou eu quem diz isso, é a vida!
- Você realmente tem uma mudança de humor assustadora. – Analisava o loiro.
- Anos de convivência com Blake resultam nisso. – O homem piscava maroto. – Agora vamos sair daqui antes que achem que nos matamos.
- Vamos... – Caios sorria caminhando em direção a porta.
- Caios. – Chamava Carter.
- Hum?
- Estou satisfeito em ver o homem que você está se tornando.
O loiro sorria orgulhoso, era a primeira vez que escutava isso de seu pai e por Merlim era a melhor das sensações, girou a chave da porta destrancando a mesma e logo girando a maçaneta, Carter cruzara os braços com o sorriso ainda estampado em sua face, Caios abrira a porta de supetão arregalando em seguida com o belo baque que escutara.
Aos pés do loiro estavam: Sirius, Kevin, Joe, June e Trevor, os cinco sorriam tão inocentemente que Caios só teve tempo de arquear as sobrancelhas em surpresa, entretanto o que lhe causou ainda mais surpresa fora ver Blake aparecer sorridente sacudindo um par de “Orelhas Escuta Tudo” nas mãos ao lado de seu tio Draco, ambos parando imediatamente ao fitarem ás faces surpresas de Caios e Carter.
- Vocês não iriam usar isso para escutar a nossa conversa não é? – Murmurara Carter perigosamente fitando os dois melhores amigo.
- O QUÊÊÊ??? Que calúnia! Como pode pensar isso de nós Cartezito? – Blake sorria abertamente.
- Eu não vou sequer me dar o luxo de responder... – Carter sorria de canto fitando Joe com o canto dos olhos. – Levante-se do chão Joe, não é muito digno um Trent ficar se fazendo de tapete.
O loirinho sorrira para o pai levantando-se agilmente colocando-se ao lado de Caios que bagunçara-lhe os cabelos, Carter atravessara a porta saltando June e Kevin que ainda permaneciam no chão dando uma leve piscadela aos dois melhores amigos, Draco e Blake limitaram-se em dar os ombros e seguirem Carter deixando as crianças para trás.
- E então? Kevin disse que papai ia matar você! – Joe sorria de canto.
- Não matou, matou? – Indagava Caios irônico.
- O que vocês ficaram conversando? – Perguntara Sirius ajudando June a levantar-se do chão.
- Digamos que apenas consegui demonstrar a alguém que eu não sou um babaca egoísta como o Jay pensa. – Caios sorria fracamente. – Vamos para a sala antes que minha mãe apareça e me encha de perguntas...
- Caios. – Kevin segurava o braço do primo o olhando sério. – Dê um tempo ao Jay, talvez o tempo possa cuidar das coisas.
- Só espero que o tempo não nos afaste de vez Kevin.
Sirius trocou olhares sugestivos com o loirinho ao fitar Caios afastando-se, June suspirou tristemente, ver uma amizade de anos acabando daquela forma era por demais desesperador.
A sacada de um dos quartos da imensa mansão Trent era um dos lugares favoritos de Stacy, principalmente naqueles tempos tão difíceis para ela e sua família. Seus olhos agora num castanho intenso fitavam o pequeno lago da propriedade se congelar aos poucos. Bufou impaciente, naquele momento ficar na mansão Trent ou em sua própria mansão não era o mesmo que estar em Hogwarts, era como se pela primeira vez na vida ela não se sentisse mais em casa como se sentia antigamente.
Seus pensamentos pareciam martelar em sua mente a cada milésimo de segundo, ajeitou o grosso casado de pele marrom que trajava esfregando ás mãos uma na outra a fim de mantê-las aquecidas, só de pensar em Nathan naquele castelo do horror lhe dava arrepios e o desejo de saber se ele estava bem ou não lhe corroia o peito de modo avassalador.
- Vai pegar uma pneumonia se ficar aí... – Uma voz amena ecoava-lhe pelas costas.
Stacy sorrira de canto virando-se lentamente, Jay estava parado atrás de si encostado na parede da sacada, os braços cruzados na altura do peito e a face virada em direção ao lado assim como ela, era a primeira vez que o moreno tentava algum tipo de aproximação após um mês.
- Você também. – Retrucou fitando-o nos olhos.
- É eu sei... – O moreno sorria fracamente a encarando. – Como... Como você vai?
- Bem, na verdade ando sentindo sua falta, mas acho que isso não seria novidade para você não é mesmo?
- É, eu sei como eu sou irresistivel.
- Eu estou falando sério. – Stacy franzia o cenho. – Jay... Você...
- Se lembra quando éramos pequenos Stacy? – Cortou o moreno caminhando até a amiga colocando-se ao lado da mesma, Stacy calara-se imediatamente a fim de ver onde Jay queria chegar com aquilo. – Nós acreditávamos que teríamos uma vida normal, que um dia Caios apaixonar-se-ia por você e eu seria o padrinho do casamento...
- Jay...
- A verdade é que acreditar no pra sempre é sempre ver que o pra sempre acaba.
- Não é bem assim, eu ainda tenho certeza de que você e Caios...
- Eu conversei com meu pai, após a formatura eu vou para o treinamento intensivo de inomináveis.
- O que? – Os olhinhos castanhos mudavam-se para um azul sombrio revelando a tal surpresa da metamorfomaga.
Jay sorriu tristemente, naqueles tempos em que estavam sabiam que tudo que sua melhor amiga não aprovaria era ele tornar-se um inominável, aproximou-se lentamente da loira a cercando pelos braços e dando-lhe um abraço reconfortante.
- Não faz isso Jay... – Murmurou a menina com os olhos imersos em lágrimas. – Eu não posso te perder e...
- Vai ser só por três anos. – Cortou o moreno. – Vou para a Bulgária e depois eu...
- Você sabe o tempo que estamos! Não é mais como antigamente!
- Por isso eu creio que precisam mais de mim...
- Você... Você não...
- Stacy, escuta... – Os olhos azuis esverdeados do moreno fitavam severos os olhos avermelhados por conta do choro da melhor amiga. – Você é minha melhor amiga, talvez a única... Você ficou bem sem mim nesse mês, você sempre foi forte e eu sei que vai continuar sendo...
- Mas e você e o Caios e...
- Eu sempre tive Caios como um apoio, assim como eu sempre tive você. Eu sempre dependi de vocês dois e pela primeira vez na vida eu tenho que aprender a não depender de ninguém...
- Você vai me escrever todos os dias? – Fungou a menina.
- Se você quiser.
- Eu vou sentir sua falta.
- Eu sei que vai... – Jay sorria ternamente. – Mas eu acho que você vai ficar em boas mãos, o Adhara vai cuidar bem de você.
- Nathan? Mas...
- Eu te conheço melhor do que qualquer um Stacy, Kevin não percebeu ainda porque é um debilóide!
A loira limitou-se em sorrir abertamente, Jay abrira novamente os braços a envolvendo em um abraço, tudo parecia tão irreal naqueles tempos, tão insólito e inconstante. Stacy reconfortou-se nos braços de Jay, o que estaria para acontecer a seguir? O que seria dela e dos outros? Existiria um futuro para eles ou seria uma mera ilusão?
A neve começara a cair de modo avassalador, a ventania conseguia arrancar os galhos das árvores de toda a propriedade do Castelo Adhara assim como o céu que aparentemente estava tão furioso quanto aquele clima tão gélido.
Os elfos domésticos corriam de um lado para o outro por todo o castelo, enquanto o olhar frio e sombrio de Gaya Adhara sustentava sobre a pose imponente de Apus Vega, ambos permaneciam em silêncio, entretanto o silêncio parecia falar muito mais.
Nathan andava sorrateiramente pelos corredores do castelo, a anos havia aprendido a se comportar daquela forma felina, era um modo de se proteger dos treinos de seu pai quando era uma criança e atualmente um modo de esconder-se de uma das milhões de regras de sua mãe.
- E então minha cara Gaya? Permanecerá em silêncio? – A voz de Vega ecoara sarcástica.
Nathan parara de andar imediatamente ao ouvir aquela voz, desde quando Vega ficava praticamente vinte e quatro horas em sua casa? Seus olhos negros brilharam em fúria voltando dois passos para trás espiando pela fresta da porta do gabinete de sua mãe, sabia que se fosse descoberto ás conseqüências seriam drásticas.
Gaya repousara o copo de whisky em cima de uma mesinha de madeira de cerejeira, os olhos verdes pareciam desafiar Vega a cada segundo e uma sensação de puro desconforto instalara-se naquele ambiente pesado.
- Ela não está pronta. – Respondera a monarca simplesmente.
- Não está pronta? – Apus dava um sorriso nervoso. – Creio que ainda não entendeu a gravidade da situação minha cara...
- Eu entendo muito bem a gravidade da situação Apus, entendo tanto que sei que não lhe devo satisfações.
- MAS DEVE A ELE! – Urrara o homem nervoso.
Nathan franzira o cenho, sua mãe estava desafiando Apus Vega? Logo ela que sempre lhe parecera tão subordinada. Controlou sua respiração que começara a ficar ainda mais pesada, não poderia ser descoberto justo naquele momento.
- O trato era que Nathan fosse o primeiro a ingressar no Clã. – A mulher respondera friamente.
- Ela é a peça chave e você sabe disso Gaya, Nathan será útil, mas ele não está tão interessado em seu primogênito quanto está interessado em Anne.
- Por causa da maldição eu suponho? – A ruiva dava uma risada seca. – Apus, Apus, Apus, acha mesmo que essa maldição pode alterar algo em Anne?
- Veremos isso quando ela subir ao altar comigo. – Rosnara Vega perigosamente.
- Ela irá subir ao altar quando estiver pronta.
- Escute bem Gaya, escute de uma vez por todas! Ele pode ter subido seu posto, mas EU ainda sou seu superior! – A varinha de Apus erguia-se colando no meio do peito da mulher que demonstrara pura indiferença. – Não me faça lembra-la disso de um modo desconfortável.
