Quando Choram os Anjos.
N/A:: Ae, Ae, Ae! O maior capítulo que eu já escrevi na vida õ/ Deu 53 pags :~ estou até comovida com meus dedinhos doloridos. Bem, se vocês não sabem, talvez apenas a Anne Black Malfoy e a Dani W.B saibam que eu estou em provas –‘ O que é deveras tosco em minha opinião afinal já foi constatado que até mesmo uma porta tira mais pontos em uma prova de geometria do que eu. –‘ Que seja... Espero que curtam o cap! A Dani W.B foi quem respondeu os coments pela minha falta de tempo, mas no próximo capitulo eu irei responder com as MENINAS!!!
OBS:: A música inserida no capítulo é Lullaby do Billy Joel.
*Danielle deitada no chão com a cabeça embaixo da cama*
Dani:: Vem Conelhinho lindo, vem!
Sirius:: DANDAN! õ/
*Dani bate a cabeça na cama*
Dani:: Ô Merlim dá um desconto, diz que essa praga não ta na minha casa! ‘--
Kevin:: Danisóca Paçoca! O que você ta fazendo aí em baixo? 0ô
Jay:: É Dandan, o que você faz aí? 0ô²
Caios:: Dani? \o? Conelhinho? 0ô³
*Dandan levanta, fuzila Sirius e sorri pros demais*
Dani:: Meu coelho Caca! Ele ta embaixo da minha cama e não quer sair T.T
*Sirius aparece ao lado de Dandan com o coelhinho fofinho no colo*
Sirius:: Esse conelho?
Dani:: Desde quando você entende de conelhos? ¬¬
Sirius:: Tudo por você meu limão com mel *-*
**POF**
Jay:: Agora não é o KeKe que apanha U.u
Caios:: Esses comentários estão ficando muito violentos xp
Kevin:: Deixa ele =~ pelo menos não sobra pra mim! :x
Dani:: Não estamos na casa da Kiki, Zabine ‘-- não me enche...
Kevin:: KIKI NOS ABANDONOU *chora litruz*
Caios:: Autora nós expulsou da casa dela =~
Jay:: Ela não nós ama mais =~~
Sirius:: *olho roxo* Kiki nos deixou!! =~~~
Kevin:: KIKIIIIIIIIIIIIIIIII! \õ/ *chora again*
Dani:: O.O Merlim que meninos carentes! Kiki está sob pressão ok-ey? Ela tem que estudar pra provas, sobreviver socialmente, escrever capítulos novos, aturar ameaças, brigar com a fazedora de capas [*-)], aturar uns personagens que ela inventou, e quando sobre tempo ela tem que comer, dormir e respirar õ/ Kiki is a genious okey? ;]
Caios/Jay/Sirius/Kevin:: 0ô³³³
Caios:: Er... Vamos aos coments? ;x
Dani:: Claro Cacazinho lindo xuxuh (L) *aperta bochechas*
Sirius:: ¬¬³
Dani:: õ/ Ah!! Antes que eu esqueça! Kekeeee?
Kevin:: Fala Danisóquinha xD
**POF PLOFT PÁ PUM TOIN**
Caios/Jay/Sirius:: =O
Dani:: Er… =X Kiki disse que era pra você não perder o costume =/
Jay:: Kiki se superou =O
Caios:: Essas mulheres estão ficando doidas 0ô
Sirius:: Keke? Você ainda vive? O.O
Kevin:: Ai............... vamos aos coments antes que eu apanhe de novo =~~
Dani:: VAMOS AOS COMENTS ;D
Jay:: Eu sou o mais sexy dessa aventura ;) Como assim? Nem falou sobre eu ter quase morrido =O
Caios:: Eu sou perfeito, lindo é modéstia *piscadela sexy* Stacy e eu seremos sempre amigos õ/
Sirius:: Hothot é pra mim né? xD
Kevin:: Ri demais comigo? Eu sou sexy, lindo e engraçado, eu sou demais! õ/
Dani:: Ok-ey =O estou presenciando quatro egos super inflados xP
Jay:: Cadê a parte eu que você diz que os Potter dominam? E como assim Sirius e Kevin os dois marotos mais lindos? ¬¬
Caios:: Segundo loiro mais bonito? 0ô Eu sou O mais bonito, o mais lindo, mais sexy... \õ/ e a Adhara, bem =x Falo nada...
Kevin:: COMO ASSIM O ADHARA GANHA O CORAÇÃO DA MINH... ER DA LAULAU? ¬¬² e sim, eu sou o mais lindo õ/
Sirius:: Anta morena? =O
Dani:: Uh! Bom apelido ^^
Sirius:: Dandan... ¬¬³
Dani:: Ok, calei =X
Sirius:: Eu fui agarrado tá bem? Sublinhe o agarrado! E como assim a Dandan agradece? --‘ EU SOU O MORENO MAIS LINDO DE HOGWARTS! Aquele Adhara não é ninguém ¬¬¨ e Dandan é minha!
Dani:: *POF* Isso aí xará, falou tudo =D
Caios/Jay/Sirius/Kevin:: ¬¬³³³
Kevin:: Todas as minhas cenas são as melhores *piscadela sexy*
Caios:: A Stacy vai ficar bem... ;/
Dani:: *abraça o Caca* Ela vai ficar bem sim ;] você é portuguesa? That cuuute *.*
Jay:: Eu sou seu personagem favorito né? Ah diz vai? *sorriso canalha* Muito melhor que o Trent né?
Sirius:: E cadê Sirius Hot Zabine nesse comentário? =O
Kevin:: Vamos ser adotados? AEAE e eu não destruirei a mente da Anne! Eu a juntarei aos bons! ;D
Sirius:: O oscar vai pra mim? O de mais bonito né? xD
Jay:: ‘Tô esperando sua visita na ala hospitalar =P
Caios:: Isso ae, eu que mando õ/
Dani:: Hahah continue comentando ;]
Caios:: A Stacy é com a Dalie pra mim, ela vai achar alguém que a mereça õ/ Heyy eu não queria levar o dedo da Anne junto! Eu só... quis ajudar \õ/ ;x Eu não queria ganhar o balde, estamos quites u.u
Kevin:: Eu acordo na hora que tem que acordar, as pessoas é que são muito estressada ;D A Laulau não me mataria, ela me ama õ/ e me ter como dupla é só pra pessoas VIP xD E é claro que eu amo minha vida, eu me amo por inteiro! õ/
Sirius:: Viu??? A Dandan me explora e me maltrata =~ Eu te salvei do Keke! Como assim você me chama de lambe lixo e depois diz que me ama? O que há com as mulheres desse planeta? \o?
Dani:: =O que absurdooooo! Estressada? Euzinha? O.O Ok, ok, por VOCÊ Manu, eu vou tentar pegar mais leve ¬¬
Jay:: Eu e o Caca? O que tem eu e o Caca? 0ô Ei! Eu não preciso dizer oi pra gostar da Anne! Ela... bem... é :x e o Dylan... ele merece morrer ¬¬’ E como não tem nada a dizer pra mim? 0ô
Kevin:: Que papo é esse da minha irmã com o Adhara? Pirou foi? ¬¬’ Ah você me ama mais que todos né? *-* eu sei que sim õ/ A Anne é minha parceira de poções dominaremos o universo e fugiremos da Middley xD ahhh e os Malfoy’s são o máximo õ/
Dani:: Haha eu com certeza não acordaria a Kiki aos gritos ^^ mas hoje os meninos e mais a praga do Zabine [=p] vieram aqui em casa mesmo ^^ xD
Sirius:: Também te amo Dandan ;* E eu sou ótimo pra tudo Miis *piscadela sexy* Você é a favor do meu casamento com a Dandan? *.*
Dani:: Em uma palavra? *sorriso cínico* Nunquinha!! ¬¬’ Mas obrigada pela história das capas viu? xDD ONM me inspirar õ/
Caios:: A Tacy vai superar... =~ ela merece alguém melhor u.u eu e a Anne? Er... ahn? Eu só quis ajudar com aquela aliança =~ E socar o Griffin foi pouco!
Jay:: Não é bem ciúmes... é que eu entendi as coisas erradas sabe =x Mas o Caca entendeu ;] ele sabe que é meu melhor amigo (y)
Caios:: Eu não deixei a Stacy! Ela é minha prima e sempre vou estar ao lado dela, mas como amigo =/ Affair com quem? O.O *acesso de tosse* er... do que a gente tava falando mesmo?
Sirius:: ‘Tá apaixonada por mim? *-* Nhaaa eu sabia, eu sabia õ/ Eu não sou engraçado, eu sou lindo e sexy *sorriso canalha* Mas as dicas de jogo eu fico devendo, mas quem sabe a gente não joga um strippquer? ^^
Dani:: *POFT* ¬¬² Deixa a pobre da menina Zabine!
Kevin:: Kekezitinholito? O.O e bem, é claroq eu eu sou amigo da Anne õ/ e ser Deus Grego é de nascença sabe *piscadela*
Jay:: Lindo perfeito e dolorido =~~ Você vem acabar com o Dylan ^^ haha acho que o Caca já fez isso xP mas naada de Jayjay o Jatinho! Bléh =p
Jay:: =)
Caios:: \õ
Sirius:: xD
Kevin:: ;D
Dani:: \o/
Sirius:: Lindo, sexy E perfeito. Ponto final xD Eu te irrito? =O
Dani:: Nathan e Takana? Como assim? 0ô Ps.: Zabine -Convencido, metido, idiota, imbecil, e por aí vai... ;p
Jay:: Esse diminutivo estranho decididamente não combina comigo, meu negocio é superlativo ;D
Caios:: Gamei ;x
Kevin:: Ahhh diz que me ama vaaai? *-*
Jay:: Isso é um convite pra morarmos juntos? *sorriso galante* mamãe não deixa :x É fui nocauteado no último cap =~
Caios:: Casal? Er... que casal? :x Bem, o Jay é meu irmão, eu poderia matar o Griffin pelo que ele fez ‘-- Eu te surpreendi? Você me admira? *sorriso de canto* õ/
Dani:: Sr. Gostosão Adhara e Stacy? E eu perdi essa? =O isso aí, ouviu a Ninha? Sirius pare de brigar com a Dani! õ/ haha beijo ;*
Sirius:: ¬¬² Dispensamos o comentário Dandan, e obrigado, obrigado, sim eu sou perfeito *sorriso-32-dentes* eu sou o mai gato ouviu Dandan? ;]
Kevin:: Minha irmã e quem? O.O Heyyy eu sou uma graça só? Eu sou muito mais perfeito que o Traste do Six! Todas me amam? *.* eu já sabia xD
Kevin:: A STACY VAI PEGAR QUEM? =O *se afoga*
Dani:: Co-como assim? =O² *se afoga tôo*
Sirius:: *bate nas costas dos dois* ¬¬
Caios:: Parto de que aonde? 0ô
Jay:: Eu não me declarei, eu... confessei ao meu amigo? :X eu? Cafajeste? =O Você esqueceu meu acidente ainda por cima! T.T será que eu vou sobreviveeer? =O
Dani:: =O que interesseira você *chora litruz* e ainda só manda beijo pros meninos =~~
Kevin:: Você magoou a Danisóca! *tapinha nas costas* e nós somos ótimos tocando, jogando, fazendo nada, nosso somos ótimo de qualquer jeito!
Jay:: Finalmente alguém que se preocupa com o meu estado de saúde! õ/ Você me viu onde? E porque você riu? \o?
Caios:: É... força pra mim =/ Orbigado :x
Dani:: Que isso chefe? Todos nos preocupamos!
Sirius:: Eu sou fera oié oié, eu sou lindo oié oié! ;] Viu Dandan? Todas me amam!
Dani:: Menos eu xp
Sirius:: =O
Kevin:: Essa doeu até no esôfago Six =~ Você me ama? õ/ Eu também ;D
Sirius:: Apoiado! Mais coisas Six e Dani õ/ *sorriso-32-dentes* eu sou o mais lindo do universo Loony ;D
Dani:: Você gosta de me ver sofrer? 0ô ele que vá ser lindo na china! Quer mais cenas em que eu bata nele? *-* Amor a primeira vista? Kiki dá ele pra ela!! *olhinhos brilhando*
Kevin:: *faz bico* Eu sou o mais lindo! Eu sou loiro, sexy e ainda por cima um Malfoy!
Jay:: O Sirius é o mais lindo? Hello? Eu sou um Potter! Quem resiste a um Potter?
Caios:: Peste? Você podia falar dos meus olhos verdes, do meu cabelos loiro, do meu porte másculo, e tudo o que você diz é que somos pestes? =O
Jay:: Nós somos gatos! =D
Caios:: Nós somos incríveis! xD
Sirius:: Nós somos sensacionais! ;]
Kevin:: Nós somos OS NOVOS MAROTOS! õ/
Dani:: E nada modestos xD heheh
Caios:: Ei! Eu não sou bonzinho xp eu sou sonserino! Eu apenas me preocupo com a Tacy, mas ela vai ficar bem ;] e o Griffin merecia mais que um soco ^^
Jay:: O Griffin tentou me tirar fora da parada e ganhou um soco de brinde xp
Dani:: hahah de A Muralha eu não reclamo [muito xp] haha afinal no gol eu sou incrível õ/ hahah mulheres no quadribol mode on!
Sirius:: Admita Dandan, você ama o modo como eu te chamo, aliás voc~e ama tudo em mim.
Dani:: *POF*
Sirius:: Ai… ;x
Kevin:: Você me ama oié! ;D peralá? Mulas? 0ô
Caios:: Você me ama? *sorriso de canto* Eu também te amo ;]
Sirius:: APAIXONADO? ‘Tá maluca menina? 0ô
Dani:: Ela deve estar falando do seu ego Sirius ^^ xD eiii como assim resistir ao charme? =O
Sirius:: Admita Dandan você me ama ;] todo mundo sabe!
Kevin:: Six? Depois sou eu que sou o suicida né? xp
Dani:: Podexa Keke, eu não baterei nele ¬¬³ além do que ser muralha é comigo mesmo ;x
Jay:: E onde eu fico nesse comentário? T.T
Kevin:: E o Keke sexy sexy aqui? *chora horrores*
Caios:: Eu sou seu preferido õ/ esqueça os outros ;]
Dani:: *tapa na cabeça* Exibido ;p
Kevin:: Viuuu como eu sofro? É sempre culpa do Keke, tuudo culpa do Keke, sempre sobra pro Keke! *chora horrores* Que quero uma barra de chocolate =~ o que eu quebrei? O.O eu não quebrei nada! Provavelmente alguma coisa se suicidou na minha mão!
Sirius:: Ninguém engole essa Keke ;x
Jay:: Ninguém merece, eu termino o cap carregado, quase morrendo e ninguém me dá atenção T.T
Kevin:: Pode me chamar de Keke sim, ou de Sr. Maravilha, que também ‘tá valendo ;D
Sirius:: Preservar minha garganta? Nem que um Rabo Córneo-Hungaro o Kevin acordaria na hora ¬¬
Jay:: Depois dessa piscadela ta tudo melhor ;D
Caios:: Eu sou o melhor xD *sorriso-eu-tenho-32-dentes-e-eles-brilham*
Dani:: Heey comente das meninas também õ/ nós dominamos xDD
Caios:: Eu sou incrível! xD
Jay:: Tadinho de mim =~
Sirius:: Eu sou perfeito! :D
Kevin:: Mas eu sou mais ;D
Dani:: No coments sobre o Adhara *.*
Sirius/Caios/Kevin/Jay:: DANI! ¬¬
Dani:: =X Heheh
Jay:: Somos divertidos xD
Caios:: Somos perfeitos ;]
Sirius:: Somos espertos =D
Kevin:: Somos sexys =)
Dani:: Continue lendo e comentando ;)
Jay:: Os Potter são os melhores õ/
Caios:: São nada! Os Trents é que são incríveis, mas é verdade, nossa amizade é demais ;]
Sirius:: Ei! Eu não tenho pulgas! Eu sou limpinho! Quer ver? *olhar malicioso*
Dani:: Eu lá tenho minhas dúvidas seu pulguento xp
Sirius:: Não seja ciumenta Dandan! *se esconde atrás do Caios* mas peralá Thai! Quem disse que eu ‘tô apaixonado? 0ô
Kevin:: Mas eu bem sei que não tenho formigas na cueca! Que isso? 0ô
Jay:: xD
Caios:: ;]
Sirius:: =)
Kevin:: =D
Dani:: õ/
Uma grossa tempestade começara a cair nos terrenos de Hogwarts, era estranho notar um belo rapaz de cabelos loiros e olhos verdes sentado confortavelmente em um dos sofás frente à lareira da sala comunal da Sonserina, afinal muitos alunos daquela idade naquele exato momento degustavam o belo sono alheio das quatro horas da manhã.
Caios Trent possuía em seu colo um imenso livro de “TCM”, entretanto sua atenção não parecia estar direcionada a “Como domesticar um Hipogrifo em 10 maneiras”, mas sim nas chamas amareladas do fogo que crepitava a madeira constantemente, fazendo um barulho considerado um tanto quanto irritante.
- Sabe, essa coisa toda de zumbi não combina muito bem com você... – Uma voz divertida ressoava atrás do loiro que sequer virou-se para ver quem era.
