O Plano de Luna



Hermione Granger e Pansy Parkinson estavam ficando cada vez mais amigas á medida que os dias da semana iam passando. Mas as conseqüências desta amizade já refletiam no cotidiano da garota da Grifinória. Rony e Harry quase não conversavam com ela, por pouco ela não ficou sem entregar o relatório da professora Sprout, ficando a madrugada inteira escrevendo e tendo uma quarta-feira muito sonolenta. Hermione e Draco não se falaram mais depois do beijo na biblioteca, mas ele não deixou de continuar com seus olhos fitos nela quando ela passava por ele nos corredores e durante as aulas em que Sonserina se misturava com Grifinória. Enfim, chegara a sexta feira, para alívio de muitos. A primeira semana em Hogwarts fora a maioria dos sextanistas, sem dúvida, a mais cansativa de todos os anos na escola. Hermione estava indo para o almoço no salão principal na sexta-feira com Pansy, Phoenix e Cicci. A garota esquecera-se completamente de Harry e Rony. E exatamente como as novas amigas, sempre que podia, Hermione falava mal das pessoas que passavam por elas. No portal do grande salão, uma garota de cabelos salpicados de caspa distribuía folhetos amarelos, radiante, e ao ver as quatro meninas se aproximando, ela abriu um largo sorriso, e entregou quatro folhetos para cada uma das recém-chegadas, demorando mais enquanto escolhia o de Pansy, e depois entregando á ela o folheto mais lustroso que encontrara na pilha que segurava no braço.
- o que é isso? – perguntou Phoenix sem ler o papel.
- estou convidado vocês para uma festa! – riu a garota – meu tio Ralf mora em Hogsmeade, e ele está viajando! a casa esta sozinha e ele me deixou a chave, e disse que eu poderia usa-la sempre que quiser! E pra comemorar nossa primeira semana eu resolvi dar uma festa lá!
- puxa Kelly, que legal! – disse Hermione
- vocês são minhas convidadas de honra! Será amanhã, ás 9. o endereço está aí no rodapé!
- ah, que ótimo, querida. Se sentirmos vontade, talvez apareçamos lá. Com licença. – Pansy e as amigas passaram pela garota dando esbarrões, exceto Hermione, que ainda conservava um pouco de sua educação.
- ai, uma festa! Á tanto tempo que não vou a uma. Nós vamos não é Pansy? – perguntou Cicci, animada.
- ah, por favor, Cicci! É claro que não! – respondeu Pansy – acha que alguém vai ir nesta porcaria? – respondeu Pansy.
As quatro garotas pararam de súbito: todos os presentes no salão principal estavam com um folheto igual nas mãos. Até os alunos do primeiro ano, que ainda não tinham permissão de ir á Hogsmeade, seguravam um, dos vários folhetos amarelos espalhados pelo chão.
- Meninas! – disse Pansy.
- sim! – responderam Hermione, Phoenix e Cicci em coro.
- espero que tenham trazido seus trajes de gala. Nós vamos á esta festa! – respondeu Pansy, ao ver que Draco também segurava um folheto.
Durante o almoço animado, onde Harry e Rony se sentaram longe de Hermione, Dumbledore deu um longo discurso:
- fui informado, de que neste final de semana, haverá uma festa para adolescentes em uma residência em Hogsmeade, estou certo, senhorita Zimmerman? – perguntou o diretor á Kelly, que ainda segurava a pilha de panfletos amarelos nos braços na porta do salão. Kelly acenou positivamente e animada com a cabeça.
– entretanto – recomeçou Dumbledore – devo avisar que somente os alunos do sexto e do sétimo ano tem a minha permissão de ir até esta festa. Vocês, meus jovens, terão até a meia-noite para retornar para este castelo, entendido? Aquele que não estiver aqui até a hora marcada, estará automaticamente expulso! – e Dumbledore riu irônico, enquanto os alunos do sexto e sétimo ano protestavam uns com os outros. O enorme sorriso de Kelly se desmanchou, enquanto outro brotava no rosto de Pansy Parkinson fitando Hermione.
- meninas. Acabei de ter uma ótima idéia para tirar essa sangue-ruim de nosso caminho.
Phoenix e Cicci , que estavam á seu lado, sorriram também.
Hermione, do outro lado do salão, parecia estar mais preocupada com o distanciamento de Harry e Rony do que com a hora de retorno da festa de Kelly.
As quatro Imperadoras de Hogwarts permaneciam cada vez mais juntas! Agora Hermione estava cada vez mais famosa! Muito mais do que quando antes andava com Harry e com Rony! Agora recebia cantadas á todo o instante! Era respeitada! Alguns alunos pareciam fazer reverencia quando ela passava com as outras meninas pelos corredores da escola, e a festa de Kelly estava cada vez mais próxima!