Apus afastar-se bruscamente, Gaya apenas sorrira desdenhosa apanhando o copo e o levando aos lábios mais uma vez, dando um imenso gole em seu whisky quase terminado. Apus caminhara em direção à lareira parando apenas para encarar a ruiva por cima dos ombros.
- Venho para o jantar. – Declarou antes de desaparecer em meio ao fogo da lareira.
Nathan arregalara os olhos, era a primeira vez que via alguém entrar diretamente no fogo, sua respiração descontrolara e ele notara os olhos de sua mãe voltarem-se para a porta, retomou a postura levando a mão a porta dando leves batidas. Gaya sorriu de canto de modo superior declarando em sonoro som para que adentrasse.
O moreno adentrou a sala de maneira garbosa, sob o olhar vigilante da mãe. Caminhou lentamente até a monarca a encarando de maneira mordaz, Gaya apenas bebeu o resto do whisky em seu copo fazendo um leve aceno com a mão direita para que seu primogênito declarasse o que desejava.
- Se continuar bebendo dessa maneira se tornará um alcoólatra. – Comentou o rapaz ardiloso.
- Como se você se importasse. – Retrucou à ruiva. – O que quer Nathan?
- O que esses elfos estão fazendo? Quase fui atropelado por quatro deles! Que raios de balbúrdia é essa?
- Teremos um jantar essa noite, para os Aiko.
- Desde quando você é uma boa anfitriã e dá jantares alheios?
- Desde que me interessa! – Rosnou a mulher. – E desde quando você escuta conversas alheias por trás da porta?
Os olhos negros arregalaram-se, Gaya sorriu com escárnio levantando-se da poltrona rodeando o filho caminhando até um pequeno bar localizado no gabinete servindo-se de mais whisky de fogo.
- Todos nós temos nossos segredinhos Nathan... – A ruiva comentava presunçosa. – E creio que não desejo que você descubra os meus.
- Mas se os seus segredinhos envolvem a mim e a minha irmã, tenha certeza que eu farei questão de descobrir todos eles. – Retrucara o rapaz desafiador dando ás costas a mãe. – Eu não serei um fantoche em suas mãos Gaya.
Gaya sorrira de modo vil, seu filho caminhara para fora do gabinete majestosamente como ela sempre o ensinara. Mesmo que uma situação não lhe favorecesse, jamais poderia deixar o inimigo perceber isto, e naquele momento ela era o maior inimigo de seu próprio filho.
- Veremos se não será. – Sussurrou levando o copo a boca fitando o fogo da lareira.
A ventania aparentava aumentar a cada segundo, Anne mantinha o olhar frio e distante enquanto observava sua aparência no belo espelho da penteadeira de seu quarto, aparentemente tudo estava calmo demais e isso lhe incomodava, principalmente com o fato de sua mãe ter trancado um dos quartos do castelo e convidado a família de Takana para um jantar, aquilo não era do feitio de Gaya o que lhe fazia crer ainda mais no mal presságio.
Apanhou em cima da penteadeira um pequeno pergaminho caminhando em seguida em direção a uma gaiola de ouro colocada ao lado de seu armário onde uma bela coruja parda de olhos verdes intensos repousava, a coruja agitara-se ao fitar a garota o que fez Anne murmurar palavras doces ao belo animal que logo tratara-se de se acalmar.
- Preciso de um favor Cygnus... – Sussurrou a menina abrindo a gaiola e estendo o braço para que a coruja subisse no mesmo. – Preciso que leve algo a Caios Trent para mim.
A coruja soltara um pio em confirmação, Anne lançou um olhar triste para a ventania e a nevasca do lado de fora, sabia que a tarefa de sua coruja não seria fácil, mas teria de arriscar, algo lhe dizia que Caios precisava estar ciente do que ocorria em sua casa por isso tratou de escrever um bilhete cheio de códigos e assinar como Srta.A, com esperança de que o astuto sonserino entendesse suas palavras.
Cygnus piou mais uma vez o que fez a morena sorrir levemente e acariciar sua formosa plumagem amarrando em sua patinha o pequeno bilhete. Caminhou lentamente em direção a janela vitral abrindo-a com cuidado, o vento chicoteara ás cortinas de veludo o que fez a coruja lhe lançar um olhar amedrontado.
- Você consegue... – Sussurrou baixinho depositando um beijo no bico da ave.
A coruja balançou a cabeça afirmativamente logo saltando do braço de sua mestra voando para fora do cômodo e desaparecendo em meio a névoa que cercava o castelo, Anne sentira um leve aperto no coração, mas sabia que Cygnus conseguiria atingir seu objetivo, ás corujas da família Adhara haviam sido treinadas especificamente para aquele tipo de missão tão surreal.
- Anne. – Uma voz aveludada ressoara no aposento.
A morena prendera a respiração fechando a janela com força, rezava internamente para que a dona da voz não tivesse a visto enviando sua própria coruja, virou-se lentamente fitando os olhos puxados e a pose elegante de Takana que estava inteiramente trajada com um vestido oriental vermelho muito bonito.
- Takana. – Respondera de modo amargo.
- Não creio que vamos continuar com tratamentos tão supérfluos, ou será que vamos?
- Tenho mais com o que me preocupar do que com tratamentos em minha residência Takana. – Resmungou a morena apanhando um colar de ônix em cima da penteadeira o colocando agilmente no pescoço alvo.
- O colar das sombras... – Murmurou a oriental. – Quanto tempo não a vejo usa-lo.
- Medidas extremas esperam atitudes desesperadas. – Retrucou Anne com um sorriso garboso.
Takana arqueara uma sobrancelha em curiosidade, desde quando Anne Adhara possuía uma língua tão afiada? Antes que pudesse lhe falar algo ou agir de alguma maneira, Anne passara por si cheia de classe, a oriental apenas suspirou de maneira cansada observando o quarto agora vazio da ex melhor amiga, seus olhos parando sob a gaiola vazia de Cygnus, sorriu fracamente olhando por cima dos ombros vendo Anne desaparecer no corredor.
- Talvez ainda haja esperança. – Sussurrou logo saindo do cômodo fechando a porta atrás de si, aquele jantar prometia.
Girou os calcanhares caminhando pelo extenso corredor do castelo, os quadros lhe seguiam com olhares de admiração, ela era uma sangue puro de família influente e uma das meninas de ouro de Apus Vega, fora treinada ao lado de Anne, Nathan e outras crianças apenas para atingir o nível de perfeição. Por mais que seu sobrenome significasse “amor” ela não conseguia sentir aquilo, era racional por demais para pensar em sentimentalismo e naquela noite, naquela noite onde o vento estava tão violento ela iria concluir mais uma missão racional, uma missão que ela saberia que arruinaria uma vida.
- Takana. – A voz obscura de Gaya ecoava pelo corredor.
A japonesa parara de andar imediatamente para fitar os olhos verdes da mulher, Gaya Adhara era muito mais astuta e vil do que comentavam, ela podia ser incrivelmente cruel também.
- Senhora... – A oriental se curvava em sinal de subordinação e respeito.
- Creio que o plano vem seguindo-se como desejamos não é?
- Sua filha acabou de descer para a sala.
- Bom, exatamente como planejamos. – O sorriso malévolo repousava nos lábios finos avermelhados. – Apenas quatro gotas na bebida de Nathan.
Takana encarou o pequeno vidrinho com liquido incolor que Gaya entregara-lhe, mais uma vez concedera-lhe uma reverência e guardara nas vestes a pequena poção. Gaya tomara-lhe pelos ombros caminhando lado a lado pelo corredor.
Anne espreitara os olhos ao ver Takana descer as escadarias ao lado de Gaya, o senhor e a senhora Aiko mantinham uma conversa fútil com Apus enquanto Nathan fitava de modo considerado depressivo a neve pela janela da sala de estar.
- Oh, como vai Gaya? – A Sra. Aiko indagava risonha.
- Bem, bem... – Gaya sorria maliciosa. – Creio que o jantar já está servido, poderíamos degustar de uma bela refeição enquanto botamos a conversa em dia.
- Creio que sim... – O Sr. Aiko retribuía o sorriso da anfitriã seguindo-a ao lado da esposa para a sala ao lado.
- Acompanha-me minha pequena? – Apus perguntava galanteador para Anne que limitou-se em se levantar e dispensar o braço que o homem lhe oferecia.
Nathan segurara uma risada ao ver a irmã empinar o pequeno narizinho e sair da sala o que fez a carranca de Apus surgir em um segundo, Takana já havia desaparecido da sala assim como todos. O moreno sorriu fracamente, ele daria de tudo para estar comendo sapos de chocolates ao lado de Stacy ao invés de um jantar triunfal com sua família estranha. Maneou a cabeça negativamente dando ás costas a janela seguindo em direção a sala de estar.
Talvez uma das decorações mais belas já vistas fosse da sala de jantar do castelo. A extensa mesa de madeira nobre acobreada com ás pernas formando belas serpentes. O imenso candelabro de prata e cristal sustentado no centro, ás paredes feitas de marfim com algumas estatuas de bronze e quadros de paisagens amenas. No centro da mesa um imenso arranjo feito de rosas e tulipas vermelhas rodeados por comidas de todos os tipos, os pratos de prata já servidos e o cálice de ametista servido com vinho tinto davam um ar inteiramente convidativo a todo aquele requinte.
- Não vai se sentar Nathan? – Indagou perigosamente Gaya sentada em uma das pontas da mesa indicando um lugar ao lado de Takana.
Anne franziu o cenho ao ver Vega dar um pequeno sorriso, algo estava errado, muito errado. O senhor e a senhora Aiko sentaram-se lado a lado assim como Anne sentara ao lado direito de Gaya, Nathan tratou-se de se sentar ao esquerdo tentando ignorar o olhar que Takana sustentava sobre si.
- Já decidiram a data do casamento? – Apus indagava bebendo um gole de seu vinho.