Lá estava ele, Caios sabia que no mundo só existia uma criatura tão inconveniente ao ponto de ir lhe alfinetar enquanto estudava, ou melhor... Tentava estudar. Kevin mantinha um porte maroto trajado apenas com uma calça de moletom negra sorriu levemente aproximando-se do sofá, pulou no mesmo sentando-se ao lado do primo que apenas lhe encarara com o canto dos olhos esperando que o loirinho se manifestasse.
- O que faz aqui ás quatro da manhã Kevin? – Perguntou com uma voz ameaçadora após perceber que o ser mais irritante do planeta não se manifestaria.
- Bem... – O loirinho sorria arteiro. – Estava com a Silvvy...
- Só podia ser... – Caios rolava os olhos endireitando-se no sofá.
- Melhor do que passar a noite com Trestálios, Explosivins e Hipogrifos, isso eu garanto! – Debochara Kevin espiando o livro do outro loiro. – Mas algo me diz que o Senhor Eu Estudo Escondido Trent não estava prestando a mínima atenção nessas coisas de pocotós alados e baratas gigantes explosivas...
- Você realmente é uma coisa estranha Kevin. – Caios sorrira levemente levantando-se do sofá jogando o livro em cima do primo que mostrara a língua.
- Vou levar como elogio para não perder a amizade! – O loirinho levantava-se também. – E então?
- E então o quê?
- O que houve com você? Desde semana passada que você anda mais esquisito do que o normal e olha que eu pensei que isso não era possível!
- Não houve nada comigo e eu não sou esquisito.
- Ooookay! – Kevin bracejava. – Venhamos e convenhamos Cacazitinho, você me acoberta desde que eu tinha dois anos de idade e se alguém aqui sabe quando alguém realmente precisa ser acobertado esse alguém sou eu.
- Por que você acha que eu preciso ser acobertado de algo? – Caios encarava-o por cima dos ombros.
- Pelo simples fato de que eu sem querer obviamente querendo, escutei uma conversa sua com o Jay na Ala Hospitalar, sobre uma tal Adhara...
- O que isso tem haver comigo? Jay gosta dela, só estou...
- Está bancando o idiota!
- Kevin se você começar com esse assunto...
- Primeiramente, você acha mesmo que o Jay vai ficar contente ao saber que a mulher que ele gosta você também gosta? Cara isso tá pior do que novela mexicana! E sinceramente eu não quero que a vida aqui em Hogwarts vire um programa tipo Rebelde!
- Eu realmente devo ter sido inimigo de Merlim na outra vida... – Caios bufara apanhando seu livro em cima do sofá e caminhando em seguida em direção as escadas.
- Hey, onde você está indo?
- Dormir, como você disse o papel de Zumbi não combina comigo.
- Depois eu sou o irritante! – Resmungou o loirinho ao ver o amigo desaparecer nas escadas.
Kevin jogara-se no sofá onde há pouco tempo o outro loiro estava, começando assim a cantar uma melodia irritante sem notar que atrás de uma das pilastras do salão comunal alguém observava tudo, alguém de olhos extremamente negros e intensos, alguém que não gostara nada do que havia escutado.
Um homem alto de cabelos grisalhos andava calmamente por um bairro trouxa localizado em uma cidade no interior da Inglaterra. Sua capa marrom de veludo balançava de um lado para o outro conforme os passos daquele homem se tornavam velozes.
Em sua face estava à marca explicita da idade e do cansaço, os olhos com belas rugas e olheiras, a palidez e a magreza revelavam o quão andava preocupado e debilitado. Respirou fundo puxando o máximo que podia ar para seus pulmões, olhou para um terreno baldio e se aproximou do mesmo em passos largos e decididos, sacando a varinha por dentro da capa e dando uma última olhada por cima dos ombros, murmurou:
- Revitos Secrets!
O terreno baldio transformara-se em uma bela casa, os jardins com diversas flores e uma pequenina piscina, o homem abrira com delicadeza a pequena cerca branca de madeira atravessando os jardins e subindo a pequenina escadinha que ligava a soleira.
Caçou as chaves nos bolsos da calça murmurando constantemente alguns palavrões, achando a dita cuja levou-a até a fechadura prateada da porta, com a mão trêmula teve dificuldade em destrancar a mesma e adentrar. A sala estava escura, talvez mais escura do que o normal, tentou acender ás luzes não obtendo resultado, franziu o cenho, algo estava errado e ele podia sentir isto desde que apartara.
- Lumus! – Falou em alto som.
A ponta de sua varinha iluminou-se e aquele homem pode notar que não estava sozinho, a sua frente havia pessoas mascaradas e muitas delas já haviam o prendido com cordas e correntes, tentara se soltar e fugir, mas por mais que ele tentasse sabia que era em vão. A partir daquele exato momento seu destino estava selado.
- SOLTEM-ME! TENHAM PIEDADE! SOLTEM-ME! EU IMPLORO! – Berrava o homem conforme os mascarados lhe arrastavam em direção a sala de estar.
Ás luzes ainda estavam apagadas, mas era notório um homem robusto sentado em uma formosa poltrona amarela abaixo de uma das janelas, sendo iluminado apenas pela luz da lua cheia e das poucas estrelas que habitavam o céu.
- Você mentiu para mim Roger... – A voz ardilosa de Apus Vega ressoava por todo o ressinto. – Disse que estaria ao meu lado, que lutaria por uma raça pura e o que eu descubro essa semana é que você vem passando informações a Sra. Ashlee Zabine? Tsc... Tsc... Tsc... O que devo fazer com você Roger?
- Perdão... Perdoe-me eu... – O choro de Roger e seus soluços ressoavam como se fossem trovões em uma noite chuvosa.
Os mascarados jogaram o pobre homem aos pés de Apus Vega que lhe dirigira um olhar enojado o que fez Roger se encolher ainda mais ao chão se é que era possível.
- Mudou de casa e ficou sobre a patética proteção do Ministério, acha mesmo Roger que o Ministério consegue controlar algo? – Apus começava a alterar a voz. – ACHA MESMO QUE O MINISTÉRIO TEM PODER CONTRA MIM ROGER?
- Não... Por favor, tenha piedade...
- Piedade? – O homem dava uma risada seca apanhando a cima da mesinha de centro da sala um porta-retratos com uma foto de uma garotinha risonha. – Como anda sua filha Roger?
- Minha filha, minha filha não! Eu... Eu faço o que quiser, mas... Meus filhos não! Eu imploro Sr. Vega, eu... Eu faço o que o senhor quiser, mas meus filhos não!
- Você me decepcionou Roger... – Apus arremessava o porta-retratos longe quebrando-o em vários pedaços e como uma pantera veloz agarrou o colarinho do homem e olhou-o nos olhos como se fosse devorar-lhe a alma. – Sabe o que espera a quem me decepciona?
- Eu... Eu...
- O sofrimento. – Apus dava um sorriso maquiavélico largando Roger ao chão com brutalidade. – E a morte.
Roger sequer teve tempo de falar, logo os berros de “CRUCCIOS” foram-se ouvidos, Apus apanhara uma capa negra de couro de dragão em cima de um dos sofás, a jogou sobre os ombros e saiu da casa, andando pelo pequenino caminho de pedra que ligava o jardim a casa, na metade do caminho os finos lábios de Apus Vega contorceram-se em um meio sorriso e uma luz verde fora notada por uma das janelas daquela bela casa de classe média.
Aquele homem estava morto.
A manhã nublada e sombria nascia ao horizonte, os primeiros cantos de pássaros eram-se escutados por todo o jardim bem cuidado daquela escola onde os alunos começavam a despertar para mais um dia exaustivo e produtivo de aula.
Em um dos dormitórios de uma das torres mais altas do castelo de Hogwarts, a torre da Grifinória, algumas garotas saltavam de suas camas e agilizavam-se em suas produções, algumas se divertiam frente ao espelho enquanto outras penteavam os longos cabelos sentadas nas camas. No meio daquele cômodo apenas um único cortinado vermelho sangue mantinha-se fechado, onde dentro do mesmo uma garota permanecia adormecida abaixo dos grossos cobertores amarelos.
- Hey Stacy! Vamos é hora de acordar! – Uma garota de longos cabelos castanhos ondulados falava empolgada passando batom frente ao espelho do dormitório.
- Tacy! Acorda florzinha! – Chamava uma bela negra de olhos verdes falava risonha calçando os sapatos.
- Por Merlim! Nunca vi Stacy dormir tanto! – Uma terceira menina falava ranzinza, esta de pele cor de jambo e olhos levemente puxados tão negros quanto os cabelos.
- Estranho... – A negra franzia o cenho levantando-se da cama.
- Será que ela está doente, Silvvy? – Indagou a garota de cabelos castanhos guardando o batom em uma mochila.
- Duvido muito, Stacy Malfoy em sete anos de Hogwarts NUNCA ficou doente! – Silvvy, a garota de pele cor de jambo falara com convicção. – Não é melhor, hum... Darmos uma olhada nela Jane?
- Deixa que eu dou uma olhada... – Jane, a negra puxara com força o cortinado e olhara com uma sobrancelha arqueada para o monte de coberta amarela. – Stacy... – Ela cutucava. – Você está bem?
- Me deixa dormir... – A voz da loira soara fraca, fazendo o trio de meninas trocarem olhares confidentes.
- Tacy, aqui é a Sarah... – A menina de cabelos castanhos agachava-se ao lado da cama da companheira de quarto. – Você está passando bem?
- Não... – Resmungou a primogênita dos Malfoy’s remexendo-se.
- Ok, chega de frescura Stacy! – Silvvy falara severa puxando com força a coberta da companheira.
Os olhos daquelas três sétimanistas jamais puderam estar mais arregalados, Stacy Malfoy possuía os cabelos num tom acinzentado como os de uma pessoa bem velha, sua pele estava esbranquiçada de tal forma que era visível algumas de suas veias e por último parecia que havia emagrecido mais de vinte quilos em apenas uma noite tendo traços tão parecidos com o de uma caveira que uma pessoa anorexa sentiria inveja.
- SARAH VÁ CHAMAR A DIRETORA TONKS! – Berrara Jane apavorada.
- DIRETORA TONKS? TEMOS QUE CHAMAR OS MÉDICOS DO ST. MUNGUS EM PESO ISSO SIM! – Sarah gritava já saindo correndo pela porta do dormitório.
- Por Merlim... – Balbuciara Silvvy. – Eu... Eu... Eu vou... Eu vou falar com o irmão dela! Ele... Ele pode ajudar!
- SILVVY NÃO ME DEIXE SOZINHA COM ELA! ESPERA! – Jane tentava segurar a amiga que já correra pela porta.
Stacy soltara um leve suspiro sequer abrindo os olhos, estava fraca demais para isso, não conseguia entender o porquê do pavor de suas colegas de quarto, para ser sincera nem fazia questão de saber, pois naquele exato momento ela apenas queria dormir.
- Está ardendo de febre... – Murmurara Jane com os olhos cheios d’água.
- Kimpball! – Danielle invadia o quarto como um tufão. – Silvvy me contou o que houve, onde está Tonks?
- Não sei... Sarah foi a procurar e até agora...
- Stacy... – A loira ajoelhava-se ao lado da amiga levando a mão a testa da mesma.
- Precisamos levá-la a Ala Hospitalar com urgência, os rapazes podiam ajudar e...
- Os rapazes não conseguem subir mais aqui, Tonks colocou feitiço nas janelas para que eles não ousassem entrar mais. Tudo culpa daquela praga Zabine! Argh! – Danielle suspirava cansada. – Espere um segundo, eu vou resolver isso.
- Mas... O’Brian... Não me deixe aqui sozinha com ela eu... – Jane gaguejava em vão, pois a loira já havia abandonado o quarto.
A negra engolira o choro que estava por vir acariciando levemente a face de Stacy, a respiração da menina parecia diminuir a cada segundo o que fazia Jane sentir-se cada vez mais inútil.
- Me ajuda a colocá-la na vassoura!
A voz imponente de Danielle ecoara pelo quarto o que fez Jane dar um sobressalto. Danielle O’Brian segurava firmemente sua vassoura em uma das mãos posicionando-se na mesma aguardando a ajuda da negra.
- Isso é loucura O’Brian! Você vai cair com ela!
- Escute aqui Kimpball, eu tenho três treinos na semana com rapazes que acham que eu tenho barba! Por isso eu acho que sou extremamente capaz de voar com minha MELHOR AMIGA SEM DERRUBÁ-LA!
- Mas...
- ELA ESTÁ ARDENDO EM FEBRE KIMPBALL!
- Tudo bem, tudo bem! – A negra se exaltava carregando com dificuldade o corpo inerte de Stacy e entregando a Danielle que quase caíra da vassoura.
- Quando você melhorar Tacy, conversaremos seriamente sobre um futuro regime... – Sussurrara a loira a amiga. – Abra a janela Kimpball.
Jane engolira em seco abrindo as janelas vitrais do dormitório, Danielle fizera um impulso para frente levantando vôo e atravessando com dificuldade a janela do dormitório.
Voar e segurar Stacy não estava sendo lá uma das tarefas mais fáceis para a grifinória, o corpo de Stacy parecia uma gelatina que fazia questão de querer deslizar entre seus braços o que fazia Danielle não saber se segurava a amiga ou segurava a si mesma, acabou tendo de fazer um pouso forçado nos jardins caindo da vassoura abraçada a amiga que por sorte caíra por cima de si, aquele sim era um ótimo modo de começar uma manhã de terça feira, quase enfartando e voando com sua vassoura com uma pessoa que decidira acordar totalmente gelatinosa.
- Autch! Foi mal Tacy... – Murmurou levantando-se com dificuldade tentando carregar a amiga sem muito sucesso.
- O’Brian... – Uma voz rouca soara próximo ás duas meninas o que fez Danielle largar o corpo de Stacy ao chão imediatamente.
Por um milésimo de segundo “A Muralha” da Grifinória teve a plena certeza que não teria mais pêlos em seu corpo já que todos se arrepiaram e esqueceram-se de voltarem ao normal, à loira olhou por cima dos ombros fitando o corpo suado de Nathan Adhara, que estava trajado apenas com uma calça verde e com uma camiseta branca, o moreno a fitava com seus olhos negros pesados como se fosse lhe decifrar a alma e revelar a todos os seus segredos mais íntimos.
- Dê-me a sua vassoura. – Nathan falara autoritário o que fez a loira dar imediatamente sua vassoura ao moreno.
O sonserino apanhara a vassoura de modo rude aproximando-se do corpo inerte de Stacy ao chão a pegando facilmente com um dos braços e a sentando na vassoura de modo que os braços da pequena Grifinória passassem por seu pescoço e ele segurasse com um braço sua cintura fina.
- Adhara... – Danielle sussurrava fazendo os olhos negros de Nathan voltarem a si. – Obrigada.
Ele apenas contorceu os lábios em um pequeno e quase imperceptível sorriso, endireitou o corpo da menina mais uma vez em seu colo e com um impulso vôo pelos jardins até chegar a imensa porta de entrada do castelo atravessando-a em uma velocidade incrível. Muitos alunos alarmavam-se com aquela visão onde um rapaz voava com alguém em seus braços, voava tão depressa que muitos deles tinham a plena certeza de que ele despencaria da vassoura ou bateria com a mesma em algo, sim os alunos de Hogwarts conseguiam ser extremamente confiantes.
Nathan saltara com Stacy em seu colo da vassoura a fazendo bater nas portas fechadas da Ala Hospitalar ás abrindo num segundo, logo adentrou em passos largos e decididos e depositou a garota em um dos leitos olhando os lábios da menina que começavam a aderir uma coloração roxa estranha.
- Malfoy. – Chamou-a. – Acorde.
- Sr. Adhara o que faz aqui? – Uma mulher de cabelos negros e óclinhos de meia lua indagava seriamente.
- Hey! O que está pegando? – Um cortinado branco de um leito abrira-se revelando Jay com uma atadura na cabeça. – TACY???
- SR. POTTER NÃO OUSE LEVANTAR DESSA CAMA! – A enfermeira berrara nervosa.
- Como se desse você me amarrou aqui! – O grifinório fazia bico.
- O que você faz aqui Sr. Adhara? – Indagara novamente a enfermeira.
O moreno afastara-se lentamente dando a visão do corpo de Stacy, a mulher deu um gritinho de assombro correndo na direção do corpo da menina e começando a despi-la de sua camisola, o sonserino arregalou os olhos tendo suas bochechas ligeiramente coradas fazendo questão de virar de costas, no mínimo aquela enfermeira não sabia o significado da palavra “bom senso”.
- Por Merlim! Não precisa deixar a garota nua! – Jay tampava os olhos com ás duas mãos.
- Eu já entendi Srta. Hollan não precisa mais ficar gritando em minha cabeça! – A voz de Tonks ecoava severa na Ala Hospitalar assim que adentrara com Sarah e Danielle em seu encalço.
- ADHARA! – Danielle gritara correndo até o rapaz que franzira o cenho ao ver a loira agarrando suas mãos o fitando com os olhinhos brilhando. – Como ela está?
- Não sei. – Respondeu desviando o olhar ainda com ás bochechas avermelhadas.
