Encontro?



Depois da conversa com Gina, Mione sentiu mais vontade do que nunca de sair com Malfoy.

“O que será que ele tem que deixou as meninas tão abobalhadas?” – esse pensamento estava se tornando constante na mente curiosa da morena. Como ela não aceitava não saber a resposta a uma pergunta, resolveu agir rápido.

Ela sabia que Malfoy era dono de uma empresa de advocacia, muito conhecida por não medir esforços para ganhar um caso e também precisava da ajuda de um advogado. Por isso, resolveu unir o útil ao agradável: encontraria e conquistaria Malfoy e ainda conseguiria um advogado muito eficiente.

Vestiu uma roupa bem sexy, mas ao mesmo tempo séria (queria que sua sensualidade parecesse casual) e partiu ao encontro do loiro.

O escritório ficava no Beco Diagonal. À sua porta, um grande letreiro com as letras “D.M.” em letras douradas mostravam que Mione chegara a seu destino. O prédio da empresa era tão luxuoso que exalava arrogância.

“O Malfoy conseguiu deixar o prédio com a cara dele.” – ela pensou, levantando uma das sobrancelhas.

A secretária de Malfoy parecia uma carranca. O mal-humor e má vontade dela conseguiram minar toda a ansiosidade e bom-humor que a morena sentia.

Quando ela finalmente foi convidada a entrar no escritório do loiro, sua paciência já tinha se esgotado e o seu estresse superava os níveis normais.

A passos fortes, entrou na sala de Malfoy e não conseguiu disfarçar o seu tom de desagrado quando falou:

- Eu preciso de um advogado e soube que você é bom nisso. Você pode me ajudar?

Ele passou um tempo sem falar nada, simplesmente olhando para ela.

- Vai ficar com essa cara de abobalhado ou vai me responder? – a raiva que ela ainda sentia da secretária fazia com que sua voz soasse fria e amarga.

- Você está arrogante demais pra alguém que está pedindo um favor. – ele disse recuperando sua expressão indiferente.

- Eu não estou pedindo um favor porque eu estou disposta a pagar por seus serviços, que não são nada baratos. Então? Você vai me ajudar?

- Depende. O que você andou aprontando? Matou alguém de tédio com esse seu papo insuportável?

- Como assim depende? Eu achei que advogados bons de verdade pegavam qualquer caso, sem medo de perder.

A conversa dos dois era em um tom de frieza tão intenso que Mione não se espantaria se a água no copo de Malfoy de repente congelasse.

- Eu não estou com medo do caso, eu não quero é ter que trabalhar pra você.

- Essa é sua última palavra? – ela não sabia o que fazer e detestava isso.

Ela achava que ele iria aceitar ser seu advogado, mas nos seus planos ela não seria tão antipática. Na verdade, nem ela sabia que podia ser tão fria.

“Tudo culpa daquela secretariazinha!” – a raiva dela pela secretaria só aumentava, bem como sua vontade de esbofetear a cara dela.

Isso a fez lembrar da vez em que ela esbofeteou Malfoy no tempo de Hogwarts. Esse pensamento a deixou ainda um pouco mais animada.

- Você realmente não vai me ajudar? – ela não deixou sua decepção transpassar em sua voz.

- Já disse que depende. De que tipo de ajuda você precisa? – ele falou com um sorriso de canto de boca. Mione teve uma ligeira impressão de que a frase do Malfoy tinha um duplo-sentido proposital.

Mas logo descartou essa possibilidade. O Malfoy nunca daria em cima dela assim do nada. Daria?

Ela resolveu fingir que não tinha notado a cara safada do loiro e disse, agora com a voz mais calma.

- Você sabe que a ‘Floreios e Borrões’ está a venda, né? – ele nada respondeu, simplesmente olhou indiferente para ela – Então, eu estou interessada em comprar, mas eu preciso que um advogado dê uma olhada no contrato porque tem umas cláusulas que eu não entendo e outras eu não concordo. Além disso, acho que estou sendo passada pra trás. Esse contrato está bom demais pra ser real. Preciso de aconselhamento. – ela falou tudo de uma vez só, não gostava muito de admitir que era leiga em algum assunto.

- Desistiu de dar aula, profª Granger? – ele perguntou com seu típico sorrisinho irônico.

- Isso vai fazer alguma diferença na hora de você analisar meu contrato? – ela respondeu com o mesmo sorriso irônico.

Ele novamente ficou encarando ela, sem responder nada. Isso já a estava irritando profundamente.

- Então, vai me ajudar? – ela perguntou pela milésima vez.

- Ajudo, mas só se marcar um encontro comigo. – ele disse, sem embaraços.

Hermione não podia acreditar no que estava ouvindo. Ele não podia estar convidando ela assim tão rápido.

“Ele deve estar armando alguma coisa.” – ela estava completamente desconfiada do comportamento dele – “Será que ele sabe da aposta? Impossível, como saberia?”

Ela estava definitivamente desconfiada de Malfoy. Ele estava tramando alguma coisa, mas não ia deixar ele brincar com ela.

- A única possibilidade de eu sair com você é se a gente for discutir alguma cláusula do contrato. Se não for essa sua intenção ao falar “encontro”, então estou perdendo meu tempo aqui. Passar bem, Malfoy. – ela virou as costas para sair.