- Não vamos nos casar. – Rosnara Nathan cortando o pedaço de carne em seu prato.
- Nathan ainda está assustado com a palavra casamento, nada que vá alterar algo no futuro dele e de Takana. – Comentara Gaya de modo tranqüilo.
- Gosto do dia vinte e cinco. – Comentara o Sr. Aiko com um olhar malicioso.
- Eu não gosto de dia nenhum. – Nathan bebia um grande gole de vinho.
O olhar de Anne nunca aparentara tão analítico, notara Takana deslizar algo para dentro de suas vestes, algo que não era um dos talheres da refinada prataria de sua mãe. Seu cenho franzira-se ao ver seu irmão acariciar a têmpora de modo grogue, mal havia começado o jantar e o cálice de Nathan já estava vazio.
- Está tudo bem Nathan querido? – A Sra. Aiko indagava com falsa preocupação.
- Está. – Declarara desgostoso o rapaz.
Apus sorrira para Gaya do outro lado da mesa bebendo tranquilamente seu cálice e comendo tranquilamente aquela fabulosa comida, gesto imitado por Takana e seus pais.
- Nathan pare de comer. – Ordenara Anne recebendo um olhar repreensivo de sua mãe.
- O que? – Indagou o moreno cambaleante. – Eu estou... Meio tonto acho que...
- Takana leve-o para o quarto. – Mandara Gaya.
- Eu o levarei! – Anne levantava-se prontamente.
- Sente-se imediatamente Anne. – Rosnou a monarca.
- O que está havendo? – Indagou Nathan tonto segurando-se na mesa.
- Tire-o daqui Takana. – Mandara uma segunda vez Gaya.
Takana levantou-se ajudando um vacilante Nathan a fazer o mesmo, Anne sacara a varinha apontando para a japonesa, gesto que fizera com que o senhor e a senhora Aiko também sacassem suas varinhas e lhe apontassem.
- Você não pode fazer feitiços fora de Hogwarts Anne... – Apus falava despojado sem alterar com tudo aquilo.
- Não com a minha varinha. – A morena sorrira maldosa acenando a varinha de seu pai em sua mão.
- A varinha de... – Gaya arregalava os olhos.
- De meu pai. – Anne sorria abertamente.
- SAIA DA SALA TAKANA! É UMA ORDEM! – Berrou a monarca sacando a própria varinha.
Takana engoliu em seco lançando um olhar magoado a Anne, logo vendo seus pais lançarem um feitiço em direção a menina que esquivou-se sem muita dificuldade. Aquela era sua missão e por mais que apreciasse Anne ela não poderia falhar. Sustentou Nathan em seus braços saindo o mais rápido que podia da sala de jantar.
- NÃO OUSE! – Urrou Anne ao ver a garota desaparecer pela porta com seu irmão.
- Abaixe a varinha Anne. – Ordenara Gaya.
- O QUE VOCÊS VÃO FAZER COM ELE?
- Seu irmão apenas vai se casar, não é motivo para uma rebelião minha pequena. – Apus limpava os lábios com um guardanapo de pano e levantava-se calmamente sacando a própria varinha.
- Ele não vai fazer nada que vocês queiram! – A garota murmurara perigosamente fazendo uma sombra esverdeada passar pelos seus olhos.
- E o que você vai fazer para impedir? – Desafiava Gaya.
- Derrotar vocês. – Murmurou a menina.
Um show de luzes começara naquela sala de jantar, Anne azarara o candelabro o derrubando sobre a mesa fazendo com que os Aiko’s desviassem da mesma e se protegessem, em seguida a menina saltara por uma das cadeiras acertando um chute em Apus, que segurou-lhe a perna e arremessara o corpo de Anne em uma das Estatuas que quebrara-se na hora.
Anne levantara-se arfante limpando um fio de sangue dos lábios, lançando um feitiço na Sra.Aiko a deixando desacordada, Gaya sorriu de canto, era incrivel o modo no qual Anne lutava, era como uma lince, uma perigosa lince das trevas. A menina já havia congelado o corpo do Sr. Aiko quando voltou a duelar com Apus. Um duelo árduo que Gaya sabia que se fosse outra garota duelando já havia caído, mas não Anne, ela lutava por quem desejava proteger, lutava por Nathan e por não dizer por si mesma.
- Desista Anne... – Falara a monarca seria.
- JAMAIS! – Urrou a menina. – ESTUPE...
- SECTUSEMPRA! – Berrara Apus.
A parede de marfim da sala de jantar não possuía mais seu tom claro, mas um imenso filete vermelho, vermelho sangue.
Takana abrira a porta de um imenso quarto de casal, Nathan ainda aparentava estar meio grogue sem saber onde estava, a oriental o caminhou até a cama coberta por lençóis mulçumanos dourados o deitando na mesma.
- O que está fazendo Takana? – Sussurrou o moreno ao sentir sua blusa negra de botões ser desabotoada enquanto a japonesa sentava-se sobre a suas cochas.
- Você sempre me desejou não foi Nathan? – A garota falara maliciosa beijando o pescoço do moreno. – Desde que éramos pequenos...
- Takana... – Nathan cerrava os olhos, o que diabos estava havendo com ele? Porque simplesmente não a afastava de si?
- Sempre me desejou... – A garota encarava a face do rapaz desabotoando o vestido vermelho que usava.
Nathan abrira os olhos levemente, algo estava errado consigo, ele sentia desejo, sentia que deveria ter aquela mulher para si, sentia que seu corpo não lhe respondia mais e que a imagem do sorriso de Stacy desaparecia a cada segundo de sua mente. Takana despira a parte de cima do vestido revelando seios pequenos e alvos, a oriental sorrira maliciosamente ao ver os olhos de Nathan ficarem ainda mais negros do que o normal e ele agarrar suas cochas invertendo a posição.
Ele estava por cima agora e arrancara o vestido da japonesa numa velocidade e violência quase nunca vista em seus atos sempre pensados. Ele parecia um lobo feroz e faminto, desesperado para abocanhar sua presa. Takana arranhara levemente ás costas do moreno com suas imensas unhas douradas, os lábios de Nathan sugando-lhe o pescoço e descendo para o colo, uma sensação que aquela oriental jamais havia sentido na vida.
- Takana... O que fez comigo? – Sussurrou o moreno tomando os lábios da garota de modo avassalador.
A japonesa não respondera, descera as mãos finas para a calça social do rapaz desabotoando-a lentamente e tocando propositalmente o membro ereto por trás do pano. Nathan grunhia a cada toque o que fazia a garota sentir-se ainda mais poderosa. Baixou a calça do garoto revelando uma rigidez descomunal escondida pelo pano da bela boxer branca. Inverteu a posição ficando sobre o moreno, Nathan era com absoluta certeza o homem mais belo que ela já vira em vida. Passou sedutoramente ás unhas douradas por todo tórax definido do rapaz o que fazia Nathan grunhir de segundo a segundo, ele segurava-a firmemente pelas cochas brincando em hora em hora com sua calcinha negra de renda.
- Eu... Não sei o que fez... – Sussurrou o moreno com dificuldade. – Mas... Eu...
- Shi... Não pensa Nathan... – Murmurou a japonesa.
Ele engoliu em seco, estava difícil se controlar, entretanto a imagem das risadas e dos olhos de Stacy alterando de cor lhe fizeram cerrar os olhos, Stacy... Ele não podia permitir que ela saísse de sua mente, simplesmente não podia.
O sinal do pátio da escola toca de novo
Rain clouds come to play again
Nuvens chuvosas vêm para brincar de novo
Abriu os olhos vagarosamente, havia um peso sobre seu peito, franziu o cenho levantando-se com cuidado deixando que o peso tombasse no travesseiro. Arregalou os olhos categoricamente, não havia sido um pesadelo, aquilo havia sido real e ele sentia-se imundo.
Levantou-se da cama notando sua explicita nudez, sentia nojo de si, nojo do que havia feito. Lançou um olhar indignado para a oriental nua que dormia serenamente naquela cama, ás roupas de ambos estavam espalhadas pelo quarto e Nathan só podia sentir uma imensa ira tomar conta de si.
Ninguém disse que ela não está respirando?
Hello I'm your mind giving you
Olá sou sua mente dando a você
Someone to talk to
Alguém para conversar
Hello
Olá
Abandonou o quarto completamente nu, avançando pelos corredores pouco se importando com os comentários maldosos dos quadros sobre si. Parou frente a uma imensa porta negra adentrando o cômodo resguardado por esta de maneira brutal, parando estupefato ao fitar o corpo coberto de sangue repousando sobre sua cama. Anne possuía uma respiração fraca e seu corpo estava completamente ferido.
- Anne! – Ajoelhou-se ao lado da cama segurando firmemente a mão da garota que abrira os olhos lentamente. – O que fizeram com você...
- Foi o único modo... – Sussurrou a menina. – Roubei a chave da moto do Vega para você...
- Anne...
Se eu sorrir e não acreditar
Soon I know I'll wake from this dream
Eu sei que em breve vai despertar deste sonho
- Você precisa ir... – Sussurrou a morena uma segunda vez. – O colar das sombras, venda-o no mercado negro, vai conseguir um bom dinheiro e...
- Eu não posso ir embora e te deixar nesse estado! – Ás lágrimas banhavam a face do moreno.
- Ficarei pior se você não for... – Um pequeno sorriso brotara nos lábios da menina. – Arrumei suas coisas com magia, está tudo pronto...
- Eu vou, mas... Eu vou voltar ok? E eu...
- Apenas vá Nate... – Anne sorrira mais uma vez suspirando fundo fechando os olhos castanhos esverdeados.
Não tente me consertar, não estou quebrado
Hello I'm the lie living for you so you can hide
Olá, eu sou a mentira vivendo para você para que você possa esconder
Don't cry
Não chore
Nathan acariciou lentamente a face de boneca da irmã caçula, beijou-lhe o topo da cabeça limpando ás lágrimas que he banhavam a sua própria face com amargura. Apanhou a pequena mochila localizada ao chão junto de uma pequena caixinha negra de veludo que ele sabia que repousava a jóia de sua irmã. Engoliu em seco ao virar ás costas sequer olhando uma última vez para aquele cômodo que fora seu quarto.