Danielle arqueou uma sobrancelha espiando a cama de Stacy onde a garota só estava de calçinha e sutiã, ambos rosas de renda enquanto a enfermeira a examinava. Jay espiou entre os dedos por um segundo logo recebendo um olhar feio dado por Tonks o que o fez tampar os olhos novamente.
- Stacy vai matar essa mulher quando despertar... – Riu-se a loira.
- Vou me retirar agora. – Nathan falava sério afastando-se.
- Hey! Espera! – Sarah Hollan agarrava o braço do sonserino. – Você a trouxe para cá sabe? Ela iria gostar de vê-lo aqui.
- Eu acho que ela não gostaria não! – Comentou Jay retirando as mãos dos olhos recebendo dessa vez olhares mortíferos não só de Tonks como de Danielle e de Sarah também. – Ok! Ok! Eu fico cego e mudo!
Nathan delicadamente retirara a mão da garota de seu braço e saíra pelas portas brancas da Ala Hospitalar. Tonks dera um leve sorriso aproximando-se do leito de Stacy ignorando os muxoxos de Jay que realmente não estava nada feliz por estar naquela situação. Danielle puxara um banquinho e sentara-se ao lado da cama da amiga esperando que alguém lhe dissesse o que a mesma tinha, enquanto Tonks apenas rodeava o leito com os olhos atentos a cada reação de Stacy aos exames.
- Bem... Eu vou indo também... – Sarah murmurava.
- Ok! – Danielle acenava com a cabeça. – Obrigada pela ajuda Hollan!
- Estou ás ordens! – Sarah sorria abertamente girando os calcanhares e abandonando a Ala Hospitalar.
- Diretora Tonks, será que poderíamos conversar em particular? – A enfermeira indagava séria.
- Claro, claro! – Tonks consentia. – Creio que a Srta. O’Brian pode cuidar por alguns minutos da Srta. Malfoy e o Sr. Potter pode continuar sem visão por mais alguns minutos...
- Deixem comigo! – Danielle piscava marota puxando uma coberta branca cobrindo a amiga até os ombros. – Acho que ele não precisa ficar mais cego!
- Grande Dandan! – Jay sorria arteiro retirando as mãos dos olhos e piscando para a loira.
Tonks sorrira para os dois grifinórios e logo acompanhara a enfermeira até uma pequena saleta separada da Ala Hospitalar, ambas as mulheres fecharam a porta e a trancaram o que fez a loira soltar um leve muxoxo, até parece que ela iria até lá abrir a porta e escutar a conversa delas, bem... Talvez elas não tivesse feito isso por causa de Danielle, talvez tenha sido apenas pelo fato de um Potter se fazer presente no local.
- TACY? MANINHA? ONDE VOCÊ ESTÁ? – Kevin adentrava correndo no local com Sirius, Caios e Lauren.
- Ela está bem ali e eu tenho quase certeza que o que ela tem não é surdez Kevin. – Jay rolava os olhos.
- MINHA IRMÃ ESTÁ SOFRENDO DE VELHICE PREMATURAAA!!! – Urrou o loirinho desabando ao lado da irmã.
- Keke se recomponha! – Sirius puxava o amigo pelo colarinho dando-lhe uma bofetada na face.
- O que ela tem Dandan? – Caios indagava.
- Não sei ainda, Tonks e Madame Dodderidge estão conversando na saleta...
- Ela está tão frágil... – Analisava Lauren a amiga segurando-lhe a mão. – E tão fria...
- Quem a trouxe para cá? – Caios perguntava aflito.
- O Adhara com a minha vassoura. – Danielle sorria abertamente. – Parecia aquelas cenas de filme onde o mocinho surge do nada e salva a mocinha! E que mocinho! Lauren ele estava todo sarado e suado e...
- OK! OK! OK! Não precisamos dos detalhes de como ele estava! – Resmungou Sirius tampando a boca da loira com a mão recebendo um soco no ombro dado pela mesma.
- Wow! O Sr. Gostosão de Hogwarts salvou o dia? – Lauren sorria arteira.
- Eu acho que o único Sr. Gostosão de Hogwarts aqui sou EU! – Kevin emburrava.
- Quer dizer que aquele ser voador que eu e Sirius vimos era o Adhara? – Caios arregalava os olhos.
- Isso mesmo, excluam o Grifinório Enfermo da conversa! Excluam o Potter mais belo do mundo, eu não quero fazer parte mesmo, nem estou implorando por atenção... – Jay usava todo o seu sarcasmo arrancando gargalhadas.
- Espera aí! A Stacy está aqui quase em coma e você está pensando em ter toda a atenção? Por Morgana como você é insensível Jay! – Danielle debochava.
- E você que está pensando no corpo do Adhara? Você que é uma insensível! – Ralhou Sirius.
- Olha aqui Sirius Zabine... – A goleira levantava-se do banquinho avançando contra o moreno.
- HEY! Vocês não vão tentar se matar enquanto minha irmã está doente não é? – Kevin colocava-se no meio dos dois grifinórios.
- Na verdade ela não está doente. – A voz de Tonks soava divertida na Ala Hospitalar enquanto ela deixava a saleta.
- Ah claro que não está! – Debochava Caios. – Está aqui só a passeio sabe?
- Sr. Trent eu realmente espero que isso não tenha sido uma ironia... – Tonks franzia o cenho atravessando o local com Madame Dodderidge ao seu lado.
- Claro que não Tonton! – O loiro fazia uma reverencia exagerada. – Foi o sarcasmo!
A diretora soltou um risinho divertido o que fez Sirius e Kevin a encararem com ambas as sobrancelhas arqueadas, Lauren soltara delicadamente a mão da amiga colocando-se ao lado de Danielle que naquele momento parecia se controlar para não voar no pescoço de Sirius.
- O que Stacy tem? - Kevin aproximava-se do leito da irmã com a face tristonha.
- Metamorfomagia. – Tonks respondia divertida.
- Ah sim claro... – Kevin fazia bico. – Entendi TUDO!
- Não! Não pode ser diretora! – Lauren exclamava alarmada fazendo todos a encararem. – Ela não pode ser uma metamorfomaga!
- MINHA IRMÃ É UMA METAMORFOMAGA? – Urrara Kevin.
- STACY É UMA METAMORFOMAGA? – Sirius, Danielle, Jay e Caios gritavam em uníssono.
- Pelo o que tudo indica, sim ela é.
- Mas... Stacy é péssima em transfiguração! – Jay comentava remexendo-se em seu leito.
- Concordo com o Jay! A última vez que ela tentou transfigurar um relógio em uma chaleira nós tivemos uma chaleira que dá para ver ás horas! – Kevin sorria de canto passando a mão pelo cabelo opaco da irmã.
- É extremamente raro ocorrer o surgimento de uma habilidade destas na idade na qual ela está, entretanto ainda sim é possível. – A enfermeira Madame Dodderidge falava em tom maternal. – Creio que ela deve ter obtido alguma experiência emocional forte, algum sentimento de emoção ou tristeza que a fizera aflorar tal habilidade adormecida...
Os olhos verdes de Caios deram um brilho diferente, o loiro respirou fundo parecendo que havia ficado muito tempo sem ter ar em seus pulmões, passou ás mãos pelos cabelos sedosos loiros saindo vagarosamente da Ala Hospitalar, de um modo que a única pessoa que notasse sua breve ausência fosse Jay.
- Mas... Ela vai ficar feia para sempre? – Kevin perguntava recebendo um cutucão de Lauren.
- Ela está um pouco gripada, isso deve ter ajudado a afetar o estado de beleza de sua irmã Sr. Malfoy... – Rira-se M. Dodderidge.
- Então ela vai poder mudar a cor dos cabelos, dos olhos e TUDO que ela quiser? – Danielle indagava empolgada.
- Ela pode imitar outras pessoas também... – Completava Lauren pensativa. – Como um tipo de Poção Polissuco.
- Wow! Eu queria ter uma coisa dessas, eu seria mais irresistível do que já sou! – Sirius piscava maroto abraçando Danielle pelos ombros. – Aí sim você não iria agüentar ficar longe de mim Dandan.
- O dia que eu não quiser ficar longe de você Sirius Zabine eu devo estar no mínimo desesperada! – A grifinória falava dentre os dentes retirando o braço do moreno de cima de si.
- Ok! Ok! Já falaram demais da Tacy-Tacy, agora quando é que eu vou ser liberado?
- Pela milésima vez Sr. Potter, amanhã à noite! – M. Dodderidge resmungava.
- Bem, acho que devemos deixar os enfermos descansarem por agora... – Tonks acariciava a face de Stacy. – Após ás aulas vocês poderão vir visitá-los...
- NÃO A ESCUTEM! SIX, KEKE NÃO ME ABANDONEM!
- Foi mal Jayjay! – Kevin sorria maroto. – Mas esse lance de Ala Hospitalar me assusta, sabe como é?
- Além do mais, aqui não tem enfermeiras gostosas e nem estagiárias... – Sirius acenava com a cabeça recebendo um belo tapa nas costas dado por Danielle.
Lauren limitou-se em gargalhar apanhando a vassoura da amiga jogada ao chão, Jay cruzara os braços, afinal pra quê inimigos se aqueles eram seus amigos? Torceu o nariz ao fitá-los desaparecerem pela porta, Tonks logo fizera o mesmo e M. Dodderidge voltou a sua saleta, o moreno bufou, se lhe perguntassem qual o local de Hogwarts que ele mais odiava, certamente seria a Ala Hospitalar.
O prédio do Ministério da Magia parecia mais movimentado do que o normal naquela manhã de terça-feira, os bruxos praticamente corriam de um lado para outro com pergaminhos, livros e caixas, as lareiras possuíam um constante congestionamento e o som de conversas estava tão alto que chegava a ser enlouquecedor.
Ashlee Zabine andava em direção a um dos elevadores daquele local, segurando firmemente em suas mãos uma pasta de couro negra, muitos bruxos cediam passagem àquela mulher conforme ela atravessava o salão principal do Ministério.
- Sra. Zabine! Sra. Zabine! – Um homem de cabelos ruivos chamava a mulher que virara-se pomposamente.
- Quantas vezes eu tenho que dizer que pode me chamar de Ashlee, por Merlim Arthur! Somos praticamente da mesma família!
- Perdão... – O homem sorria fracamente. – Mas com todo esse pânico no Ministério eu realmente prefiro manter o profissionalismo.
- Se deseja assim... – A mulher dava os ombros apertando o botão do elevador. – E então? O que quer?
- O Sr. O’Brian mandou uma carta esta manhã, ele quer juntar-se nas investigações.
- Negativo.
- Ele disse que não aceita um não como resposta e o filho dele está voltando da Bulgária para juntar-se ao Ministério.
- Diga ao Sr. O’Brian que já possuímos um pai de família desaparecido e que não precisamos de mais um, se ele quiser ajudar o Ministério na parte do escritório será de bom grado.
- E enquanto ao filho dele? O Digo O’Brian?
- Ele possui o curso completo?
- Não senhora, está terminando o curso de auror.
- Pois faça com que ele termine rapidamente este curso nas dependências do Ministério, precisamos de jovens com vontade de lutar. – Ashlee falava séria atravessando as portas do elevador junto de Arthur Fred Weasley.
- E enquanto aos jornais? – Arthur escrevia constantemente em um pergaminho. – Não estamos conseguindo segurar a imprensa, o Profeta Diário já mandou oito corujas apenas neste inicio da manhã.
- Diga ao Profeta Diário que se fosse para algo ser revelado eu mesma faria meu marido dançar a conga e cantar a lista de prisões do ministério perante toda Londres Bruxa!
- Mas e se eles continuarem com as corujas?
- Fale a eles que eu adorarei fazer um ensopado com ás mesmas. – Ashlee sorria vitoriosa saindo pelas portas do elevador.
Arthur permanecera dentro do mesmo risonho, perdendo a visão total de sua chefe quando ás portas fecharam-se. Ashlee andava imponente pelos corredores do nível dois onde habitava o Departamento de Execuções das Leis da Magia. Aproximou-se de uma imensa porta negra com maçaneta prateada e respirou fundo lendo a plaqueta de letras delineadas formando a frase: Quartel-General Dos Aurores. Girou a maçaneta adentrando o local, onde várias pessoas trabalhavam em suas baias, atravessou a sala até uma segunda porta negra que possuía seu nome em letras delineadas, adentrando em seguida sua própria sala e sorrindo fracamente ao fitar os homens sentados confortavelmente em seus sofás cor de rosa.
- Sabe querida, precisamos pensar em redecorar seu escritório... – Blake sorria para a esposa levantando-se e caminhando até a mesma. – Isso aqui está uma lástima!
- Você realmente sabe como animar o dia de uma pessoa Blake! – Zombara a mulher depositando a pasta sobre sua escrivaninha.
- Ele está sem dormir a dois dias Ash, dê um desconto a ele e não o deixe dormir no sofá essa noite! – Debochara Carter tomando uma taça de vinho sentado no sofá ao lado de Draco.
- Pensarei em ser boazinha... – Rira-se a mulher caminhando ao lado do marido, sentando-se frente a Carter e Draco, Blake sorriu de canto sentando-se ao lado da esposa. – E então? Possuem algum tipo de novidade?
- Não... – Carter depositava a taça de vinho em uma mesinha de centro. – Já gastei todas minhas cordas vocais com o pessoal e olhe que ainda nem são dez horas da manhã!
- Nem me fale... – Draco sorrira fracamente. – Eu jurei azarar e mandar para Azkaban todos do meu departamento se não surgisse uma explicação plausível sobre o fato de mais de três carregamentos de poções proibidas terem sumido do meu armário pessoal.
- Bem, como seu sou o seu chefe querida... – Blake piscara maroto. – Venhamos e convenhamos, seus rapazes também não tem feito um bom trabalho.
- E nem nós! – Rosnara Ashlee. – Isso está sendo mais ridículo do que eu imaginava! Quando foi que prender ás pessoas certas foi complicado para nós?
- Tem noticias do Roger? – Draco indagava visivelmente cansado alargando a gravata.
- Desde domingo que ele não manda uma resposta... – Ashlee acariciava a têmpora. – Estou começando a ficar preocupada.
- E enquanto ao filho dele? O Adam? Deu alguma noticia? – Carter perguntava sério.
- Desde o caso do Monte Etna que não temos mais noticias dele, Roger estava para ter um colapso nervoso a última vez que nos falamos...
- Ash... – Blake a chamara sério. – Você não acha melhor tirar Roger do caso o quanto antes? Desde que o Longobottom desapareceu eu não acho uma boa idéia ficar colocando pais de família nessa história.
- Acontece que não temos mais escolhas... – Ashlee fitava o marido tristonha. – Roger está envolvido por demais e pelo que percebi ele pode conseguir informações que leve o Vega para Azkaban sem passagem de volta.
- De todo modo mandarei uma equipe verifica-lo hoje a noite... – Carter levantava-se bruscamente do sofá. – Não é comum um informante se manter em silêncio por dois dias.
- Faça isso... – Ashlee sorria fracamente.
- Mande uma carta ao Harry... – Draco levantava-s fitando o casal de amigos. – Acho que a situação chegou a um ponto que ele deve permanecer apenas em Londres.
- Tudo bem... – a mulher baixava os olhos.
Blake dera um leve aceno de cabeça aos melhores amigos que logo trataram de abandonar a sala, fitou a esposa com piedade analisando que ele não era o único ter a ter ficado sem dormir por duas noites, as olheiras abaixo dos olhos de Ashlee denunciavam que ela também havia ficado.
- Teremos que enfrentar mais uma vez as trevas Blake? – Sussurrou. – Mais uma vez o sofrimento?
- Ash...
- Eu não consigo mais dizer nas cartas a Sirius, June e Trevor que está tudo bem por aqui! E eu... Eu não consigo olhar Ivvy brincando nos jardins sem temer por sua vida!
- Hey... Calma... – Blake abraçava a esposa firmemente. – Você é a Chefe do Departamento de Aurores se alguém pode proteger nossos filhos esse alguém é você!
- Eu temo Blake, não só por nossos filhos, mas pelos filhos de todos...
O silêncio alastrara-se naquela sala, um silêncio mortal que seria capaz de ser cortado por uma tesoura, Blake depositara a cabeça da esposa em seu ombro fazendo um leve cafuné, ele daria de tudo para que não tivessem que passar pela mesma situação que passaram quando ainda eram jovens.
A tempestade descomunal fazia-se onipresente em toda a região da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, nenhum estudante se arriscava a por um pé fora da escola para mergulhar na imensidão tempestuosa.
Sirius Zabine sempre gostara de tempestades, talvez pelo simples fato de ter nascido em meio a uma, ou talvez simplesmente por ele se auto-nomear “A Tempestade de Hogwarts”. O moreno caminhava em direção ao salão principal com um sorriso estampado no rosto, aquela quarta-feira já havia começado bem.
- Six... – Uma voz melosa ressoava atrás do moreno que estava adentrando o salão principal.
- Roxe eu disse que era apenas uma noite. – Resmungou encarando a garota por cima dos ombros.
- SIX AMADO SIX!!! – Uma voz empolgada descia correndo ás escadas e logo a silhueta de Kevin era notada por todos que passavam por ali, Sirius limitou-se em segurar uma gargalhada, afinal à face contorcida de desgosto de Roxe era por demais cômica.
