Prólogo

Todo Lucro obtido aqui é na moeda da diversão. Todos os méritos para personagem e contexto para JK.

Trabalho de verão

Prólogo
Eu avisei! Mas eu sempre aviso! E não é que não me escutam. Almofadinhas sempre me escuta e faz questão de fazer tudo ao contrário do que penso. E não é porque eu sou o único maroto monitor, não. Sirius Black sempre fez questão de ser contrário a tudo que eu falo. Uma vez, com alguns copos de cerveja amanteigada a mais, perguntei a ele o porquê disto, já que era só comigo (ele ignorava o Rabicho e concordava quase sempre com o Pontas). Ele disse que se não fosse assim não seriamos Sirius Black e Remus Lupin.

Estávamos no plano Z’ do Sirius. O objetivo? O mesmo dos planos passados (ele já havia completado o alfabeto inteiro duas vezes, mas não duvido nada que passemos para o A’’ agora), ou seja, fazer com que James Potter e Lily Evans se acertem. No falar do Sirius seria “dar uma forcinha ao Pontas”. Sinceramente espero que o Almofadinhas nunca tente me dar uma forcinha. James não conhecia esse plano, na verdade ele não conhecia os planos de Sirius desde o plano D, para ver como ele andava mal informado. Fico pensando se minha má sucedida vida amorosa não se deve a planos secretos e obscuros de Sirius para me juntar com alguém da imaginação fértil dele. No tal plano D, Lily acabou com os cabelos do Pontas após uma briga estrondosa, e estávamos no quinto ano.

O plano Z’ iria ser executado na véspera das férias de verão que antecederiam nosso sétimo e último ano em Hogwarts. Sirius havia usado o que as garotas costumam chamar de charme para convencer Hestia, uma amiga de Lily da Lufa-lufa, a escrever uma carta falsa para a amiga pedindo para que ela a encontrasse na última cabine do expresso de Hogwarts que estava nos levando para casa. James receberia uma carta parecida, anônima. Sirius acha engraçado que o amigo sempre tenha a esperança que Lily mude de idéia instantaneamente. Eu acho engraçado o fato de que Almofadinhas sempre acha que seus planos cada vez mais idiotas e cheios de falhas darão certo.

Acontece que ninguém ao certo sabe o que ocorreu, mas na hora em que todos almoçavam no expresso, houve um barulho ensurdecedor. Adivinhem de que cabine? Só que estamos em tempos de guerra, e todos ficaram apavorados. McGonagall, que estava no expresso, foi a primeira a encontrar a cabine de James e Lily. Na certa os dois se estranharam mais uma vez, já que a cabine estava destruída e os dois ofegantes com olhares furiosos. Só que nossa professora, diretora da Grifinória e ainda vice-diretora de Hogwarts não iria simplesmente deixar passar. Vou transcrever aqui o diálogo que se passou:

“ Eu estou lutando contra todas as minhas convicções para não punir dois de meus mais brilhantes alunos com uma expulsão nas vésperas do último ano de escola. Mas não vou tolerar mais nenhuma briga sequer, nenhum desentendimento.E isso não vai passar em branco. Neste verão vocês terão um trabalho! Evans, a senhorita terá de dar aulas diárias de estudo dos trouxas para James Potter, mandarei cartas com alguns dos conteúdos exigidos. Potter, o senhor terá de dar aulas, também diárias, de Quadribol para Lily Evans, práticas e teóricas. Vou querer um relatório de ambos no retorno às aulas e quero que pelo menos um aluno fique de olho em vocês. Alguém quer se voluntariar? – McGonagall parecia ter planos melhores que os de Sirius, não?

-Eu! – Disse Sirius. Podia-se ver que ele estava se divertindo.

-Na verdade senhor Black, é uma responsabilidade muito grande para uma só pessoa. Lupin poderia ajudá-lo.”

E foi assim que o Almofadinhas conseguiu estragar o meu verão – não que eu tivesse muitos planos. Mas, sinceramente, ficar vigiando Lily e o Pontas é quase tão ruim quanto ficar no meio de uma batalha entre Voldemort e Dumbledore.

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