Desceu ás escadarias do castelo fitando o imenso rombo na porta que ligava a sala de jantar, aproximou-se do lugar espiando e vendo a imensa destruição, sua irmã havia lutado e o pior, havia lutado por ele.
De repente eu sei que não estou dormindo
Hello I'm still here
Olá ainda estou aqui
All that's left of yesterday
Tudo o que restou do passado
Os portões do castelo Adhara fecharam-se assim que uma moto negra o atravessara, o belo rapaz de olhos negros abandonava o lugar que chamara de lar por dezessete anos, graças a sua irmã Nathan iria tentar ser livre pela primeira vez em sua vida.
O Sol nascera esplendorosamente no horizonte, debaixo de várias cobertas era notório o copo alvo de um garoto loiro que possuía as mechas de seu cabelo caindo sobre os olhos cerrados. Kevin nunca apreciara o frio, principalmente pelo fato dele nunca conseguir se aquecer o suficiente.
- KEKEZITINHOOO! – Uma voz divertida ecoava de alguma parte do quarto bagunçado.
O loirinho remechera-se na cama sequer dando o luxo de se levantar, se ele era a preguiça em pessoa em dias quentes ele conseguia ser milhões de vezes pior em dias gelados.
- KEKE!!! – Um espelhinho jogado ao chão emitia o barulho revelando a face desgostosa de Sirius Zabine. – ACORDA SUA MULA DEMENTE!
Kevin muxoxara escondendo a cabeça com o travesseiro, Sirius não estava querendo lhe acordar numa manhã fria estava?
- Ok... Se você não acordar eu vou SOZINHO com o CACAZITINHO para o Beco Diagonal e não te compro presente NENHUM! – Resmungara o moreno.
O loirinho arremessara o travesseiro longe acertando o abajur que caíra do criado mudo quebrando-se em milhões de pedaços, Kevin pulara da cama tendo a perna enrolada por um dos cobertores fazendo com que o tombo que levasse a seguir fizesse Sirius gargalhar como nunca. A técnica do presente, sempre funcionava.
- Não ria Six! – O sonserino fazia bico espiando o espelhinho.
- Como não? Todo ano é a mesma coisa! AHoiHOAIHAOIa.
- Não vejo graça nenhuma! – Muxoxou alisando a parte traseira a fim de aliviar a dor.
- Mas eu vejo! – Sirius piscava maroto. – Arrume-se, mamãe e tia Amy vão nos levar ao beco.
- Por que eu tenho que ir? Mamãe e Stacy nunca vão!
- Elas sempre cuidam da comida e se você ficar ai não vai ter comida alguma para elas cuidarem! Agora arrume-se e mecha essa sua bunda gorda pra casa do Caca!
- MINHA BUNDA NÃO É GORDA, ELA É FOFINHA! SIX? Six? ‘Tá aí? Droga! Me deixou falando sozinho de novo.
Kevin levantara-se com dificuldade do chão, porque todo ano ele caía no lance dos presentes? Espreguiçou-se lentamente fitando um porta retratos em cima de sua escrivaninha, era a primeira vez que Jay não iria com eles fazer compras de natal. Coçou a cabeça de modo preocupado, se tudo continuasse daquele modo era muito provável que os marotos se separassem de vez.
- Kevin? – Uma voz empolgada ecoava atrás da porta.
- Depende, quem é? – Sorriu arteiro encarando a porta fechada.
- Abre logo essa porta! – Lauren falava divertida.
O loirinho caminhara empolgado em direção a porta saltando algum de seus livros e pedaços do abajur quebrado, abrindo a mesma com um sorriso eu tenho trinta e dois dentes na boca e eles brilham no escuro para a namorada que mordia o lábio inferior de um modo maroto.
- O que você aprontou? – Indagou divertido ao ver a face da namorada se contorcer em reprovação.
- Eu nunca apronto! Isso é papel seu!
- Verdade... – O loirinho colocava o dedo no queixo pensativo.
- Preciso de sua ajuda.
- Sério? – Os olhinhos azuis arregalavam-se categoricamente. – O que aconteceu com a Miss Independente?
- Ela saiu de férias! – A morena erguia o queixo pomposamente. – Quero que compre umas coisinhas para mim, sua mãe disse que você vai no beco...
- E por que você também não vai?
- Ora Kevin, alguém tem que ficar e ajudar sua mãe e a Tacy!
- E por que esse alguém tem que ser você?
- Por que eu sou prestativa!
- Desde quando?
- Você quer ficar sem seu presente de natal? – A menina ameaçava dando um beliscão no braço do namorado.
- Autch! Ok! Ok! Desculpe Lau-Lau! Nossa que maneira bruta de me dar bom dia.
- Toma a lista e se eu SONHAR que você a perdeu ou quebrou qualquer item dela eu juro que farei greve de beijos!
- Greve de beijos? Isso é uma injustiça! – Kevin fazia bico arrancando risinhos da namorada que colocou-se nas pontas dos pés e depositara um beijo terno nos lábios do namorado.
- Bom dia. – Ela sorria marota girando os calcanhares desaparecendo no corredor.
Kevin dera um sorriso bobo encostado no vão da porta, se ele soubesse que namorar Lauren Sanders seria a melhor coisa do mundo ele teria começado esse namoro há anos atrás.
Caios estava em pé na varanda de seu quarto, seus olhos verdes descansavam sob um pedaço de pergaminho enquanto sua mão acariciava as plumagens fofas de uma coruja parda que comia avidamente a ração dada pelo loiro. Suspirou aflito, aquele bilhete de Anne além de enigmático demonstrava que ela estava temerosa, amassou o bilhete dentre os dedos, daria tudo para invadir o castelo Adhara e tirar Anne e Nathan de lá.
- Não desceu para o café então me preocupei. – Uma voz carinhosa lhe tocava os ouvidos.
O loiro virou-se lentamente fitando a face angelical de sua mãe. Amy lhe sorria de maneira bondosa enquanto segurava em suas mãos uma bandeja prata cheia de gostosuras para o café da manhã do filho mais velho.
- Não precisava mãe... – Murmurou fitando o sorriso da mulher.
- Ás vezes faz bem mimar os filhos, Dalilah eu posso mimar todos os dias, mas você e Joe são poucas vezes no ano... – Rira-se Amy fazendo sinal para ambos adentrarem o quarto.
Caios seguiu a mãe para dentro com a coruja parda em seu braço, a mulher descasara a bandeja sobre a cama do filho indicando para que ele sentasse e assim tomassem café juntos.
- Uma bela ave... – Analisou fazendo carinho na coruja. – É da menina Adhara não é?
- É... – O loiro baixara os olhos tristonho.
- Alguma noticia? – Perguntou a monarca logo recebendo o pedaço de pergaminho amassado lendo o conteúdo. – Você deve estar preocupado...
- Estou.
- Seu pai disse que não seria fácil, tem certeza que quer insistir nessa relação?
- Absoluta. – Afirmou o loiro com convicção.
- Ótimo, então tome seu café e se apronte, iremos comprar algo bem bonito para ela no Beco.
- Eu preciso ir mesmo? – Choramingou.
- Mas é claro! É uma tradição!
- Enfrentar filas, mulheres loucas se estapeando por presentes, confusões no meio do beco, não vejo isso como uma tradição agradável! – Ironizou o loiro.
- Onde está sua energia marota? – Rira Amy beijando a testa do filho.
- Ficou debaixo das cobertas. – Retrucara Caios piscando para mãe que sorria abandonando o quarto.
Todo ano era sempre assim, mas algo lhe dizia que esse natal não seria tão feliz e animado quanto os outros, por mais que seus pais e tios se esforçassem para isso.
Ás luzes de Natal e o tumulto do beco não eram lá novidade para Caios que segurava Dalilah em seu colo, como também não era novidade Ashlee Zabine e sua mãe pararem em quase todas as vitrines que existiam naquele lugar, nada havia mudado, Sirius discutindo com Kevin e dando-lhe milhares de tapas na cabeça, pessoas pedindo autógrafo de sua mãe e de Ashlee, dentre de outras amenidades. A única coisa que mudara era Jay não estar lá.
Era estranho não ter alguém ao seu lado para reclamar de sua mãe e de Ashlee, não ter alguém que entendesse suas piadas. Kevin e Sirius eram ótimos entretanto não eram Jay e a ausência deste último estava lhe afetando de um modo do qual ele jamais sonharia ser afetado algum dia.
- Caios... – Choramingara Dalie em seu colo.
- Oi? – Sorrira o loiro para a irmã caçula.
- Eu quero... – A loirinha apontara para um imenso amasso de pelúcia em uma das vitrines.
- Já pediu para o Papai Noel?
- Já, mas eu acho que ele nem vai me dar. – A menina fazia bico.
Caios sorrira dando um beijo estalado na bochecha da irmã fazendo um leve aceno para Sirius e Kevin que giraram os olhos e adentraram a loja de brinquedos enquanto Caios distraia a pequena Dalilah com um coral de natal que cantava debaixo de um imenso pinheiro coberto de neve.
- Quando foi que viramos ajudantes de Papai Noel? – Muxoxara Kevin enquanto Sirius pagava o amasso de pelúcia.
- Quando fomos obrigados a isso! – O moreno piscava maroto. – E não reclame! Eu poderia estar trapaceando nesse momento e estou comprando amassos de pelúcia!
- Eu realmente detesto o natal, as únicas coisas boas nele são ás comidas e os presentes!
- Acredite Keke, eu te apóio cem por cento nisso! – Sirius gargalhava ao deixarem à loja de brinquedos. – E então? O que comprou para a Lau-Lau?
