O Fim



N/A:: Gente, perdão pela demora da postagem do capítulo, e perdão ainda mais por não responder os milhares de comentários lindos que vocês me escreveram =) Mas se eu fosse responder eu não conseguiria postar ainda hoje e com absoluta certeza me matariam! Além do mais estou postando dois capítulos juntos para pedir perdão, no próximo cap eu prometo responder TODOS os comentários ok? Beijos imensos e espero que compreendam.

Kitai Black.

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Capítulo dedicado a Ana Elisa::

É engraçado ver como o mundo dá voltas e você entrou em minha vida de modo tão cálido e apaixonante que hoje temo te perder.
Não nos demos bem no começo, mas creio que foi bom. Bom, pois agora temos uma prova de que mesmo “inimigos” podem tornar-se grandes amigos.
HP nos uniu, ás fanfics e todo o mistério e a magia, e em seu aniversário eu não poderia desejar algo além de magia para você.
A magia nos dá esperança, nos dá força e nos faz acreditar que ainda existiram contos de fadas e eu tentarei te dar um Príncipe Caspian ou um Rei Pedro ok? Ahoiahaoi.
Ana, eu te desejo toda a felicidade do mundo, te desejo toda a paz e todo o amor. Que seus sonhos se realizem e que nossa amizade seja eterna enquanto dure =)

TE ADORO ANINHAAAA!!!!!!

Beijos da Cris

Caios:: PARABÉNNSSS ANINHA *Dá um saco de sapos de chocolate*
Kevin:: FELIZ DIA QUE VOCÊ FICA VELHAA *Dá um saco de sapos de chocolates vazio* Erm... Acabou no caminho :x
Sirius:: *Beijo estalado na bochecha* Melhor presente que você poderia ganhar não acha? :D
Jay:: *Dá um buquê de flores e um beijo demorado na bochecha de Ana* Bem, feliz niver Anitcha, já que estamos solteiros que tal um jantar a dois? *sorriso malicioso*

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Músicas Inseridas No Cap:

By Myself – Linkin Park

 Linkin Park - By Myself





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O Fim



“A moral é apenas uma questão de ponto de vista.”

(João do Rio)



O que pode ser definido como certo? E como errado? Todos nós somos frutos daquilo que vivemos e sentimos, das escolhas que fazemos. Escolher um caminho não é apenas brincar de duni, duni, tê, é direcionar sua vida e arcar com todas ás conseqüências que estarão por vir, é saber que se escolheu errado terá de sucumbir aquilo em que você mais teme.


Ventania, correria, tantas pessoas.


-Para onde vamos papai? – Uma menininha com seus cinco anos de idade, cabelos negros lisos e olhos castanhos esverdeados indagava.
- Você e seu irmão irão aprender hoje, irão aprender que existe o certo, o errado e todo o resto. – Um belo homem corpulento respondia encarando a filha nos olhos, a encarava com uma dor misteriosa, uma dor quase incapaz de esconder.

O Castelo dos Adhara’s


- Nathan... Me ajuda... – Implorava a garotinha agora com sete anos estirada ao chão banhada com seu próprio sangue.

Um garotinho de seus oito anos tentara desvencilhar-se do pai para socorrer a irmã caçula, entretanto fora segurado quase que imediatamente pelos ombros pelo próprio pai.

- Nathan eu já disse que não. – Rosnara o imponente Adônis Adhara fitando o filho com pura reprovação.
- Ela está sofrendo pai! – Esbravejara o menino.
- Ela está se fortalecendo!

Brigas e Desespero


- Eu não os quero indo para Hogwarts! – Gaya Adhara arremessava um copo em direção à parede estraçalhando o mesmo.
- Isso não é uma questão de escolha sua Gaya. – Adônis retrucara calmamente sentado em sua poltrona vermelha perante a lareira degustando um vinho tinto em uma taça de cristal.

Escondida atrás da porta, a bela menininha de oito anos espiava os pais, em sua face de boneca vários arranhões e ferimentos demonstrando o quão havia se machucado nos treinamentos de seu pai mais cedo.

Morte


- Nathan... – A garotinha caminhava lentamente até o irmão sentado abaixo das escadarias do castelo. – Por que a mamãe está chorando?
- Gaya chora a morte de Adônis. – Nathan, com seus dez anos de idade respondera como um homem muito velho enquanto fitava a irmã com um carinho descomunal.
- Papai está morto? – Perguntou a menininha indiferente a situação.
- NUNCA MAIS O CHAME ASSIM ANNE! – Berrara o menino sacudindo a irmã caçula pelos ombros. – Não vê o que ele fez com você? Você é fria, teme tudo que é tipo de sentimento, sua voz soa como...
- Eu tenho o dever de ser assim Nathan.
- VOCÊ SÓ TEM NOVE ANOS DE IDADE! SEU DEVER É SER FELIZ!

Uivo de um lobo, cemitério coberto de neve.


A menininha cresce, seus cabelos longos negros esvoaçam conforme o vento gélido toca em sua face de boneca, agora com dezesseis anos observa atentamente um epitáfio que possui letras douradas e uma foto do rosto imponente de Adônis Adhara, Anne agacha-se lentamente na neve fofa tocando com seus dedos finos ás letras que formam o nome de seu falecido pai.

- Você está apaixonada pelo Trent desde que entrou em Hogwarts. – Uma voz rouca comentava atrás da garota. – Esse é o último ano dele...
- Eu não estou apaixonada Nathan.
- Você prometeu a Adônis que não se apaixonaria, mas esse tipo de coisa é inevitável. – O rapaz corpulento ajoelhava ao lado da irmã. – Se Vega souber que sente algo pelo Trent, a vida dele correrá perigo, e... E eu sinto que não será apenas a vida dele, creio que a sua também.


Correria, passos agitados, uma pessoa imponente


- Eu tive um sonho essa noite Vega... – A bela Anne trajada com um vestido negro de seda falava severa ajoelhada perante ao noivo. – Sinto que o fim do mundo está próximo, há alguém com olhos cor de ouro...
- Você tem uma missão minha pequena... – Apus a cortava sorrindo com escárnio. – Sua missão é muito maior do que você ou qualquer um possa imaginar.


Anos passando depressa, tanto tempo...


Uma mulher com a beleza digna de uma veela, seus cabelos negros esvoaçavam conforme esta galopava sobre um cavalo negro de crinas vermelhas, em uma de suas mãos uma espada feita de ônix e na outra um imenso escudo de prata e ouro. Em seus olhos repousava toda a dor e sofrimento que já sentira.

O galope do cavalo diminuíra até o mesmo parar, a mulher saltara do cavalo encarando quatro belos homens, seus olhos descansaram por um momento ao fitarem um belo homem loiro de aspecto cansado, os olhos esverdeados deste cruzaram-s aos seus e uma sensação de paz atravessara seu corpo como flecha.

- Anne... – O loiro murmurara aproximando-se lentamente da mulher.

A espada da mulher girou em suas mãos e encostou-se no pescoço do homem loiro que sequer piscara sustentando o olhar sobre a bela mulher a sua frente.

- Afaste-se de mim, ou terei de matá-los pessoalmente. – A voz de Anne Adhara soara fria e dolorida.

Os olhos verdes do homem loiro baixaram-se e ele encarou a grama em que pisara, um belo homem moreno aproximou-se como um raio afastando a espada negra do pescoço do loiro com sua própria espada de rubi.

- Por que você está deste lado? Por que está do lado das trevas? POR QUE ANNE? – Urrou o moreno.

Os olhos da bela mulher encheram-se de lágrimas e ela encarou com plena dor o loiro que não ousava a encarar de volta. Engoliu em seco e com pura superioridade encarou os olhos determinados do moreno a sua frente e como se reunisse toda a força que continha, murmurou:

- Por que eu sou a própria trevas.

Sangue derramado


Corpos estirados naquele campo de concentração, sangue por todos os lados, a bela mulher mancava e mal se sustentava sozinha. Seus cabelos e corpo imundos de sangue, suor e sujeira, ajoelhou-se ao lado de um corpo o virando com desespero.

- Não... Você não pode estar morto, não você... – Sussurrou a mulher. – Caios...




Os olhos castanhos esverdeados abriram-se lentamente, o corpo de Anne Adhara encontrava-se suado e suas mãos tão trêmulas quanto sua face pálida. Sentou-se com dificuldade naquele sofá velho da sala comunal da sonserina, deixando por um braço que a envolvia tombar para o lado, virou o rosto pálido em direção ao belo loiro que dormia tranquilamente, voltou o rosto em direção às janelas da sala comunal o sol nascia no horizonte permitindo que seus primeiros raios tocassem cada canto daquela sala sombria, havia sido apenas um pesadelo, Caios ainda estava vivo.




Os olhos azuis esverdeados continham um brilho de pura decepção enquanto fitava o nascer do sol. Sentado sobre as telhas velhas da torre da Grifinória, Jay Potter bebia um gole de uma garrafa de Whisky de Fogo enquanto refletia sobre sua visão da noite anterior, ao seu lado uma carta amassada descansava junto de um imenso selo do Ministério da Magia acompanhada de uma vassoura deteriorada.

Como perdoar? Caios lhe traíra a confiança duas vezes, a primeira em lhe mentir e a segunda em ficar com a sua garota. Não que ele e Anne estivessem namorando, mas Caios tinha plena consciência de seus sentimentos pela sonserina, à verdade é que Caios ter beijado Anne era o que menos lhe doía naquele momento onde tudo lhe parecia insólito e inconstante, o que mais lhe doía verdadeiramente era Caios lhe esconder a verdade do Ministério.

- Jay? – Uma voz feminina aveludada o chamava.

O moreno baixou os olhos engolindo em seco, logo arremessando a garrafa longe apenas escutando esta estraçalhar quando batera em alguma das inúmeras gárgulas do castelo.

Stacy que havia acabado de aproximar-se do amigo arregalou os olhos categoricamente abafando um gritinho de assombro, Jay a encarou em deboche com o canto dos olhos logo retornando sua visão para o Sol que já raiava constantemente a cima do horizonte.

- O que há com você? – Indagou a menina temerosa.
- Humpf... É melhor perguntar o que há com o Trent. – Rosnou o grifinório sem encarar a melhor amiga.
- Vocês... Vocês brigaram?
- Isso não lhe diz respeito Stacy.
- Jay... – A loira franzia o cenho ao ver o amigo levantar-se bruscamente. – Eu nunca vi tanto ódio em seus olhos...
- Então acostume-se! – Urrou o garoto encarando friamente os olhos da metamorfomaga. – Pois é isso que você vai ver de agora em diante. – Completou em murmúrio.

A primogênita dos Malfoy’s não teve sequer oportunidade de uma resposta, Jay apanhara a vassoura e saltara com a mesma da torre, Stacy só teve tempo de vê-lo desaparecer em direção a Floresta Proibida. A noite passada fora repleta de acontecimentos e alguns poderiam mudar muitos destinos.



Dor, muita dor, uma dor quase insuportável de cabeça. Quem foi o filho de uma grande puta que inventou a ressaca? Ah... É, ele mesmo! O Grande Rei das Filhas da Putagem: MERLIM! Seu estômago dava voltas e mais voltas e sua cabeça? Bem... Parecia que haviam espremido seu cérebro até que esse explodisse em milhões de pedaços.

Tinha que abrir os olhos, sabia que tinha, afinal ela não poderia passar um dia de olhos fechados. Murmurou alguns palavrões baixinho enquanto abria lentamente os orbes castanhos, fechando-os bruscamente ao sentir uma imensa claridade invadir-lhe as retinas, Merlim também havia inventado a claridade, ok... Mais um item para se colocar na lista para amaldiçoá-lo.

Mais uma vez tentara abrir os olhos, vagarosamente e cuidadosamente, se ela ficasse cega mandaria um imenso exército acabar com a raça daquele velho desgraçado. Conseguiu! Uma vitória para Danielle O’Brian, sorriu contente logo sentindo uma fisgada na cabeça.

- Merlim filho da puta... – Sussurrou acariciando a têmpora.

Um lapso de memória lhe passou pela mente, sentou-se bruscamente na cama logo arrependendo-se de tal ato ao sentir o enjôo piorar e a tontura tomar conta de si. Apoiou-se na janela ao seu lado, espera aí! Desde quando a sua cama ficava ao lado da janela? Arregalou os olhos olhando a sua volta e encarando sua própria vestimenta que consistia em um imenso blusão que por sinal não era seu.

- Ai meu Merlim, o que foi que eu fiz? – Murmurou perplexa abrindo com força o cortinado vermelho que cercava a cama que habitava.

Olhando a sua volta notou três camas vazias, o dormitório no qual se encontrava estava bagunçado e era visível que não era um dormitório feminino. Mordeu o lábio inferior, o que diabos ela fazia em um dormitório que definitivamente NÃO ERA feminino? Tudo o que se lembrava era de ter beijado Caios, brigado com Sirius e tomado alguns goles de Whisky de Fogo...

- PUTA QUE PARIU! – Gritou em desespero jogando-se novamente na cama e tentando se auto-sufocar com o travesseiro.

A porta do dormitório abrira-se lentamente, enquanto a bela goleira da grifinória se debatia na cama e tentava se sufocar, o moreno bonito que adentrara sorriu de canto, um típico sorriso sacana de Sirius Zabine. Cruzou os braços na altura do peito vendo até quando a sua companheira de time iria agüentar ficar sem ar.

- Danielle... – A chamou com uma voz rouca e divertida.

A garota que se debatia parou imediatamente, Sirius poderia jurar tê-la escutado engolindo em seco, sorriu debochado ao analisar as belas pernas da loira que ficavam bem a vista enquanto ela trajava sua blusa vermelha.

- Danielle... – Chamou novamente dessa vez com mais divertimento.

A loira calmamente retirou o travesseiro da face espiando a pessoa frente à cama, Sirius estava com os cabelos negros molhados e bagunçados, o peitoral e abdômen com várias gotas d’água enquanto em sua cintura estava uma toalha branca felpuda amarrada, o maldito sorriso canalha ainda habitavam seus lábios delineados.

- Vo-você, e-e-eu, nó-nós... – Gaguejava a menina enquanto observava a situação em que se encontrava.
- É, nós fizemos sexo. – afirmava Sirius apoiando-se no dossel com a maior cara lavada.
- NÓS O QUÊ????????????? – Urrou a goleira logo levando ás mãos a cabeça que doera de modo infernal graças ao seu berro.

Sirius gargalhou alto, desencostou-se do dossel caminhando até um armário ao lado de sua cama de onde tirou um pequeno vidrinho com um liquido incolor, voltou-se para a loira que amaldiçoava-se e xingava Merlim de todos os palavrões possíveis e imagináveis sentando-se ao lado dela na cama.

- Dandan... – Riu-se o menino retirando com delicadeza as mãos da goleira dos próprios olhos. – Nós não fizemos sexo ok? Não precisa se amaldiçoar!
- Seu... – A garota o encarava furiosamente logo parando quando ele a beijara com fervor.

Qual era a sensação de beijar Sirius Zabine? Era a melhor do mundo, uma sensação quase que descontrolável de tê-lo cada vez mais perto de si. Sirius logo deitara-se ao lado da loira na cama acariciando-lhe a cintura com os dedos fazendo com que o blusão vermelho subisse e o permitisse acariciar a pele alva e macia por baixo de si, Danielle suspirou dentre o beijo, como ele conseguia fazê-la sentir aqueles tipos de sensações?

Envolveu os braços no pescoço do moreno acariciando-lhe a nuca sentindo os pêlos do mesmo arrepiarem-se com o toque de seus dedos, Sirius não era o único a proporcionar sensações, ela também proporcionava. Senti-o afastar-se lentamente, dando-lhe alguns selinhos antes de desgrudar completamente os lábios dos seus, sorriu galante a encarando nos olhos beijando-lhe a testa e sentando-se novamente na cama.

- Sirius eu... – Balbuciou a loira.
- Toma... – Ele a entregava o vidrinho. – Digamos que isso ajuda a curar a ressaca.
- Eu...
- Dandan, toma logo, temos treino daqui à uma hora e digamos que você está atrasada! – Riu-se o grifinório dirigindo-se ao armário novamente e retirando uma muda de roupas para o treino.
- Será que você pode me explicar o que houve ontem? – Perguntou em tom mandão enquanto bebia a poção.
- Bem, você bebeu demais, eu fiquei com ciúmes, você vomitou e eu te trouxe pra cá. – Explicou o moreno retirando a toalha amarrada na cintura a deixando cair no chão.