Foi no sábado, pela manhã, que Hermione e as suas novas amigas entraram na sede das Imperadoras, na masmorra abandonada, e ali elas ficaram o dia inteiro, comendo chocolates e bebendo suco de abóbora, escrevendo mais e mais no “Diário de todo mundo”, até o anoitecer. Quando a penumbra tomou conta dos jardins, e algumas carruagens recheadas de alunos animados para a festança já sumiam pelos portões de Hogwarts afora, elas retornaram para dentro do castelo.
- Hermione, vá se arrumar. – disse Pansy – quando ficar pronta nos espere na porta da escola, está bem?
Hermione assentiu com a cabeça, e as meninas correram para dentro, para se aprontarem para a grande festa. Para surpresa de Hermione, ao entrar na sala comunal, Harry e Rony estavam jogando xadrez de bruxo, muito tranqüilos, ainda com os pijamas, em uma mesinha mal-iluminada.
- o que ainda estão fazendo aí desse jeito? – perguntou Hermione aos amigos – vocês não vão á festa?
- não – respondeu Rony secamente. Harry assentiu com a cabeça.
Hermione ignorou-os e subiu as escadas para o dormitório feminino. Ao chegar, notou que nenhuma menina estava com menções de ir a uma festa.
- não acredito que você vai? – perguntou Luna, vendo Hermione colocar um lindo vestido vermelho, após seu banho rápido.
- e porque, Luna? Achei que você também iria.
- Kelly Zimmerman é da Sonserina! Poucos da Grifinória estão indo. Você é um deles.
- que pena que os alunos da Grifinória sejam tão primitivos em ficar honrando uma desavença de mais de mil anos entre os fundadores de suas casas.
- não é este o caso, Hermione!
- e então?
- Kelly está dando esta festa para despertar os hormônios de todos! Vai ver como todos estarão vestidos indecentemente, e como o clima e a decoração estarão extremamente românticos.
- que bom então. Eu preciso mesmo de um namorado. E você também! Quem sabe dessa maneira, você se anima para ir a festas e pegar menos nos pés de suas amigas?
Luna Lovegood fitou Hermione com reprovação. Não acreditou que estava ouvindo aquilo de uma de suas melhores amigas. Hermione arrumou os cabelos e se banhou de perfume, e dando um beijo no rosto da silenciosa Luna, saiu saltitante do dormitório das meninas, rumo á entrada de Hogwarts, para esperar as amigas.

Não demorou muito, e uma carruagem saia animada rumo á Hogsmeade, com Pansy, Hermione, Phoenix e Cicci á bordo, se maquiando para o que seria a noite do ano!
- fique alerta! Vou falar com ele quando você estiver sozinha, assim ele se anima e vai falar com você, ok? – disse Pansy á Hermione, que passava um forte batom vermelho nos lábios rosados.
- ok, Pansy. – concordou Hermione.
A casa do tio de Kelly, ficava bem na entrada do vilarejo bruxo. A carruagem parou e as meninas desceram. Após isso, o transporte que as trouxera se juntou as demais estacionadas, do outro lado da rua. A enorme casa, aparentemente pertencente a uma família, fora transformada em uma verdadeira pista de dança. Havia uma longa mesa encostada na parede azul, farta com bebidas, doces e objetos decorativos. Do outro lado da sala havia sofás negros, onde alguns casais dividiam carícias. A pista de dança era a que mais fervia, cheia de pessoas bruxuleando no escuro com a música alta que fazia as janelas vibrarem. Hermione cruzou os braços. Agora notara que o vestido que usava era realmente muito curto. “Como a Capa da Invisibilidade viria a acalhar agora” – pensou ela.
Pansy deu um empurrãozinho na amiga, e as quatro garotas adentraram a danceteria improvisada. Não demorou muito, e Kelly Zimmerman surgiu de dentro de uma multidão para cumprimentar as convidadas.
- ai que bom! Vocês vieram! Eu estou tão feliz!
- ta bom garota! Dá licença! – berrou Pansy, dando um empurrão em Kelly, que caiu nos braços de um garoto que a pegou em tempo.
- seu vestido ta lindo, Pansy! Tchauuuu... – a voz de Kelly ia sumindo, abafada pela musica, enquanto ela era engolida por uma multidão dançante.
Pansy, com suas três subalternas em seus calcanhares, atravessou a pista de dança e se acomodou nos sofás pretos.
- não vai demorar nada. – disse ela, se sentando e cruzando as pernas.