- Um prendedor de cabelo de cristal, ela me deu indiretas por duas semanas! – O loirinho girou os olhos. – E até anotou na lista de presentes dela “KEVIN ME COMPRE O PRENDEDOR DE CABELO DE CRISTAL”, Lau-Lau tem que aprender a ser mais suave. E você? Comprou o quê pra Dandan?
- Pena de repetição rápida sem recarga de tinta... – Sirius sorria maroto. – A única coisa que a Dandan ama mais do que meus beijos é o lance jornalístico.
- Sinceramente eu acho que ela ama mais o jornalismo do que você Six! – Ironizava Caios aproximando-se segurando a mão da Dalilah que comia uma imensa barra de chocolate.
- Há! Há! Há! Você me mata de rir Cacazitinho! – Sirius cruzava os braços mal humorado arrancando risadas de Kevin e Caios. – O que você comprou pra sua Adhara?
- Isso... – Caios retirava uma caixinha vermelha de veludo do bolso. – Dalie que escolheu.
- Escolhi sim! – A loirinha sorria abertamente.
Sirius apanhara a caixinha das mãos do amigo abrindo-a e logo maravilhando-se, um belo cordão de ouro de fada com um pingente de cristal que possuía uma imensa constelação dentro da mesma, Kevin abrira a boca categoricamente e antes que pudesse tocar no colar Sirius fechara a caixinha e devolvera para o dono.
- Hey! Eu queria ver! – Resmungou.
- Keke, sempre que você vê algo com ás mãos esse algo não acaba muito feliz! – Sirius falava sarcástico fazendo o loirinho emburrar. – Venhamos e convenhamos Caca, você gastou uma nota nisso daí!
- Dinheiro é para se gastar Six! – Divertia-se o loiro.
- O que é aquela bolinha com nuvens?
- Não é uma bolinha com nuvens sua anta! – Sirius rolava os olhos. – É um cristal universal, é extremamente raro! Ele tem a imitação perfeita de uma constelação dentro de si, só não consegui identificar a constelação.
- É a constelação de Fênix. – Dalilah respondia prontamente orgulhosa de si mesma.
- Fênix representa esperança... – Caios sorria de canto para os amigos.
- Cacazitinho você é tão romântico que merece um abraço! – Kevin abria os braços e sorria largamente.
- Kekezinho se você me abraçar vai perder os braços! – Caios respondia divertido.
- Todo mundo está me magoando hoje! – Emburrava o garoto.
- Eu te abraço Keke! – Dalie sorria gentil abraçando o primo.
- Dalie é a única que me ama por isso vou leva-la para passear na loja de brinquedos!
- E eu vou com eles para garantir a segurança dos objetos quebráveis da loja! – Sirius piscava maroto.
Caios gargalhara, viu sua mãe e Ashlee conversarem animadas frente uma loja de roupas, maneou a cabeça negativamente enfiando as mãos nos bolsos preparado para seguir aqueles dois malucos que ele confiou sua pequenina irmã inocente, mal dera dois passos e já trombara em alguém, franziu o cenho ao ver que a pessoa mantinha o rosto escondido, era raro ver alguém esconder o rosto naquela parte do Beco Diagonal.
- Desculpe-me. – Uma voz rouca ecoara da pessoa.
Reconhecendo a voz imediatamente o loiro segurara firmemente o braço da pessoa fazendo com que o capuz negro da capa caísse e o rosto de Nathan Adhara fosse revelado, os olhos verdes de Caios arregalaram-se assim como os de Nathan que não havia percebido até o momento que havia trombado no companheiro de escola.
- Ca-caios? – O moreno engolira em seco.
- Nathan? O que faz aqui?
- Longa história... – O moreno baixava os olhos.
- Tenho tempo de sobra. – Caios espreitava os olhos.
Nathan abrira a boca para falar quando um imenso barulho ecoara de uma das lojas de brinquedos fazendo com que todos que passassem pela rua parassem imediatamente o que faziam para fitar Sirius, Kevin e Dalilah sendo expulsos da loja.
- Vamos conversar longe dos destruidores? – Sugeria Caios com um leve sorriso.
- Boa idéia. – Nathan sorria de canto ao ver as famosas Amy Trent e Ashlee Zabine aproximando do trio e dando boas broncas.
O loiro e o moreno caminharam por um tempo em silêncio até chegarem em uma praça afastada, esta coberta por neve não possuía sequer nenhuma criança brincando. Caios fora o primeiro a tirar a neve de um dos balanços e sentar-se fitando a face preocupada de Nathan.
- Eu sai de casa.
- Saiu? – Caios franzia o cenho. – E Anne?
- Não veio... – Nathan baixava os olhos. – Eu... Eu me sinto péssimo por deixa-la! Caios, ela... Ela estava ferida, ela lutou por mim e...
- Hey! Calma! Do que você está falando?
- Não sei o que houve ontem, Gaya armou um jantar para Vega e para os Aiko’s, me lembro de Anne começar uma discussão no jantar, ela nunca foi de alterar a voz, eu estava tonto e não me lembro de quase nada apenas de acordar nu na cama com Takana.
- Você transou com a Aiko? – O loiro abrira a boca categoricamente.
- Creio que fui enfeitiçado ou colocaram algo em minha comida... – Nathan murmurara envergonhado. – Quando acordei decidi fazer algo, azarar Gaya, sei lá! Mas quando cheguei em meu quarto Anne estava lá, estava ferida... Ela duelara com Vega e... E arrumara minhas coisas, me disse para ir embora.
Caios engolira em seco levantando-se bruscamente do balanço acertando um belo soco na face de Nathan que cambaleara e caíra sentado na neve fofa, o moreno chorara, chorara como uma criança e Caios caíra sentado na neve, seus olhos esbanjando revolta e decepção, temia por Anne.
- Como pôde deixá-la... – Sussurrou o loiro.
- Eu... Eu... – Gaguejava Nathan.
- Talvez ela não quisesse ir com Nathan naquele momento. – Uma voz suave ecoara atraindo a atenção dos dois sonserinos.
Amy caminhara tranquilamente até ambos ajoelhando-se ao lado de Nathan, a loira retirou um pequeno paninho de dentro das vestes limpando o sangue que escorria do nariz do moreno, Caios mantinha os olhos abaixados como se sua mente trabalhasse como nunca.
- Sra. Trent eu...
- Você saiu de casa Nathan, por isso tem um lugar em minha casa. – A loira falara séria. – Juro que daremos um jeito de resgatar sua irmã também, mas tudo em seu devido tempo.
- Temos que ir lá agora mãe! – Caios levantava-se da neve. – Ela...
- Não podemos fazer nada Caios... – Amy lançava um olhar triste para o filho. – Legalmente Anne Adhara ainda é menor de idade, Gaya é sua mãe.
- Gaya não é lá muito considerada mãe Sra. Trent.
- Eu sei Nathan, mas nesse momento tudo o que podemos fazer é cuidar de você, Caios sempre soube que seu relacionamento com Anne não seria fácil, por isso devemos manter a calma.
- Eu quero ir embora. – Declarara Caios sério.
- Tudo bem... Vamos Nathan, você vem conosco.
- Tem certeza? Eu...
- Faça o que minha mãe manda Nathan. – Caios fitava o amigo de modo sério. – Os socos dela doem mais do que os meus, acredite.
Nathan sorrira de canto ao ver um pequeno sorriso nascer nos lábios de Caios, era como se uma esperança houvesse nascido e por mais que ambos estivessem preocupados com Anne eles não iriam brigar entre si, iriam por fim dar um jeito de resgatá-la.
- Onde estão os outros? – Perguntara Caios.
- Pagando os objetos quebrados por Kevin, graças a Merlim Draco e Suzan mandaram um cheque gordo para as despesas de Kevin no Beco! – Rira Amy olhando para os dois rapazes. – Animem-se meninos, é Natal e podem acontecer milagres.
- Assim espero Sra. Trent, assim espero... – Sussurrou Nathan para si mesmo caminhando atrás da bela mulher.
Era por fim apenas um milagre para salvar Anne daquele lugar infernal.
Nathan olhava ao redor de maneira estupefata, em menos de três horas ele já estava completamente instalado na mansão Trent com direito a um confortável quarto e a toalhas limpas em sua suíte. Sentou-se na cama fofa baixando os olhos, seria eternamente grato pelo que Anne fizera por si, ela deu a maior prova de amor de irmão que ele sequer poderia imaginar que um dia ela lhe daria.
Levou ás mãos à face esfregando-as, o que deveria estar acontecendo com Anne naquele momento? Ainda estaria muito ferida? Conseguiu um bom dinheiro vendendo a moto de Apus e o colar de sua irmã e pensar que só conseguiu aquilo graças a ela, Anne era visivelmente surpreendente.
A porta de seu quarto abrira-se num estrondo, ergueu a face assustado assim que viu uma bela garota de cabelos loiros adentrar correndo em seu quarto e jogar-se sobre si, fazendo-o cair para trás com Stacy beijando-lhe arduamente os lábios, Nathan jamais pensara que ela lhe receberia assim algum dia.
- Você está bem? – Perguntou a menina fitando os olhos negros do rapaz. – Está ferido? Eles te machucaram? Meu pai me contou o que houve!
- Estou bem... – Nathan sorria sem graça desviando os olhos dos da menina sentando-se e fazendo-a sentar em seu colo. – Mas Anne...
- Nós vamos ajuda-la! Meu pai disse que vai estudar tudo sobre os direitos dela e seus também!
- Stacy eu...
- Eu fiquei preocupada. – A garota mordia o lábio inferior. – Eu temi que algo tivesse acontecido com você quando me contaram que você saiu de casa, Nathan eu...
- Eu estou bem... – O moreno sorria fracamente.
Stacy sorriu bonito um sorriso que ela somente dava para ele, sentia-se sujo por ter aquela garota em seus braços, Stacy não o merecia, ele havia a traído na noite anterior. Antes que pudesse falar algo sentiu seus lábios serem novamente capturados pelos lábios aveludados da menina. Beijar Stacy era como estar no céu, era como se ele tivesse a plena certeza de que tudo ficaria bem.