A loira quase engasgara com a poção ao ver a parte traseira totalmente nua do grifinório, Sirius a encarou por cima dos ombros dando-lhe uma piscadela sapeca e logo vestindo sua boxer branca.

- Você é louco! – Declarou a menina.
- Se não quer ver, não olhe.
- Ok, ok, ok! – A garota tampava os olhos com ás mãos espiando dentre as frestas dos dedos o moreno terminar de se vestir. – Hã... Obrigada, por cuidar de mim.
- Eu cuido de minhas namoradas sabe? – O moreno retirava ás mãos dela dos olhos revelando-se completamente vestido. – Não que eu já tenha tido uma, mas... Bem, você é minha namorada agora e eu devo cuidar de você.
- EU SOU O QUÊ?
- Dá para parar de drama? – Os olhos cinzas giravam em tédio.
- NÃO É DRAMA, EU SÓ NÃO SOU SUA...
- Danielle... – Sirius espreitava os olhos como um lobo furioso. – Você gosta de mim e eu de você, não vejo motivos para não ficarmos juntos.
- Eu vejo milhares! – Vociferou a menina.
- Diga três!
- Você é um galinha, brinca com ás mulheres e é egocêntrico!
- E você me ama mesmo assim! – Zombou o moreno. – Além do mais, eu não seria um galinha estando com você e jamais brincaria com seus sentimentos já que por fim eu realmente gosto de você, por mais que eu odeie admitir isso. Sobre eu ser egocêntrico... Bem, o Kevin é milhões de vezes pior e está namorando a Sanders!

A boca de Danielle abrira e fechara-se milhões de vezes, o sorriso de Sirius nunca parecera tão satisfeito quanto naquele exato momento o que fez a loira erguer o queixo em superioridade e o encarar com sarcasmo.

- Ok, se vamos namorar quero tratamento de rainha! Se você me trair mando seu pênis para a guilhotina! Olha só, até rimou!
- Porque temos que envolver meu júnior na história? – Sirius arregalava os olhos.
- Por que ele é sempre o maior responsável das idiotices que você faz!
- Touché! – Gargalhara o moreno puxando a loira para si. – Temos um acordo então?
- É, eu acho que sim... – A loira fingia desinteresse.
- Ótimo!

Sirius colara os lábios mais uma vez aos da goleira, Danielle gargalhava dentre o beijo, Sirius Zabine estava longe de ser o maior cavalheiro de Hogwarts ou do mundo mágico, mas uma coisa ela tinha que admitir ele tinha um imenso charme e um traseiro lindo.



Quando fora a última vez que dormira tão bem? Fazia um bom tempo... Abrir os olhos naquele momento lhe parecia pior do que lhe mandarem uma maldição imperdoável, entretanto sabia que não poderia fugir de mais um dia de “conhecimento” com seus amados mestres de Hogwarts, puxou ar para os pulmões permitindo que o cheiro de jasmim lhe invadisse ás narinas, aquele cheiro era tão bom e adocicado. Sorriu levemente abrindo os orbes verdes intensos deparando-se com um chumaço de cabelos negros roçando em sua face, não havia sido um sonho ele estava ali e ela também.

- Acordou? – A voz de Anne soara gentil enquanto retirava a cabeça sobre o peito do loiro e o encarava nos olhos.
- Acordei. – Sorrira orgulhoso puxando a sonserina pela nuca colando seus lábios aos da mesma.

Onde estavam? Ah, isso pouco importava! Estar nos braços de Anne Adhara era muito melhor do que estar nos braços de qualquer outra mulher, era como se estivessem sido feitos um para o outro desde o começo e tê-la ali consigo era a maior prova que ele poderia ter em relação a esse fato.

- AI MEU MERLIM E MORGANA!!! – Um berro de assombro ecoara por toda parte.

Se Caios Trent sentira alguma vez vontade de assassinar seu amado primo Kevin Malfoy, com absoluta certeza, foi naquele exato momento.

Anne desgrudara os lábios dos seus imediatamente afastando-se o máximo possível o que resultou em um nada bem humorado Caios encarando seu primo amado que lhe fitava com uma expressão de pura incredibilidade ao lado de Nathan Adhara que possuía ambas ás sobrancelhas arqueadas e os braços cruzados.

- Kevin... – Caios soletrava dentre os dentes.
- VOCÊS SE RENDERAM AO FOGO DA PAIXÃO! – O loirinho pulava no sofá ficando no meio dos dois, o que fez com que Nathan soltasse um leve risinho. – Que coisa mais meiga, e eu que pensei que você estivesse apaixonada por mim Annezinha!
- Annezinha? – A morena sussurrara arregalando os olhos, pasma com a intimidade do loirinho.
- Bem, ele é o Cacazitinho e você a Annezinha, o amor está no ar! Não acha Natezito?
- Natezito? – Caios segurara uma risada encarando o moreno que encostava-se na parede de braços cruzados.
- Nem pergunte. – Respondera Nathan girando os olhos.
- Bem, eu fui acordar o Natezito essa manhã sabe? Eu ando entediado desde a festa de ontem! Então decidi que iríamos todos tomar café da manhã juntos! – Kevin alargava o sorriso. – Mas antes você precisa de um banho Cacazitinho...
- Kevin você está falando demais... – O loiro coçava a cabeça levantando-se do sofá.
- Novidade Trent, o Malfoy sempre fala pelos cotovelos. – Nathan sorria de canto.
- Eu vou tomar um banho e me trocar... – Anne murmurara para Caios levantando do sofá. – Nos vemos na mesa do café.
- Como quiser. – Caios sorria abertamente beijando a testa da garota.

Assim que a morena desaparecera na escada que ligava ao dormitório feminino, Kevin Malfoy desfizera o sorriso contente aderindo uma expressão séria pouco vista em sua face, em questões de segundos o loirinho sacara a varinha e a dirigira para a garganta de Caios que o encarou com uma tranqüilidade quase que fora do normal, Nathan até então continuara indiferente encostado na parede observando tudo.

- Estava só a esperando sair para fazer isso não é? – Indagou o loiro mais velho com superioridade.
- Você sabe que sim. – Kevin sussurrara dentre os dentes. – Onde DIABOS VOCÊ ESTAVA COM A CABEÇA CAIOS?
- Bem presa ao meu pescoço como nesse exato momento e eu sinceramente espero que ela continue aqui se você não se incomodar. – Respondera com ironia.
- Me diga que isso não é apenas um casinho seu... – Os olhos azuis do loirinho brilharam em desespero. – Me diga que é sério e que não vai permitir que sua amizade com Jay acabe por isso.
- Jay é quase um irmão para mim Kevin. – Declarara Caios baixando os olhos. – Mas foi inevitável, você sabe que mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer.
- VOCÊ AINDA NÃO RESPONDEU!
- EU GOSTO DELA ‘TÁ LEGAL? – Urrou o loiro encarando o primo nos olhos. – E isso serve para você também Nathan, eu gosto de sua irmã e pretendo ficar com ela.
- Eu não disse nada, disse? – Nathan sorrira de canto dando os ombros.
- Isso vai dar uma boa confusão. – Kevin suspirara fundo retirando a varinha do pescoço do primo, desabando no sofá.
- Não é só isso que vai dar confusão... – Caios começara encarando Nathan que logo descruzara os braços mudando sua indiferença para um modo impassível. – Tem uma coisa que, hum... Eu acho bom você saber Kevin.
- Ok, solte mais bombas que eu estou me sentindo o próprio Estados Unidos!

O olhar trocado entre Nathan e Caios fora o suficiente para demonstrar ao loirinho que o assunto a ser tratado era muito mais sério do que o esperado, Kevin engoliu em seco endireitando-se no sofá, se ele estava entediado estava prestes a ficar equivocado.

O trio sonserino não notara, talvez apenas Nathan que desviara o olhar por alguns segundos para a escadaria do dormitório feminino, mas alguém os observava, alguém que sabia o que o Ministério Planejava, alguém que já estava marcado: Takana Aiko.



Uma ampla sala clara com móveis brancos e janelas vitrais coberta por persianas cinzas poderia ser julgada com um local extremamente sem graça se não fosse pelos inúmeros quadros repletos de fotografias de crianças alegres brincalhonas. Aquele local, localizado no prédio do Hospital St.Mungus era a sala de Amy Trent a maior chefe de departamento médico que aquele hospital já vira.

Com os olhos azuis cristalinos e cabelos extremamente loiros contrastando com sua pele alva, Amy Trent era uma das médicas mais belas já notadas no mundo mágico o que resultava em um leve ciúmes de seu marido e filhos. Mas, aquela mulher bela e sempre com um ar imponente e destemido possuía um olhar apático enquanto folheava um relatório de uma das enfermeiras do hospital, seu cansaço era visível de longe.

Leves batidas na porta foram o suficiente para desprender a atenção da loira do relatório a fazendo encarar a porta com um ar esperançoso, pigarreou baixinho logo mandando quem quer que fosse adentrar.

A porta abrira-se de imediato dando passagem a um homem alto e loiro acompanhado de uma mulher muito bonita de cabelos ruivos, Draco Malfoy II, seu irmão, estava ao lado da esposa Suzan Malfoy e pela cara que ambos possuíam não tinham noticias agradáveis para dar a Amy Trent.

- Suzan, Draco! – Exclamou a médica levantando-se de sua mesa e abraçando a cunhada em seguida o irmão. – Pensei que Blake os acompanharia...
- Ele não pode... – Explicou o loiro ao soltar-se do abraço da irmã e sentar-se em uma das cadeiras frente a escrivaninha de vidro. – Do jeito que o Ministério anda o serviço dele dobrou...
- Espero que tenha boas noticias para nós Amy... – Suzan comentara amargurada sentando-se ao lado do marido.

Os olhos azuis de Amy Trent deram um brilho decepcionado lembrando-se da noite anterior quando dera a mesma noticia ao seu marido, Carter nunca lhe parecera tão desesperado e angustiado. Suspirou cansada rodeando a escrivaninha sentando-se frente aos dois esperançosos bruxos, Draco batia os dedos sobre a mesa demonstrando sua impaciência em relação ao que sua irmã tinha a lhe falar.

- Já enviei uma carta a Megan e Harry, já que ambos estão na França e não puderam comparecer e...
- Sem enrolação Amy. – Cortara Draco fitando a irmã em desespero, o mesmo olhar que Carter lhe dirigira na noite anterior.
- Por que ás armas não funcionam mais para nós? – Indagara Suzan. – Por que eu não consigo mais controlar o fogo? Amy... O que está havendo?
- Sinto dizer que... – A médica respirara fundo. – Nossa missão acabou.
- COMO? – Exclamara Draco perplexo.
- Ás armas não nos respondem pelo fato de crerem que não temos mais uma missão, nossos poderes surtiam efeito quando tínhamos algo pelo que lutar e...
- MAS QUE PORRA É ESSA? – O loiro não continha sua ira levantado-se bruscamente da cadeira fazendo um baque ecoar por toda a sala. – NÃO SEI QUANDO UMA GUERRA VAI ESTOURAR AMY, TENHO MINHA FAMILIA PARA LUTAR, MEUS FILHOS!
- Não há... – Amy baixara os olhos. – Não há nenhum resquício de magia sobrenatural em nosso sangue, nenhum resquício de magia antiga.
- Então simplesmente acabou? – Suzan chorava compulsivamente apertando ás mãos sobre o colo.
- Sim, acabou. – A médica engolia o choro que estava por vir para fitar o irmão que andava pela sala de um lado para o outro como um lobo enjaulado.
- Akari! A Rainha Akari, da floresta das Veelas... – Draco balbuciava. – Ela, ela pode nos ajudar.
- Mandei uma coruja ontem à noite, Akari respondeu-me essa manhã. – A loira levantava-se e caminhava até o irmão com os olhos marejados. – Acabou Draco.
- O que será de nós? – Sussurrara o loiro fitando a irmã e a esposa. – O que será de nossos filhos?
- Isso está por conta do destino. – Amy respondia calmamente baixando os olhos.

Os três trocaram olhares decepcionados, a maior arma contra seus inimigos haviam-lhes sido arrancadas como se uma criança tivesse o pirulito roubado. O desespero nunca pareceu tão à beira da loucura quanto naqueles últimos meses.




O salão principal nunca transparecera ser cheio de murmúrios quanto naquele dia, Nathan adentrando ao local acompanhado de Caios, Anne e Kevin não era lá algo muito comum de se ver, principalmente o olhar distante e sério do loirinho sonserino, Kevin nunca parecera carregar tanto peso sobre os ombros quanto naquele momento o que de certo modo faziam ás pessoas mais maldosas fazerem comentários mesquinhos e sem importância sobre o garoto.

- Eu preciso ir ver se o Jay está na mesa da Grifinória... – Comentou Caios ao chegarem à mesa da sonserina. – Acho que já omiti coisas por demais dele...
- Acredite, eu preferia que você continuasse omitindo. – Murmurara Kevin sentando-se a mesa servindo-se de suco.
- Caios... – Anne segurava firmemente sua mão. – Eu...
- Eu também Anne... – O loiro sorria de canto. – Acho que todos nós nos enganamos nessa história não é mesmo?
- Precisamos estar unidos Trent. – Nathan franzia o cenho sentando-se ao lado de Kevin. – Na batalha a única coisa que nos separa de nossos inimigos são ás nossas crenças.
- Anne me relatou na noite passada tudo sobre Vega, nós vamos acabar com ele e ele jamais vai encostar nela! – A voz do sonserino tornara-se ameaçadora fazendo até mesmo Anne encolher os ombros. – Não vou permitir que Vega case-se com você, vocês dois estão sobre proteção do Ministério agora.
- E sobre a minha proteção também! – Kevin sorria maroto. – Eu sou quase o Batman!
- Bate o quê? – Nathan arqueava uma sobrancelha.
- Ignore-o. – Caios sorria de canto. – É o que eu sempre faço.
- Autch, essa magoou Caca! – O loirinho fazia bico.
- Bem, vou indo, cuide dela pra mim Kevin. – Caios afastava-se dando uma piscadela ao primo.
- Deixa comigo, eu sou o Batman!
- Quem diabos é Batman? – Indagara Nathan fazendo Kevin sorrir abertamente.

Anne pouco ligara para ás explicações de Kevin para Nathan sobre um tal homem morcego, sua atenção estava presa em Caios que a cada passo aproximava-se da mesa da Grifinória. A verdade é que ela se culpava por tudo aquilo que estava acontecendo, se culpava por quebrar a promessa que fizera a seu pai, a promessa de não se apaixonar.



Os olhos de Caios Trent passeavam por toda mesa da Grifinória, ignorando por completo os acenos e beijinhos mandados por algumas meninas mais atiradas, sorriu levemente ao ver Sirius sorrindo abertamente servindo o prato de Danielle que usava um imenso óculos de sol sobre a face enquanto acariciava a têmpora e ordenava que Sirius parasse de lhe servir com bobagens, uma cena realmente memorável de se ver: Sirius e Danielle comportando-se como um casal.