Hermione avistou Draco, do outro lado da sala, bebendo suco de abóbora encostado na mesa, ladeado por Crabble e Goyle. Não se passaram cinco minutos desde que as garotas se sentaram, e um garoto tirou Phoenix para dançar. Em seguida, foi Cicci, e finalmente só sobraram Pansy e Hermione. Phoenix e Cicci eram muito vulneráveis, mas Pansy era bastante seletiva com relação aos garotos, e todos os meninos presentes não se achavam bom demais para ela, embora quase todos ali alimentassem um filzinho de coragem em seu interior de ir encarar a fera. Pansy também encontrou Draco com o olhar, sem dificuldade, e dando um cutucão em Hermione, falou baixinho:
- agora eu vou lá falar com ele! E tenta disfarçar ok?
- está bem.
- prepare-se! Daqui á dez minutos você vai estar beijando Draco Malfoy, aqui mesmo neste sofá. Já volto queridinha.
Pansy se levantou e rebolou ao encontro de Draco. Hermione apanhou uma almofada e jogou sobre o decote: parecia que a cada segundo que passava seu vestido encolhia mais e mais. Pansy atravessou novamente a pista de dança, e ao passar por Phoenix, que parecia estar com pulgas no vestido em vez de estar dançando, cochichou ao ouvido da amiga:
- não se esqueça do plano! Ela não pode chegar á Hogwarts antes da meia noite!
- fique tranqüila, está tudo sob controle – respondeu Phoenix voltando sua atenção para o garoto que dançava junto com ela.
Draco não viu a ex-namorada se aproximar. No minuto seguinte, Pansy apanhou um copo de suco de abóbora e fingiu dar um esbarrão nele.
- me desculpe! – pediu Draco se virando para a pessoa que trombara nele – eu... Você? – disse ele de sobressalto ao ver que se tratava de sua ex-namorada, Pansy Parkinson.
- não foi nada, Draco. Aliás, foi até bom, porque preciso ter uma palavrinha com você.
- e o que você deseja? – perguntou ele voltando o olhar para a pista de dança, bebendo mais um gole de seu suco. Pansy pigarreou, e Crabble e Goyle saíram da presença do casal. Quando os dois grandalhões desapareceram na penumbra, Pansy começou:
- fiquei sabendo de uma noticia um tanto inconveniente.
- o que?
- Hermione Granger está caidinha por você.
- jura? – perguntou Draco se engasgando com o suco, fingindo uma falsa surpresa.
- você não vai alimentar as esperanças dela, vai?
- e porque não?
- Draco! Ela é uma sangue-ruim!
- e a sua nova subordinada. Está fazendo um bom trabalho, Pansy. Potter e Weasley nunca mais foram vistos com ela a semana inteira.
- isso não vem ao caso! O importante é que você e ela nunca dariam certo. Ela é uma menininha mimada. Escreve por todo o caderno “futura senhora Malfoy”, “Draco, eu te amo” e faz desenhos de dois bonequinhos se beijando e coloca como legenda “Draco e eu”. É hilário, você tem que ver.
O olhar penetrante de Draco encontrou a tímida Hermione do outro lado da sala, agora se afundando em quatro almofadas, e deu uma piscadela. Hermione respondeu com um aceno eufórico da mão.
- e tem mais! – berrou Pansy, dando um cutucão no braço de Draco – imagina o que seu pai diria, se soubesse que o único filho dele e uma sangue ruim estivessem apaixonados, um pelo outro?
Draco virou-se para Pansy, e a fitou com seriedade.
- aonde quer chegar Pansy?
- Draco... – Pansy assumiu um ar inocente e pidonho – eu não consigo parar de pensar em você! Meu verão inteiro foi um inferno! Esperava todos os dias por uma coruja sua, mas essa coruja nunca veio. Eu mal via a hora de começar o ano em Hogwarts... só para ver você de novo.
- Pansy, nós não temos mais nada um com o outro.
- e como eu conseguiria esquecer você... Você é tão sensual – e Pansy passou um braço em torno da cabeça de Draco, e o puxou para um beijo.
Hermione, que assistira todo o diálogo de Pansy e Draco a distância, ao ver aquela cena, um misto de raiva e tristeza invadiram seu peito, sua garganta estava com um gigantesco nó indesatável, e ela jogou para longe as almofadas que a cobriam, e saiu da casa do tio de Kelly. Hermione chorava desesperadamente, e enquanto andava pela rua deserta, uma bruxa se materializou diante dela: a professora Minerva McGonnagal.
- minha nossa, Hermione! O que houve, minha querida? – perguntou a mulher andando para perto da aluna com os braços abertos.
- nada, professora, nada. Por favor, me leva pra Hogwarts. Agora. Por favor.
Atendendo ao pedido da menina, Minerva foi até o cabeça de javali, pegou uma vassoura emprestada, e elas retornaram voando para o castelo.
Hermione agradeceu á professora pela carona, e correu para a torre da Grifinória. Passou pela sala comunal vazia, e afundou em seu travesseiro no dormitório, soluçando freneticamente. Luna, que ouvira os ruídos de Hermione, foi até a cama da amiga para saber o que estava acontecendo.