- AI MEU CORAÇÃO! – Um berro ecoara na porta do quarto fazendo com que o casal se separasse imediatamente.
Nathan arqueou ambas as sobrancelhas ao fitar Kevin Malfoy com uma mão no peito arfante parado no vão da porta do quarto, Stacy limitou-se em girar os olhos categoricamente Kevin era tão dramático.
- Eu não posso acreditar! – O loirinho adentrava o recinto. – Minha irmã, minha velha irmã! Com... Com meu novo irmãozinho! POR MERLIM NATEZITO VOCÊ DESENCALHOU A TACY!
- O QUÊ???? – A menina berrava arregalando os olhos. – QUEM É A ENCALHADA AQUI SEU IDIOTA?
- Natezito você é quase um São Jorge matando dragão, no caso você está pegando a Tacy, ahh.. Que seja é a mesma coisa! – Kevin sorria marotamente arrancando gargalhadas de Nathan fazendo Stacy saltar do colo do garoto e começar a perseguir o irmão pelo quarto.
- EU VOU TE MATAR KEVIN!
- HEY! NÃO ME MATE POR DIZER A VERDADE, O NATE É MEU HERÓI!
Antes que a loira alcançasse o irmão Nathan a segurara pela cintura prendendo-a entre seus braços, o que fez Kevin mostrar-lhe a língua e sair correndo do quarto berrando aos sete ventos que Stacy havia desencalhado com um Sonserino descente.
- ARGH! Eu vou matá-lo!
- Pelo menos a reação dele foi melhor do que a que eu esperava... – Nathan sorria de canto virando a garota para si.
- Espero que a do meu pai também seja... – Sussurrara Stacy divertida.
- Espero que seu pai não tenha os seus instintos assassinos... – Brincara o moreno abraçando firmemente a namorada. – Obrigado por ficar ao meu lado.
- Eu vou ficar ao seu lado para todo o sempre Nathan. – Murmurou a menina de volta.
Nathan sentiu uma onda aquecer seu coração, Stacy era a única que conseguia isso, acalmar-lhe em momentos tão complicados.
Sirius engolira em seco pela milésima vez, estava parado frente aquela imensa porta branca a mais de uma hora e ainda não havia criado coragem o bastante para tocar a campainha. Respirou pesado pela milésima vez, se Digo atendesse a porta certamente ele seria expulso dali a pauladas, mas ele ainda tinha que ver Danielle e dar-lhe seu presente da Natal, mesmo que isso lhe causasse alguns hematomas.
- Ok, eu sou um grifinório! Coragem Sirius, coragem! – Falou para si mesmo levando a mão para campainha apertando-a. – Onde diabos eu estava com a cabeça quando vim para cá?
A porta abrira-se lentamente, o que fez a respiração do moreno falhar imediatamente. Danielle abrira a porta com um sorriso imenso trajada com um imenso blusão branco e um short negro, os cabelos loiros despenteados e o sorriso sapeca lhe davam um ar incrivelmente sexy o que fez o garoto tentar mudar os pensamentos antes que o Pitt Bull Digo O’Brian aparecesse para lhe devorar.
- Sirius! – A garota falou empolgada abraçando o namorado fortemente dando-lhe um beijo apaixonado.
- Calma Dandan! – O moreno a afastava espiando por trás da mesma. – Eu sei que você não resiste a mim e ao meu charme, mas eu quero viver muito ainda ok?
- Digo não está se é isso que te preocupa! – Sorriu marota. – Entra! Aqui fora está um gelo.
Como se alguém retirasse uma imensa carga de cima de seus ombros o moreno adentrou sorridente a imensa mansão O’Brian. A casa de Danielle era certamente impecável, ele já havia adentrado ali algumas vezes, mas jamais em época de natal. A imensa árvore de natal enfeitada no centro da sala de estar, as meias dependuradas em cima da lareira e os enfeites natalinos davam um ar juvenil.
Danielle saltou em uma imensa poltrona bege apanhando um coelhinho branco felpudo, o que fez Sirius rolar os olhos, era incrível que era só aquela bola de pêlos aparecer que Danielle esquecia de sua existência.
- Dá para deixar a imitação barata do coelhinho da páscoa de lado e me dar atenção?
- Eu não acredito que você tem ciúmes de um coelhinho fofinho! – A loira sorria debochada colocando o pequeno animal no chão.
- Seus pais não estão em casa? – Desconversava o moreno com ás bochechas levemente coradas.
- Não, digamos que o natal vai ser eu e eu.
- Por que?
- Papai e Digo foram para o treinamento do Ministério e mamãe fará plantão no St.Mungus...
- Por que não me mandou uma coruja, eu poderia ter vindo mais cedo.
- Eu não estava muito disposta a estragar o seu natal...
- Acredite, esse natal iria ser uma droga sem você. – O moreno piscava marotamente jogando uma sacolinha para a loira.
Danielle arqueou uma sobrancelha ao ver Sirius lhe fazer sinal para abrir, sorriu divertida não pensara que iriam trocar presentes tão cedo. Abriu empolgada a sacolinha logo deparando-se com uma pena de repetição rápida se recarga de tinta. Se Sirius soubesse que Danielle iria lhe agarrar de maneira tão apaixonada ao ver a tal pena ele teria lhe dado milhões dela, sorriu maroto quando ela saltara em seu colo e beijara-lhe fervorosamente.
- Eu sempre soube que era mais sexy que um coelho! – Piscou maroto recebendo um tapa no ombro.
- Bobo! – A loira gargalhara.
Sirius a fitara carinhosamente, sentando-se no sofá ao lado da mesma e a puxando para si fazendo um leve cafuné.
- Sirius, como anda ás coisas entre Caios e Jay? – Perguntou a garota.
- Uma droga. – O moreno falara chateado. – É estranho ver que algo que jurávamos que duraria pela eternidade vem acabando...
- Os marotos não vão acabar. – Os olhos de Danielle encaravam seriamente o namorado.
- Coisas vêm acontecendo Dandan, coisas que nem eu e nem você somos capazes de entender direito o porquê.
- Coisas acontecem e isso não quer dizer que vocês irão se separar de vez...
- Dani eu...
- Dê um tempo a tudo Sirius.
- É complicado.
- Se não fosse complicado não seria a vida... – A menina sorriu singelamente.
- Nathan está morando com Caios agora...
- Como?
- Ele saiu de casa, a situação na mansão Trent ‘tá bem esquisita, Kevin consegue quebrar o gelo, mas a verdade é que estamos todos cansados.
- Você não está bem mesmo não é?
O moreno baixara os olhos maneando a cabeça negativamente, Danielle dera um suspiro triste, ver Sirius daquele modo era realmente de matar qualquer um.
- Que tal um jogo? – Sugeriu divertida.
- Um jogo? – O moreno arqueava uma sobrancelha.
- Vamos jogar cinuca!
- Cinuca? – Sirius sorria maliciosamente. – Sabe eu já tive um sonho com você que envolvia cinuca.
- Sério? Que tipo de sonho? – Indagou curiosa.
- Se você souber vai desistir de jogar! – Rira divertido. – E então? Onde fica a mesa?
- Você é um besta mesmo! – Gargalhara a menina. – Nos fundos, mas eu já vou avisando, eu sou realmente boa!
Sirius sorriu malicioso ao ver a garota andando na frente, se Merlim odiava sua namorada ele realmente o amava! Afinal, sonhos maliciosos podem virar realidade não é mesmo?
A noite caíra tão rapidamente que mal podia-se perceber, o natal na mansão Trent começara tranquilamente com as crianças correndo e divertindo-se. Aquilo era o que Caios mais apreciava nas crianças, elas ainda não tinham idéia do que realmente estava acontecendo lá fora, as únicas preocupações que possuíam eram de brincar como nunca e abrir o máximo de presentes que pudessem.
Sentou-se um pouco afastado de todos ao lado do piano de sua mãe, seus olhos repousavam em Dalilah e de como seria o futuro de sua irmãzinha em meio a toda aquela confusão. Sentiu uma mão tocar-lhe os ombros, ergueu os olhos verdes fitando os olhos cansados de seu avô Cold que lhe sorria meigamente.
- Tem um lugar para esse velho se sentar? – Perguntou o homem.
- Sempre há lugar para você vovô! – Caios piscava maroto indicando uma cadeira ao seu lado.
- Olhando Stacy com o bonitão Adhara eu só consigo rir... – Cold comentava. – Anos atrás ela corria atrás de você que nem o Kevin corre atrás de uma barra de chocolate.
- Ás coisas mudam... – Rira Caios.
- Sim, sim... Algumas coisas realmente mudam... Um exemplo disso é Nathan ser o primeiro namorado de Stacy que Draco não quer arrancar ás tripas, Kevin crescendo e assumindo certas responsabilidades e cavalheirismos que jamais sonharíamos em ver... – Cold franzia o cenho apontando para Kevin dando uma flor para Lauren. – Ás coisas podem mudar, mas algo eu sei que nunca muda.
- E o que seria? – Indagou Caios sério.
- A amizade verdadeira.
- Vovô olha...
- Sei que você e Jay estão sem se falar e que ele está tentando suicido na varanda, sei que você já tentou falar com ele, sei que brigaram no campo de quadribol de Hogwarts e sei também que você roubou a namorada dele...
- Eu...
- Mas mesmo com todas essas situações, vocês têm apresso um pelo outro. Ele está lá fora agora congelando enquanto estamos aqui conversando, acha isso justo?
O loiro engolira em seco, seu avô Cold sempre aparentara ser maluco, mas a verdade é que ele era uma das pessoas mais sábias que Caios já chegara a conhecer.
- Oh Tacy! Minha neta amada! – Cold falava empolgado. – Toque algo que preste nesse piano, não agüento mais gritaria de criança!