- Ora vejam só, não estão tentando se matar, isso é um bom sinal não é? – O sonserino debochava empurrando Stacy para o lado para sentar-se a mesa.
- Estamos juntos! – Sirius mostrava seu maior sorriso eu-tenho-32-dentes-na-boca.
- Ok... – Caios gargalhara alto fazendo com que Danielle lhe tacasse um pedaço de pão. – Quanta violência Dandan, você pode bater no Sirius sabe? Agora que estão juntos eu não preciso mais apanhar.
- Você é realmente insuportável Caios! – A loira mostrava a língua. – Mas eu te amo e por isso eu preciso de um remédio para ressaca.
- Remédio para ressaca? – O loiro segurava mais uma gargalhada. – Você teve que embebedá-la para ela te namorar Six? Isso é crueldade sabe?
- Vai à merda Caios! – Sirius cruzava os braços indignado.
- Dandan, ele te embebedou? Pode falar para mim ok? Eu prometo não te encher o resto da vida.
- Caios eu juro por Morgana que se você não parar de me azucrinar eu vou enfiar esse garfo na sua goela! – A goleira finalizava dentre os dentes.
- Wow, parece que ainda sou o centro das ações assassinas da Dandan, não vai me defender Tacy?
- Hum? Quê? Que biscoito? – A loira despertava dos devaneios fitando os amigos.
- ‘Tá tudo bem com você ‘Tacy? É ressaca também? – Danielle indagava preocupada retirando os óculos da face.
- Eu... Não, eu estou bem, só preocupada. Caios você e o Jay brigaram?
- Não... – Caios desfazia a face relaxada aderindo um tom sério e rouco. – Por quê? Ele te falou alguma coisa?
- Ele estava estranho hoje de manhã...
- Ele é estranho Tacyzinha amada, acostume-se! – Sirius piscava maroto bebendo um imenso gole de suco. – Agora se nos dão licença eu e MINHA namorada, temos treino de quadribol.
- Dá para parar de falar como se eu fosse sua propriedade? – Resmungara a goleira sendo puxada da mesa por Sirius.
- Mas você é MINHA Dandan! – Revoltava-se Sirius.
- Sua bunda é sua, eu não sou de ninguém! – Retrucava à loira.
- Que maluquice. – Rira levemente Caios fitando o casal distanciar-se da mesa da grifinória. – Hum... Stacy?
- Oi?
- O que o Jay lhe falou?
- Algo sobre eu me acostumar a vê-lo com ódio, disse que há algo com você.
- Entendo... Eu vou procurá-lo depois do treino do time dele. – O loiro levantava-se da mesa sendo puxado pelo braço. – O que foi?
- Há algo de errado acontecendo Caios e meus instintos me dizem que tudo está envolvendo você.
- Eu realmente gostaria de dizer que você está enganada. – O sonserino beijava a testa da prima. – Vai dar tudo certo Tacy, sempre deu não é mesmo?

A grifinória engoliu em seco ao ver o primo afastar-se, um frio na barriga lhe dizia secretamente que dessa vez não era como ás outras, era diferente e mais sombria.



O time da grifinória adentrava juntos ao imenso campo de quadribol, todos segurando firmemente suas vassouras sobre os ombros e com olhares divertidos. Sempre que uniam-se naquele campo era motivo para divertimento. Sirius e Danielle adentravam de mãos dadas o que fazia o time inteiro limitarem-se em fazer piadinhas com o novo casal da escola, o que rendia a Danielle maldições cada vez mais constantes a Merlim e Sirius com um bico do tamanho do Monte Everest.

- SIX O QUE VOCÊ FEZ COM A DANI? – Um urro feminino ecoara das arquibancadas.

Sentada ao lado de Joe Trent estava June Zabine, a garota saltara das arquibancadas para o campo correndo em direção ao casal o que gerou ainda mais gargalhadas do time da Grifinória, principalmente de Kunis e Delong que haviam deitado na grama segurando a barriga de tanto rirem.

- O que eu fiz o quê com quem? – O artilheiro indagara encarando a irmã.
- Dandan ele passou uma super cola em sua mão? Pobrezinha Sirius, você não pode obrigá-la a conviver com você! Nem eu que sou sua irmã suporto! Não se preocupe Dani, vou dar um jeito de te ajudar e...
- June, acalme-se! – Rira Danielle soltando-se da mão de Sirius e colocando a mão no ombro da segundanista. – Eu sei que seu irmão é um pé no saco, o ser mais idiota, egocêntrico e insuportável que existe no mundo, mas eu gosto dele e bem... Estamos namorando.

Os olhos de June arregalaram-se categoricamente o que resultou em mais uma explosão de gargalhadas do time da grifinória e de Joe Trent que desabava em risos nas arquibancadas.

- Ok, você deu drogas pra Dani não foi Sirius? – A menina olhava acusadoramente para o irmão.
- Por que raios você não pode acreditar que ela gosta de mim e estamos juntos June? Eu sou tão ruim assim? – Exclamara Sirius revoltado.
- É! – June e Danielle falavam em uníssono logo trocando olhares divertidos.
- Ótimo! Mas ainda sim sou sexy! – O moreno sorria arteiro arrancando risadas das garotas e do time.

A risada apenas cessara quando um barulho ecoara no campo e uma vassoura pousara, Jay Potter já trajado com a roupa do treino caminhara como um leão feroz em direção ao grupo localizado no centro do campo, seus olhos continham uma fúria indescritível comparável a de um leão faminto prestes a destroçar uma presa.

- Capitão! – Harold Kunis, um dos batedores acenava risonho. – Está atrasado pela primeira vez na vida!
- O’Brian! – Jay ignorava o batedor chamando a loira com uma voz grave.

Sirius franziu o cenho ao escutar o tom de voz do amigo, Jay nunca lhe parecera tão transtornado, até mesmo June parecera assustada com o modo em que o Capitão da Grifinória aproximava-se de Danielle que o fitava seriamente com uma pequena curiosidade.

- Vá para os gols. – Ordenara Jay.

Danielle não esperou duas vezes, colocou ás luvas de couro de dragão nas mãos, apanhou a vassoura e subiu aos ares, vendo que o resto do time, inclusive Sirius estava começando a fazer o mesmo, Jay manifestou-se.

- Vocês podem ficar aqui, hoje eu treinarei com O’Brian. – Rosnou o moreno subindo na vassoura e fazendo um aceno com a varinha o que resultou nas goles suspenderem ao ar junto de si.

A goleira posicionou-se entre os três gols, seu sexto sentido feminino berrava que aquele treino era sim um chamado de “perigo, fique alerta”, mas ela não iria sair dali, queria saber o que Jay Potter queria consigo.

- Sabe eu sempre apreciei as amizades verdadeiras. – O moreno falava dentre os dentes jogando uma goles de leve que logo fora defendida por Danielle. – Caios e eu sempre aparentamos ter uma amizade perfeita não é O’Brian?
- Seja direto Jay. – Vociferou a menina.

Um sorriso sádico emanara nos lábios do moreno que mirou a goles em direção a goleira ao invés do gol, a goles fora mais uma vez defendida, mas graças a sua força Danielle acabara tombando para trás batendo ás costas no aros do gol.

- QUE MERDA É ESSA JAY? – Berrara Sirius no chão encarando toda aquela cena com incredulidade.

Jay não respondeu desfazendo o sorriso, Danielle já havia se posicionado novamente, os olhos da loira possuía uma determinação descomunal, uma determinação só vista antes por Jay nos olhos de Caios.

- Vocês são tão parecidos, você e Caios. – Rira-se nervoso. – Amigos até o fim não é mesmo O’Brian?
- Já disse para ser mais especifico Jay.
- VOCÊ ACOBERTOU CAIOS ESSE TEMPO TODO! – Urrou o grifinório arremessando duas goles em direção a goleira.

Danielle conseguira defender uma, entretanto a outra batera-lhe na face causando uma imensa vermelhidão. Sirius que até então estava no chão subira em sua vassoura como uma bala voando em direção da namorada colocando-se a frente da mesma.

- Que porra é essa que você está fazendo Jay? – O rapaz indagava com raiva.
- Treinando com O’Brian.
- Isso não é treinamento! Você está mirando NELA! E desde quando você é artilheiro? Você sempre foi apanhador!
- EU SOU O CAPITÃO SIRIUS, SOU QUEM EU QUISER!
- ÓTIMO, AGORA VOCÊ VAI DIZER QUE É A REENCARNAÇÃO DE HITTLER?
- Não se meta Sirius. – Rosnou Jay.

A goleira respirara pesado, sentia sua face arder, mas não iria dar-se por vencida. Pousou a mão no ombro de Sirius que encontrava-se em sua frente como se dissesse que estava tudo bem, os olhos cinzas do moreno encararam-na com ternura fitando a vermelidão na bochecha.

- Está tudo bem Sirius... – Sussurrou a menina.
- Não, não está. – Respondeu com rancor. – Vamos pousar.
- Meu treino com a O’Brian ainda não acabou Sirius! – Ralhava Jay ao ver o amigo e Danielle descerem com as vassouras.

O capitão logo pousara a vassoura próximo ao casal, o time da grifinória não ousava falar nada, ninguém nunca temera Jay Potter tanto quanto naquele exato momento.

- FALE A VERDADE DANIELLE! – Berrara Jay empurrando Sirius pro lado. – VOCÊ MENTIU PRA MIM, UNIU-SE A CAIOS E MENTIU! O ACOBERTOU TODO ESSE TEMPO, VOCÊ É MAIS UMA DAS VADIAS QUE ELE FAZ MENTIR PARA MIM!
- DO QUE MERDA VOCÊ ESTÁ FALANDO? – Sirius empurrava o amigo.
- ESTÁ DEFENDENDO ELA SIRIUS?
- VOCÊ ESTÁ FORA DE SI JAY!
- JÁ BASTA! – Gritou Danielle com lágrima nos olhos. – Eu menti por Caios sim Jay, você não sabe o que ele...
- Como eu disse... – Jay sorria maldoso. – Mais uma prostituta de Caios Trent men...

Jay não terminara a frase, Sirius acertara-lhe com um belo murro na face. O capitão da Grifinória logo dirigira um soco na face do amigo e logo ambos estavam espancando-se em meio ao campo. Caios que adentrava ao campo acompanhado de Nathan e Kevin arregalou os olhos surpreso enquanto June gritava para que o irmão e Jay parassem com aquilo, Joe já havia saltado das arquibancadas com a varinha impune preste a separar os dois grifinórios que se espancavam quando Caios o segurou a mão.

- Não se meta nisso Joe... – Sussurrou o loiro mais velho apanhando a própria varinha.
- SIRIUS, JAY, PAREM COM ISSO! – Berrava June desesperada.
- PROTEGO! - Caios gritara severo.

Como se uma imensa bolha transparente surgisse do nada, Jay e Sirius foram arremessados cada um para um lado do campo, ambos arfantes e raivosos. Kevin correra até Sirius assim como Danielle, Nathan limitou-se em analisar tudo com uma expressão carrancuda e reprovativa.

- Mas que droga foi essa? – Indagara Kevin ajudando Sirius a se levantar.
- SE OFENDER DANIELLE MAIS UMA VEZ EU TE BATO NOVAMENTE JAY! – Sirius berrava desvencilhando-se da ajuda do melhor amigo.
- Ofendendo Danielle? – Caios franzia o cenho encarando a face da melhor amiga banhada de lágrimas e uma imensa vermelhidão em uma das bochechas.

Os olhos verdes de Caios brilharam em fúria, assim como um imenso monstro crescendo em seu peito, um monstro chamado ódio. Danielle tentara esconder com o cabelo o vermelho no rosto, mas não a tempo. O sonserino avançara em direção a Jay que já estava de pé, os olhos dos dois melhores amigos cruzaram-se como dois raios poderosos surtindo impacto em todos que encontravam-se naquele campo.

- Me diz que você não machucou Danielle. – Vociferava Caios.
- Me diz que você não é um puta traidor e mentiroso. – Retrucara Jay fazendo o loiro arregalar os olhos. – Eu vi a carta do Ministério, eu vi você beijando Anne e sei que não posso mais confiar em você.
- Você não sabe de nada Jay.
- Vai pro inferno Caios.

Jay Potter apanhara sua vassoura no chão caminhando para fora do campo, Caios fitara o amigo desaparecer pelo campo o que fez com que Nathan tocasse-lhe o ombro em apoio, os olhos verdes de Caios fitaram os negros de Nathan em puro agradecimento e mágoa.



Duas semanas e meia, esse fora o tempo passado desde a cena no Campo de Quadribol comentada assim por toda Hogwarts. O novo casal, Caios e Anne não era lá visto muito de bom grado pelos alunos que se penalizavam com a situação de Jay Potter que resolvera por fim ignorar Sirius e Caios, o único que não havia saído com marcas daquela briga havia sido Kevin que já não sabia mais o que fazer para tentar reconciliar os amigos. Hogwarts nunca parecera tão cinza e fria desde a briga entre os marotos.



Os cabelos loiros cacheados balançavam de um lado para o outro enquanto uma alta grifinória corria em meio aos corredores de Hogwarts. Danielle O’Brian possuía um sorriso triunfal nos lábios enquanto desviava de vários alunos primeiranistas. Parou bruscamente escondendo-se atrás de uma das estátuas de bronze do castelo ao ver um belo sonserino moreno passar.

Nathan Adhara caminhava lentamente segurando o paletó do uniforme sobre os ombros, lendo um livro sobre a arte do Quadribol. O sorriso da grifinória aumentou categoricamente até ela olhar de um lado para o outro dando-se conta que estavam sozinhos no corredor. Sorriu arteira correndo atrás do sonserino saltando de cavalinho no mesmo dando-lhe um estalado beijo na bochecha.

- O’Brian? – Nathan arregalava os olhos assustado com aquela reação. – Mas que diabos pensa que está fazendo?
- Segredo... – A garota sorrira levemente. – Eu não sou a O’Brian.

Os olhos negros do sonserino deram um brilho malicioso quando a grifinória o puxara pela mão para uma sala vazia, logo fechando a porta atrás de si. Um sorriso sarcástico dominara os lábios de Nathan Adhara quando ele analisara a garota a sua frente de cima a baixo.

- Sabe, a O’Brian tem belas pernas, mas ainda sim prefiro ás suas. – Declarou com um sorriso canalha.

“Danielle” girou os olhos e logo seus cabelos tornaram-se extremamente lisos e loiros escuros, seus olhos tornaram-se um azul turquesa triunfal e sua pele tão alva quanto a neve, logo a visão de Stacy Malfoy era notada por Nathan que continuava com o sorrisinho debochado nos lábios delineados.

- Ainda bem que prefere ás minhas! – Riu-se a menina puxando o sonserino pela gravata.

O belo moreno sorrira abertamente encarando os olhos puros da menina, por Merlim que sentimento era aquele que lhe invadia quando ele fitava a face angelical de Stacy? Era algo bom e puro, era algo quase que sobrenatural. Ele podia sentir seu coração batendo fortemente contra o peito e logo uma vontade louca de beijar aqueles lábios róseos da primogênita dos Malfoy’s lhe transbordava pela alma, talvez era aquilo que ás pessoas chamassem de amor.

- Há muitas coisas que prefiro suas a da O’Brian, por mais que ela seja uma gata.
- Sério? – Stacy sorria divertida. – E o que seria?
- Sua boca. – Nathan puxava a loira ao encontro de seus lábios.

A porta da sala abrira-se subitamente enquanto o casal beijava-se às escuras, Danielle O’Brian e Caios Trent por um segundo arregalaram tanto os olhos que tiveram a impressão de que ambos saltariam de suas faces e sairiam rolando pelos corredores de Hogwarts o que fez com que Nathan e Stacy parassem o beijo imediatamente.

- Por que vocês pararam de andar hein? – A voz de Kevin ecoara divertida atrás dos amigos.

Antes que Kevin pudesse adentrar a sala Stacy transformara-se em uma aluna bonita da corvinal, o loirinho adentrara olhando para Caios e Danielle sem entender o que estava havendo até fitar Nathan com os lábios avermelhados e uma outra garota.

- Wow! Natezito garanhão! – O loiriho sorria abertamente.
- Erm... – O sonserino gaguejava. – Eu... Não...
- Nos vemos depois Natezito! – Stacy na forma da corvinal sorria divertida saindo da sala dando tchauzinho para o sonserino que lhe lançara um olhar de reprovação.
- Ai meu Merlim! Acabei de lembrar que fiquei de pegar um livro na biblioteca! Depois nos falamos ok Caios? – Danielle apressava-se em ir atrás da garota.
- Eu hein! Depois que a Dandan começou a namorar o Six, ela pirou ainda mais e eu que imaginava isso ser impossível. – Analisava Kevin. – Cacazitinho você está mudo por quê?
- Eu? Hã... Nada! – Caios sorria abertamente. – Apenas satisfeito pelo Nathan, afinal não é todo dia que nós o vemos com uma garota bonita e inteligente não é mesmo?
- Obrigado... Eu acho. – Nathan sorria de canto para Caios que apenas dava uma piscadela.
- Hum... Eu hein, vocês andam mais doidos do que de costume, ou será que eu é quem está ficando normal? Teorias a se pensar... – Kevin franzia o cenho.

Caios segurara uma leve gargalhada, era incrível como em menos de um ano tantas coisas poderiam ocorrer, algumas tristes, outras por outro lado, maravilhosas. Fatalidades sempre aconteciam, mas naquele ano estava realmente superando-se, como dizia Danielle: “Tudo culpa de Merlim”.


Stacy arfava encostada com uma mão em uma das árvores dos jardins, Danielle a encarava com um imenso sorriso debochado nos lábios, afinal Stacy e o Sr.Gostosão Adhara era uma imensa novidade para a grifinória. A primogênita dos Malfoy’s lançara um leve sorriso de canto para a amiga conforme sentava-se abaixo da arvore e puxava ar para os pulmões.