- Bom dia para você também meu caro ser ignóbil. – O moreno fazia uma exagerada reverência.
- Sixinho do meu coração, você sabe que eu te amo não sabe? – Kevin dava um sorriso fraco.
- O que você quer Keke? – A sobrancelhas do moreno se erguiam.
Roxe bufara era incrível como sua existência passava a ser descartável quando Sirius Zabine e Kevin Malfoy começavam sua série de conversas amenas totalmente sem sentido, murmurando vários palavrões baixinho abandonara a dupla dinâmica que sequer notara que ela havia os deixado a sós.
- Por que todas ás vezes que eu falo que te amo você acha que eu quero algo? – O loirinho fazia bico e cruzava os braços.
- Talvez pelo fato de sempre ser assim?
- Não é verdade! – Bracejava Kevin logo agarrando o braço do melhor amigo e adentrando o salão principal. – Me diga cinco vezes que isso aconteceu!
- Natal do ano passado, você botou fogo na cozinha de sua mãe e EU como um bom amigo tive que ajudar a salvar seu pescoço. Segundo: Ano novo também do ano passado, você quando foi abrir a champanhe para seu pai, a explodiu, o que resultou em EU salvando seu pescoço novamente. Terceiro...
- Ok! Ok! Ok! – Kevin fazia bico. – Eu preciso de um favor!
- Está vendo como eu sempre estou certo?
- Eu não fiz o dever da Sansan e ela disse que eu ando disperso na aula dela, dá para acreditar?
- Que você não fez o dever ou não posso acreditar que você anda disperso?
- Você é realmente insuportável em dias chuvosos! – Ralhou o loirinho desabando ao lado de Danielle na mesa da grifinória.
- Discordo totalmente Kevin... – Dani sorria arteira fitando Sirius sentar ao lado do amigo. – Ele é insuportável todos os dias.
- Dandan seu senso de humor anda tão bom quanto suas defesas no quadribol! – Debochara Sirius servindo-se de pão. – Acho que terei que mudar seu apelido de “A Muralha” para “A Franga”.
- E eu acho que... – Dani espreitava os olhos.
- HEY! Vocês podem entrar na seção “Amamos nos Irritar” depois que resolverem o MEU problema? – Declarara Kevin roubando um pedaço de bolo de Dani e bebendo um gole do suco de Sirius.
- E qual o seu problema? – Danielle revirava os olhos roubando de volta seu bolo.
- Não fiz o dever da Sansan e preciso de alguém que tenha feito para que eu copie antes da aula dela!
- Não. Nem pensar. Nem eu seus sonhos! – Sirius cruzava os braços nervoso.
- Por que não? – Kevin fazia bico.
- Da ultima vez que te emprestei algo você DESAPARECEU com o ALGO e depois esse ALGO apareceu DESTRUÍDO! – Sirius praticamente berrava fazendo Kevin pular para trás de Dani.
- Você realmente deve ter destruído algo muito útil... – Dani sorria fracamente olhando o loirinho.
- Err... Mais ou menos... – Kevin sorria arteiro. – Você me empresta então o seu dever Dandan?
- Sinto muito Kevs... – Dani sorria fracamente. – Ano passado você “sem querer” rasgou meu dever de Herbologia lembra?
- Droga! Isso é injusto! Nem sempre eu destruo ás coisas...
- Mas 99,9% das vezes destrói! – A voz divertida de Jay se alastrava fazendo Kevin a olhar magoado. – Não fique inconsolável Keke, pelo menos você ainda tem 0,01% de não destruição em massa!
- Hey, quem foi que morreu e te passou o papel de palhaço? – Kevin fitava o amigo com desagrado. – E quem deixou você fugir da Ala Hospitalar?
- Bem... Ninguém! – Jay sorria de canto roubando o bolo de Danielle que até aquele momento não havia conseguido comer. – Digamos que ver a série de espirros da Stacy estava me dando dos nervos, afinal a cada espirro que ela dava ou o nariz dela ficava estranho ou os cabelos mudavam para cores extremamente berrantes! – O moreno sorria abertamente apanhando mais um pedaço de bolo do prato de Dani. – Hey, isso está bom!
- Seu bom humor é tanto por sair da Ala Hospitalar que você tem que roubar o lanche dos outros? – Indagava Dani com um bico.
- Na verdade... – Jay se fazia de pensativo. – É sim!
- Wow! JayJay já acordou fazendo piadas... – Sirius gargalhava. – O que foi Jay, andou tomando Felix Felicits?
- Eu acho que ele comeu foi um monte de doces e acordou desse modo! – Dani entrava na brincadeira.
- Ou então saiu da TPM! – Declarava um Caios risonho aproximando-se da mesa e dando um tapa na nuca do melhor amigo.
- Vocês realmente sabem como animar um ex-enfermo de manhã! – Rira-se Jay empurrando Kevin do banco e sentando-se ente ele e Dani.
- Acredite Jay, eles fazem muito mais do que isso! – Lauren sorria de canto aproximando-se da mesa. – Reunião de todos na Grifinória e ninguém me chamou?
- Sabe como é não é mesmo? – Caios puxava Kevin do banco. – Grifinória é como a casa da mãe Joana, se pode fazer de tudo e ainda sair falando mal! Vamos pra nossa mesa Kekezinho antes que achem que somos desse lugar estranho!
- Rá! Rá! Rá! Você é hilário Caios! – Jay mostrava a língua dessa vez roubando o suco de Dani que lhe dera um belo soco no ombro.
- Faço o que posso! – Caios piscava de longe caminhando junto a Kevin até a mesa da Sonserina.
Jay sorriu abertamente fitando Dani que no momento conversava animadamente ao lado de Lauren, Sirius cutucou o amigo dando uma piscadela para o mesmo o que fez Jay balançar a cabeça negativamente várias vezes, Sirius limitou-se em fazer o bico, talvez Jay tivesse razão cutucar a leoa pela manhã não era lá muito saudável, ele deixaria isso para mais tarde.
O salão principal estava cada vez mais cheio, parecia que nenhum aluno se candidatava a abandonar aquele lugar que no momento era o mais iluminado e quente do castelo para se aventurar em alguma aula.
Nathan atravessara ás portas do salão principal, seus olhos estavam sérios e em sua mão repousava um pergaminho amassado. Aproximou-se perigosamente da mesa da Sonserina onde Anne fitava de olhos arregalados Kevin levar diversos tapas na cabeça dados por Caios.
- Anne. – A voz do moreno soara rouca e autoritária.
Os olhos castanhos esverdeados da menina ergueram-se na direção do irmão, talvez não só os olhos dela como os também de Takana e de outros Sonserinos. A morena apanhara sua bolsa dando um olhar significativo à japonesa que consentira com a cabeça levantando-se da mesa junto da morena, Nathan limitou-se em fazer sinal para que abandonassem o salão principal pouco se importando na curiosidade evidente nos olhos de Caios e Kevin.
Os irmãos Adhara e Takana abandonaram o salão lado a lado, Kevin lançara um olhar de interrogação a Caios que limitou-se em dar os ombros, os Adhara sempre foram misteriosos e não era ele quem iria contra isso.
- Uau! O Senhor Gostosão Adhara parecia bem sério... – Comentara Danielle fitando o moreno e as duas sonserinas saírem pela porta do salão.
- Talvez ele queira pedir a mão da Aiko em casamento! – Rira-se Lauren bebendo um gole do suco de Jay.
- Hey! Isso era meu! – O moreno fazia bico sendo ignorado pela Cornival que dera os ombros.
- Não diga isso nem brincando Lauren! – Dani franzia o cenho. – Homens gostosos e inteligentes como o Adhara estão em falta no mercado, ele não poderia simplesmente casar com a Aiko sem o meu consentimento!
- Eu protesto! – Sirius batia ás mãos na mesa. – Eu sou gostoso, inteligente e muuuiiiito melhor do que o Esquistão Adhara!
- Eu acho que ninguém pediu sua opinião Zabine! – Danielle falava arrogante empinando o nariz.
- E lá vamos nós para mais um round Sirius versus Danielle! – Jay ironizava arrancando gargalhadas de Lauren. – Bem, como eu detesto boxe eu vou indo para a minha humilde aula com a Lufa-Lufa e se você não quiser se atrasar Lauren eu sugiro que você ande depressa ou irá perder sua aula com o Keke, o que o faria muito triste sabe?
- E quem disse que eu me importo com o Maloy? – Ralhara Lauren. – E eu também jamais iria perder a Dandan dando uma surra no Six! Isso é entretenimento grátis, sabe quanto gastamos para ver uma luta livre?
Jay e Lauren gargalharam enquanto Danielle sorria orgulhosa e Sirius fechava a cara em desaprovação. Jay apenas acenara com a cabeça para os amigos roubando um pedaço de bolo de Sirius e enfiando o mesmo na boca abandonando a mesa, ignorando as exclamações nada amistosas de seu amigo.
- Sabe, a Dandan não me da surras! – Sirius comentava levando uma livrada na cabeça dada por Danielle que levantara para ir para as aulas.
- Não se iluda Zabine, eu ainda sou a mais forte entre nós dois! – Dani piscava marota.
- Isso ninguém pode contestar Six! – Lauren gargalhava levantando-se e juntando-se a amiga abandonando o salão principal.
- Qual é o problema das mulheres hoje em dia? Por que elas andam tão violentas? – Sirius resmungava virando-se para uma bela segundanista. – Maninha, você como meu docinho de abóbora não vai crescer e virar uma espancadora de homens de bom coração não é?
- E por que eu faria isso? – June, irmã de Sirius indagava risonha.
- Bem, a Dandan faz isso direto! – Sirius fazia bico.
- Zabine... – Uma voz grave ressoava atrás dos trio.
As bochechas de June Zabine tomaram uma coloração escarlete, Sirius franziu o cenho de tal forma que muitos na mesa da Grifinória temiam o rapaz saltar naquele Sonserino chamado Dylan Griffin e o dilacerasse.
- Eu queria saber onde está a O’Brian... – Dylan perguntara firme.
- A Dandan? Por que quer saber?
- Tenho um assunto a tratar com ela... – Dylan sorria de canto.
- Que assunto? – O grifinório falava dentre os dentes.
- Um assunto nosso que você não tem nada haver Zabine! – O sonserino rolava os olhos enfiando as mãos dentro dos bolsos da calça e se afastando da mesa da Grifinória. – Se não a viu não tem problema eu falo com ela depois...
- O QUÊ? ESPERA AI SUA SERPENTE VESGA ALBINA! FILHOTE DE CRUZ CREDO, ME FALA O QUE VOCÊ QUER COM A DANDAN!!!
- Sirius, para! – June segurava o irmão mais velho pelo braço. – Que vergonha estão todos olhando!
- Pouco me importa se MERLIM está olhando! – Rosnou o moreno apanhando suas coisas e levantando-se bruscamente da mesa. – Dandan vai me falar IMEDIATAMENTE que assuntos que ela tem com esse bisonho!
- Ele realmente ganha no quesito escândalo... – Trevor falava com sarcasmo aproximando-se da irmã e fitando o irmão mais velho sair correndo do salão principal.
- Que vergonha... – June baixava os olhos.
- Se isso te reconforta June, você quando se casar vai mudar de sobrenome! - Trevor sorria levemente.
- Isso certamente me reconforta Trevis! – Gargalhava a menina. – E então? O que faz aqui?
- Trazer a última carta da mamãe para você... – O sonserino entregava um papel amassado.
- Obrigada! – A menina sorria abertamente. – Você já falou com o Caios sobre entrar no time?
- Ainda não tive tempo, mas depois dou um jeito... – Trevor sorria confiante. – Bem eu vou indo, meu primeiro horário é com a Cornival.
- Ok! – June sorria beijando a bochecha do irmão que logo afastara-se. – Espero que esteja tudo bem em casa...
Se alguém lhe dissesse há dias atrás que ela poderia ser uma Metamorfomaga e que descobriria isso da maneira mais idiota que uma pessoa pudesse descobrir, ela certamente não acreditaria. Stacy estava sentada em seu leito folheando um livro de Poções, seus cabelos não estavam mais opacos, mas sim estavam num castanho escuro muito belo. Sempre quisera ter cabelos castanhos como os de Lauren, aquela sim era uma vantagem de ser uma Metamorfomaga, poderia mudar seus cabelos sem ter que usar alguma tintura.
Desde que chegara ali no dia anterior as únicas pessoas que lhe visitaram fora Kevin, Dani, Sirius, Lauren e quase toda a população de Hogwarts, mas ele não fora. Caios não aparecera sequer uma vez para ver como ela estava e o mais estranho disso tudo era que ela não se sentia mal com tal fato, na verdade sentia-se aliviada. Era estranho pensar que o sofrimento quando se é ignorado ameniza a ponto de você quase não senti-lo mais, e naquele momento ela só conseguia pensar em coisas que lhe faziam bem como divertir-se com sua nova habilidade e pensar seriamente quando sair daquele lugar “branco demais” e ir dar um belo passeio em Hogsmead com suas amigas, talvez os assuntos do coração devessem ficar para mais tarde, quando o coração estivesse forte novamente.
- Ver imagens não ajuda em provas. – Uma voz rouca se alastrava por toda Ala Hospitalar.
- O que você é? Um especialista em todas ás matérias? – Stacy debochava erguendo os olhos e fitando Nathan Adhara trajado com o uniforme da sonserina encostado no vão da porta.
O moreno sorriu sarcástico caminhando em direção ao leito da garota e apoiando-se na parede ao lado do mesmo a fitando nos olhos, por um segundo a garota sentiu-se desconfortável com aquela ação.
- Não sou especialista, mas digamos que minhas notas me dizem que sou melhor do que você em todas ás matérias.
- Como você sabe de minhas notas? – A loira fechava bruscamente o livro o encarando escandalizada.
- Você sempre faz questão de falar para meio mundo. – Nathan aparentava indiferente.
- Escuta aqui seu arrogante, minhas notas e minha vida não tem NADA haver com você ok? – Rosnou a loira/morena remexendo-se no leito virando-se de costas para o moreno.
Os lábios finos de Nathan contorceram-se em um meio sorriso, Stacy batia com os dedos sobre a capa do livro visivelmente irritada e isso de certo modo parecia reconfortante aquele jovem que vivia em um mundo de trevas, afinal ele conseguia atingir uma pessoa de modo que isso o divertisse e não ferisse sua “vitima”.
- Você é realmente mal agradecida. – Nathan falara debochado retirando de sua mochila dois pergaminhos.
Stacy empinou o narizinho ignorando o elogio do sonserino que apenas sorriu debochado aproximando os lábios do ouvido da mesma e depositando os pergaminhos no colo da garota. A loira/morena sentiu um frio percorrer-lhe a espinha assim que sentira a respiração do rapaz em seu ouvido.
- Aí está seu dever. – Sussurrou logo afastando-se da garota e caminhando em direção a porta.
Os olhos da grifinória arregalaram-se categoricamente, virou-se para fitar o rapaz que já estava atravessando as portas brancas, Nathan parara de andar para olhar por cima dos ombros a face estupefata da menina, dando um sorriso de canto limitou-se em declarar:
- Gostei dos cabelos, mas prefiro loiro.
Stacy dera um leve sorriso, Nathan virara-se para frente enfiando as mãos nos bolsos e desaparecendo pelas portas, a garota riu-se consigo mesma olhando os dois pergaminhos, aqueles eram os deveres do dia anterior.
- Sonserinos... – Sussurrou para si mesma.
Nathan fechara a porta da Ala Hospitalar atrás de si, seu sorriso desmanchara assim que fechara a mesma e virara-se para o lado encarando duas belas sonserinas. A japonesa parecia indiferente àquela situação, já Anne possuía um desagrado evidente em sua face.
- Nos deixou no salão comunal para vir fazer gracinhas para a Malfoy? – Anne falara perigosamente.
- O que eu faço ou não, não lhe diz respeito Anne! – Rosnara Nathan.
- Deve tomar cuidado Nathan. – Alertou-o Takana. – Você sabe quais são as regras! Você leu a carta de sua mãe!
- Gaya não tem o poder de controlar mais minha vida Takana. – O moreno fuzilara a oriental.
- E o que vai fazer Nathan? – Anne dava uma risada seca. – Declara ser autodidata e confrontar Gaya e Vega?
- Eu estou cheio de Vega! – Nathan avançava contra a irmã. – Cheio das regras de Gaya e cheio de ter que seguir uma doutrina patética!
- Esse é o nosso sangue Nathan! – Ralhara Takana. – Nossa família, nosso clã! Se tivermos que morrer pelo clã, assim morreremos!
- Você foi iniciada? – Nathan espreitava os olhos ao indagar.
Anne arregalara os olhos virando-se bruscamente para a oriental que permanecera calada, a morena sacara sua própria varinha e colocara-se ao lado do irmão que fizera o mesmo, Takana Aiko permanecera indiferente aquela situação apenas fitando os irmãos Adhara com plena curiosidade.
- RESPONDA! – Urrara Nathan.
- Para quê irei responder algo que vocês já sabem?
- Você... – Anne balbuciara.
Takana arredara os cabelos negros da nuca revelando uma cicatriz em forma de ave, Nathan engolira em seco baixando a varinha.
- Nosso noivado acaba de ser cancelado Aiko. – Sussurrou amargurado.