- Tem certeza que quer que eu toque vovô? – Sorrira a menina. – Não quero deixar Nathan sozinho na companhia do papai.
- Mas que coisa! Eu não vou matar o garoto! – Draco fazia bico.
- Claro que não vai, se matar ele não ganha o presente especial da noite! – Suzan piscava marotamente servindo o prato de Hunter.
- ‘Tá vendo! Com uma ameaça dessas eu não encostaria em nenhum fio de cabelo do Nathan aqui!
- Eu estou seguro Stacy... – Nathan sorria de canto. – Pelo menos eu acho.
- Eu sinceramente não acho! – A loira sorria de canto abraçando o namorado. – Além do mais Max ensaiou uma música, ele poderia tocar!
- Eu? – O ruivo arregalava os olhos.
- Mostre que o talento está no sangue filho! – Megan bagunçava os cabelos ruivos do menino que sorria abertamente.
- Aproveite a música e vai passear lá fora Caios... – Sussurrara Cold. – Ninguém vai sentir sua falta, eu te garanto.
Caios sorriu de lado, Max já estava aposto ao piano. O loiro levantou-se da cadeira abandonando a sala, seu avô tinha razão, por mais que ele e Jay tinham brigado ele ainda tinha apresso por ele.
Tentando muito falar
And fighting with my weak hand
E lutando com a minha mão fraca
Driven to distraction
Levado à distração
So part of the plan
É tudo parte do plano.
- Jay... – O loiro murmurara ao chegar à varanda da mansão.
Os olhos azuis esverdeados viraram-se para si em surpresa, Jay endureceu o maxilar o que fez Caios aproximar-se vagarosamente.
Quando algo está quebrado
And you try to fix it
E você tenta consertar
Trying to repair it
Tentando reparar
Any way you can
De qualquer forma que conseguir
- Eu a amo, e eu amo nossa amizade também. Eu sinto muito ter mentido e...
- Eu vou embora Caios. – Jay falara sério virando-se de costas para o loiro.
- Você o quê?
- Após a formatura, eu vou para a Bulgária.
- Jay...
- Me contaram que ela se machucou, se a ama mesmo o que ainda faz aqui que não foi atrás dela? – O moreno fitava o lago congelado.
- Eu...
- Vai atrás dela.
Eu mergulho no fim profundo
You become my best friend
Você se torna minha melhor amiga
I wanna love you but I don't know if I can
Eu quero te amar, mas não sei se consigo.
- Eu vou, mas você pode ir para o Japão que eu também irei atrás de você. Eu não vou desistir da nossa amizade tão fácil Jay.
- Eu sei que não... – O moreno dava um sorriso triste. – Por isso estou mandando você ir atrás dela primeiro.
Caios sorrira levemente, entendia o que Jay queria dizer com aquelas palavras, Jay precisava de um tempo, precisava colocar ás idéias no lugar e Anne, bem, Anne naquele momento precisava de si ela não precisava de um tempo.
Eu sei que algo está quebrado
and I'm trying to fix it
Eu estou tentando corrigir isso
Trying to repair it anyway I can
Tentando reparar de alguma maneira, eu posso
Antes que Jay virasse para fita-lo novamente, Caios já havia desaparecido, Jay limitou-se em dar um sorriso triste e adentrar para a casa. Havia pelo menos feito um milagre de natal. Assim que adentrou a sala notou seu irmão tocando uma música no piano, uma música que falava mais do que ele poderia falar. Cold lhe sorriu amigavelmente, o que fez Jay lhe dar um aceno positivo de cabeça e sentar-se ao lado de Kevin e Lauren que degustavam um dos milhares de quitutes feitos por Stacy e Suzan.
- Está tudo bem cara? – Indagara Kevin.
- Vai ficar. – Jay sorria fracamente.
Eu e você estamos boiando num maremoto juntos
You and me are drifting into outer space... and singing
Eu e você estamos sendo levados para o espaço sideral e cantando
Um chevete impala conversível negro estacionara frente aos portões de ferro do castelo Adhara, uma bela garota que encontrava-se nos jardins trajada com roupas de veludo negra arregalou os orbes castanhos esverdeados ao ver o farol iluminar um belo rapaz loiro que havia descido do carro.
Os olhos de Anne lacrimejaram e ela só teve tempo de correr em direção ao portão e abri-lo, Caios abrira os braços a tempo de abraçar o corpo esguio da garota e sentir o cheiro de jasmim que emanava de seus cabelos. Graças a Merlim ela estava bem.
Eu e você estamos boiando num maremoto juntos
You and me are drifting into outer space... and singing
Eu e você estamos sendo levados para o espaço sideral e cantando
- O que faz aqui? – Perguntara a menina com uma voz rouca.
- Salvando você. – Sussurrou o garoto acariciando a face de boneca analisando alguns ferimentos na bochecha da mesma.
Anne lançou um olhar em direção ao castelo, um frio corroeu-lhe a espinha, Caios apenas a puxou para si colando a testa na da garota.
- Confia em mim Anne.
Eu e você estamos boiando num maremoto juntos
You and me are drifting into outer space... and singing
Eu e você estamos sendo levados para o espaço sideral e cantando
- Vamos embora daqui. – Murmurou a menina.
O carro negro decolara vôo desaparecendo em meio da névoa, Caios segurara firmemente a mão de Anne que estava enlaçada em seu próprio colo. Trocaram sorrisos confidentes, tudo iria começar a ficar bem.
Lauren olhara ao seu redor, certamente o terraço da mansão dava uma vista perfeita de toda a propriedade, Kevin abraçou-lhe por trás enquanto observavam a bela paisagem, era momentos como aquele que faziam Lauren crer que haveria ainda esperança no mundo, momentos tão pequenos e tão especiais que alimentavam a esperança e o desejo pela vida.
- Eu vou me casar com você... – Sussurrara Kevin.
- Vai? – Rira a menina.
- Vou, assim que terminarmos Hogwarts.
- Você sequer perguntou se eu quero.
- Eu sei que você quer, não preciso perguntar! – Zombava Kevin divertido. – Como eu sei que o Sirius agora deve estar pedindo a Dandan em casamento também.
- Como você pode ter certeza disso?
- Eu tenho muitas certezas... – O loirinho piscava maroto.
A morena apenas rira da situação voltando a encarar a paisagem, tudo aquilo seria ainda mais perfeito se ela tivesse seu pai e seu irmão também ao seu lado.
O corpo esguio, nu e delicado de Danielle O’Brian repousava no felpudo tapete da sala de jogos frente à lareira acesa. A loira observava a face serena de Sirius enquanto este adormecia, sua respiração fazendo seu peito descer e subir tranquilamente. Sorriu levemente, jamais pensara que aquilo iria acontecer, mas fora o melhor acontecimento de toda a sua vida.
FlashBack
- Pare de roubar Sirius! – Resmungara a loira divertida ao ver o namorado acertando todas as bolas nos buracos da mesa de cinuca.
- Eu não roubo! – O moreno fazia bico.
- Apenas vira o jogo ao seu favor, ok! Ok! Mude de desculpa.
- Você está é com inveja do meu talento para todos os jogos...
- Eu estou desejando é que você pare de trapacear! – Gargalhara a garota dando um tapa no braço do namorado.
Sirius sorrira galante puxando o braço da namorada e colando-a ao seu corpo, um sorriso malicioso brincando em seus lábios enquanto Danielle apenas o observava curiosa.
- Você não me amaria tanto se eu não fosse um trapaceiro.
- Quem disse que eu te amo? – Zombou a menina.
- Eu disse.
- E como pôde acreditar, eu poderia mentir sabe?
- Você não mentiria para mim... – Riu o moreno beijando a bochecha da namorada logo sussurrando roucamente no ouvido da mesma. – Não se preocupe eu também amo você.
O moreno afastou-se marotamente, Danielle o olhara desafiadora puxando-o pela gola da camisa, Sirius queria provocar? Bem, ela iria demonstrar que também sabia jogar tal jogo. Beijou-lhe o pescoço com avidez o que fez o moreno sorrir abertamente, aquilo sim era bem melhor do que seu sonho.
- Não me provoque Danielle, eu venho me controlando a muito tempo... – Sussurrou quando ela afastara-se com um leve sorriso sapeca.
- E quem disse que eu quero que você se controle? – Riu a menina.
Aquilo fora o suficiente, Sirius agarrou-a pela cintura beijando-lhe com fervor os lábios encostando o corpo da garota contra a parede prensando-o com seu próprio corpo, Danielle gemera dentre o beijo, jamais sentira uma sensação tão boa com Sirius quanto naquele momento.
Ele deslizara o dedo pelas cochas firmes e torneadas da menina que apertara os olhos, Sirius abandonara-lhe a boca para beijar-lhe o pescoço e uma parte do colo que aparecia por conta do blusão relaxado, Danielle prendera ás mãos nos cabelos negros do moreno bagunçando-lhes a cada segundo causando arrepios pelo corpo do mesmo.
- Eu amo você... – Sussurrou Sirius subindo a mão para a barriga da menina.
Danielle arqueou o corpo, o contato das mãos ágeis de Sirius com sua pele causavam-lhe sensações de puro êxtase, era como fogo ardendo em toda dimensão de sua pele esbranquiçada, Sirius chupava-lhe o pescoço de maneira ardente o que fazia a garota crer que na manhã seguinte estaria toda marcada.
Ele a puxara para o tapete felpudo branco localizado frente a lareira ligada, Danielle deitara ainda com os lábios capturados pelos lábios do moreno, Sirius deslizou a mão para dentro do blusão novamente, entretanto desta vez parando a mesma no seio farto da menina, Danielle abrira delicadamente os olhos, Sirius possuía a respiração pesada e havia parado o beijo fitando-a nos olhos de uma maneira tão terna que a garota teve a impressão dele ler seus pensamentos.
- Eu... Nunca...
- Eu sei que não. – Cortou o garoto. – Estou me segurando, para ver se você... Tem certeza.
- Eu...