- Ok Danielle, pode começar as perguntas.
- Sério? – Divertia-se a goleira.
- Pergunte logo antes que eu diga não.
- Quando? Onde? E Como?
- Eu realmente detesto sua alma jornalística. – Stacy girava os olhos categoricamente virando-se e colocando ás costas no tronco da árvore, Danielle lhe encarava com um sorriso tão grande que por um segundo ou mais a metamorfomaga teve a impressão de ver o ciso da amiga nascendo. – No dia da festa...
- HÁ DUAS SEMANAS ATRÁS?
- Eu agradeceria se você não fizesse escândalo sabe? – A grifinória deslizava as costas pelo tronco sentando-se ao chão encarando a goleira a sua frente com um sorriso de deboche, uma marca explicita dos Malfoy’s.
- Depois diz que odeia o sorrisinho do Kevin! Você sorri igual a ele quando faz algo errado. – A loira girava os orbes castanhos sentando-se ao lado da amiga.
- Ultimamente eu venho vendo que ela faz muito mais coisas parecidas com o Kevin do que pensa! – Uma voz divertida ecoava por trás da arvore fazendo ás duas grifinórias darem um belo sobressalto por conta do susto.

A imagem da bela corvinal morena fora o bastante para que sorrisos aliviados surgissem nos lábios das loiras, Lauren sorriu marotamente logo dando leves tossidas colocando-se frente ás duas amigas com um olhar intrigado fazendo Danielle erguer ás mãos para o alto em rendição.

- Stacy está tendo um caso com o Sr.Gostosão Adhara, não me crucifique Laurenzinha, eu também só descobri agora!
- DANIELLE!
- Que foi? Eu só disse a verdade Srta.Malfoy!
- Você está tendo um caso com o Sr.Gostosão? – Lauren sorria abertamente ajoelhando-se frente ás amigas, aderindo uma pose que muitos a comparariam com um coelhinho curioso.
- Vocês são tão discretas! – A loira bufava nervosa. – Se eu quisesse que fosse a nova noticia de Hogwarts eu teria feito um jornal e me dado à primeira capa sabe?
- Eu já vejo um titulo para isso: “Tio Draco Tem Um Enfarte, Um Adhara é a Causa!” – zombara Danielle arrancando gargalhadas de Lauren e uma expressão estupefata de Stacy.
- Vocês sabem ser mais cruéis do que eu imaginava!
- Cruéis? Nós? Mas que calúnia Tacy! – Lauren piscava marota logo caindo num acesso de tosses.
- Olha só o que você fez Tacy, magoou tanto a Laurenzinha que ela adoeceu! – A goleira dava palmadinhas amigáveis nas costas da corvinal.
- Vocês andam formando um complô contra mim? Eu acho que estão sabe? Isso está bem parecido com um! Lauren para de tossir!
- Se eu conseguisse! – A garota sorria fracamente.
- Ih eu acho que você pegou uma gripe... – Analisava Danielle levando à mão a testa da amiga. – Acho não, tenho certeza! Você ‘tá com febre.
- Acho que o jogo da semana passada causou isso... – A morena fungava. – Jogar Quadribol na neve é o mesmo de pedir dei-me uma pneumonia!
- É melhor te levar para a Ala Hospitalar. – Stacy franzia o cenho.
- Ficou doida? Aquela enfermeira maluca vai querer me dar coisas gosmentas para tomar e eu tenho que estudar para uma prova, eu não vou passar em Feitiços sem a ajuda do Jay!

Os olhos de Danielle arregalaram-se com o nome citado pela corvinal, Lauren logo levou ambas ás mãos a boca como se fosse uma criança que acabara de desobedecer os pais, Stacy maneara a cabeça negativamente depositando a mão no ombro de Danielle que apenas virou a face mirando o lago. Faziam duas semanas que Jay a evitava e sequer a olhava nos olhos e a lembrança de sua última tentativa de falar com seu capitão ardia em seu peito como uma dor de queimadura que jamais cicatrizaria.

FlashBack

A ventania gélida indicava que em breve nevaria nos terrenos de Hogwarts, à noite em si nunca aparentara tão bela e cálida. O céu negro com suas inúmeras estrelas e constelações e sua bela lua cheia brilhando davam um ar de magnitude inexplicável e exuberante. Uma bela garota alta de cabelos loiros andava solitária em direção ao campo de quadribol, seus olhos castanhos marejados e uma notória vermelidão no lado direito da face davam um ar não só magoado como ferido aquela bela goleira da Grifinória.

Danielle O’Brian levara ambas ás mãos para dentro do casaco de lã, o frio parecia aumentar a cada segundo e ela perguntava-se mentalmente como ainda não havia congelado desde que saíra para dar uma volta depois do jantar. Caminhou até o centro do campo suspirando permitindo assim algumas lágrimas escorrerem de seus belos olhos castanhos, ergueu a face em direção aos três gols, ele estava lá.

Jay Potter estava sozinho, o que era uma grande novidade já que ele sempre estava cercado pelos seus amigos ou inúmeras garotas. O capitão da grifinória encontrava-se sentado em um dos gols olhando intensamente para o céu como se ele pudesse lhe dar alguma resposta. A goleira caminhou até abaixo dos altos gols do campo encostando as costas no mesmo, Jay logo desviou os olhos do céu e desceu de seu refugio parando de costas a Danielle olhando fixamente para um ponto qualquer do campo.

- Como está o rosto? – Indagou com uma voz rouca.

A loira engoliu em seco levando automaticamente a mão direita à face como se lembrasse da vergonha de sua briga com seu capitão em meio ao campo horas mais cedo.

- Jay eu...
- Me desculpe, Sirius tinha razão em me bater, eu fui um cretino com você.
- Eu sei, mas é que...
- Escute Danielle. – O moreno soltou um risinho pelo nariz a interrompendo. – Eu nunca entendi muito bem a confiança mutua entre você e Trent, sinceramente acho que isso agora pouco me importa entender ou não.
- Não é bem assim Jay! Caios ama você, você é...
- Um irmão para ele? – Mais uma vez o risinho surgira e Danielle baixara a cabeça. – Não me leve a mal, mas a verdade é que algo mudou em Caios e algo mudou em mim também. Ás pessoas mudam e ás vezes é necessário cada uma seguir o seu caminho.
- Ele é seu melhor amigo! – A loira chorava. – Eu não posso ficar assistindo a amizade de vocês acabar por causa de uma garota qualquer!
- Acha mesmo que tudo isso é por causa da Adhara?
- E não é?
- Vejo que não conhece nada de mim. – Jay virara para fitar a loira, seus olhos vermelhos e sua face cansada.
- Caios ama você Jay.
- E eu não consigo mais confiar nele Danielle, para ser sincero não confio nem em você.

Os olhos castanhos da menina arregalaram-se, Jay lhe dirigiu um sorriso triste virando-se novamente para frente enfiando ás duas mãos no bolso da calça e sumindo em meio ao campo, Danielle chorou sentindo os primeiros flocos de neve lhe tocarem a face aquilo tudo era um pesadelo que ela não conseguia despertar.

Final do FlashBack


- Me desculpa Dani! – Lauren falava de supetão despertando a loira.
- Não é nada demais! – Mentia a goleira levantando-se levemente. – Eu lembrei que tenho que entregar um relatório sobre a aula passada para a Profa.Middley, leve essa mocinha para a Ala Hospitalar ok Tacy e depois venha me contar os detalhes de como o Sr.Gostosão Adhara beija!
- Danielle... – Stacy franzia o cenho vendo a amiga se afastar.
- Eu não devia ter falado o nome dele... – Lauren baixava os olhinhos verdes.
- Não é culpa sua... – Stacy sorria de canto. – Ninguém tem culpa nessa história, a verdade é que todos nós somos vitimas quem não enxerga isso é que tem que amadurecer bastante! A vida real é assim, não é como os contos de fadas trouxas, nem sempre há um final feliz.

Lauren forçou um leve sorriso fitando ás costas de Danielle se distanciarem, Stacy tinha razão: Ninguém tinha culpa, todos eram vitimas da realidade.



Os olhos castanhos esverdeados fitavam fixamente o lago negro, sua face refletida pelas águas nunca lhe parecera tão sombria e obscura principalmente com o Natal chegando. Ajoelhou-se na beirada do lago passando ás mãos nuas pelas águas que começavam a congelar, como seria enfrentar sua mãe pela primeira vez em anos?

- Vai a Hogsmead com o novo namorado nesse sábado? – A voz fria de Takana Aiko ecoavam como leves fagulhas.
- Eu já mandei parar de me provocar Takana. – Rosnara Anne em resposta.
- Sua mãe já sabe de seu novo casinho.
- Ótimo, isso vai facilitar quando eu falar que não vou me casar com Apus Vega.
- Escute bem o que eu vou lhe dizer Anne! – A japonesa puxava o braço da companheira de casa do lago a fazendo por fim lhe encarar nos olhos. – Muitas vidas dependem de seu matrimônio, muita coisa está em jogo!
- Eu não vou me casar.
- Me disseram uma vez que você...
- O QUE ESTÁ HAVENDO AQUI? – A voz severa de Danielle ecoara como um tufão.

Takana franzira o cenho soltando o braço de Anne que lhe encarara em pura repulsa, Danielle havia colado a varinha nas costas da oriental que bufara indignada, Anne continuara com a mesma expressão indiferente na face enquanto a grifinória afastava Takana de si.

- Eu perguntei o que está acontecendo aqui. – Danielle dizia dentre os dentes.
- Não há nada havendo aqui O’Brian. – Retrucara à japonesa desvencilhando-se da varinha e afastando-se rapidamente das duas garotas.

Uma forte ventania tocara os cabelos de Anne e Danielle naquele momento ao fitarem Takana desaparecer em meio aos jardins, as duas garotas trocaram olhares cúmplices, olhares respeitosos e sérios. Anne virou de costas baixando-se novamente e tocando o lago como fazia há segundos atrás, Danielle soltou um leve risinho aproximando-se da morena e a imitando.

- Quer companhia? – Perguntou serenamente.
- Acho que começamos com o pé esquerdo não é? – Anne fitava ás águas negras com ternura.
- Bem, tirando o fato de você me dar uma má resposta e eu te acusar de destruidora de amizades alheias, é... Nosso começo foi bem, qual é a palavra mesmo?
- Promissor? – A morena sorria de canto.
- Exatamente, e eu... Eu não mudaria nada nele.
- Sinceramente Danielle... – Um sorriso aberto nascera nos lábios da sonserina, um sorriso nunca antes visto. – Nem eu.


FlashBack


- VOCÊ ESTÁ O QUÊ? – Danielle O’Brian berrara a plenos pulmões em meio ao corujal espantando várias corujas e aves que ali descansavam.

Os olhos de Caios se arregalaram de tal maneira que por um segundo parecia que o loiro sairia correndo da melhor amiga, de tanto medo que expressava. Danielle fitou com amargura o loiro dirigindo-lhe um belo tapa na face o que fez o sonserino baixar os olhos envergonhado e confuso.

- SABE O QUE SIGNIFICA ESSA PALHAÇADA TODA CAIOS? SABE?
- Eu gosto dela Danielle...
- E VOCÊ AMA O JAY! COMO OUSA? COMO OUSA ESTRAGAR SUA AMIZADE COM O JAY POR CAUSA DELA?
- VOCÊ SEMPRE ME DISSE PARA SEGUIR EM FRENTE! PARA LUTAR PELO QUE DESEJO!
- EU SEMPRE DISSE PARA VOCÊ NÃO MAGOAR ÁS PESSOAS QUE AMA!
- Eu não vou romper com a Anne.
- E se ela te deixar Caios? – A voz da goleira tornara-se cheia de rancor. – E se ela te trocar pelas trevas? Vai ter valido a pena nunca mais falar com seu melhor amigo por causa dela? VAI?
- Eu não vou deixá-lo. – Uma voz séria ecoara.

Os dois loiros viraram-se em direção a porta onde uma bela garota de cabelos negros estava parada, o casaco de pele negro contrastando com sua pele de porcelana e lábios vermelhos por conta do frio e uma expressão de angustia eminente em seus traços angelicais, Caios a fitara com tanta ternura que chegava a doer o coração de sua superprotetora melhor amiga.

- Você é uma destruidora de amizades alheias. – Vociferou a loira.
- E você é a melhor amiga dele. – Anne caminhara em direção ao loiro o segurando firmemente pela mão.

Os olhos castanhos da goleira pareceram mais serenos, pela primeira vez na vida teve a certeza de algo, a certeza de que o que Caios sentia por Anne Adhara era recíproco e que por mais que eles viessem sofrer por conta de tal sentimento eles ainda sim poderiam ser felizes algum dia.

Final do FlashBack


- Olha vejam só, ela sorriu! Caios vem lhe feito bem. – Danielle piscara marota.
- Verdade. – As bochechas da morena coravam levemente. – Mas eu acho que não é só Caios...
- Como assim?
- Nas ultimas duas semanas pra cá... – Anne respirava fundo. – Caios, você e os outros vem cuidando de mim e de Nathan, nós nunca tivemos...
- Eu entendo. – A loira interrompia sorrindo de canto.
- Você é a pessoa mais próxima a mim que eu poderia chamar de amiga Danielle.
- Enquanto a Takana?
- Coisas aconteceram, ela não é mais a mesma depois que foi marcada. – Os olhos castanhos esverdeados marejaram-se levemente.
- Parece que tudo tem haver com essas marcas e esse tal de Vega não é?
- Eu não sei... – A morena respondia sincera. – Ás vezes sinto que Vega é apenas o começo de uma grande tempestade.
- E eu acho que nós estamos bastante preparados para uma tempestade! Caios disse a você e seu irmão, o Ministério está ao lado de vocês e vai protegê-los!
- O Ministério não vai passar o Natal em minha casa.
- É isso que vem lhe preocupando não é? O Natal? Caios me disse que você anda meio distante...
- Digamos que confraternizar o Natal na companhia dos maiores clãs das trevas não me parece lá muito atraente como antigamente.
- Se lhe parecer insustentável você pode fugir... – A loira piscava marota. – Acredite, não há nada melhor do que fugir na noite de Natal!

Anne Adhara sorriu mais uma vez, era incrível como em poucos dias ela já conseguia sorrir, algo que ela não fazia desde quando não se lembrava mais.

De longe alguém lhes fitava, Caios admirava ás duas garotas encostado-se a uma árvore era como se o orgulho lhe enchesse o peito, para seu mundo tornar-se perfeito e completo só faltava Jay e seu perdão e aí, bem... E aí tudo estaria em ordem, ou quase.



Uma imensa árvore de Natal era enfeitada em meio a imensa sala de estar da Mansão Potter, a pequenina Andy, caçula dos Potters colocava nos galhos da bela árvore bolas de cristal de todas ás cores, com apenas oito anos aquela pequena ruivinha conseguia enfeitar muito mais coisas do que Kevin Malfoy, o que se tratava de uma grande ironia já que Kevin era anos mais velhos que a pequena.

- Ora vejam só, minha filhinha é quase uma decoradora profissional! – A voz alegre e determinada de Megan Potter ecoava pela sala.

A ruivinha sorriu abertamente largando o que fazia para correr para os braços da mãe, Megan acariciou ás madeixas cor de fogo de sua pequena depositando um beijo caloroso na bochecha da mesma.

- Mamãe, quando o Max e o Jay vem para casa?
- Daqui a algumas semanas querida...
- Papai disse que o Jay vai vir antes!
- E isso te deixa feliz?
- Claro! Ele sempre faz coisas divertidas!

Megan sorrira fracamente para a filha caçula, a verdade é que o fato de Jay pedir para ir para casa antes dos outros estava longe de ser divertido.

Aquelas ultimas duas semanas foram como um grande furacão para a vida não só da família Potter como a de outras ligadas inteiramente com o Ministério, a cada mês que se passava a cada dia, hora ou segundo, mais mortes ocorriam e só de pensar que ás armas de Hogwarts não possuíam mais o efeito de ontem era muito mais do que desesperador.

Jay havia descoberto sobre tudo, por mais que Megan e Harry desejassem que isso jamais tivesse acontecido, aconteceu. E a ira de Jay quando mandara a carta a seu pai fora não só notada pela caligrafia como também pelas palavras rudes, ele se sentia traído e tinha razão, afinal Caios sempre esteve por dentro do que estava acontecendo e ele, bem... Ele fora excluído.