- Todos temos de ser marcados Nathan. – Takana falara friamente. – Você ainda será, Anne é a única que não receberá a marca pelo fato de já ter nascido com uma.
- Eu não vou permitir que MINHA IRMÃ SIGA ESTE CAMINHO! – Nathan encurralara a japonesa com uma varinha em seu pescoço. – Nem que eu tenha que matar todos.
- Nathan. – Anne o chamara em tom de reprovação fazendo o rapaz afastar-se de Takana e lhe dirigir um olhar magoado. – Acho que sei o que é certo ou errado, não preciso de um irmão me protegendo.
- Se assim que deseja... – Nathan sorrira fracamente girando os calcanhares e afastando-se das duas sonserinas.
O corredor tornara-se silencioso, Nathan desaparecera no mesmo deixando apenas aquelas belas sonserinas ali, Anne lançara um olhar de piedade a japonesa que permanecia indiferente meio aquela situação, aproximou-se lentamente da mesma a girando e afastando-lhe os cabelos da nuca para ter a visão novamente daquela marca.
- Ainda dói? – Murmurara Anne.
- Todo o tempo. – Takana respondera friamente tendo os olhos marejados.
Anne respirou fundo afastando-se da japonesa girando os calcanhares a ponto de seguir o caminho do irmão, Takana encarou ás costas da garota assustada sabia que Anne era imprevisível, mas jamais pensara que a abandonaria ali.
- Vai ficar ai? – Indagou a morena ainda de costas. – Temos aula com o Meio-Gigante agora.
Takana engoliu em seco e endireitou-se correndo e alcançando a amiga, sim, elas eram amigas e aquele era o modo delas demonstrarem isso entre si, não ousando olhar para a outra enquanto estivessem fracas.
Aquele tempo frio havia amenizado a chuva, o que os alunos de Hogwarts agradeciam plenamente, pois assim poderiam desfrutar do belo cheirinho de terra molhada dos jardins. Caios brincava com um graveto dentre os dedos, enquanto Jay limitava-se em acender e apagar um fogo na ponta de sua varinha, Kevin acariciava a cabeça de Zookie que não parecia nada satisfeito de estar em meio daquele lugar e por último Sirius encostado na árvore resmungando coisas inaudíveis.
- Se continuar falando sozinho eu serei obrigado a lançar-lhe um Silencio. – Declarara Caios quebrando o graveto.
- Aquele maldito miserável de uma figa... – Sirius falava dentre os dentes fazendo Kevin arquear uma sobrancelha.
- Hey, Zookie não pode escutar xingamentos ele ainda é um bebê! – O loirinho fazia bico.
- Assim como o dono. – Rira-se Jay. – Qual é Sirius, se eu não te conhecesse bem eu diria que está com medo de que o Griffin saia com a Dandan.
- AINDA BEM QUE VOCÊ ME CONHECE! – Urrou o moreno arrancando gargalhadas dos amigos.
- Não grite perto do Zookie! – Kevin rolava os olhos apanhando a gaiola do bichinho ao seu lado e o colocando na mesma. – Depois você reclama o fato dele não gostar de você.
- Kevin não obrigue o Sirius a te bater... – Caios falava em tom monótono olhando para as portas do castelo onde uma morena e uma japonesa saiam lado a lado.
- Ela é tão bonita... – Comentara Jay ao lado do loiro que apenas maneou a cabeça positivamente. – Não tive tempo de agradecer pelo que está fazendo por mim Cacazitinho, eu te devo muito.
- Não é nada... – Caios dava um sorriso forçado.
- OLHEM! OLHEM LÁ! – Sirius gritara sacudindo o braço de Jay que o encarou como se fosse completamente maluco.
- Olhar o que seu Traste Lambe Lixo? – O outro grifinório soltava-se bruscamente.
- ELE ESTÁ PAQUERANDO A DANDAN!!!
Caios, Jay e Kevin logo olharam na mesma direção do escandaloso amigo. Dylan atravessava os jardins ao lado de Danielle que sorria de canto para o sonserino que lhe contava algo, Sirius desencostara da árvore bruscamente logo sendo segurado por seis mãos.
- Se vocês não me soltarem eu juro por Morgana que azaro todos vocês.
- Calminha aí Sixinho! – Kevin sorria maroto.
- Você se esqueceu que Jay também possui assuntos pendentes com o Griffin? – Rira-se Caios.
- E eu adoro resolver esse tipo de assunto também sabe? – Jay sorria abertamente.
Sirius retribuiu o sorriso dos amigos, o quarteto endireitou ás vestes e ás varinhas atravessando os jardins com os sorrisos mais marotos que poderiam dar, muitos alunos que localizavam-se nos jardins os acompanharam com os olhos, quando os marotos sorriam daquele jeito podia-se saber.
Anne e Takana pararam o seu caminho em direção a cabana de Hagrid assim que ouviram um certo murmurinho, as duas sonserinas olharam por cima dos ombros a fim de descobrir o que estava fazendo todos os alunos murmurarem entre si, logo os lábios de Anne Adhara contorceram-se em um meio sorriso despertando a atenção da japonesa que jamais a vira com um brilho tão contente no olhar.
- O que está olhando? – Indagou Takana.
- Eles vão aprontar...
- Os marotos?
- Sim, eles mesmos...
- Eles são os únicos a te fazerem sorrir, já se deu conta disso?
- Eu não estou sorrindo Takana, não seja idiota. – Anne fuzilara a japonesa com um olhar assassino logo dando as costas aos quatro jovens que seguiam em direção a um certo casal na beirada do rio.
Takana suspirou fitando Anne continuar a seguir seu caminho, os irmãos Adhara pareciam lidar com um dos maiores dilemas que os descendentes de famílias das trevas deveriam seguir: “Devemos ser como nossos pais ou ter uma vida diferente?”.
Kevin correra na direção do casal fazendo questão de ficar entre Dani e Dylan que não parecera nada satisfeito com o loirinho entre si e a bela grifinória.
- Amada e estimada Dandanzinha! – Kevin abraçava a amiga com um braço.
- Dandanzinha? – Danielle arqueava uma sobrancelha.
- Ahh Dandan, não fale desse modo tão cruel com a minha pessoa!
- Modo cruel? – A loira franzia o cenho. – Kevin você tomou seu remédio essa manhã? Ou será que a Lauren bateu demais em sua cabeça?
- Humm... Malfoy eu e Danielle estamos tratando de certos assuntos, você poderia...
- GRIFFIN! – A voz de Jay ressoava animada.
- Era só o que me faltava... – O sonserino rolava os olhos virando-se para encarar Jay, Sirius e Caios ambos com sorrisos marotos nos lábios.
- Que isso Griffin! Ouvindo você falar dessa maneira até pensaria que não está feliz por ver o Jay fora da Ala Hospitalar... – Caios sorria de canto colocando-se ao lado de Danielle que parecia não entender absolutamente nada.
- Ele sequer me visitou... – Jay fazia bico. – Nenhuma vez! E só de pensar que ele quem me mandou para lá por acidente, Griffin estou começando a pensar que você não gosta da minha maravilhosa pessoa!
- Não pense asneiras Potter. – Dylan dava um sorriso amarelo.
- Beeeeem. – Sirius se metia na conversa. – Você não anda lá sendo uma boa pessoa Griffin, primeiro manda o JayJay para a Ala Hospitalar e DEPOIS VEM DAR EM CIMA DA DANDAN DESCARADAMENTE?
- Não me meta nisso Zabine! – Danielle falara dentre os dentes sem notar que a mão de Kevin adentrara sua capa e retirara sua varinha do bolso.
- Peça desculpas ao Jay... – Caios afastava-se de Danielle e dava um sorriso aberto.
- Como? Mas Caios!
- Escute Griffin, você me desobedeceu no jogo e eu ainda não o vi implorando perdão ao meu grande amigo Jay.
- Eu não vou pedir desculpas a ele! – Dylan arregalava os olhos.
- Okay, mas você sabe como os Grifinórios são vingativos... – Caios sorria de canto sentado-se abaixo de uma árvore retirando uma revistinha de dentro da capa. – Não diga que eu não avisei.
Sirius e Jay trocaram imensos sorrisos, Danielle abriu a boca categoricamente, será que todas ás vezes que algum rapaz a convidasse para sair os marotos e principalmente Sirius iriam arranjar uma desculpa para simplesmente azarar o cara? A Grifinória enfiara a mão dentro da capa a fim de achar sua varinha e evitar um ataque a Griffin, mas fora em vão, sua varinha não estava lá.
- Vamos brincar. – Sirius sussurrara. – LEVICORPUS!
- Acho que eu vou permitir o Sirius brincar um pouco, ele anda muito tenso sabe? – Jay sentava-se ao lado de Caios com um sorriso satisfeito enquanto Kevin mantinha um sorriso debochado ao lado de Danielle que possuía os olhos arregalados.
- PARE COM ISSO ZABINE! – Urrou a garota.
- Eu acho que não. – O moreno dera um sorriso maldoso. – Sabe Griffin, você machucou o meu amigo e ainda por cima deu em cima da DANDAN! COMO OUSA DAR EM CIMA DELA?
- ZABINE PARE COM ISSO! – Urrou Danielle sendo segurada por Kevin. – ME SOLTE KEVIN!
- Sabe Dandanzinha, quando o Six está incorporado com o espírito vingativo é bom não se meter.
- POUCO ME IMPORTA SE ELE ESTÁ INCORPORADO COM MERLIM ELE VAI PARAR COM ESSA PALHAÇADA IMEDIATAMENTE!
- Wow! Você é quase tão escandalosa quanto o Six! – Reclamou Kevin soltando a Grifinória.
- CONFRINGO! – Berrou Sirius fazendo uma pequena explosão no braço esquerdo de Dylan. – Ops, desculpa Griffin! Confundi as azarações. Era... LIMPAR!
- PARE COM ISSO ZABINE! – Danielle segurara o braço do moreno. – Você é nojento, cruel e desumano! COMO PODE FAZER ISSO COM OS OUTROS?
Os olhos azuis do moreno arregalaram-se categoricamente, a loira estava com os olhos marejados e os lábios trêmulos. Caios e Jay levantaram-se imediatamente debaixo da árvore até a menina que fuzilava Sirius como se ele fosse o pior ser do mundo.
- ELE MACHUCOU O JAY! E VOCÊ DIZ QUE EU SOU DESUMANO?
- VOCÊ É DESUMANO! – A loirinha urrou novamente fazendo os marotos arregalarem ainda mais os olhos. – E é por isso que eu nunca vou gostar de você! AGORA SOLTE-O!
- Como quiser, O’Brian. – Sirius falara friamente. – Liberacorpus.
O corpo de Dylan caíra como uma tábua, Danielle correra em direção ao Sonserino o ajudando a se levantar e o encaminhando em direção ao castelo, Sirius olhara tudo com um olhar de decepção e desgosto.
- Relaxa cara, vai ver ela gosta mesmo dele... – Kevin comentara tocando o ombro do melhor amigo.
- Eu não me importo com o que a O’Brian pensa ou deixa de pensar, para mim ela acabou de existente a não-existente Kevin. – O moreno falara friamente desvencilhando da mão do amigo e seguindo para o outro lado dos jardins.
O loirinho pensara em seguir o melhor amigo, mas fora impedido pelas mãos de Jay e Caios que apenas manearam a cabeça negativamente, Sirius precisava ficar sozinho.
Uma coisa que nenhum aluno conseguia suportar por muito tempo em Hogwarts era com toda certeza uma aula monótona de História da Magia, principalmente quando a professora Wood ausentara-se a aula e colocara como substituto um fantasma extremamente sem noção, sim, Bins estava ali substituindo Wood.
- Hey... Caios... – Jay cutucava o amigo que possuia a cabeça sobre o pergaminho e os olhos cerrados. – Você está dormindo?
- Estava até você me cutucar. – Resmungara o loiro abrindo os olhos verdes.
- Hã... – Jay sorria de canto. – Enquanto o Bins fala da revolução dos duendes eu estava pensando.
- Quer aplausos? – Caios sorria de canto. – Afinal você pensar é algo milagroso, deveríamos dar uma festa por conta disso.
- Odeio o humor sonserino. – O moreno rolava os olhos.
- Hey, vocês dois... – Duas vozes ecoavam.
Caios e Jay trocaram olhares confusos olhando para os lados, afinal escutar a voz de Kevin e Sirius em uma aula na qual eles não pertenciam era para lá de loucura.
- Aqui em baixo! – A voz de Sirius ecoava conforme ele puxava a calça de Caios.
- E eu que pensei que nem todos grifinórios fossem gays! – O loiro rolava os olhos batendo na mão do amigo que despira a capa de invisibilidade revelando-se ao lado de um sorridente Kevin.
- O que fazem aqui? – Jay indagava.
- Viemos trazer algo para vocês. – Kevin entregava um pedaço de jornal.
- E daí que os Cannons ganharam? Eu não torço para eles mesmo... – Caios espiava o papel nas mãos de Jay.
- Olhe do outro lado! – Sirius rolava os olhos.
- Wow! Isso é bem estranho... – Jay franzia o cenho. – “Confirmada a Morte de Oito Aurores e 5 Pessoas que trabalham para o Ministério”.
- Mortes? Há quanto tempo não vemos mortes em massa no Ministério? – Caios coçava a cabeça.
- Acho que nunca vimos. – Jay continuava a encarar o pedaço de jornal.
- O que eu acho estranho é não revelarem os nomes das vitimas e nem como elas morreram... – Comentara Sirius abaixando-se atrás da cadeira de Caios para Bins não o ver. – Só comenta que eles desapareceram e foram encontrados mortos.
- O Profeta Diário tem caído em quesito de informação, isso sequer está na primeira página! – Kevin tomava o papel das mãos de Jay.
- Sem contar o fato do ataque ao Parque Trouxa... – Caios comentara pensativo. – Papai me mandou esquecer aquilo e era como se nada tivesse acontecido, o que é bem estranho em minha opinião...
- Eles devem estar filtrando as informações do Profeta Diário... – Jay falava pensativo. – Mas sempre acaba vazando informações e...
- Sr.Zabine e Sr.Malfoy! – Uma voz feminina autoritária ressoava atrás do quarteto.
Caios, Jay, Kevin e Sirius trocaram olhares assustados, mas logo o abandonaram para dar origem a um belo sorriso. Kevin deslizara o pedaço de jornal para dentro das vestes, sabia que mais tarde precisaria daquilo.
- Olááá Sansan! Que maravilha vê-la nesse local, onde poucos aprendem e todos dormem.
- Sem brincadeirinhas Sr. Trent!
- Quê isso Sansan, assim você magoa o Caios! Sabe ele é uma pessoa muito sensível... – Jay comentava arteiro.
- Sr. Potter se o senhor não quer passar um bom tempo lustrando os troféus de Hogwarts espero que fique calado! – Samantha fuzilava o moreno com seus olhos esverdeados, afinal o tal problema que ela estava ajudando a resolver havia sido causado ninguém mais ninguém menos do que aqueles quatro seres. – Muito bem, senhores Malfoy e Zabine posso saber o que fazem assistindo uma aula que não é do ano de vocês?
- Você quer que eu explique de um modo totalmente prático e sem delongas?
- Sim, Sr. Zabine.
- Então acho mais fácil o Keke explicar, sou péssimo nessas coisas...
- Sr. Malfoy, explique então.
- Eu? Hey! Por que eu sempre tenho que explicar ás coisas? Isso é injustiça eu só sei usar mímicas e fantoches, e além do mais eu sou pequeno e quando fico sobre pressão fico nervoso e posso chorar e aqui não tem o colo da minha amada mamãe.
- Por Merlim... – Samantha bufara. – Bins!
- Sim Profa.Wood? – O fantasma manifestava-se desgostoso por ser interrompido.
- Estou saindo com esse quarteto de sala.
- Como quiser professora.
- Sigam-me! – Samantha falara dentre os dentes.
Caios suspirou cansado enfiando o tinteiro, pergaminho e pena dentro da mochila, Jay limitou-se em seguir o exemplo do amigo e seguir Samantha para fora de sala. Nathan que estava sentado na primeira carteira olhou de modo discreto para trás a ponto de ver os quatro saírem de sala, franziu o cenho, como Kevin Malfoy e Sirius Zabine haviam conseguido adentrar a sala sem ele próprio perceber?
Os passos largos de Samantha eram quase impossíveis de se acompanhar o que fazia o quarteto de Hogwarts praticamente correr atrás da professora de História da Magia. Assim que ela parara frente às duas imensas gárgulas que ligavam ao escritório de Tonks os olhos dos rapazes arregalaram-se consideravelmente.
- Alastor Moody! – A professora falara em sonoro som fazendo as gárgulas abrirem passagem.
- Droga, odeio tomar detenções vindas direta da Tonton! – Reclamara Kevin.
O escritório de Tonks era amplo e organizado, com a idade a desastrada diretora havia conseguido manter aquele local de um modo que ela não o destruísse quando tropeçasse em algo. Nas paredes os inúmeros quadros de diretores antigos e ás várias prateleiras amarrotadas de livros e pergaminhos, no centro estava a imensa escrivaninha com alguns objetos estranhos.
- Sr.Malfoy. – Tonks o chamara com uma voz severa.