- Eu amo você. – Afirmou Sirius a encarando nos olhos.
- Eu também amo você. – A menina sorriu singela.
- Então vamos com calma. – O moreno retirou a mão do seio da garota a levando até sua face acariciando-a de modo gentil.
Quando eu vi seu rosto
It was like a space,
Foi como um espaço,
In my heart was filled
Em meu coração estava cheio,
It's like i knew It's like i knew
É como se eu soubesse, é como se eu soubesse
From the very start
Desde o início
That you were every other part of
Que lhe foram dados todos os outros aspectos de mim
Sirius beijara a palma da mão de Danielle de modo tão apaixonado que pequenas lágrimas surgiram nos olhos da grifinória. Em seguida ele retirou a própria camisa azul marinho que trajava revelando um corpo definido por conta dos anos de quadribol. As bochechas de Danielle coraram levemente quando ele apanhara uma de suas mãos e as depositaram em seu coração.
- Ele é seu. – Sussurrou o garoto logo beijando-lhe a boca calmamente.
É como eu tenho visto que você amou
From the moment when
A partir do momento em que
Since time began
O tempo começou
You Fill my heart
Você enche meu coração
Uma das mãos de Sirius descera em direção ás cochas da loira acariciando-as lentamente causando arrepios em todo o corpo da mesma, Danielle sorriu levemente quando ele beijara todos os pontos de seu rosto, desde o nariz até a bochecha a fazendo se sentir a mulher mais especial de toda a face da terra.
Oh, meu amor
Why did it take so long to find
Porque demorou tanto tempo para encontrar
Your touch
O seu toque
Hope was never gone
Espero nunca ir embora
Even though it took so long
Mesmo que leve tanto tempo
To find you
Para econtrar você
Danielle retirara a mão de Sirius que pousara em sua nuca a levando para seu coração, os olhos azuis acinzentados do moreno pairaram em cada gesto feito pela bela loira abaixo de si, Danielle sorriu timidamente.
- É seu. – Murmurou.
Sirius a beijou com carinho mais uma vez, Danielle o afastou gentilmente sentando-se no tapete, o moreno a encarou sem entender até que a loira retirasse lentamente o blusão branco o jogando no chão revelando um belo sutiã de renda cor de rosa. Mordeu o lábio inferior envergonhada ao ver os olhos de Sirius pousando sobre si, ele a fitava como se fosse a coisa mais maravilhosa que já havia visto em toda a sua vida.
- Você é perfeita... – Balbuciou o moreno.
É como eu tenho visto que você amou
From the moment when
A partir do momento em que
Since time began
O tempo começou
You Fill my heart
Você enche meu coração
- Eu... – Murmurara a menina sendo interrompida por um beijo avassalador do moreno.
Sirius beijara-lhe com fervor o colo descendo lentamente para os seios da goleira, com agilidade retirou o sutiã que lhe cobria a bela aureola do seio, assim que revelado beijo-o como se sua vida dependesse disso. Danielle arqueara o corpo, o contato da língua de Sirius brincando-lhe com os seus seios era por demais reconfortante, apertava os olhos e tentava abafar os gemidos que saiam de seus lábios a cada mordiscada do moreno.
Sirius descera os beijos pela barriga lisa da loira fazendo um rastro quente de saliva o que fazia Danielle almejar a cada momento estar com ele completamente. Ele puxara delicadamente o pequeno short preto deslizando-o de maneira lenta pelas longas pernas torneadas da menina deixando apenas o pequeno pano da calçinha rendada cor de rosa. Em seguida retirou a própria calça jeans com um movimento lento. Danielle mordera o lábio ao ver a visível excitação do moreno, jamais pensara que poderia deixar um homem naquele estado.
É como eu tenho visto que você amou
From the moment when
A partir do momento em que
Since time began
O tempo começou
You Fill my heart
Você enche meu coração
Danielle prendera a respiração ao ver Sirius retirar a boxer vermelha que trajava revelando sua masculinidade, logo o moreno lhe sorrira meigamente beijando-lhe por dentre as coxas e retirando com delicadeza a fina calçinha de renda. Danielle cerrara os olhos conforme a peça deslizava-lhe pelas pernas torneadas apenas retornando a os abrir quando Sirius colara sua testa a sua.
- Eu posso parar se você quiser... – Sussurrou o moreno.
A loira maneara a cabeça negativamente abrindo lentamente ás pernas permitindo que o membro rígido do rapaz roçasse de leve em si. Sirius prendera a respiração com tal ato beijando-a com um amor que ele sentia que era quase impossível caber-lhe no peito.
- Eu não quero te machucar...
- Você não vai. – Sorriu a loira confiante beijando os lábios do namorado.
É como eu tenho visto que você amou
From the moment when
A partir do momento em que
Since time began
O tempo começou
You Fill my heart
Você enche meu coração
Então Sirius penetrou-a, lentamente e cuidadosamente como se Danielle fosse a coisa mais importante em sua vida e machuca-la significasse sua própria morte. A loira arranhou-lhe levemente a nuca sentindo uma pontada de dor, Sirius beijava-lhe e acariciava-lhe tentando amenizar tudo aquilo. Logo ele estava por completo dentro dela, ambos arfavam e podiam sentir o batimento do coração um do outro, Danielle sorrira abertamente demonstrando que estava tudo bem.
Ele deslizara para fora da menina lentamente logo adentrando, fazendo um jogo de gemidos e prazeres jamais sentidos. Eles estavam fazendo amor, Danielle podia sentir a cada investida de Sirius isso, ele podia sentir todo o amor que ela sentia por ele quando ela contraia-se a cada toque. Os movimentos aceleraram-se e logo o primeiro orgasmo da loira chegara, Sirius sorriu satisfeito ao ver o modo no qual ela mordia os próprios lábios quando chegava ao êxtase e não tardou até ele próprio atingir o próprio, tombando para o lado a puxando para si. Estavam completamente exaustos.
Danielle sorrira com a lembrança, aquele até que não fora o natal solitário que ela pensara que teria e também não havia sido o pior natal que Sirius pensara, viu os olhos dele abrirem-se lentamente e a fitarem de modo carinhoso.
- Dorme... – Murmurou afagando os cabelos da loira.
A menina sorriu bonito confortando-se nos braços do namorado mais uma vez cerrando os olhos e respirando fundo, Sirius sorriu de canto, aquele fora o melhor natal de sua vida.
Já era tarde da noite na mansão Trent, Stacy ajudava sua mãe a juntar os milhares de presentes ganhados por Hunter e Apple que no momento apreciavam o melhor dos sonos no confortável sofá da sala ao lado de Ivvy, Dalilah e Andy. A loira sorrira levemente cobrindo os pequenos com uma manta cedida por Amy que dava algumas ordens aos Elfos Domésticos.
- É incrível como os homens sempre se retiram na hora da arrumação. – Ironizara Megan enquanto fitava Max adormecido sentado em uma cadeira da sala e Trevor e Joe dormindo sobre a mesa de jantar.
- Ou então desmaiam não é mesmo? – Rira Ashlee cutucando Trevor que apenas resmungara coisas inaudíveis para a mãe. – Stacy você pode me fazer um favor?
- Claro Tia Ash. – A loira sorria abertamente vendo-se livre da organização de presentes dos menores.
- Chame Blake para mim, diga que temos que ir embora antes que Trevor manche a toalha de mesa de Amy com sua baba!
Ás mulheres rira do comentário da monarca dos Zabine’s, Stacy apenas consentira com a cabeça dando uma piscadela para a mãe que girara os olhos categoricamente. A loirinha apressou-se em abandonar a sala e seguir em direção ao escritório onde ela tinha absoluta certeza que seu pai, Blake e os outros homens se encontravam.
- Então você sabia do plano contra Roger Sanders? – A voz severa de Harry II ecoava por trás da porta.
Algo que Stacy aprendera sendo uma Malfoy era que por mais que não devesse escutar a conversa alheia seu sangue falaria mais alto e ela acabaria escutando. Parou atrás da porta espiando pela fechadura, podia ver Nathan sentado cabisbaixo ao lado de Harry e Kevin, Carter estava encostado em uma prateleira enquanto Draco e Jay os observavam em silêncio e Blake andava de um lado para o outro.
- Eu sabia que havia um plano... – Falara Nathan encarando os olhos do homem. – Entretanto não sabia de quem se tratava, Roger vivia investigando coisas alheias, entretanto Vega sempre disse que ele lhe seria útil... Takana foi a primeira a saber que ele que seria a vitima, eu só soube depois do homicídio.
Os olhos azuis de Stacy arregalaram-se por trás da fechadura assim como seus olhos encheram-se de lágrimas, Nathan sabia que Roger corria risco e não fizera nada para evitar e isso o tornava um dos maiores responsáveis da morte do pai de uma de suas melhores amigas.
- O que houve no jantar na sua casa ontem? – Indagara desta vez Draco com um tom sério.
- Fugi após transar com Takana eu...
A loira não ouvira mais, tombara o corpo para trás caindo sentada no chão de mármore do corredor, o eco de sua queda ecoara por todo local o que fez a porta do escritório de Carter abrir de supetão e a face estupefata de Nathan fitar os olhos marejados de Stacy.
- Stacy você... – Balbuciou o menino.
- ASSASSINO! – Urrara a loira. – VOCÊ AJUDOU A MATAR O PAI DA LAUREN! VOCÊ É UM ASSASSINO!
- Stacy, não é bem assim... – Draco franzia o cenho aproximando-se.
- ENTÃO ELE NÃO DORMIU COM TAKANA?
Nathan baixara os olhos, Draco fitara o rapaz com peso até encarar novamente a filha que já possuía os olhos ensopados por lágrimas e rancor.
- Fique bem longe de mim. – Murmurou seca virando ás costas e afastando-se dali o mais depressa possível.
Jay maneara a cabeça negativamente ao ver Nathan enfiar a face dentre ás mãos, era a primeira vez que ele via Nathan Adhara em pleno desespero.
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