- E então mamãe? Posso? – A voz de Andy tomava seus ouvidos novamente.
- Como? Perdão querida eu não escutei.
- Eu perguntei se eu posso ir brincar na casa da Dalie hoje à tarde!
- Vamos deixar para outro dia sim?
- Você e o papai nunca mais me deixaram sair de casa! – Emburrara a pequena.
- Temos nossos motivos Andy. – Megan franzia o cenho. – Agora vem, vamos terminar de decorar essa árvore, você a quer bem bonita para o Jay e o Max não quer?
- Quero sim! – A face emburrada da pequenina desfazia-se aderindo um belo sorriso.

Megan suspirou cansada, Harry iria largar Beuxbattons apenas para juntar-se a Carter e os outros, se lhe dissessem alguns anos atrás que eles reviveriam a dor e o desespero de sua mocidade ela não acreditaria.



Ás carruagens de ida para Hogsmead paravam frente aos imensos portões de Hogwars a espera de seus alunos que ansiavam poder ir para o pequeno vilarejo fazer suas dignas compras natalinas. Sentada em uma das janelas da Ala Hospitalar uma bela loira corvinal não era um dos animados alunos, mas sim era uma aluna gripada e extremamente ranzinza.

- Laurenzinha meu amor, minha vida! – Um loirinho saudava animado adentrando a Ala Hospitalar na companhia de Jay Potter que apenas possuía um sorriso de canto.
- Se me chamar assim de novo eu vou... ATCHIN!
- Ah não Lau-Lau, você não vai me amaldiçoar me passando seus germes! – Kevin fazia bico arrancando risinhos de Jay.
- Eu quero sair daqui. – Declarou a menina assoando o nariz num lencinho.
- E contaminar Hogwarts com sua gripe? – Indagava Jay risonho. – Não obrigado Lau-Lau, você vai ficar aqui mesmo.
- Eu não estou gripada, eu estou obima!
- Óbima? – Kevin franzia o cenho.
- ÓBIMA!
- Ela quer dizer ótima... – Sussurrara Jay ao amigo.
- Ah, bem... A partir do momento que você fala óbima ao invés de ótima só quer dizer que você não está ÓTIMA!
- Eu te espancaria se eu não estivesse com dor de cabeça... – Murmurou a morena deitando-se na cama e cobrindo-se até o pescoço.
- Ora Lau-Lau eu sei que você não me bate porque me ama!
- Não abuse da boa sorte Keke, ela pode estar gripada, mas ainda está sã! – Ria-se Jay.
- Erm... Tem razão... – O loirinho dava dois passos pra trás. – Bem meu amorzinho eu e o JayJay aqui estamos indo fazer compras em Hogsmead.
- VOCÊ NÃO VAI A HOGSMEAD SOZINHO! COF, COF, COF!
- Hã? E por que motivos eu não vou? – Kevin arqueava uma sobrancelha. – Você nem está com tuberculose, eu posso ir sim!
- Eu não vou deixar você ir para aquele lugar cheio de GAROTAS, sozinho!
- Ah, o problema é o sexo oposto, não se preocupe amada e estimada futura Sra.Malfoy, o JayJay vai comigo e vai me proteger das inúmeras mulheres assanhadas que habitam essa escola, não é mesmo Jayzito?
- Claro! – Jay sorria marotamente.
- Não me convenceu! – Lauren emburrava.

Os dois amigos trocaram olhares risonhos, Lauren Sanders realmente sabia como ser ranzinza enquanto doente, a atenção dos dois rapazes dispersou quando as portas da Ala abriram-se dando passagem a Danielle, Anne e Stacy, o ar naquele lugar não poderia ficar mais pesada.

- E aí morena? – Danielle sorria para a amiga aproximando-se da cama.
- Estou morrendo e o Kevin vai me trocar. – Choramingava Lauren.
- EU NÃO VOU TE TROCAR MEU DOCE DE LEITE! – Kevin declarava fazendo todos rirem.
- Eu não acredito que todos vão para Hogsmead e eu vou ficar sozinha aqui.
- Não vai ficar sozinha, a Tacy vai ficar com você!
- Sério? – O rosto da corvinal iluminava-se.
- Claro! - Stacy piscava marota. – Anne vai aturar Danielle fazendo compras em Hogsmead enquanto eu e você vamos botar a fofoca em dia!
- Viu meu pudinzinho, enquanto a Tacy banca a babá eu vou comprar seu presente de Natal com o JayJay!
- Espero que seja ao menos um presente descente!
- Não se preocupe Lauren, Kevin não vai te comprar uma lingerie sexy ok? – Zombava Jay. – Agora vamos logo antes que percamos a carruagem Kevin!
- Jay. – A voz de Anne ecoava severa.

O silêncio e a surpresa instalaram-se na Ala Hospitalar, Danielle engolira em seco ao ouvir a mais nova amiga chamando por Jay que estava tão estupefato quanto. A bela Adhara caminhara até o moreno com um sorriso singelo nos lábios de boneca, Jay parecia estar petrificado com aquela ação.

- Temos que conversar.
- Sinto muito Adhara, eu não tenho nada a falar com você. – O garoto falava seco.
- Uma pena. – Os olhos da garota demonstravam determinação. – Quem sabe um dia você tenha, aguardarei calmamente.
- Aguarde ao lado do Trent. – Rosnara Jay fitando os olhos da garota.

Anne sustentara o olhar o que fizera muitos ali se surpreenderem ainda mais, ela era uma Adhara, uma prepotente e orgulhosa Adhara e por mais que estivesse errada ela não abaixaria a cabeça para um mero Potter. Jay ao perceber isso maneou a cabeça negativamente abandonando a Ala Hospitalar, Kevin limitou-se em dar um beijo na testa da namorada e correr atrás do amigo, os olhos de Stacy, Danielle e Lauren pararam em Anne que ainda possuía uma pose aristocrata e arrogante, uma pose Sonserina.



Ás ruas cheias e enfeitadas de Hogsmead demonstravam nitidamente a proximidade do Natal. A correria dos alunos e as lojas amarrotadas de pessoas poderiam ser muito bem comparadas ao caos natalino, onde várias crianças faziam guerra de bolas de neve e adultos cantavam inúmeras canções.

- Eu já disse que eu odeio o Natal? – Indagava Sirius ao ser quase atropelado por um terceiranista que corria das bolas de neve.
- Deixe-me ver, contando com essa vez foram setenta e duas vezes que você disse desde que chegamos a Hogsmead a exatos seis minutos. – Divertia-se Danielle parando frente a uma vitrine.
- Temos que parar todas ás vezes que você vê algo? – Resmungara o moreno.
- Eles são sempre assim? – Sussurrava Anne para Caios e Nathan que andavam logo atrás do casal Grifinório.
- Acredite, quando eles brigam é bem pior! – Caios sussurrava de volta passando o braço em torno dos ombros da namorada. – E então Nate? O que vai comprar para a nova namorada?
- Nathan está namorando? – Anne franzia o cenho.

Nathan lançara o mais mortífero dos olhares a Caios que gargalhara escondendo-se atrás de Anne que sorrira com a ação do namorado, enquanto mais a frente Danielle dava belos tapas em Sirius e gritava com o mesmo sobre este ser um grande “Trasgo Insensivel”.

- É melhor ir ajudar o Zabine antes que a mulher dele o mate. – Rosnara Nathan indicando com a cabeça o casal feliz.
- Você é quem sabe... – Caios dava os ombros puxando Anne em direção a Danielle e Sirius. – Mas ouvi dizer que ela gosta de colares.
- Se você continuar a insistir nisso eu juro que você é quem vai detestar colares quando eu te enforcar com um. – Murmurara o sonserino perigosamente.

Anne rira, um riso que logo gerou uma gargalhada um ato que não só fizera Danielle parar sua sessão de espancamento a Sirius Zabine como também fizera Nathan a encarar com um carinho quase que indescritível, Caios sorriu abertamente, era a primeira vez que escutava o som da gargalhada de Anne Adhara e para ele aquele som além de único era mágico.


Takana os observava de longe, seus olhos negros e frios lacrimejaram-se com tal cena, a japonesa sequer dera-se conta de um sorriso singelo nascer em seus lábios quando Caios jogara Anne sobre os ombros e correra com a mesma fazendo Sirius e Nathan trocaram olhares marotos e carregarem Danielle, logo o quinteto iniciara uma bela guerra de bola de neve. Era como se a pureza e a inocência que possuíam quando eram crianças retornasse e pela primeira vez Nathan e Anne pudessem desfrutar de sua infância, mesmo que tarde.



Carter Trent andava em passos largos pelo corredor vazio do Ministério da Magia, seus olhos verdes expressivos pareciam ter uma sombra de plena preocupação naquele momento enquanto uma veia em sua testa pulsava, durante todos estes anos o patriarca dos Trent aprendera a controlar sua ira perante a uma situação, mesmo que sua maior vontade fosse sair quebrando tudo e todos.

Parou subitamente frente a uma porta de azevinho, por um segundo parecera que aquele imponente e importante homem prendera a respiração. Carter levara a mão a maçaneta bronze sem nenhuma cerimônia logo abrindo a porta e atravessando-a com uma determinação fora do comum.

Uma espaçosa sala com paredes de madeira escura, nuas, sem um quadro ou enfeite sequer. No centro da mesma uma imensa mesa de vidro redonda onde várias pessoas encontravam-se sentadas iluminadas apenas pelo belo castiçal de cristal dependurado no teto. Carter ajeitou o paletó negro que trajava e caminhou com um ar arrogante ate a única cadeira vazia ao lado de Draco II que esbanjava tanta arrogância quanto o cunhado.

- Recebemos essa manhã um relatório do departamento médico... – Uma senhora gordinha se manifestava com sua voz esganiçada. – Um relatório enviado pela senhora...
- Tenho plena consciência de meu trabalho Sra.Spartter, creio que não preciso que fique me lembrando. – Amy Trent declarava friamente de um dos lados da mesa o que fez Carter dar-lhe um leve aceno de cabeça.
- O que a Sra.Spartter quer é... – Um homem franzino tentava impedir uma discussão.
- Todos nós aqui presentes sabemos o que vocês querem. – Rosnara Harry II sentado ao lado de sua esposa, Megan. – Querem nos humilhar!
- Somos o gabinete do Ministro! Temos que saber que...
- Que nós não podemos mais usar ás poderosas armas salvadoras da humanidade? Poupe-me! – Blake cuspia ás palavras enquanto cruzava os braços e colocava os pés sobre a mesa.
- Tenha postura Sr.Zabine! – Vociferava um homem gordo.
- Sinceramente vocês é quem devem ter postura! – Suzan Malfoy batia com ambas ás mãos na mesa. – Fizemos muito mais pela humanidade e pelo Ministério do que vocês podem um dia sonhar em fazer!
- Os tempos mudaram Sra.Malfoy!
- Sério? Por Merlim! Eu pensei que ainda era tempos em que eu estava em Hogwarts, você não é a Tonton? Oh minha Morgana que decepção! – Zombava Blake.
- O perigo que corremos hoje é bem maior do perigo de anos atrás.
- Então por que você não volta no tempo e vai para uma outra dimensão, morre e volta a vida como Amy e eu fizemos hein? Talvez o perigo de hoje não seja tão maior quanto o do passado se você viver na pele! – Carter declarava em tom sarcástico.
- Eles têm plena razão... – Uma voz severa ecoava pela sala.

Todos os bruxos com exceção dos Potter’s, Malfoy’s e Zabine levantaram-se em respeito. Um homem alto negro de porte galante adentrara a sala com um sorriso amistoso esbanjando sua simpatia, Blake limitou-se em girar os olhos era incrível como além de serem o gabinete do Ministro aqueles bruxos eram também seus puxa sacos oficiais.

- Sra.Trent, eu li o relatório que fez sobre os poderes de vocês ter desaparecido... – Charles Kingsley, o novo Ministro caminhava até Amy a fitando carinhosamente para desagrado de Carter. – Vocês devem estar sofrendo muito com tal perda.
- Não somos apenas nós a sofrer com esse fato. – Interrompia Megan. – Ministro, TODOS vão sofrer, pois não temos mais armas secretas contra o inimigo!
- E o que a senhora sugere Sra.Potter? – O Ministro encarava os olhos azuis turquesas da ruiva que pigarreava alto.
- Nós conversamos em particular... – Carter declarava. – Nós sete chegamos à conclusão de que nesse conflito nossas famílias sempre serão as mais prejudicadas.
- Sim isso é verdade, mas aonde o senhor quer chegar com isso Sr.Trent? – Os olhos negros de Charles Kingsley voltavam-se ao homem.
- Estamos dispostos a sermos os generais dessa batalha, a dar nosso sangue pelo Ministério, vamos treinar todos os soldados já que uma guerra será inevitável. – Harry II falava sério. – Mas queremos algo em troca.
- Algo em troca? – As sobrancelhas da Sra. Spartter arqueavam-se.
- Queremos nossos filhos longe da batalha. – Suzan falava calmamente. – Queremos proteção total de nossos filhos.
- Mas pelo que eu soube os filhos mais velhos de vocês são exímios duelistas! – Surpreendia-se Kingsley.
- Ainda são jovens. – Amy murmurava.
- Escuta aqui Ministro, se a vossa excelência não aceitar trato negado ok? Mas eu devo lembrar ao senhor e sua tropa de baba ovos que eu e a galerinha aqui somos os melhores em quesitos de batalhas, você perderia feio sem a nossa pomposa presença. – Blake sorria marotamente.
- Vocês realmente não me deixam escolha... – O Ministro engolia em seco. – Terão meu apoio em todas as decisões que tomarem.
- Mas Sr.Ministro!
- Chaga Spartter! Eu sei o que estou fazendo.

O sorriso orgulhoso dominara os lábios dos antigos guerreiros, Amy segurara firmemente a mão de Carter que lhe olhara de canto, se não podiam se salvar, salvariam pelo menos seus filhos.



O Três Vassouras nunca estivera tão lotado quanto naquele dia de passeio, Sirius que carregava vários embrulhos para Danielle praticamente jogou-se em uma mesa que acabara de esvaziar enquanto Caios e Anne o observavam divertidos, o moreno arfava tanto que quem olhasse de longe pensaria seriamente que ele estaria tendo um ataque de asma.

- Não seja fresco Sirius! – Danielle comentava risonha sentando-se ao lado do namorado apertando suas bochechas. – Não são tantos pacotes assim!
- Não são tantos pacotes? – Os olhos azuis acinzentados do garoto arregalaram-se categoricamente. – Danielle são trinta e cinco pacotes!
- Olhe o lado bom Six, assim você não precisa fazer musculação! – Caios ironizava erguendo sua caneca de cerveja amanteigada.
- Vai pro inferno! – Sirius bufava arrancando das mãos de Nathan uma caneca cheia de cerveja.
- Hey, isso é meu! – Nathan franzia o cenho.
- Você é novato na turma, encare isso como uma iniciação! – O moreno tomava um gole da bebida arrancando risadas dos demais.
- Por Merlim como você é sem educação! – Danielle sorria de canto.
- Sem educação não meu anjinho, sou apenas um pobre moribundo que passou horas de uma loja para outra saciando seu desejo de presentear metade da população mundial!
- Ou seja, mal educado! – A loira mostrava a língua.
- Com vocês o casal mais feliz de Hogwarts! – Caios aplaudia junto de Anne e Nathan.
- Obrigado, obrigado! Eu mereço um troféu por sobreviver esse namoro não acham?
- Eu acho que se o senhor não parar de me difamar vai precisar é de um caixão meu docinho. – A goleira puxava a orelha do namorado fazendo mais uma seção de gargalhadas começar.

A porta do bar abrira-se escancaradamente, Kevin segurando milhões de pacotes adentrara ao local equilibrando várias caixas nos braços, o loirinho estava prestes a derrubar tudo em cima de uma quartanista quando Anne dissera um feitiço suspendendo as caixas no ar antes de acertarem a pobre menina.

- Erm... Desculpinha! – Kevin sorria sem graça acabando por tropeçar e derrubar a mesa na qual a garota estava sentada. – Desculpa de novo. – Ele engolira em seco abaixando-se para apanhar a mesa batendo com ás sacolas na face da menina fazendo todos arregalarem os olhos e segurarem risadas. – Olha eu sinto muito mesmo e...
- Eu acho alguém ir o socorrer... – Anne balbuciava ao namorado.
- Como sempre eu não é mesmo? – Caios bufava levantando-se da mesa e indo em direção ao primo.