- Erm... O que foi que eu fiz? – O loirinho aproximava-se da diretora que possuía os cabelos negros e os olhos num castanho bem escuro.
- Creio que afanou algo que me pertence.
- Entregue logo a ela Kevin... – Sirius girara os olhos recebendo olhares curiosos de Jay e Caios.
O loirinho suspirou derrotado entregando a diretora o pedaço do jornal o que fez os olhos de Jay e Caios arregalarem-se e voltarem a Sirius.
- Nós afanamos quando vimos os jornais serem enviados somente para cá... – Sussurrou o moreno.
- O que os senhores fizeram vai muito além de invasão ao escritório da diretora Sr. Malfoy e Zabine. – Samantha fuzilava os alunos.
- Okay eles são culpados e blá, blá, blá, mas venhamos e convenhamos que tem algo de estranho nesse troço! – Caios colocava-se a frente de Kevin.
- Estranho ou não Sr.Trent não diz respeito a você ou qualquer aluno desta escola. – Rosnara Tonks. – Se dissesse creio que seus pais pessoalmente fariam questão de lhes contar!
- Ótimo. – Caios encarava a diretora nos olhos. – Quantas semanas em detenção?
- Para o Sr. Malfoy e Zabine uma semana, irão ajudar Hagrid a limpar sua horta todos os dias após as aulas da tarde. – Samantha falara severa. – Para o senhor e o senhor Potter, quatro dias ajudando-me a organizar os livros de História da escola.
- Podemos nos retirar agora? – Caios falara visivelmente nervoso sem desviar os olhos dos de Tonks.
- Todos menos você Sr. Trent. – Tonks falara severa quebrando o contato visual. – Samantha acompanhe os Srs. Potter, Zabine e Malfoy para suas próprias salas de aula.
- Sim diretora, acompanhem-me rapazes.
Kevin lançara um olhar de socorro a Caios que não retribuíra, o loirinho baixara a cabeça e seguira Jay e Sirius para fora dali. Tonks ao notar que só restara o loiro em seu escritório rodeou a escrivaninha sentando-se em sua cadeira e indicando um lugar para o rapaz sentar-se a sua frente, Caios sentou-se sem delongas voltando a encarar os olhos da diretora.
- Você realmente puxou o olhar inquisidor de seu pai. – Começou a diretora. – Mas creio que isso não venha ao caso... – Ela pigarreara. – Eu soube esta manhã pela Madame Dodderidge que um dos artilheiros de seu time, o Sr.Griffin, não poderá jogar pelo fato de ter ferido o braço direito no dia anterior, sabe alguma coisa sobre esse ferimento Sr.Trent?
- Não. – Mentiu Caios ainda com um olhar firme.
- Esperava que não. – Tonks sorria de canto. – Seu goleiro, o Sr. Drummond também está se retirando do time pelo fato de mudança de escola, ele partirá para a Durmstrang ainda essa semana, creio que você como capitão deva agendar um...
- Sei minhas funções como Capitão, não preciso que ninguém me diga o que fazer ou não Tonks. – Caios cortara a diretora. – Tenho duas pessoas para ocuparem os cargos de Griffin e Drummond, se for apenas isso creio que posso retornar a minha aula.
O loiro levantara-se bruscamente caminhando em direção a porta, Tonks bufara, o gênio de Caios era incrivelmente parecido com o do pai.
- Sr. Trent. – Chamou-o.
- Hum? – Caios virara-se para encarar a diretora.
- Não me odeie por dizer a verdade.
- E você não me odeie por não gostar dela. – Resmungou o loiro abandonando o escritório.
Tonks inclinou a cabeça para trás, os quadros de Dumbledore e McGonagall pareciam realmente curiosos com aquela situação, entretanto não comentaram absolutamente nada, sabiam que Tonks precisava botar a cabeça em ordem.
A tempestade em um dos Condados localizados na Inglaterra Bruxa caía de forma descomunal, Amy Trent estava encostada ao lado da janela fitando a intensidade da chuva enquanto as pequeninas Dalilah e Apple brincavam de bonecas sentadas em um felpudo tapete localizado frente à lareira acesa da sala de estar. Os olhos azuis da loira pareciam preocupados e distantes, era estranho sentir-se daquela forma após todos aqueles longos anos.
- Um galeão por seus pensamentos... – A voz suave de uma bela ruiva soara aos ouvidos da loira que a encarara com um meio sorriso.
- Bem, Su... Se você tiver algum aí... – Amy sorria fracamente afastando-se da janela.
- É estranho não é? – Indagou à ruiva olhando a filha brincado do Dalilah. – Ver a pureza das crianças em meio a toda essa tempestade. Como Dalie está reagindo após...
- Ela está bem... – Amy respirara fundo. – Ás vezes tem pesadelos a noite com o dia do ataque ao parque, entretanto continua firme... Dalilah é muito madura para a idade que tem.
- Sim é verdade... – Suzan dava um meio sorriso. – Preocupo-me mesmo é com os que estão em Hogwarts, não conseguiremos omitir muitas coisas deles por muito tempo Amy, eu disse a Draco que deveríamos contar no Natal o que está havendo, mas ele ainda discorda...
- Carter e eu pensamos igual, eles são jovens cheios de energia e com toda certeza irão querer se meter no meio dessa confusão toda, creio que o melhor a fazer neste momento é poupa-los de uma adolescência conturbada como a que tivemos...
- Parece que há uma maldição em nossas famílias não é mesmo? – Suzan dava um sorriso triste fitando a tempestade. – Uma maldição que não nos permite a ter uma adolescência serena.
As duas mulheres trocaram olhares preocupados voltando a encarar suas filhas, ver duas crianças brincando talvez fosse a maior fonte de esperança para Amy Trent e Suzan Malfoy.
O dia sequer havia amanhecido e uma vassoura já estava no ar sobre o campo de Quadribol. Os cabelos castanhos lisos voavam conforme o vento gélido lhe tocava, ás bochechas levemente róseas e os lábios avermelhados denunciavam que aquela bela Cornival sentia frio. Alongou os braços e segurou firmemente a varinha voando com intensidade em torno dos gols.
Kevin caminhava a beira do lago, desde que lera a reportagem ocultada por Tonks que não conseguira dormir, Caios o mandara esquecer do assunto, mas era impossível esquecer de algo que tem haver com o Ministério onde seus pais trabalham. Olhou para o campo de quadribol surpreendendo-se com o fato das luzes do mesmo estarem acesas, retirou o capuz do moletom de cima de sua cabeça aproximando-se do local onde logo pôde ver Lauren Sanders voando em torno dos gols.
- Mas que garota mais maluca. – Murmurou risonho. – HEY LAULAU!
A Cornival quase despencara da vassoura, estava tão distraída com seu treino que sequer notara a presença de mais uma pessoa naquele campo. Segurou-se firmemente na vassoura arfante, seu coração parecera que saltaria pela boca por conta do susto e isso tudo graças ao ser mais infeliz do planeta terra.
- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI MALFOY? – Urrou enquanto direcionava a vassoura em direção ao gramado e pousava a poucos metros do loiro que possuía um imenso sorriso débil nos lábios.
- Vai dizer que não gostou de me ver vai? Aposto que ficou tão emocionada com minha presença que quase despencou pelos ares!
- Você não vai atrapalhar meu treino Malfoy, por isso saia imediatamente daqui. – Rosnou a morena inclinando a vassoura para os ares preparando-se para voar novamente.
Um vôo que não foi bem sucedido já que Kevin segurara a vassoura fazendo Lauren cair de cara na grama.
- Ops! Foi sem querer Laurenzinha!
- Eu vou te mostrar o que é sem querer quando eu te quebrar o nariz Malfoy. – A garota falara dentre os dentes fazendo Kevin gargalhar como nunca.
- Qual é Lau-Lau! Assim você me magoa sabe?
- Malfoy... – Lauren falara em tom de aviso. – Saia. Já. Daqui!
- Quanto estresse Laurenzinha, isso é falta de homem sabia? Por Merlim, quanto tempo você está encalhada?
- Você não vai tirar minha calma, você não vai conseguir, eu juro que não vai. – Uma pequena veia começava a pulsar na testa da menina fazendo o sorriso de Kevin aumentar cada vez mais.
- Sério? Eu acho que já consegui sabe? A cara feia contorcida, os olhos meio vesgos... Ah não! Que droga, pensei ter conseguido quando te vi com essa cara de bisonha, mas ai eu vi que você é feia assim normalmente...
- QUE SE DANE A CALMA EU VOU TE MATAR SEU LOIRO OXIGENADO, IMITAÇÃO BARATA DA NICOLE KIDMAN!!!
Kevin correra pelo campo com a cornival logo atrás, Lauren realmente parecia a fim de matar aquele maldito sonserino que apenas gargalhava divertindo-se com os instintos assassinos da garota, olhou para trás a fim de ver a face contorcida desgostosa da mesma acabando por tropeçar e cair de cara na grama fofa.
Lauren ao ver a bela queda do sonserino, gargalhou como nunca, Kevin sentara-se na grama com um imenso bico o que fez a cornival chorar de tanto rir, o loirinho logo trocara o bico para um sorriso maroto dando uma bela rasteira na cornival a fazendo cair ao seu lado. Lauren até tentara o socar deitada ao chão, mas o sonserino era homem e infelizmente no mundo machistas em que viviam os homens eram mais fortes fisicamente do que as mulheres, com isso Kevin a segurara firmemente.
- Calma Lau-Lau, seja uma boa cachorrinha e não tente me matar!
- Você é a praga albina mais ridícula do universo Kevin!
- AeAeAe!!! Você me chamou de Kevin, estamos progredindo... – O loirinho sorria abertamente. – Além do mais, nós não temos uma conversa descente desde que você disse que sentiria minha falta todos os dias...
- Eu disse por dizer, você estava morrendo seu inútil! O que me faz provar minha teoria que nem para morrer você serve!
- Laulauzinha, você não vive sem mim... – O sonserino sorria arteiro soltando a menina e deitando ao seu lado.
Lauren bufou sentando-se na grama, Kevin possuía um sorriso enigmático nos lábios enquanto observava o céu nublado, a cornival o encarou com o cenho franzido esperando uma explicação da parte do loiro.
- O que faz aqui há essa hora? – Indagou a menina o encarando.
- Passeando e você? – Kevin sorria encarando a morena.
- Aposto que estava com alguma garota. – Resmungou a cornival levantando-se bruscamente do gramado.
- E se eu estivesse? Isso te incomodaria? – Alfinetara Kevin sentando-se e encarando Lauren se afastar.
- Nada que vem de você me incomoda!
- É mesmo? – O loirinho levantava-se e corria até a garota. – Pois eu acho que incomoda sim...
- Eu pouco me importo com o que você acha ou não Malfoy.
- UUuhhh, ela usou o Malfoy, devo me sentir assustado?
- Você realmente é um idiota.
- E você me ama que eu sei.
- Me erra Kevin! – Lauren girara os olhos apanhando a vassoura.
Kevin sorriu de canto tomando a vassoura da mão da menina e a arremessando longe, Lauren o encarou perplexa o que fez o loirinho a pegar no colo e jogar sobre os ombros, Lauren gritava, esperneava enquanto Kevin continuava imóvel a segurando em seus ombros, quando a menina parara com seu ataque ele a colocara deitada ao chão fitando a face emburrada da mesma.
- Não se preocupe Lau-Lau eu não estava com ninguém... – Ele sorriu levemente. – E não precisa ficar treinando como se fosse uma maluca, você é boa goleira e vai fazer boas defesas contra a Lufa-Lufa no sábado! E ah... Eu também acho você uma graça quando está nervosa...
A morena arregalara os olhos quando sentira o loiro beijar-lhe a testa e afastar-se bruscamente da mesma, Kevin sorriu abertamente logo correndo para fora do campo de quadribol deixando uma estupefata Lauren sentada no meio do gramado, Kevin Malfoy era um mistério.
A manhã de sexta feira parecia mais sombria e gélida do que o normal, os murmúrios sobre a briga entre Danielle O’Brian e Sirius Zabine não poderiam ter ganhado mais forças após ambos se evitarem totalmente em todas as aulas e momentos, além do fato explicito de Jay Potter tentar de tudo para aproximar-se de Anne Adhara e ser sempre impedido por um furioso Nathan Adhara nada satisfeito com a aproximação do tal Potter.
Nathan estava sentado em um dos galhos das inúmeras árvores dos jardins, o belo sonserino lia um grosso livro enquanto um belo rapaz loiro aproximava-se da tal árvore. Caios Trent possuía um semblante sério jamais visto em Hogwarts, como se fosse fazer a coisa mais difícil de sua vida.
- O que quer Trent? – A voz rouca e autoritária de Nathan soara assim como o baque de seu livro ao chão.
- Por que acha que quero algo de você Adhara? – Caios dera um sorriso sarcástico assim que o moreno saltara do galho da árvore e parara frente a si.
- Está me seguindo desde ontem.
- Ah claro! – Caios batia na própria testa. – Quero que entre na equipe de da sonserina de quadribol.
- Nem em sonhos. – Nathan apanhava o livro ao chão dando as costas ao loiro.
- É tão melhor do que todos que é incapaz de entrar em um time?
- Você realmente me surpreende Trent... – Nathan parara de andar olhando o loiro por cima dos ombros. – Aparenta ser o grande Capitão, aquele que cuida dos fracos e oprimidos, mas sequer foi visitar sua preciosa priminha na Ala Hospitalar...
- Isso não tem nada haver com o time Adhara. – Rosnara Caios.
- E o que tem haver com o time Trent? – Nathan avançara contra o loiro com uma tremenda fúria.
- Talvez eu não deva mesmo te colocar no time... – Caios sorria irônico. – Para quê eu iria querer um jogador fraco que coloca obstáculos para não entrar em um grupo? Para quê eu iria querer uma pessoa covarde próxima a mim?
Nathan sorriu de canto dando dois passos para trás, logo voltando-se ao loiro dando-lhe um certeiro soco na face, Caios não deixara por menos dando um outro soco na face do moreno, aquele fora apenas o convite para socos e ponta pés. Os dois sonserinos caíram no gramado socando-se e rolando pelos jardins, algo raro de se ver, afinal os Sonserinos jamais foram de brigarem entre si perante todos.
Logo um círculo havia se formado entre ambos, Jay tentara separar Caios e Nathan em vão já que Caios alertara o amigo que se tentasse se meter o azararia, Kevin parecia entretido por demais narrando à briga enquanto Sirius torcia para Caios dar um gancho de esquerda,
- MAS O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – A voz autoritária de Middle ressoara de tal forma que toda gritaria e torcida dos alunos cessara, menos é claro a briga entre Nathan e Caios. – VOCÊS DOIS PAREM IMEDIATAMENTE!
- Erm... Sem querer ser pessimista amada e estimada professorinha Middle, mas eles não estão muito a fim de parar não sabe? – Kevin dera um sorriso amarelo.
Middle parecera ainda mais furiosa com o comentário do loirinho, tratou logo de sacar sua varinha e apontar para os dois sonserinos raivosos.
- PROTEGO!
Uma bolha se formou entre Nathan e Caios os evitando de se socarem, entretanto os palavrões que dirigiam um ao outro ainda podiam ser escutados por todos os jardins, o que obrigou Middle a lançar o “Silencio” em ambos.
- Eu já esperava um comportamento assim de você Sr. Trent, mas me surpreende o senhor se metendo em brigas desse tipo Sr. Adhara! – A voz possessa de Middle ecoava por todo o local. – Agora parem de se portarem como seres inferiores e sigam-me!
Anne chegara ao lado de Takana a tempo de ver Caios e Nathan trocarem olhares hostis, a morena dera dois passos para frente a fim de segurar o braço do irmão e perguntar o que estava havendo, entretanto Takana a segurara maneando a cabeça negativamente o que fez a garota relaxar, teria de questionar Nathan mais tarde. O loiro e o moreno acabaram por seguir a professora mais mal humorada de toda a escola, Sirius e Jay apenas acenaram para Caios enquanto Kevin murmurara o quão ferrado o primo estava.
Jay sorriu de canto ao ver ás pessoas afastando-se, era cômico ver o quão fofoqueiros eram os alunos de Hogwarts, notou em meio a multidão duas sonserinas, Takana acabara por deixar Anne sozinha e seguiu para dentro do castelo o que fez Jay sorrir ainda mais, teria a oportunidade de aproximar-se da bela Adhara.
- Seu irmão tem bons golpes... – Comentou aproximando-se da garota.
- O que houve entre ele e o Trent?
- Bem... Pelo que eu pude perceber eles discutiram... – Jay colocava o dedo indicador no queixo fingindo-se pensar. – Mas não esquenta, nada como uma detenção para fazê-los virarem bons amigos.
- Duvido muito. – Anne murmurara afastando-se do Grifinório que a acompanhara.
- Hum, e aí você tem companhia para o primeiro passeio em Hogsmead?
- Tenho.
- Hã... Que pena, iria convidá-la para ir comigo...
- Não estou interessada obrigada.
- E por que não?
Anne parara de andar para fitar a face risonha de Jay Potter, a morena limitou-se em rolar os olhos e o abandonar por ali mesmo, Jay sorriu abertamente, afinal em todo esse pequeno tempo de conversa ele conseguira uma conversa que Anne falasse mais do que sim e não.