- E a que você acha que eu estava me referindo quando falei encontro? A um encontro amoroso? – ele deu um riso sarcástico – Talvez nos seus sonhos, Granger.

- E por que a gente não pode discutir o caso no seu escritório? – ela continuava desconfiada, virando-se para encará-lo.

- Você acha que eu quero te encontrar onde? Em um restaurante? Granger, entenda, eu aceitei ser seu advogado e não seu amante. Eu quero marcar um encontro com você aqui no meu escritório. – ele falou como se explicasse algo muito complicado a uma criança de dois anos.

- Então, Malfoy, como bom advogado, você deveria saber usar as palavras mais adequadas em cada situação. Nesse caso, procure usar a palavra “reunião”. – ela disse da mesma forma que ele.

- Não existe problema nenhum em dizer que eu quero agendar um encontro com meus clientes. Se você se acha tão maravilhosa a ponto dos homens não resistirem a você e te convidarem para sair na primeira vez que te vêem, problema é seu. Agora vai embora, você já me incomodou demais. E se você quiser mesmo meus serviços, marca sua próxima visita. Não tenho todo tempo do mundo pra ficar ouvindo suas baboseiras. E não esquece de trazer o contrato e uma copia para deixar comigo. – ele disse voltando a sua frieza costumeira.

- Eu já trouxe. – ela disse secamente, tirando a cópia da bolsa e jogando-a na mesa de Malfoy. – E pode deixar que eu marco a reunião – ela frisou bem essa palavra – com sua secretaria maravilhosa. Por sinal, você e ela se merecem. Agora eu tenho que ir. Também não tenho todo o tempo do mundo para ficar vendo essa sua cara azeda.

Virou-se rapidamente e, sem dizer mais nenhuma palavra, saiu sem olhar para trás.

Ela agora teria tempo de planejar seu próximo encontro com ele.

Seu objetivo agora era outro, não mais era só dormir com ele. Nunca perdoaria Malfoy pela humilhação que ele a fez passar. Ela o humilharia. Faria ele achá-la “tão maravilhosa a ponto de não resistir a ela”. Seu objetivo era deixá-lo louco por ela, então o usaria e o largaria. Não o deixaria brincar com ela. Ela brincaria com ele. E esse era o plano.

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Draco passou um tempo encarando o papel na frente dele. A cópia do contrato era a prova de que ela não tinha apenas inventado uma desculpa para vê-lo. Ela realmente precisava da ajuda de um advogado.

Alem disso, ela tinha recusado seu pedido de encontro. Ele teve muita sorte em conseguir pensar rápido em uma resposta para desmoralizá-la.

“Será que a Granger desistiu da aposta?” – ele pensou ainda olhando os papéis a sua frente.

Ele estava inquieto e preocupado. Ela o tratou de uma maneira muito fria para uma mulher interessada em sair com ele. Todas as evidencias indicavam que ela desistira de tentar conquistá-lo.

“Mas por que eu estou tão preocupado com isso? E daí que ela não quer mais sair comigo? Que diferença faz? Eu já dormi com a pobretona e com a aluada, já tenho armas o suficiente para esfregar na cara dos imbecis.” – ele pensava, confuso.

Porém, tudo que ele conseguia pensar era em como ela estava bonita naquele rápido encontro dos dois.

Tudo nela parecia ter sido cuidadosamente bolado para deixar qualquer homem hipnotizado. Sua sensualidade completamente casual, acentuada pelo fragmento de sutiã que sem querer aparecia quando ela fazia um movimento mais brusco. Sua frieza e seus olhares de desprezo fazendo-a ter autoridade e charme indiscutíveis. Seus passos firmes e sua postura dando-a um ar superior quase erótico.

O fato era que ela tinha conseguido mexer com ele. Muitas vezes ele se pegou olhando para ela admirado com algum pequeno detalhe novo que não tinha visto antes. Esses momentos só eram quebrados por alguma fala mal-criada dela para ele. Lembrar disso o fez dar um ligeiro sorriso no canto da boca.

“Nossa, como essa mulher é sexy.” – pensou.

Mas logo tratou de afastar esses pensamentos da cabeça. Ela era uma Granger sangue-ruim e ele não podia perder nem mais um segundo do seu precioso tempo pensando nela.

Começou a mexer em alguns processos, mas pouco tempo depois se surpreendeu pensando novamente nela.

Foi então que ele decidiu: ficaria bem atento a qualquer movimento dela. Ela era mais esperta que ele, por isso ele deveria tomar muito cuidado com tudo que ela fizesse.

Guardou cuidadosamente o contrato dela na gaveta e ligou para a secretaria. Queria saber em qual data se encontrariam de novo.


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N/A: é isso ai gente, capitulo curtinho, mas muito importante para os acontecimentos dos proximos capitulos.
nao aconteceu muita coisa, mas ai esta o primeiro contato da mione com o draquinho... eu nao deveria contar, mas nao resti guardar segredo... vai ter mais capitulos dedicados a Dr/H do que aos outros shippers... muitaaa coisa vai acontecer com esses dois ainda...
continuem comentando!! =]
beijoss
Tita^.^
PS: e so pra nao perder o costume: COMENTEMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!!!

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