Kevin já havia molhado a blusa da garota com cerveja e a deixado com um olho roxo e pelo visto se o desastre Malfoy continuasse o pobre loirinho seria quem ganharia um belo de um olho roxo já que a menina estava preparada para sacar a varinha quando Caios arrancara a mesma das mãos da garota.

- Cacazitinho! Primitcho amado!
- Você sempre sabe ser discreto quando entra nos lugares não é? – O loiro usava o sarcasmo enfeitiçando os pacotes e as caixas para que voassem em direção a sua mesa.
- Bem, mais ou menos sabe? Eu não sei o porque, acho que sou um pouquinho desastrado...
- Um pouquinho? – Caios gargalhava. – Kevin se você é um pouco desastrado eu sou o Bruce Willis.
- Sério? Cara eu sou seu fã, principalmente em Duro de Matar! Me dá um autógrafo?
- Sirius, quer fazer ás honras? – Caios encarava o amigo ao chegar ao lado do primo até a mesa.
- Claro Caios! – Sirius sorria arteiro. – CALA A BOCA KEVIN!
- Essa realmente feriu meu coração... – O loirinho fazia bico sentando-se ao lado de Anne. – Anne você é a única que me entende sabe? Eu sou desastrado?
- Não, nem um pouco... – A morena sorria fracamente. – Prefiro dizer que você é apenas distraído.
- Viram? Falou a Annezinha a voz da razão!
- Ela está apenas querendo te agradar Kevin! – Caios dava um tapa na cabeça do primo.
- O Natezito não me acha desastrado!
- Eu te acho idiota, mas isso não vem ao caso, vem? – Zombava Nathan sorrindo de canto.
- Ele virou piadista! Que lindo, estamos influenciando ás pessoas, não acha isso lindo Six?
- Eu já te mandei calar a boca, não mandei?
- Oooookkkkaaayyyy! Mas eu só faço o que a Dandan mandar!
- Cala a boca Kevin. – Danielle piscava marota.

O loirinho arregalava os olhos logo fazendo bico, uma pose extremamente infantil. Jay sentado ao balcão do estabelecimento apenas sorriu fracamente, ele iria sentir falta daqueles momentos alegres, mas a verdade é que só de pensar em ficar ao lado de Caios mesmo depois de tudo o que aconteceu lhe dava náuseas, a dor da traição de Caios e de seus pais para consigo ainda lhe doía na alma.

Caios beijara a bochecha de Anne levantando-se da mesa, a garota o segurara firmemente pela mão o que o fez a encarar com uma sobrancelha arqueada.

- Só vou pegar mais cerveja. – Sorriu garbosamente para a namorada apanhando sua caneca vazia.

Anne o soltou, entretanto a sensação desagradável de que algo iria acontecer não lhe passava nem um segundo sequer, seus olhos tornaram-se fixos nas costas do namorado que aproximava-se lentamente do balcão e seus ouvidos pararam de escutar ás conversas alheias na mesa, era como se tudo tivesse parado enquanto Caios aproximava-se de Jay.

- Encha até o topo Madame Suelen! – O loiro falava animado frente ao balcão para a bela mulher ruiva de cabelos cacheados.

Jay que tomava sua cerveja sequer olhou para o lado enquanto Suelen enchia a caneca de seu ex-melhor amigo.

- Aqui está meu bem! – A ruiva sorria abertamente. – Olhe só para vocês dois como cresceram, antes roubavam meu estoque de Whisky de Fogo e agora são maiores de idade e só querem saber de Cerveja Amanteigada.
- Ás coisas mudam. – Jay falava amargurado.
- Tem razão, coisas mudam... – Sulen sorria de canto. – Mas a amizade de vocês dois, há essa jamais vai mudar.
- Eu também penso assim. – Caios falara sério fitando Jay.
- Eu não. – Rosnara o moreno deixando o balcão.
- Qual é Jay? – Caios falava alto chamando a atenção de todos.

Jay parara de costas para o loiro, seu olhar preso na porta do bar, seu cérebro o mandava ir embora dali antes que matasse Caios, mas seu corpo parecia não o obedecer.

- Eu sei que eu fiz coisas erradas, sei que não tenho sido um bom amigo.
- Você me traiu Caios! – O moreno murmurara.
- Eu não vou desistir de nossa amizade.
- Eu acho bom desistir, afinal você já tem uma amiga a quem confiar não é mesmo?
- Você desconta sua raiva em Danielle... – Caios dizia dentre os dentes começando a perder a calma. – Desconte em mim, não sou eu que te trai? Então bata em mim Jay! VAMOS!
- Quer saber? É isso mesmo que eu vou fazer.

Os olhos do moreno cerraram-se assim que ele virara-se com tudo em direção a Caios dando-lhe um belo soco na face, Caios cambaleara para trás batendo ás costas no balcão, logo o loiro sorrira de canto dando um belo soco na face de Jay que dera-lhe um soco na boca do estômago.

Anne levantara-se com tudo da mesa assim como Nathan, Danielle, Sirius e Kevin, enquanto Jay e Caios rolavam ao chão espancando-se como nunca, Suelen a barman parecia tão perplexa com aquilo tudo que sequer havia reagido, dois melhores amigos brigavam feito dois grandes inimigos enquanto o resto era apenas telespectadores.

- CAIOS PARE! – O berro de Anne ecoara como suplica.

Nathan agarrara Caios pela blusa enquanto Sirius e Kevin puxavam Jay para fora dali, os lábios de Caios Trent estavam cortados, mas o que mais lhe doía era saber que não seria tão fácil ter seu melhor amigo de volta.



- ME LARGUEM VOCÊS DOIS! – Berrara Jay ao chegarem a uma pequena pracinha de Hogsmead.

Sirius soltara-o assim como Kevin, ambos fitavam Jay tristemente como se não pudessem crer no que estava acontecendo, era como um pesadelo que não tinha fim.

- Você e Caios chegaram ao limite. – Kevin murmurara tristemente sentando-se na neve. – Eu não sei mais o que fazer para voltar a ser como antes.
- Nunca vai ser como antes Kevin. – Sirius comentara sério fitando Jay. – Caios mentiu, Jay fez merda, eu fiz besteira, a amizade dos marotos está por um fio.
- Vocês não podem esquecer isso tudo? – O loirinho gritava nervoso.
- Não, não podemos. – Caios aproximava-se solitário.

Os olhos de Jay enfureceram-se com a visão do loiro assim como os olhos de Caios que fitara Jay de um modo magoado e rancoroso.

- Sabe como vamos resolver isso não sabe Jay? – Caios indagara seco.
- Quadribol não vai salvar nossa amizade Caios. – Retrucara o moreno.
- Do que vocês estão falando? – Sirius metia-se.
- É assunto nosso Sirius, um assunto de anos atrás. – Caios virava-se de costas. – Te espero no campo de quadribol daqui a uma hora.

Jay erguera o queixo em arrogância virando-se de costas e seguindo em sentido contrário ao de Caios, os olhos de Kevin marejaram-se ao ver Sirius suspirar fundo e ir para um outro lado. Os marotos estavam separados e Kevin temia que fosse de vez.




Caios terminava de colocar o uniforme de Quadribol da Sonserina, sentada em um dos bancos do vestiário masculino estava Anne com um olhar perdido e magoado. O loiro vestira a camisa verde logo apanhando sua vassoura aproximando-se da namorada beijando-lhe a testa.

- Não faz isso... – Sussurrara a menina.
- Vá para o castelo, está frio aqui... – Caios comentara seco.
- Caios, eu...
- Eu tenho que tentar uma última vez Anne.
- Por que eu acho que você vai sair mais ferido disso do que quando entrar?
- Porque é a mais pura realidade. – O loiro baixava os olhos verdes saindo pela porta do vestiário.

Anne abraçara os joelhos, pelo o que Caios lhe contara a caminho de Hogwarts, aquilo era algo que havia marcado o passado de Caios e Jay e se não pudesse os unir novamente, nada poderia.



Jay já estava em pé ao meio do campo de Quadribol, o lugar estava frio e vazio, Caios aproximou-se vagarosamente do moreno o encarando nos olhos, ás memórias ardiam dentro de cada um deles, memórias que jamais poderiam ser apagadas ou esquecidas.


FlashBack

- EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ É CAPITÃO! – Berrara Jay com seus quinze nervoso.
- Qual é, ano que vem você vira e aí fica tudo igual! – Caios declarava tediosamente enquanto espreguiçava-se.
- Nós prometemos sempre fazer tudo juntos!
- Nós prometemos muitas coisas, mas eu sempre me esqueço delas ou não cumpro. – O loiro dava os ombros.
- Você prometeu que seriamos amigos pra sempre. – Jay sorria de canto. – Vai esquecer e não cumprir também?
- Eu sempre vou ser seu amigo. – Caios franzia o cenho.
- Vamos fazer um acordo?
- Detesto seus acordos, são piores do que as trapaças do Sirius!
- Escute pelo menos!
- E eu lá tenho escolha?
- Deixe-me pensar, NÃO!
- Fala logo Jay...
- Se um dia nossa amizade acabar, ela deve acabar num campo de quadribol. – Jay falava sério. – Devemos deixar tudo em pratos limpos.
- Por mim tudo bem... – Caios sorrira de canto. – Mas porque o campo de Quadribol?
- Sei lá, acho que o Quadribol dá um certo charme!

Os dois garotos gargalharam alto, Caios arremessara o travesseiro no melhor amigo apenas fazendo um convite para uma guerra de travesseiros e boas gargalhadas.

Final do FlashBack

Caios subira na própria vassoura sem cortar o contato visual com Jay, os olhos de ambos pareciam estar pegando fogo quando oito balaços subiram aos ares junto de suas vassouras. Nathan, Kevin e Sirius adentraram ao campo e sentaram-se nas arquibancadas, seja lá o que fosse acontecer eles iriam estar ali presenciando, prontos para ajudar um deles.

What do i do to ignore them behind me?
O que eu faço para ignorar os que estão atrás de mim?
Do i follow my instincts blindly?
Sigo meus instintos cegamente?
Do i hide my pride,from these bad dreams
Escondo meu orgulho desses pesadelos
And give into sad thoughts that are maddening?
E mergulho em pensamentos tristes que estão me enlouquecendo?
Do i,sit here and try to stand it?
Devo sentar aqui e tentar ficar parado?
Or do,i try to catch them red-handed?
Ou tento os pegar em flagrante?
Do i trust some and get fooled by phoniness?
Devo acreditar em algo e ser enganado pela falsidade?
Or do i trust nobody and live in loneliness?
Ou não confiar em ninguém e viver na solidão?
Because i can't hold on,when stretched so thin
Porque eu não posso aguentar ser tão esticado
I make the right moves but i'm lost within
Eu faço os movimentos certos mas estou perdido dentro deles
I put on my daily façade but then. i just end up getting hurt again
Eu dou minha tacada diária novamente, mas termino me ferindo de novo



Ás vassouras estavam suspendidas aos ares, os balaços rodeavam aqueles dois rapazes que possuíam tantas magoas em seus corações que poucos seriam capazes de compreender. Jay engoliu em seco, como se fazer aquilo fosse a coisa mais difícil de sua vida, mas ele fez sacou a varinha e lançou um balaço em direção a Caios que sequer se moveu. O balaço passou a poucos centímetros do rosto do loiro que sequer piscara.

- POR QUE VOCÊ FEZ ISSO CAIOS? POR QUE JOGOU NOSSA AMIZADE NO LIXO?
- Eu não joguei nossa amizade fora Jay. - O loiro respondia serenamente.


By myself (myself)
Por mim mesmo (mim mesmo)
I ask why (but in my mind i find)
Me pergunto porque (mas em minha mente eu encontro)
I cant rely on myself (myself)
Eu não posso confiar em mim mesmo (mim mesmo)
I can't hold on
Eu não posso aguentar
(to what i want when i'm stretched so thin)
(pelo que eu queira quando estou tão esticado)
Its just too much to take in
É demais pra se ter
I cant hold on
Eu não posso aguentar
(to anything watching everything spin)
(por qualquer coisa, vendo tudo girar)
With thoughts of failure sinking in
Com pensamentos de falha se afundando em mim


Jay soltou uma risada seca logo dirigindo a Caios mais um balaço, este o acertara em cheio no ombro o que fez o loiro cambalear um pouco na vassoura. Caios sorriu com escárnio fazendo um sinal com a varinha e logo um balaço atingira Jay no mesmo local em que Jay o havia atingido, a neve começara a cair e logo Jay ficara de pé na vassoura assim como Caios.
- ESTUPEFAÇA!
- PROTEGO!
- EXPELLIARMUS!
- CONFFUNDIO!

Os feitiços poderosos eram lançados fazendo um belo show de luzes nos céus, Kevin baixara a cabeça enquanto Sirius e Nathan observavam tudo perplexos, aquele era oficialmente o film de uma era.

If i turn my back i'm defenseless
Se eu der as costas fico indefeso
And to go blindly seems senseless
E ficar cego parece insensato
If i hide my pride and let it all go on (then they'll)
Se eu esconder meu orgulho e deixar isso tudo passar (então eles irão)
Take from me till everything is gone
Tirar de mim até que tudo tenha passado
If i let them go i'll be outdone
Se eu os deixar ir, então serei ultrapassado
But if i try to catch them i'll be outrun
Mas se eu tentar pegá-los aí eu estarei na frente
If i'm killed by the questions like a cancer
Se eu for morto por questões como câncer
Then i'll be buried in the silence of the answer
Então eu serei enterrado no silêncio da resposta


Caios levara a mão a costela, ainda não havia se recuperado totalmente desde a ultima vez que jogara quadribol com Nathan e podia senti-la rangindo dentro de si. Estava exausto, suado e cansado tanto mentalmente quanto fisicamente, Jay não ficava atrás, ambos sabiam que ali não haveria vencedor ou perdedor, ambos saíriam perdendo.

- MEU PAI MANDOU EU NÃO TE FALAR! - Gritou Caios.
- MUITAS VEZES MEU PAI MANDOU FAZER ALGO E EU NÃO CUMPRI POR VOCÊ! - Retrucara Jay.


By myself (myself)
Por mim mesmo (mim mesmo)
I ask why (but in my mind i find)
Me pergunto porque (mas em minha mente eu encontro)
I cant rely on myself (myself)
Eu não posso confiar em mim mesmo (mim mesmo)
I can't hold on
Eu não posso aguentar
(to what i want when i'm stretched so thin)
(pelo que eu queira quando estou tão esticado)
Its just too much to take in
É demais pra se ter
I cant hold on
Eu não posso aguentar
(to anything watching everything spin)
(por qualquer coisa, vendo tudo girar)
With thoughts of failure sinking in
Com pensamentos de falha se afundando em mim



Caios voara com tudo em direção a Jay dando-lhe um belo soco na face, ambos caíram das vassouras tombando ao gramado do campo feito um baque, socos e mais socos, lágrimas escorrendo dos olhos de cada um, amargura, desespero, raiva, decepção. Era uma mistura de sentimentos que jamais poderiam ser compreendidas por outras pessoas além deles.

- EU CONFIEI EM VOCÊ! EU DEPOSITEI TUDO EM VOCÊ, MEUS SEGREDOS, MINHA VIDA! E VOCÊ ME TRAIU! ME MOSTROU QUE ATÉ MESMO MEUS PAIS CONFIAM MAIS EM VOCÊ DO QUE EM MIM, VOCÊ É UM GRANDE FILHO DA PUTA QUE SÓ QUER BANCAR O HERÓI! SÓ QUE ESSE NÃO É O SEU PAPEL CAIOS, ENTÃO PARE DE QUERER BANCAR O BONZINHO, VOCÊ NÃO É E NUNCA FOI!

How do you think
Assim como você pensa
I've lost so much
Eu tenho perdido muito
I'm so afraid
Estou com tanto medo
And i'm out of touch
pois estou fora de alcance
How do you expect
Assim como você espera
I will know what to do
Eu saberei o que fazer
When all i know
Quando tudo o que eu sei
Is what you tell me to
É o que você me diz


Caios arfava, sentia uma dor inexplicável em sua costela com certeza havia a fraturado mais uma vez.