- Hey! Capitão! – Sirius chamava o amigo. – Pare de babar pela Adhara e vamos, temos treino!
- Eu não estava babando seu Traste Lambe Lixo! Eu estava apreciando são duas coisas totalmente opostas!
- Ah claro, por isso tem esse filete de saliva no seu queixo não é?
- Cale essa boca Sirius!
A sala das masmorras considerada a mais sombria de todas era certamente a dela, a professora Middle indicara dois lugares para que Nathan e Caios sentassem e logo contornou sua própria mesa afastando os trajes negros que usava para sentar-se. O olhar de Middle só não era mais assustador do que o olhar de Carter Trent furioso, na opinião de Caios. O loiro sequer ousava encarar Nathan, pois sabia que mais um olhar trocado por ambos iria resultar em uma bela briga.
- Detenção. – Middle falara com sua voz fina.
- Nós já sabemos Middle, agora me diga algo que eu não sei. – Caios manifestara-se impaciente.
- Um mês.
- Um mês? – Nathan exaltava-se atraindo não só a surpresa de Middle como de Caios também. – Eu não vou ficar em detenção um mês inteiro!
- Creio que irá Sr. Adhara, e como sou uma professora bondosa não permitirei que você fique sozinho... – Um sorriso ardiloso brotara nos lábios da professora. – Creio que o Sr.Trent terá muito gosto em ajudá-lo a limpar a jaula do novo bichinho de estimação do professor Hagrid.
- Eu já ando fazendo tarefas para o Hagrid. – Caios torcia o nariz.
- E não vejo o porquê não continuar fazendo... Todos os dias das dez á meia noite por um mês inteiro. Estão dispensados.
Nathan e Caios levantaram-se juntos lançando olhares mortíferos a cínica professora de poções que simplesmente ignorara os olhares de seus dois alunos arruaceiros.
Os dois sonserinos abandonaram a sala da masmorra sem se dirigirem uma única palavra e seguiram para lados opostos nos corredores, cada um com um devido olhar de fúria e ira.
Ás vassouras voavam de um lado para o outro no campo de Quadribol, Jay conseguira um treino no campo cedido pela Lufa-Lufa, mas logo o liberaria para o último treino da Cornival antes do jogo do dia seguinte. Jay berrava e passava ordens para o treino do time, Danielle parecia ainda mais ativa não permitindo que nenhuma goles adentrasse em seus três gols, Sirius, entretanto não treinava ao lado da garota, estava treinando no outro lado do campo com o reserva de goleiro Joe Trent que cada vez levava mais gols por conta do mau humor de Sirius Zabine.
- SIRIUS! – Chamara Jay. – Por Merlim se continuar jogando assim você não vai só acertar o gol como o Joe também!
- Você quer gols bem feitos não é? – O moreno indagara ranzinza.
- ELE QUER OS JOGADORES DELE VIVOS! – Gritara um divertido Kevin da arquibancada recebendo em resposta um belo dedo do meio.
- Quero que você treine com Danielle.
- Eu não vou treinar com ela! – Rosnara Sirius espreitando os olhos.
- Pouco me importa se vocês estão brigados ou não VOCÊ VAI TREINAR COM A DANIELLE E PONTO FINAL!
Se Sirius tivesse uma varinha ao seu alcance certamente azararia Jay, odiava quando o amigo dava de “O Super Capitão” e mandava em todos, inclusive nele. Bufou em resposta voando com uma goles na mão em direção ao gol de Danielle que parecia determinada a não permitir que Sirius não fizesse nenhum gol sequer.
- Se não quiser ser acertada saia da frente O’Brian. – Ordenou o rapaz.
- Se não quiser que eu rebata essa goles no meio de sua cara eu recomendo que desista Zabine!
- WOW! AGORA FICOU LEGAL! – Kevin berrava mais uma vez da platéia abrindo um saco de Feijõezinhos De Todos Os Sabores.
Sirius deu um giro na vassoura acelerando e tentando confundir Danielle, a loira girou-se em sua própria vassoura sem retirar os olhos da goles que estava firmemente sendo segurada no mão do moreno. Sirius arremessou a goles com força que bateu na parte traseira da vassoura de Danielle, o baque fora tão forte que desequilibrara a goleira a fazendo quase cair da vassoura conseguindo segurar-se com apenas uma mão.
- PAREM O TREINO! PAREM! – Berrara Jay visivelmente nervoso. – POUSEM ÁS VASSOURAS!!!
Danielle lançara um olhar de pura raiva a Sirius pousando ao lado do mesmo, ele no entanto esbanjava um sorriso inocente que só fazia a loira sentir ainda mais vontade de enfiar a vassoura do mesmo goela a baixo.
- O que foi aquilo lá em cima Sirius? – Jay perguntara estressado.
- Você pediu para marcar um gol, bem... Se a O’Brian não fosse uma péssima goleira perceberia que não conseguiria defender um gol meu.
- Eu defendi a sua goles seu idiota!
- E quase caiu da vassoura, graaaaannnnddddeee goleira!
- Ora seu... – Danielle segurara firmemente a vassoura na mão. – Egoísta, egocêntrico, calhorda...
Jay arregalou os olhos categoricamente, afinal nunca vira Danielle O’Brian tão nervosa, assim como seu time deu um passo para trás, Sirius parecia indiferente a explosão de Danielle o que a irritava ainda mais resultando na bela loira Grifinória batendo com a vassoura no moreno que a olhara tão escandalizado quanto todo o resto do time.
- HEY PARA COM ISSO! FICOU MALUCA? PARE COM ISSO O’BRIAN!
Sirius começava a correr com a loira atrás de si lhe dando inúmeras vassouradas o que arrancava gargalhadas de Kevin nas arquibancadas, os treinos da grifinória realmente não podiam ser mais patéticos.
- O que ele fez para ela fazer isso? – Uma voz suave e horrorizada ecoava atrás do loirinho.
- Ele quase a derrubou da vassoura... – Kevin gargalhava indicando para que a bela cornival sentasse ao seu lado.
Lauren sorriu em resposta sentando-se ao lado do loirinho, Kevin oferecera seus feijõezinhos à morena que aceitara de bom grado, enquanto assistiam Sirius montar em sua vassoura com danielle logo atrás lhe arremessando Goles nas costas, pelo visto ninguém na grifinória tentaria impedir a loira maluca assassina.
- Ela deve estar na TPM... – Comentara Lauren divertida.
- Tenho certeza que está, pobre Sirius, se sair vivo será um milagre!
- Por que não vai ajudá-lo?
- E acabar com a diversão? Nãããoo, eu prefiro assistir de longe! É mais seguro.
- Grande amigo você.
- O melhor!
Lauren sorriu de canto notando o sonserino gargalhar, Kevin parecia uma criança assistindo um show de humor, entretanto o que na verdade ele assistia era a seção de espancamentos de Danielle O’Brian.
- Depois nós que somos os violentos de Hogwarts! – Rira-se Kevin olhando a garota.
- Eles ganham em disparada. – Lauren piscara marota.
- Srta. Sanders! Oh! Graças a Merlim eu lhe encontrei! – Samantha Wood corria pelas arquibancadas colocando-se ao lado da menina.
- Algum problema professora? – Indagou Lauren.
- O que a Lau-Lau aprontou sem mim? – Kevin se metia.
Samantha encarou os dois jovens com uma expressão cansada, Lauren e Kevin lhe dirigiam o mais curioso dos olhares o que fez a professora respirar fundo, não podia assustar a menina daquele modo tão cedo.
- Creio que o Sr. Malfoy possa vir conosco também... – Samantha olhara o loiro que franzia o cenho.
- Ir para onde?
- Para o escritório da diretora, não façam perguntas, apenas me acompanhem...
Kevin trocou um olhar confidente com Lauren e logo tratou de seguir a professora ao lado da menina. Um frio parecera pairar pelo corpo da cornival, como se algo estivesse errado, ela engolira em seco e sentira-se estremecer, tudo parecera estranho até Kevin colocar uma mão em seu ombro e lhe sorrir de canto.
- Relaxa Lau-Lau, aposto que não é detenção e se for deve ser para mim!
- Espero que seja mesmo... – A morena sorria de canto.
Samantha sentira seu coração estraçalhar com aquela conversa entre os dois sextanistas, caminharam pelos jardins, logo adentraram o castelo e atravessaram ás gárgulas de entrada para o escritório de Tonks onde Draco Malfoy II encontrava-se ao lado de Blake Zabine, Ashlee Zabine e Carter Trent. Tonks estava com um semblante abalado por trás de sua escrivaninha o que fez Lauren e Kevin sentirem um leve temor por estarem ali.
- Pai? Olha eu não fiz nada! – Kevin aproximava-se de Draco que apenas girou os olhos.
- Não vim por você Kevin, por mais que eu queira te esganar por um outro assunto... – Sussurrou o homem ao pé do ouvido do filho.
- Srta. Sanders, a senhorita deseja sentar-se? – Perguntou Tonks.
- Não, estou bem em pé obrigada diretora.
- Bem... – Tonks pigarreava. – Sra. Zabine, você...
- Deixa que eu cuido disso, obrigada Tonks... – Ashlee sorria fracamente aproximando-se de Lauren. – Sou Ashlee Zabine, muito prazer.
- Eu sei, você é a mãe do Sirius...
- Sim é verdade... – Ashlee sorria maternalmente. – Já nos vimos algumas vezes, mas nunca fomos apresentadas.
- É...
- Srta. Sanders...
- Pode me chamar de Lauren...
- Como quiser, Lauren... – Ashlee olhava carinhosamente a menina. – Creio que você tinha plena consciência de que seu pai e seu irmão andavam trabalhando secretamente para o Ministério da Magia.
- Sim eu estava ciente.
- Seu... Seu pai foi de grande ajuda para nós, conseguiu algumas provas das quais precisávamos a muito tempo.
- Papai é eficiente em tudo o que faz. – Lauren sorria orgulhosa. – Mas o que isso tem haver comigo.
- Seu pai foi... – Ashlee possuía os olhos marejados o que fez Kevin entender tudo antes mesmo que ela terminasse a frase saindo ao lado do pai e correndo para puxar Lauren para um abraço. – Ele foi assassinado há uma semana.
Por sorte Kevin estava ali, a morena enterrara a cabeça no ombro do sonserino tentando digerir o que lhe falaram, aquilo lhe parecia tão surreal, parecia como se estivessem lhe fazendo uma brincadeira de péssimo gosto. Não tardou até tudo fazer sentido, as cartas não respondidas e a ausência naquela semana, tirando é claro a dor constante no peito da menina, ela sabia que algo estava errado. Ás lágrimas escorreram pelos seus olhos o que fez Kevin apertar o corpo da cornival ainda mais para si.
- QUAL É O PROBLEMA DE VOCÊS? – Urrou o loirinho. – COMO CHEGAM AQUI E FALAM SIMPLESMENTE QUE O PAI DELA MORREU? VOCÊS...VOCÊS NÃO TEM O DIREITO DISSO! NÃO TEM!
- Kevin... – Draco murmurara fitando o filho.
- Sabemos que quer proteger a sua amiga Kevin, mas é importante que ela saiba a atual situação em que se encontra. – Carter se metia tocando o ombro do sobrinho.
- Lauren... – Blake a chamara. – Olhe para minha esposa, sei que é difícil nesse momento, mas você precisa saber o que está havendo.
- Ela não precisa saber de nada agora. – Kevin falara dentre os dentes.
Lauren girou a face e abriu os olhos encarando os olhos de Ashlee, a mulher lhe direcionou o mais bondoso dos olhares e tocou-lhe a bochecha limpando uma lágrimas.
- Adam está desaparecido, se não for encontrado por volta de dois meses será dado como morto pelo Ministério. Estamos cuidando de tudo para você, o enterro de seu pai será amanhã e ás buscas pelo seu irmão estão constantes, você ficará sobre custódia da família Malfoy e sua herança está bem protegida não se preocupe.
- Eu não... Eu não quero saber de herança eu... Eu quero meu pai.
- Vocês são os seres mais nojentos do planeta! – Declarou Kevin carregando a cornival no colo e saindo com a mesma de dentro do escritório.
Draco respirou fundo, seu filho possuía a sua mesma mania de querer proteger os que ama e acusar o mundo de ser cruel.
- Ela vai ficar bem, Kevin está com ela... – Blake tocava o ombro da esposa.
- Isso tudo é minha culpa, eu não deveria ter permitido Roger participar daquela missão eu...
- Se há alguém a ser culpado Ashlee, esse alguém é Apus Vega. – Declarou por fim Carter.
A tempestade começara a cair nos terrenos de toda Hogwarts, os alunos corriam em direção ao castelo, enquanto dois jovens permaneciam em meio toda aquela tempestade, Kevin estava abraçado ao corpo de Lauren que não parava de chorar e soluçar em seu ombro, por mais que sentissem frio aquele local, abaixo daquela árvore parecia por fim ser o mais confortável de todo o castelo naquele momento.
- Meu pai e meu irmão...
- Vão achar o seu irmão, não se preocupe Lauren... – Kevin fazia um leve cafuné na menina beijando-lhe o topo da cabeça.
- O que vai ser de mim Kevin? Eu estou sozinha... – Sussurrou erguendo os olhos e fitando os olhos azuis do loiro.
- Eu não sei o que vai ser de você, mas eu vou te proteger por todo sempre. Eu vou estar sempre com você Lauren, nunca te deixarei sozinha.
- Todos os que eu amo vão embora, minha mãe, meu pai, meu irmão...
- Eu não vou ir embora ok? – Kevin falara com convicção encarando os olhos verdes da menina. – Eu jamais iria deixar a única pessoa que eu sinto alguma coisa...
- Sente alguma coisa?
- Eu jurei nunca amar ninguém Lauren por ver Stacy sofrendo, mas... – Kevin dava um sorriso triste. – É difícil não se apaixonar por você sabe? Desde o dia que nos conhecemos há seis anos atrás e eu juro que eu não vou te deixar...
- Eu não acredito... – Murmurou a garota afastando-se lentamente do loiro que a puxara de volta a forçando olhar para si.
- Eu poderia fazer juras de amor, mas eu não cumpriria a maioria delas... – Kevin encostava sua testa a da morena.
- Eu queria que você se importasse! – Lauren falara séria. – Que se importasse comigo de verdade e...
- Se eu não me importasse eu não estaria aqui... – Kevin a puxara para seu colo novamente. – E eu quero estar aqui para você Lauren Sanders.
As cores de cabelo de Stacy mudavam constantemente enquanto ela se olhava em um espelho, ficar naquela Ala Hospitalar já estava mais tedioso do que nunca, principalmente com a tempestade que resolvera cair.
- Filha... – Uma voz macia chamara a loira que baixara o espelho imediatamente a ponto de ver a imagem de seu pai parado na porta da Ala.
- Pai?
Draco caminhara em direção a sua primogênita a abraçando firmemente, Stacy engoliu em seco afinal para seu pai estar ali e lhe dar um abraço tão cheio de dor significava que algo estava errado. O loiro como se lesse os pensamentos da filha afastou-se e beijou-lhe a testa logo encarando-a nos olhos.
- O pai de Lauren faleceu.
- O Sr. Sanders? – Stacy se exaltava. – Onde está Lauren? Eu preciso...
- Kevin está com ela... – Draco sorria tristemente. – Stacy, nós temos quase certeza de que o irmão de Lauren também está morto, ela irá precisar de você.
- Pai... – Os olhos de Stacy marejavam-se. – Ela não vai ficar sozinha não é?
- Duvido que você e seu irmão permitam isso.
Pai e filha abraçaram-se firmemente, era como se as sombras tivessem tomado conta de toda Hogwarts dando um ar de pura infelicidade ao local.
Boa noite meu anjo, é hora de fechar seus olhos
And save these questions for another day.
E guardar estas perguntas para outro dia
I think I know what you've been asking me,
Eu acho que eu sei o que você quer me perguntar
I think you know what I've been trying to say.
Eu acho que vc sabe o que eu tento dizer.
I promised I would never leave you,
Eu prometi que eu nunca quis deixar você,
Then you should always know
Então você deve sempre saber
Wherever you may go, no matter where you are
Onde quer que você possa ir, não importa onde seja
I never will be far away.
Eu nunca estarei tão longe.
O sábado estava sombrio, muitos aurores, inomináveis, pessoas importantes do Ministério e do mundo do comércio encontrava-se naquele cemitério, dentre eles vários alunos de Hogwarts, professores e a diretora Tonks.
Lauren estava entre Stacy e Kevin que sequer saíra ao lado da menina desde o dia anterior quando esta receara a fatiga noticia. Era estranho eles estarem ali, era estranho presenciar um enterro, era como se uma bomba estourasse na cabeça de cada jovem que se encontrava naquele cemitério que a vida não era apenas festas, era muito além disso.
- Roger Darien Sanders foi um dos maiores homens no ramo de comércio de vassouras, foi um bom marido e excelente pai... – O pastor começava a falar.
Lauren baixou os olhos, ela não precisava que alguém lhe dissesse como seu pai foi em vida, isso ela já sabia! Ela sabia que ele tinha sido o melhor pai do mundo e que sempre lhe apoiara, o que ela queria saber era como ele havia morrido, como haviam o feito deixá-la para todo o sempre.