Entre soluços e lágrimas, e numa tremenda vontade de ficar sozinha, Hermione explicou tudo á Luna, que ouviu a história em silêncio. Depois que Hermione terminou de contar o ocorrido, Luna parecia chateada com o que fizeram com sua amiga, e disse calmamente.
- está certo, Mione! Eu não questiono o fato de voce estar gostando do Malfoy, até porque ninguém escolhe por quem se apaixonar, mas já está na hora de Pansy e suas amigas tomarem uma lição! Amanhã quero uma reunião com você e Gina, lá no salão principal. Como será domingo, ninguém vai incomodar a gente.
- não Luna, não. Só quero ter minha vida de volta ao normal: ser a grande CDF solteirona que eu sempre fui. – respondeu Hermione, tristemente.
Luna, que pareceu ignorar o comentário, levantou-se da cama de Hermione, e foi para a sua, mas antes de sair, disse a amiga:
- relaxe, Hermione. Está na hora das Imperadoras de Hogwarts aprenderem uma lição, queira você ou não.
Depois que Luna disse isso e deitou-se em sua cama, o dormitório feminino mergulhou em um profundo silencio relaxante. Lá fora, começou á serenar. O sereno logo ficou mais grosso e de uma hora para outra uma pesada chuva despencou sobre o castelo. Hermione ainda permaneceu horas acordada; a cena de Pansy beijando Draco ia e vinha diante de seus olhos. Sua fúria oculta ia crescendo cada vez mais dentro de seu peito, e aos poucos, antes de finalmente adormecer, ela aceitou em sua mente a doce proposta de Luna.


O domingo era, sem dúvida, o dia mais silencioso em Hogwarts. As salas de aula e as estufas estavam vazias e devidamente trancadas. a cabana de Hagrid e os inteirores da floresta proibida pareciam estar desabitados; o café da manha no salão principal era o menos farto da semana, onde poucos alunos desciam para apreciá-lo. Nem sequer os professores se atreviam a acordar cedo. Os fantasmas ficavam entediados com os corredores vazios, e tentavam se distrair como pudesse, fosse dando uma volta pelos encanamentos, fosse flutuando pelo sótão do castelo. Filch e Madame Nora eram os únicos que perambulavam, sem rumo, pelas imediações, distraídos, sem interesse em pegar alguém no flagra em alguma atividade ilícita, até por que, eles sabiam que esse alguém jamais encontrariam aquela hora da manhã.
Hermione acordou cedo. Nem sequer dormira direito á noite, pois só conseguira sonhar com Pansy e Draco se beijando em sua frente. Pela viração do dia, ela desceu ao salão principal para esfriar a mente, sem topar com as Imperadoras, tampouco com Rony ou Harry. Para seu desapontamento, Gina e Luna estavam sentadas á mesa da Grifinória e, ao vê-la, acenaram eufóricas, e Hermione não teve saída senão atender ao pedido das amigas. Hermione se sentou na mesa ao lado de Gina, emburrada. Um pergaminho, com uma lista escrita flutuava ao lado da cabeça de Luna.
- muito bem, vamos começar – disse Luna ficando de pé. – Pansy Parkinson é uma Imperadora impiedosa, estou correta?
Gina e Hermione balançaram a cabeça positivamente.
- e como se acaba com um imperador?
Gina e Hermione deram de ombros.
- você o tira do poder aos poucos, assim como vários cupins minúsculos conseguem fazer uma árvore gigantesca vir ao chão! Hermione, se quiser ter a sua vingança, vai ter que continuar amiga daquelas garotas, para que o plano possa iniciar.
Hermione arregalou os olhos.
- Pansy Parkinson, para se manter em seu posto, depende de três coisas - Luna apontou com a varinha para o primeiro item da lista do pergaminho flutuante – a primeira delas: um corpinho exuberante; a segunda: amigas que sejam como ela, e terceiro, seu brinquedinho favorito: Draco Malfoy!
Gina abriu um largo sorriso, entendendo o plano de Luna. Hermione permaneceu séria e fria.
- vamos transformar Pansy Parkinson em uma balofa, sem amigas e solteirona! – e Luna gargalhou, animada. Hermione não sabia o que dizer.
- vai colaborar conosco, Mione? – perguntou Gina.
Hermione pensou um pouco. Ainda gostava de Phoenix e Cicci, mas sentia um ódio profundo e impiedoso por Pansy. E estava muito decepcionada com Malfoy, se sentindo usada por ele.
Uma garota de cabelos maltratados se aproximou do trio, tímida, os olhinhos apertados atrás das grossas lentes dos óculos que pareciam fundos de garrafa.
- Her... Hermione – chamou a garota com a voz tremula. Hermione se virou e deu de cara com Alice Prescott: - tenho que te contar uma coisa.

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