- Eu nunca quis ser um herói, eu nunca disse que sou uma boa pessoa... - O loiro falava com dificuldade. - Como eu também nunca disse que sempre seria um amigo perfeito.

Don't you (know)
Você não (sabe)?
I cant tell you how to make it (go)
Eu não posso te dizer como fazer (ir)
No matter what it do, how hard i (try)
Não importa o que eu faça, o quão duro eu (tente)
I cant seem to convince myself (why)
Eu não pareço convencer a mim mesmo (porque)
I'm stuck on the outside
Eu estou orgulhoso por fora
Don't you (know)
Você não (sabe)?
I cant tell you how to make it (go)
Eu não posso te dizer como fazer (ir)
No matter what it do, how hard i (try)
Não importa o que eu faça, o quão duro eu (tente)
I cant seem to convince myself (why)
Eu não pareço convencer a mim mesmo (porque)
I'm stuck on the outside
Eu estou orgulhoso por fora


Jay dera mais um soco na face de Caios que retrucou prontamente, ambos estavam imundos.

- Eu te considerei mais meu irmão do que Max e Andy.
- Eu ainda te considero um irmão.
- NÃO CAIOS! VOCÊ SÓ QUER SABER DE SEUS SEGREDOS E DE DANIELLE! EU ESTOU FARTO DE SEMPRE SER JOGADO EM SEGUNDO PLANO, DE SEMPRE VOCÊ CONFIAR MAIS EM DANIELLE DO QUE EM MIM!

I cant hold on
Eu não posso aguentar
(to what i want when i'm stretched so thin)
(pelo que eu queira quando estou tão esticado)
Its all to much to take in
É demais pra se ter
I cant hold on
Eu não posso aguentar
(to anything watching everything spin)
(por qualquer coisa, vendo tudo girar)
With thoughts of failure sinking in
Com pensamentos de falha se afundando em mim
I cant hold on
Eu não posso aguentar
(to what i want when i'm stretched so thin)
(pelo que eu queira quando estou tão esticado)
Its all to much to take in
É demais pra se ter
I cant hold on
Eu não posso aguentar
(to anything watching everything spin)
(por qualquer coisa, vendo tudo girar)
With thoughts of failure sinking in
Com pensamentos de falha se afundando em mim


- Eu cansei de nossa amizade. - Jay finalizava amargo.

Caios o fitara perplexo, Jay apenas maneou a cabeça negativamente caminhando em direção a sua vassoura apanhando-a e saindo do campo, o loiro caíra de joelhos segurando firmemente sua costela, sentiu sua visão embaçar quando Nathan corria em sua direção ao lado de Sirius e Kevin.

- Você pode não ser mais meu amigo Jay, mas eu ainda sou seu.




Os olhos verdes abriram-se lentamente, Caios tentara sentar-se quando fora impedido por uma fisgada em sua costela, odiava o fato daquilo sempre lhe ferir, sentiu duas mãos delicadas tocaram-lhe os ombros forçando-o a deitar-se novamente, ergueu os olhos pronto para ver a visão de uma bela sonserina lhe olhando de maneira preocupada.

- E eu que pensei que não tinha anjos no inferno... – Sussurrou deitando-se novamente.
- Estou longe de ser um anjo. – A garota sorria de canto. – M.Dodderidge quase enfartou quando Sirius e Nathan lhe trouxeram para cá ontem...
- Onde está o Jay?
- Partiu...
- Partiu? – O loiro novamente tentou sentar-se sendo impedido dessa vez não só pela dor como pelas mãos de Anne.
- Partiu. – Finalizou a garota séria.

Caios deitara-se novamente, o olhar perdido no teto, a vida dava tantas reviravoltas que ele sentia-se mais tonto do que nunca naquele exato momento.



A Mercedes negra conversível sobrevoava campos floridos e riachos enquanto Megan Potter a dirigia, essa era uma das grandes vantagens de se ter um carro voador, poder apreciar a beleza de todas as terras bruxas sem que nenhum trouxa os notasse. A ruiva sorriu de canto passando ás mãos pelos cabelos cor de fogo, ao seu lado Jay mantinha-se calado e atento na paisagem submerso em seus próprios pensamentos.

- Não vai me dizer o porquê do corte da sobrancelha? – Indagou a ruiva sem fitar o filho.
- Sabe o que eu andei pensando? – Desconversava Jay fazendo Megan o encarar como se mandasse-o prosseguir. – O Senhor dos Anéis é Gay.
- Como? – Riu-se a mulher fitando o filho perplexa.
- Frodo é gay! – Jay aderia a maior pose pedante fazendo sua mãe o fitar ainda sem entender. – Esse relacionamento dele com o tal do Sam, não é amizade! Qual é, o cara praticamente fala “Eu quero comer sua bunda” o livro inteiro!
- Jay, por Merlim da onde tirou isso?
- No final o Frodo fica tão frustrado que o Sam se casa que ele simplesmente vai embora, resumindo: dor de corno.
- Eu realmente não sei da onde você tira essas idéias mirabolantes.
- Do mesmo lugar que você e o papai tiraram o fato de não confiarem em mim. – O moreno dava uma piscadela cheia de presunção.

Megan bufara, sabia que não ia demorar até seu filho mais velho começar a demonstrar sua plena rebeldia em relação aquele assunto, fitou o garoto com o canto dos olhos, Jay colocava os pés em cima do porta luvas e inclinou-se para trás cerrando os olhos a magoa de seu primogênito para com ela e Harry era notória e extremamente desagradável.


A ventania naquele dia fático castigava ás arvores que possuíam seus galhos congelados por conta da neve. Os alunos de Hogwarts que passariam o natal em suas moradias com seus familiares protegiam-se com certa dificuldade daquele clima pouco agradável, a verdade é que o clima parecia representar o sentimento de algumas pessoas que embarcavam na maria fumaça, o sentimento de raiva, pavor e desespero.

- Mas que inferno! – Resmungara Sirius subindo em um dos banquinhos da estação observando a massa de alunos adentrando o trem. – Quem foi o debilóide que inventou de entrarem em fila no trem? Querem que congelemos?
- Sirius eu estou num frio desgramado e te ouvir reclamando não vai ajudar muito. – Danielle comentara esfregando ás mãos cobertas por luvas de lã negra.
- A Lau-Lau não pode tomar friagem! – Vociferava Kevin. – HEY BANDO DE GENTE SAUDÁVEL SAI DA FRENTE QUE A FUTURA MÃE DE MEUS FILHOS TÁ SE RECUPERANDO DE UMA GRIPE, OLHA O MEIO QUE EU TÔ PASSANDO!
- Kevin, para com isso! – Repreendia Lauren tentando esquivar-se do namorado que a arrastava em meio aos alunos. – Que vergonha!
- Vamos pegar uma cabine perfeita amada futura mãe do Kevin Jr.!
- Kevin Jr.? – Ria-se a corvinal. – Eu prefiro congelar e ter uma pneumonia ao invés de ter um filho com o nome de Kevin Jr.!
- Menos papo e mais ação Lau-Lau! Depois discutimos o nome de nosso herdeiro. – O loirinho piscava maroto. – OH O MEIO, OH O MEIO, EU TÔ PASSANDO COM UMA ENFERMA! SAIAM DA FRENTE ANTES QUE EU OS DÊ UMA BELA PEZADA!

Sirius gargalhara alto, Kevin e Lauren realmente haviam sido feitos um para o outro, sua gargalhada logo cessara observando Caios aproximando-se junto de Anne, a sonserina estava agasalhada elegantemente enquanto Caios a ajudava se aquecer abraçando-a e cobrindo-a com sua própria capa, em tempos atrás Caios estaria vindo na companhia de Jay e logo iriam dar um jeito de destruir a maldita fila, mas esses tempos não existiam mais.

- Sirius, Sirius! – Chamava Danielle.
- Oi? – O garoto pulava do banquinho abraçando a namorada. – Algum problema?
- Kevin conseguiu entrar no trem, se você não arrumar um jeito de me colocar ali dentro eu juro que se eu gripar eu vou te fazer cuidar de mim!
- Brincaríamos de médico? – O moreno dava um sorriso de canto levando uma bela cotovelava da boca do estômago. – Autch Dandan! Perguntar não ofende!
- Anda logo, arrume um modo de entrarmos nesse trem!
- Tudo eu, tudo eu, tudo eu!
- O que é tudo você Sirius? – Stacy indagava divertida na companhia de algumas garotas da grifinória.
- Dandan quer que eu a faça entrar no trem antes que vire um sorvete.
- Bem, essa é a sua principal função como namorado sabe? – Danielle falava sarcástica. – Cuidar do MEU BEM ESTAR!
- Ok, ok, ok! Olha lá o Nathan, ele pode dar um jeito, pode seduzir o Hagrid e assim nos fazer entrar, HEY NATHAN!

O moreno bonito que aproximava-se de Caios e Anne parou subitamente para fitar Sirius que lhe sorria marotamente, Caios apenas girou os olhos aquele sorriso de Sirius só podia significar uma coisa: problemas. O loiro abraçou Anne fortemente depositando um beijo em sua testa, Nathan ainda olhava intrigado a Sirius que corria em sua direção praticamente arrastando Danielle e Stacy junto.

- Seja o que for a resposta é não. – Declarou o sonserino fazendo Caios soltar um leve risinho.
- Qual é Nathan, o Hagrid te deve uma sabe? E eu devo milhares ao Hagrid, se você pedir a ele com certeza ele vai nos deixar entrar na frente dessa cambada de pirralho do terceiro ano. – Sirius sorria maroto.
- Eu posso saber como você não é sonserino? – Indagava Anne. – Apostas, trapaças, converter uma situação ao seu pleno favor...
- Minha cara lady Adhara, eu ainda não sei como parei na Grifinória acho que o Chapéu errou, mass... Desejo viver quentinho para descobrir e para isso acontecer seu amado e sexy irmão deverá seduzir o nosso sensual meio gigante.
- Eu nunca ouvi tanta baboseira só em uma única resposta. – Danielle girava os olhos.
- O que quer que eu faça Sirius? Pedir para ele para passar na frente das crianças? – Perguntava Nathan irônico.
- Exatamente! – O grifinório sorria maroto.
- Não seria má idéia sabe... – Comentava Stacy esfregando os próprios braços. – Se essa ventania continuar assim não será apenas os galhos das arvores serem arrancados.
- Eu acho que a Tacy ‘tá te pedindo algo Nate... – Caios sorria debochado.

Nathan bufara o que fez Danielle e Stacy sorrirem abertamente, Sirius apenas arqueou uma sobrancelha em curiosidade. O Adhara mais velho resmungou palavras inaudíveis caminhando em passos velozes em direção ao meio gigante que controlava a fila, Caios apenas gargalhou sendo repreendido por um olhar reprovativo de Anne que entendia a situação do irmão mais velho.

- Quem diria, o Sr.Gostosão Adhara encoleirado... – Danielle comentava zombeteira fazendo Stacy corar levemente e Sirius sorrir abertamente em compreensão.
- Kevin vai ter um ataque cardíaco quando descobrir! – Riu o moreno arrancando mais gargalhadas de Caios e um estado beta de Stacy.



Quentinho, pouco espaçoso, mas ainda sim muito quentinho. Essa era a maior definição para aquela cabine na maria fumaça, Anne havia pegado no sono no ombro de Caios enquanto Danielle lia uma revista sobre quadribol e Stacy conversava amenidades junto de Lauren, por menor que aquela cabine fosse a situação em que eles se encontravam era deveras confortável.

- Consegui doces! – Kevin sorria maroto adentrando a cabine junto de Nathan e Sirius.
- Você não roubou dos primeiranistas não é? – Riu-se Caios ajeitando Anne em seu ombro com cuidado.
- Na verdade ele usou o Nathan. – Sirius pulava no colo de Danielle a fazendo dar um belo tapa em suas costas. – Autch Dandan, mais carinho e menos violência!
- Usou o Nathan? – Stacy indagava fitando o moreno com ás bochechas róseas ainda de pé.
- Ele é uma arma ok? – Kevin sentava entre a irmã e a namorada. – Se eu soubesse que o poder dele de conseguir ás coisas fosse tão grandioso, teria ficado amigo dele antes.
- Natezito já havia subido em meu conceito convencendo o Hagrid a nos dar passe livre para cá e agora conseguindo doces de graça, Nate você é meu herói! Quero ser você quando crescer. – Sirius falava empolgado abrindo um sapo de chocolate.
- Mas o que aconteceu de verdade? – Stacy interessava-se ao ver o moreno sentar-se ao lado de Caios e fechar a cara.
- Nada demais. – Rosnou o sonserino.
- Mas eu quero saber horas! Vamos me contem! – A metamorfomaga insistia.
- Bem, nós chegamos para comprar doces na tia dos docinhos e bem, o Kevin ia roubar os doces mas o Natezito aqui não deixou. – Sirius começava.
- A Tia dos docinhos fitou a imensidão negra dos olhos do Natezito e disse que ele era bonito e muitoooo educado, Natezito ficou corado na hora. – Kevin gargalhava recebendo um beliscão de Lauren.
- Não acredito que você ia roubar doces!
- É o que eu faço meu pudinzinho, sou sonserino! – Kevin piscava arteiro. – Enfim, ela ficou apaixonada com o Natezito, disse que deveria existir mais meninos como ele e deu uma porrada de doces!
- Humpf... Patético. – Grunhiu o sonserino arrancando mais e mais gargalhadas.
- Bem, pelo menos o charme dos Adhara’s serve para algo! – Stacy sorria de canto apanhando uma barra de chocolate e dando uma bela mordida.

Nathan sorriu de canto observando a garota, ela sabia que o charme dos Adhara’s servia para muito mais coisas do que para pegar doces de Tias. A grifinória piscou marota e logo voltou a ter uma conversa animada com Lauren fazendo Kevin intrometer-se de segundo a segundo.

- E então Six, vai falar hoje com o sogro e a sogra? – Ria Caios mais uma vez confortando Anne.
- Nem me fale... – O moreno passava as mãos pelos cabelos fazendo Danielle sorrir orgulhosa.
- Eu não me preocuparia muito com os pais dela sabe... – Caios fitava a amiga com um imenso sorriso. – Mas sim com o irmão pitbull!
- DIGO VAI TE BUSCAR NA PLATAFORMA? – Urrou o grifinório.

Anne abriu os olhos assustada enquanto Kevin pulava para o colo de Lauren, Sirius parecia tão apavorado que chegava a ser hilariante, Danielle deu um belo sorriso presunçoso para o namorado, Digo era seu irmão mais velho, seu único irmão e com isso ele era extremamente protetor e bem... Ciumento. Ele possuía simplesmente aversão de pensar que sua pequena irmãzinha estaria namorando, quando ela e Caios namoraram quando crianças Digo faltava querer matar o pobre loiro, atualmente Digo só gostava de Caios por saber que o loiro não permitia que qualquer um chegasse em sua irmã caçula.

- Claro que vai, é Natal e ele está com saudades de mim. – A loira fazia-se de inocente.
- COMO VOCÊ NÃO ME AVISOU ISSO ANTES? ELE VAI TENTAR ME MATAR, ELE VAI TENTAR ME AZARAR! CAIOS VOCÊ ME PROTEGE!
- Quanto escândalo... – Stacy gargalhava.
- O Digo não vai te matar Sirius... – Danielle girava os olhos. – Ele pode até te azarar, mas nada que cause algum dano sério...
- CAIOS ME AJUDA!
- Nem vem que não tem cara, eu estou comprometido e já tive que enfrentar a ira do Sr. Digo O’Brian uma vez.
- O irmão dela é tão ruim assim? – Perguntava Nathan risonho.
- Bem, da última vez que ele soube que um cara estava interessado em Danielle o cara ficou uma semana e meia na Ala Hospitalar... – Lauren comentava divertida enquanto Kevin deitava em seu colo.
- Relaxa Six, o máximo que pode te acontecer é você ficar com alguns furúnculos. – Kevin falava tedioso.
- Grandes amigos vocês e você é uma péssima namorada que não zela pela minha saúde física e mental!
- Pare de drama Sirius... – Danielle beijava a bochecha do namorado. – Papai vai estar lá, ele não vai deixar o Digo malvado te comer.
- Você é cruel Dandan, extremamente cruel. – O moreno fazia bico recebendo mais afagos da namorada que gargalhava na companhia dos outros na cabine.
- Eles realmente me assustam... – Sussurrara Nathan para Caios que segurara uma boa risada.