Boa noite meu anjo, agora é hora de dormir,
And still so many things I want to say.
E ainda assim, muitas coisas eu quero dizer.
Remember all the songs you sang for me,
Lembra todas as canções que você cantou para mim,
When we went sailing on an emerald bay.
Quando nós fomos navegar em uma baía de esmeralda.
And like a boat out on the ocean,
E como um barco fora do oceano,
I'm rocking you to sleep
Eu estava balançando você dormindo
The water's dark and deep, inside this ancient heart
A água escura e profunda, dentro deste velho coração
You'll always be a part of me.
Você será sempre uma parte de mim
Caios e Jay mantinham-se firmes lado a lado, os dois amigos pareciam um pouco desnorteados com a morte misteriosa do pai de Lauren e principalmente com a conversa que tiveram com seus pais há horas antes do enterro. O loiro e o moreno não desviavam um segundo sequer os olhos do caixão fechado, imersos em seus pensamentos, enquanto Sirius cedia seu ombro a Danielle que permitia suas lágrimas molharem seu rosto como nunca.
- Vai ficar tudo bem Lauren... - Stacy sussurrava para a amiga dando-lhe um beijo na bochecha.
Lauren parecera não crer muito nas palavras da amiga, mas quando Kevin deslizara a mão até a sua a segurando firmemente fora como se todo o mundo estivesse lhe dizendo que ela ficaria bem. Soltou a mão do loiro e aproximou-se do caixão fechado de seu pai beijando a tampa do mesmo e depositando sobre este uma bela margarida.
- Eu te amo papai. - Sussurrou logo se afastando e abraçando Kevin.
Boa noite meu anjo, agora é hora de sonhar,
And dream how wonderful your life will be.
E sonhar da forma maravilhosa que será sua vida.
Someday your child may cry, and if you sing this lullaby,
Algum dia sua criança pode chorar, e se vc cantar isto Lullaby,
Then in your heart there will always be a part of me.
Então em seu coração será sempre uma parte de mim.
Ás pessoas depositavam sobre o caixão flores conforme ele descia para sua tumba, Lauren não queria se despedir, era doloroso por demais, Kevin afundara a face da menina em seu ombro a embalando como um bebezinho assustado, Stacy abraçara os dois e logo Danielle juntara-se a eles, Sirius sorriu de canto fazendo um aceno para Jay e Caios que logo entenderam e juntaram-se no abraço.
- Obrigada... – Sussurrou a menina com a voz pesada.
Algum dia nós estaremos todos perdidos
But lullabys go on and on
Mas Lullaby irá pra frente, e para a frente
They never die
Eles nunca morrerão
That's how you and I will be.
Assim é como você e eu estaremos.
- Nós sempre estaremos aqui para você Lauren Sanders... – Kevin falara ternamente. – O mundo poderá desabar, mas nós sempre permaneceremos ao seu lado.
A noite parecia a melhor companheira dos que sofrem, pois com ela vem o sono que nos embala e nos leva para uma dimensão diferente onde não a dor e nem sofrimento.
Saber que Lauren passaria alguns dias na companhia de Stacy e Kevin na casa dos Malfoy’s era de certo modo reconfortante para Danielle, pelo menos lá Lauren estaria protegida e longe das perguntas dos curiosos sobre seu pai, talvez o pior naquilo tudo era não saber como lidar com aquela situação.
Lauren não sorria, não falava, apenas ficava embalada por Kevin e ver uma amiga daquela maneira matava Danielle O’Brian, a loira estava sentada em um dos sofás vermelhos da grifinória olhando um álbum de fotografias, neles estavam fotos de todos os anos que ela, Lauren e Stacy passavam juntas sorrindo, divertindo-se e tentando espancar os rapazes. Uma lágrima solitária pingara em uma das fotografias do trio e logo várias lágrimas começaram a banhar a face da Muralha da Grifinória a fazendo enterrar a face entre ás mãos e soluçar como nunca.
Sirius descia ás escadas do dormitório masculino quando escutara aqueles soluços, seu olhar tornou-se tristonho conforme ele aproximava-se da garota e ajoelhava-se a sua frente retirando delicadamente as mãos da mesma do rosto avermelhado.
- Eu queria tanto que ele não tivesse morrido e ela... E ela não estivesse sofrendo... – Declarou a loira ao rapaz.
- Eu sei... – Sirius sorrira tristemente e antes que pudesse falar mais alguma coisa fora enlaçado pelos braços da menina. – Ela vai precisar que você seja forte Dandan...
- Eu quero ser forte, mas...
- Você é forte... – Sirius a cortara a afastando de si e a encarando nos olhos. – Quem foi que me espancou durante quase uma hora e meia com a vassoura?
- Bobo... – A loira sorrira fracamente enxugando ás lágrimas.
- Escute uma coisa O’Brian... – Sirius tocara o queixo da menina a fazendo o encarar nos olho. – Nós vamos cuidar da Lauren, vai ficar tudo bem eu te prometo isso.
- Você nunca cumpre suas promessas.
- Essa eu cumprirei sabe por que?
- Não...
- Por que eu estou prometendo para você.
Danielle o olhou séria, Sirius sorriu de canto deslizando a mão depositada no queixo da menina para a nuca e logo a puxando para um beijo, um beijo que não fora recusado pela Grifinória. Sirius a puxara do sofá a deitando sobre o tapete e beijando cada pedacinho do rosto da goleira, como se ela fosse a coisa mais preciosa que ele tivesse. Danielle puxou-o novamente para seus lábios e ambos jamais iriam saber dizer o quanto tempo trocaram caricias e beijos naquela noite, apenas fora tempo suficiente para um sentimento ser reforçado.
O salão comunal da Sonserina estava mais vazio e silencioso do que o normal, ou talvez apenas os sentidos de Caios Trent estivessem mais aguçados. O loiro encontrava-se encostado ao lado da janela onde podia ver a intensa tempestade cair, um costume herdado de sua mãe, Amy Trent amava ver a chuva isso sempre acalmava de algum modo, entretanto a chuva para Caios sempre lhe fora tema nostálgico que lhe trazia ás piores recordações.
- Por que você me chamou aqui pai? – Caios indagara sentado em um dos sofás do escritório de seu pai no Ministério. – Eu não andei tirando notas baixas se é isso que te preocupa.
- Nunca me preocupo com suas notas Caios... – Carter cortava o filho o encarando seriamente.
- Então vamos logo para o cemitério, não quero me atrasar para o enterro do pai da Lauren...
- Estamos bem adiantados não se preocupe. – Alertara o moreno olhando para a lareira.
- Está esperando alguém?
- Você faz perguntas demais. – Rira-se o patriarca sentando-se frente ao filho. – Quando foi à última vez que obtivemos uma conversa a sós?
- Verão do ano passado, quando eu impedi que o Tio Draco matasse o Kevin.
- Ah sim... – Carter rira-se com a lembrança. – Nunca vi Kevin se esconder tanto em um verão, bons tempos.
- Pai...
- Sim Caios?
- O que está havendo? Quero dizer... Tudo anda tão confuso, aquele ataque ao parque trouxa, à morte de várias pessoas do ministério e agora a morte do pai da Lauren, tem algo errado não tem?
- Você já ouviu falar sobre os perigos de se mudar o futuro Caios?
Os olhos verdes do loiro, os olhos idênticos ao do pai deram um brilho de surpresa, era raro Carter falar com tanta seriedade ao filho, Caios limitou-se em manear a cabeça afirmativamente em resposta aquela pergunta de seu pai. Carter sorriu de canto levantando-se do sofá e indo até uma mesinha onde uma garrafa de whisky de fogo repousava ao lado de alguns copos, o Trent mais velho servira-se do conteúdo e tornara a sentar-se perante ao filho.
- Uma vez eu fui capaz de ver o que o futuro me reservava... – Carter bebia um gole do whisky fazendo uma leve careta. – Eu tinha a sua idade sabe? Estava em um dos maiores dilemas de minha vida, se seguia o caminho como Herdeiro das Trevas ou se simplesmente largava tudo e voltava para a sua mãe, um homem naquele tempo me deu a oportunidade de ver meu futuro, seu nome era Calisto Crainte.
- Você nunca me falou sobre isso... – Caios franzia o cenho.
- Ah muitas coisas nas quais eu e sua mãe não contamos a você e seus irmãos, não nos odeiem por isso, apenas queremos os proteger de uma realidade amarga.
- Prefiro uma realidade amarga do que uma ilusão insólita... – O loiro finalizara severo. – O que o senhor viu em seu futuro?
Carter sorriu, um sorriso triste, bebeu novamente o whisky em seu copo o esvaziando por inteiro e o depositando na mesinha de centro, Caios acompanhava todos os movimentos de seu pai, analisando de segundo a segundo a reação do mesmo.
- A desgraça. – Respondera Carter. – Você existia nesse futuro e você sofria, só tinha nove ou dez anos e já possuía a maturidade de um velho, sua mãe estava morta, Blake estava em coma, Draco havia perdido a felicidade e todos a nossa volta sofriam, tudo por conta de uma escolha minha.
- Mas esse futuro não se concretizou não é? – Caios perguntara com a voz carregada. – Mamãe está viva, todos estão bem e...
- Sempre um ciclo se cumpre Caios, mais cedo ou mais tarde. – Carter finalizava com os olhos marejados.
Se Caios Trent iria perguntar mais alguma coisa a seu pai, não obteve tempo, pois um barulho vindo da lareira fizera com que pai e filho quebrassem todo o contato visual. Carter levantara-se do sofá para receber duas pessoas que saíam da lareira, Caios logo reconhecera Jay dentre uma das pessoas, o garoto amaldiçoava a quem havia inventado o transporte por lareiras, alegando que estas eram empoeiradas por demais.
- Voltou para ficar Harry? – Carter perguntava ao cumprimentar a segunda pessoa.
- Dessa vez sim Carter, pedi minha carta de licença de Beauxbattons e graças a Merlim consegui a liberação. – Harry falava animado. – Creio que ainda temos tempo daquela conversa não é?
- Sim, sim, temos alguns minutos antes do... Do enterro.
- Do que esses dois estão falando? – Indagava Jay a Caios que parecera absorto demais na conversa com o pai para responder aquilo.
Jay desabou ao lado do melhor amigo remexendo-se nervosamente no sofá, não era lá muito normal Caios entrar no mundo da lua e esquecer de sair do mesmo, afinal esse era o papel dele. Suspirou cansado ao ver seu pai e Carter sentarem a suas frentes, talvez fosse mais um daqueles momentos em que receberiam uma bronca daquelas.
- Andamos tendo noticias de uma relação amigável entre vocês e os Adhara... – Começara Harry.
- Amigável? Hello! Caios quase faz com que Nathan Adhara não tenha mais nariz!
- Não estamos falando de Nathan Adhara. – Carter espreitava os olhos. – Estamos falando de Anne Adhara.
- Vocês andam colocando espiões atrás de nós? – Ironizou Caios. – Algum Agente Teen?
- Temos informantes em Hogwarts, mas não são apenas para ficarem de olho em vocês... – Harry franzia o cenho.
- A Família Adhara é uma das mais antigas famílias de Sangue-Puro, talvez uma das poucas que ainda restam em todo o mundo e uma das mais malignas. – Carter começara.
- E o que isso tem haver conosco? – Indagara Jay. – Não tem nenhum sobrenome Adhara tatuado em minha bunda tem?
- Realmente eu espero que não. – Harry comentara girando os olhos.
- Eu não vou enrolar. – Carter olhara nos olhos do filho. – Vocês estão proibidos de se aproximarem de Anne Adhara e sua família.
- Como é que é? – Os dois jovens perguntaram em uníssono.
- Vocês não estão surdos estão? – Harry debochara.
- Escute aqui, vocês não tem o direito de nos dizerem com quem devemos andar ou não! Somos maiores de idade! – Explodira Jay.
- Eu não vou me afastar de ninguém por conta de um passado maluco! – Esbravejara Caios.
- Fique longe dos Adhara’s Caios! É uma ordem!
- E por que eu deveria ficar longe deles? Anne, Anne não é como a família dela! – Caios falara desesperado, afinal aquele pedido de Harry e de seu pai era como se pedissem para o loiro parar de respirar.
- A família Adhara vem de um clã sombrio, um clã que deseja a morte e punição de muitos bruxos do mundo mágico, escute seu pai Caios, os Adhara não são pessoas que você ou James queiram perto.
- E quem disse que eu não quero perto? Caios tem razão, eu não vou me afastar da Anne por causa da família obscura dela!
- JÁ BASTA! – Berrara Carter calando os dois meninos. – Vocês estão proibidos de se envolverem com algum Adhara!
- ME DÊ UM BOM MOTIVO PARA NÃO QUERER ME APROXIMAR DELES! – Caios berrara de volta.
- Eles estão envolvidos com a morte de Roger Sanders. – Finalizara Harry recebendo a atenção dos dois rapazes.
Os olhos de Jay e de Caios arregalaram-se categoricamente, os Adhara poderiam ser os assassinos do pai de uma de suas melhores amigas. O mundo nunca lhes parecera tão confuso quanto naquele exato momento.
Caios bufara impaciente, a vida era uma grande pregadora de peças que parecia rir a custas dos outros, pelo menos assim estava sendo com ele. Parecia que a vida havia resolvido tirar uma com a cara dele, primeiro o fato de seu melhor amigo estar apaixonado pela mulher que ele ama e por ultimo o fato da família dessa mesma mulher estar envolvida com um assassinato e com artes das trevas, realmente a vida adorava curtir as custas dele.
- Trent? – Uma voz suave ecoara.
O loiro franziu o cenho, se a vida queria ser filha da puta ela estava se mostrando extremamente mestre nisso. Virou-se a ponto de ver a bela silhueta de Anne Adhara, a garota possuía um olhar pesado e trajava um roupão negro por cima da camisola, ela aproximara-se em passos lentos até ele o tocando na face, um toque que o fez cerrar os olhos em resposta.
- Está chorando. – Comentou a menina após enxugar uma lágrima.
Caios abrira os olhos a encarando sério, segurou firmemente a mão da garota a afastando de si, engoliu em seco, Anne o analisava por inteiro e por um segundo ele sentira a vontade plena de tomá-la para si, entretanto as vozes de Jay e de seu pai gritavam em sua cabeça e tudo o que ele pode fazer fora afastar-se da garota e dirigir-se ao seu dormitório o mais rápido possível.
Anne virou-se a ponto de ver o loiro desaparecer na escadaria que ligavam ao dormitório masculino, olhou para a ponta de seu dedo notando que ainda estava úmido pela lágrima do rapaz, baixou os olhos, como queria sentir como ele sentia, como queria poder chorar, como queria saber o que é ser humana.
Carter chegara a sua mansão, depositou o sobretudo em um cabideiro da entrada, caminhou até a cozinha apanhando uma garrafa de cerveja dentro da geladeira e olhando o relógio da parede vendo que era quase dia. Sorriu fracamente, quando fora a última vez mesmo em que ele chegara à casa a ponto de colocar Dalilah na cama? Levou a garrafa a boca tomando um belo gole do liquido.
- Carter... – Uma voz serena o chamava.
O moreno virou-se para encarar sua bela esposa, Amy possuía os cabelos curtos e os olhos tão azuis que chegava a ser cegante, sua pele alva entrava em contraste com seu robe verde escuro, ele baixara os olhos, não era merecedor daquela mulher, daquela família, sentiu uma terrível vontade de chorar, uma vontade que não conseguiu segurar quando os braços de Amy o enlaçaram.
- Não é culpa sua. – Sussurrou a loira.
O casal sequer notou uma pequena menininha na porta da cozinha, uma loirinha que segurava em suas mãos uma pequena boneca de pano, Dalilah fitava tudo com seus olhinhos curiosos, talvez fosse demais para ela entender o porquê de seu pai estar chorando e o porquê de sua mãe o consolar, tudo era confuso demais para uma criança de apenas oito anos de idade.
Gaya Adhara, a bela ruiva monarca de uma das famílias mais nobres da história do mundo mágico, a famosa mãe punho de ferro e uma das mulheres mais cruéis que já existira. A mulher estava lá, sentada solitária em sua sala de estar onde estava um belo piano negro, um piano no qual seu marido obrigara seus dois filhos aprenderem a tocar, riu-se com a lembrança.
O fogo da lareira estava tão intenso que ela não se preocupava em colocar mais lenha, seu robe vermelho batia-lhe até o calcanhar e ela mexia a bela taça de vinho em sua mão permitindo que o liquido girasse e se misturasse constantemente. Em seus olhos a plena amargura dos anos, o pleno desespero.
- Como permiti que ás coisas chegassem a esse ponto? – Perguntou a si mesma encarando o fogo.
Um sorriso, um sorriso de ira tomou seus lábios a permitindo levantar-se da poltrona negra e jogar contra o fogo da lareira sua taça, o fogo subira e logo baixara. Os olhos cruéis e frios de Gaya Adhara foram tomados por um novo sentimento, o profundo desespero.
N/A:: Espero que tenham curtido o capitulo e os vídeos! ô/ O próximo capitulo vem em breve ok? Pelo menos eu acho ahahahaha. Bêgos and Hugs!!!
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