Os olhos castanhos esverdeados de Anne desviaram-se da bela discussão que se alastrava entre Sirius e Danielle repousando apenas na paisagem pela janela, estavam aproximando-se da plataforma 9 ¾ e ela sabia que ao se despedir de Caios ao deixar o trem teria de lidar com uma nova realidade, uma realidade que temia retornar desde que ingressara num namoro sério com o loiro. Estremeceu ao recordar-se da promessa que fizera a anos atrás para seu falecido pai, o que Gaya faria quando a visse?

- Está tudo bem? – A voz rouca e serena de Caios soava próxima ao seu ouvido.
- Não... – Anne respondia sombriamente fitando a neve caindo, logo erguendo os olhos encarando as duas esmeraldas do loiro. – Mas vai ficar.

Caios sorrira bonito beijando delicadamente os lábios de boneca da namorada, afastou-se lentamente colando a testa na da mesma a fitando com um carinho que Anne sentia internamente indigna.

- Vai ficar. – Murmurou o loiro de maneira confiante.

A morena sorrira abertamente roçando o pequeno narizinho ao do namorado, um beijo de esquimó como dizia Caios, confortou-se mais uma vez nos braços do loiro e cerrou os olhos, daria tudo para que o tempo parasse naquele exato momento.


Uma coisa que Ashlee Zabine sempre detestava era ter de buscar seus filhos na Plataforma 9 ¾ para o Natal, além de ficar extremamente lotada os pais dos alunos pareciam ainda mais emotivos o que resultava em mães chorando rios e pais as confortando. Para a monarca dos Zabine’s aquilo tudo era uma grande frescuragem e falta de bom senso.

- Esse trem vai demorar muito? – Indagou nervosa para o marido que mantinha uma conversa animada com Draco, Carter e Harry.
- Bem, nessa neve toda o trem deve atrasar um pouco, não se preocupe Ashleezinha a emoção não é contagiosa. – Divertia-se Blake recebendo um olhar mortífero da esposa.
- Se eu escutar mais uma mãe chorando por ver o filhinho novamente eu juro por Merlim que eu azaro! – Resmungara a mulher cruzando os braços.
- A cada ano que passa o seu explicito ser emocional desaparece de dentro de si mesma hein? – Brincava Amy sendo abraçada por Carter.
- Só acho bobagem elas chorarem... – A mulher dava os ombros. – Megan concorda comigo.
- Concordo, mas nem por isso quero ás azarar! – Divertia-se a monarca dos Potter’s ao lado de Harry que piscava maroto para a esposa.
- Eu entendo a emoção delas, eu mesma morro de saudade de meus pequenos! – Suzan alargava o sorriso fazendo os olhos lacrimejarem.
- Você não vai chorar vai? – Ashlee arregalava os olhos. – Por Morgana Draco, dê um jeito!

Draco rira abraçando a esposa enquanto Blake começava um imenso discurso sobre a sensibilidade de Ashlee. Era engraçado ver que mesmo com tanto tempo se passando eles ainda tinham um pouco dos adolescentes que um dia fizeram grandes estardalhaços em Hogwarts. Carter sorriu com a lembrança dele junto de Blake e Draco botando terror nos primeiranistas Lufas-Lufas, bons tempos aqueles, pena que não voltam mais. Suspirou com a nostalgia eminente virando a face, seus traços antes relaxados deram origem a uma carranca notória, Amy que estava dentre os braços do marido estranhou o olhar parado e gélido de Carter em uma outra direção, seguiu o olhar do mesmo parando em duas pessoas.

Uma mulher elegante ruiva trajada com vestes verdes escuras e um chapéu pontudo da mesma cor estava parada ao lado de um homem robusto e careca trajado de terno. Gaya Adhara na companhia de Apus Vega aparentava uma imponência quase ameaçadora. Os olhos de Carter brilharam em fúria, Vega estava tão relaxado que chegava a enojar o patriarca dos Trent que deslizara automaticamente a mão para a varinha em seu bolso.

- Calma Carter... – Amy sussurrara segurando a mão do marido.
- Não me peça calma Amy. – O moreno respondia de modo mordaz.
- Se não tiver calma prejudicará ás crianças, pense em Carter e Joe, raios!

Os olhos verdes do moreno brilharam em compreensão, virando-se para Amy e murmurando um leve “desculpe-me”, a verdade é que a presença de Vega lhe despertava uma ira quase descontrolada, uma ira que ele só sentira uma vez na vida: Quando fora o Herdeiro das Trevas.

- OLHEM O TREM ESTÁ CHEGANDO! – Gritara Suzan empolgada fazendo Ashlee girar os olhos.

A imensa Maria Fumaça aproximava-se velozmente para a alegria dos pais que não se agüentavam de saudades dos filhos, assim que o trem parara e ás crianças começavam a descer a multidão de pais desesperados corriam na direção de seus filhos os abraçando e beijando como se não os visse a quase uma eternidade, em todos os cantos da plataforma podia-se ouvir “Como você cresceu!”, “Você está tão linda!”, “Sentimos saudades!”, o que resultava em uma Ashlee Zabine ainda mais irritada para divertimento de seu marido.

- Mãe! – Joe gritava empolgado descendo do trem na companhia de June.
- Querido! – Amy abraçava o filho do meio com fervor enquanto Carter bagunçava-lhe os cabelos loiros.
- Olá mamãe! – June sorria abertamente abraçando Ashlee levemente e logo correndo até o pai jogando-se aos braços do mesmo. – PAIZINHO!
- MINHA TCHUTCHUQUINHA!!! – Blake girava a filha nos ares resultando em boas risadas de sua esposa e dos outros.
- Olá pai, mãe! – Max aproximava-se na companhia da namorada Genevive.
- Olá filho. – Harry apertava a mão do garoto.
- Como vai minha norinha? – Megan alargava o sorriso em orgulho ao observar a bela garota morena de olhos verdes ao lado do filho fazendo a menina corar furiosamente.
- Vou bem Sra.Potter, obrigada. – Respondia timidamente.
- Vou levar Genevive até os pais dela, volto num instante. – Comunicava o ruivo logo afastando-se dos pais junto da namorada.
- É incrível como ele cresceu não é? – Emocionava-se Megan recebendo um olhar perplexo de Ashlee. – Ah! Eu não curto o lance emocional Ash, mas ver meu filhote namorando é de emocionar até mesmo um Trasgo da China!
- Onde está Sirius e os outros? – Blake perguntava sério olhando para os lados.
- Six foi falar com os sogros! – Gargalhava Trevor dando um beijo estalado na bochecha de Ashlee. – E dar a boa noticia que virou namorado de Danielle ao seu novo cunhado, Digo O’Brian!
- Pobre Sirius... – Lamentava Carter lembrando-se do ciúmes de Digo em relação a Caios.
- Aposto que os outros foram assistir de camarote não é mesmo? – Zombava Amy divertida.
- Na verdade não... – June falava séria atraindo a atenção de todos. – Só o Kevin e Lauren que foram ver esse feito, Caios foi acompanhar a namorada e Stacy e não faço idéia.
- Caios com uma namorada? – Surpreendia-se Carter. – Desde quando?
- Já tem um bom tempo, ela é da Sonserina! – June sorria orgulhosa.
- Sonserina? – Amy arqueava uma sobrancelha.
- Mas isso não é motivo para fofocas! – Interpunha Trevor tampando a boca da irmã. – Se Caios não contou ele ainda vai contar! Por Merlim June, eu sabia que os Grifinórios eram fofoqueiros, mas não tanto quanto você!
- Você anda ficando chato que nem o Six! – Muxoxava a menina arrancando a mão do irmão da boca.
- Faço o que posso! – Trevor fazia uma leve reverência arrancando risadas de todos.

Carter e Amy continuaram impassíveis, Caios namorando não era algo lá muito normal e principalmente uma sonserina, algo estava errado naquilo tudo e tinha haver com a volta de Jay e da briga dos dois, o casal trocou um olhar confidente, iriam descobrir o que seu filho mais velho estava aprontando.



Sirius aproximava-se relutantemente de um belo trio, atrás de si podia escutar ás boas gargalhadas de Kevin e Lauren que aparentemente adoravam apreciar a desgraça alheia. Já Danielle ao seu lado parecia tranqüila o que lhe irritava veemente, afinal onde estava a solidariedade com os namorados em apuros? Resmungou alguns palavrões inaudíveis, de longe era notório o irmão mais velho de Danielle e um sentimento de “estou sendo levado para a forca” não conseguia desaparecer de sua cabeça.

- Relaxa Sirius, Digo não vai te matar! – Rira-se a loira.
- Apenas torturar não é? – O moreno engolia em seco.
- Hã... Mais ou menos isso.
- Obrigado por nada Dandan.
- Disponha Sixinho!

O senhor de cabelo branco e barba branca sorrira abertamente ao ver a loirinha, Jorge O’Brian aparentava tanta felicidade ao fitar sua caçula que mal se preocupava se seu sorriso estava tão grande que chegava a doer o maxilar, ao seu lado uma bela mulher de cabelos cor de chocolate e olhos amendoados sorrira tão animada quanto o marido. Carla O’Brian esbanjava uma jovialidade descomunal ao abrir os braços e puxar a filha pra um grande abraço quebra ossos. Sirius encolhera os ombros afinal seu grande pavor estava logo atrás daquele simpático casal.

- Dani que saudades! – Carla falava empolgada ainda agarrada à filha beijando-lhe as bochechas.
- Mãe, eu sei que você está com saudades, mas vai sentir muito mais se continuar me apertando assim... – Ironizava a loira sendo logo solta pela mãe.
- Como vai filha? – Jorge abraçava a loira que parecia nunca ter sorriso tanto na vida.
- Pai, pare de agarrá-la assim... – Uma voz grossa ecoava divertida. – É minha vez sabe?
- DIGO!!! – Danielle berrara empolgada soltando-se do pai e agarrando uma figura alta logo atrás.

Digo O’Brian além de ser um dos mais inteligentes alunos que Hogwarts já tivera era um dos mais belos, alto e dono de um sorriso único o moreno que possuía uma barba por fazer e um porte relaxado ao mesmo tempo em que elegante abraçara a irmã de um modo como se ela fosse à coisa mais preciosa de sua vida. Afastou-se da loira colocando o cabelo da mesma atrás da orelha enquanto Danielle apenas lhe dava um de seus mágicos sorrisos.

- Como foi sua estadia em Hogwarts, baixinha? – Perguntava Digo com um ar superior.
- Bem proveitosa! Arrumei um namorado! – Respondia a garota animada.

Sirius por um segundo tivera uma vontade quase que incontrolável de sair correndo, principalmente quando os olhos de Digo expressaram a mais pura das revoltas enquanto os olhos de Carla e Jorge focavam em si com uma curiosidade tremenda.

- Sirius, você já conhece meus pai! – A garota sorria abertamente. – E conhece o Digo também.
- Você está namorando ele? – O rapaz murmurava dentre os dentes.
- Claro! E quem mais seria? – A loirinha piscava divertida puxando Sirius pelo braço.
- Erm... Oi. – Sirius sorria amedrontado para delírio de Kevin e Lauren que divertiam-se com a reação do moreno.
- Olá Sirius! – Carla abraçava o moreno. – Agora sou oficialmente sua sogra vejam só!
- É... Bem... Acho que sim! – O garoto sorria ainda temeroso ao olhar assassino de Digo.
- Um Zabine e ainda por cima Grifinório! – Jorge sorria abertamente. – Escolheu bem filha! Cuide bem dela garoto, não queremos soltar alguns pittbulls atrás de você!
- Erm... Acho que não! – O moreno forçava mais um sorriso fazendo Kevin sentar no chão e chorar de tanto rir.
- Então estão mesmo namorando. – Digo falava visivelmente nervoso.
- Sim estamos! Não é demais? – Danielle dependurada no pescoço de Sirius que não podia mais arregalar os olhos, será que ela queria que seu irmão cometesse um homicídio perante todos?
- Menos Dandan, menos... – Sussurrava o moreno em desespero.
- Espero que venha nos visitar qualquer dia Sirius, para conversarmos melhor... – Carla sorria amável.
- Erm, claro Sra.O’Brian, será um prazer... – “Quando o Digo não estiver em casa é claro” completava em pensamento. – Bem eu tenho que ir agora, meus pais estão me esperando.
- Claro, claro! Nunca é bom deixar os pais esperando. – Jorge sorria de canto.
- Então até logo... – Sirius afastava-se lentamente.
- Hey, espera! – Danielle o puxava pelo colarinho dando-lhe um selinho. – Me mande meu presente ok?
- Eu mandarei se você me salvar dos olhos assassinos de seu irmão.
- Ah, ele é quase um Mini-Puff! Digo é inofensivo.
- Mas o olhar dele é quase mortal, bem eu vou indo. Até... – Sirius piscava maroto afastando-se, dessa vez quase correndo.

Danielle acenara risonha logo virando-se para os pais e para o irmão que a encaravam perplexos, a loira dera uma piscadela marota passando pela família logo parando e sorrindo travessa.

- Eu o odiava, mas quem foi que disse que o amor e o ódio não andam juntos? Agora vamos logo pra casa antes que eu congele!

Jorge sorrira de canto dando os ombros assim como Carla, Digo franziu o cenho, era incrível como Caios não a protegera das garras de Zabine em Hogwarts. Teria uma conversinha com Caios Trent depois.



Stacy sorria de canto olhando de um lado para o outro, Nathan a encarava intrigado até a loira o puxar para trás de uma das pilastras de lhe dar um beijo intenso. O moreno sorrira dentre o beijo, era isso o que mais gostava em relação à Stacy, nunca se sabia o que ela pensava.

- O que foi isso? – Perguntou roucamente após o beijo.
- Bem, eu vou ficar quatro dias sem te ver... Nada mais justo que uma despedida descente! – A loira sorria arteira.
- Hum... Se é isso... – Nathan sorria de canto a puxando firmemente pela cintura. – Deixe-me te ensinar o que é uma despedida descente.

O moreno a encostara na parede com tudo a fitando nos olhos com uma intensidade descomunal, Stacy apenas sorriu singelamente era impressão dela ou quando Nathan lhe agarrava daquela maneira suas pernas tornavam-se duas gelatinas? O sonserino colara seus lábios com fervor aos dela dando um beijo intenso e rápido separando-se risonho a fitando com pura ironia.

- Isso é para deixar um gostinho de quero mais? – Indagou a loira divertida.
- Exatamente. – Respondera rouco dando um beijo no pescoço da loira afastando-se em seguida.

O casal trocou olhares ternos, um olhar que só fora cortado quando escutaram um outro casal se despedindo, os olhos de Stacy tornaram-se tristes ao ver Caios abraçando Anne como se sua vida dependesse disso. De certa forma a loira sentia-se como Caios naquele momento, temerosa a quando voltar a ver Nathan ele não estar mais do lado do bem.

- O que vai acontecer a você e a ela? – Perguntou séria ao ver Caios beijando as costas das mãos de Anne e ela afastando-se do loiro.
- Certamente seremos castigados, mas nada que possa mudar o que eu sinto por você ou o que Anne sente por Caios.
- Promete? – A loira fitava os olhos negros do moreno.
- Prometo. – Nathan beijava o topo da cabeça da garota. – Preciso ir, não posso deixar Anne enfrentar Gaya sozinha.
- Tudo bem, eu entendo... Tome apenas cuidado.
- Não se preocupe. – Nathan afastava-se da garota.

Stacy segurara ás lágrimas ao vê-lo correr até a irmã e a tomar pelos ombros, era terrível sentir que o fado dos Adhara’s não era ser feliz em casa. Sentiu uma mão tocar seu ombro erguendo os olhos e fitando a imensidão verde que eram os olhos de Caios Trent, ele apenas dera-lhe um sorriso carinhoso a puxando em outra direção.

- Nathan vai cuidar dos dois, ele é bem forte.
- Eu sei que vai... – Stacy forçava um sorriso. – Ele é meu super herói.

Caios sorrira orgulhoso abraçando a prima pela cintura, já podia avistar de longe Sirius ralhando com Kevin enquanto os pais de todos gargalhavam durante a cena, trocou um olhar risonho com a prima aproximando-se da família.

A vida muitas vezes nos força nos separar temporariamente de quem mais amamos, mas talvez ela nos force apenas para nos mostrar que temos um leque de opções de caminhos a se seguir e para isso, muitas vezes devemos separar o emocional do racional.






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