Malfoy e eu



Mais um fatídico ano em Hogwarts estava para começar. A Maria-fumaça rumava alegremente na penumbra pelos trilhos enferrujados rumo ao castelo disforme no horizonte. Harry Potter, Hermione Granger e Ronald Weasley conversavam alegremente em uma das gélidas cabines to trem, mas desta vez tinham uma companhia á mais: um garoto loiro de olhos azuis e dentes de rato não parava de falar
- puxa! Eu nunca suspeitei! Meus pais são trouxas e minha irmã mais velha também! Então porque eu sou? Nossa, isso é muito legal.
Hermione era a única incomodada com a presença do garoto, mas Harry e Rony gargalhavam com a conversa sem nexo do garoto. Cansada de ouvir besteiras, Hermione saiu da cabine e foi atras da velhinha com o carrinho de guloseimas. Ao passar por algumas cabines lotadas, ela avistou a mulherzinha no fim do corredor, e apressou o passo. Porém, antes que pudesse grita-la, deu de cara com Draco Malfoy que ia saindo de sua cabine e rumando na direção oposta da garota.
- Granger... – disse ele espantado – como vai?
- muito bem, Malfoy. Com licença?
Hermione não deu atenção ao garoto que vivia a chamando de “sangue-ruim” e continuou andando para perto da velhinha.
Ao chegar, Hermione deu de cara novamente com pessoas indesejáveis: Pansy Parkinson e sua fiel escudeira Phoenix Leather enxiam as bolsinhas cor-de-rosa de sapos de chocolates e outras delicias.
- este não, menina! – reclamou Pansy para a amiga dando um tapinha em sua mão – estamos de dieta!
Hermione girou os olhos para o teto e disse num cochicho para a velhinha:
- 5 sapos de chocolate por favor.
Hermione se esforçou para que sua voz saísse quase inaudível, mas Pansy já a tinha visto
- Olá Granger! Como foi seu verão?
- muito bom
- e como é viajar com os trouxas naquilo que eles chamam de avião? É melhor do que a rede de flu? – perguntou Pansy irônica. Phoenix abafou uma risadinha aguda.
- é divertido, Pansy. – Hermione não deu atenção. Sabia que Pansy só queria provocar. Apanhou o pacote que a velhinha dos doces lhe estendia e voltou para sua cabine.
O restante da viagem foi cansativo e entediante. Finalmente, quando chegaram á estação de Hogwarts, Hermione ficou feliz de ver que o garotinho tagarela já desaparecera de vista, provavelmente se preparando para a travessia de barco com Hagrid.
Enrolando seu braço no de Rony, eles rumaram com Harry para o castelo, sentados confortavelmente na carroagem puxada pelos testrálios.
A cerimônia de escolha dos novos alunos não animou Hermione. O garotinho insuportável fora selecionado para Grifinória. Olhando de relance para a mesa da Sonserina, Hermione percebeu que Draco a fitava, sentado ao lado de Pansy que conversava animada com Phoenix. Ela ignorou o garoto que a olhava sem piscar, e procurou dar mais atenção á sua torta de pêssego em seu prato.
Pela manhã do dia seguinte, Hermione arrumou seus livros dentro de sua bolsa sem presa. Desceu sozinha para o café da manhã no salão quase deserto, e para sua surpresa, não encontrou Harry e nem Rony. Apanhando uma maçã de uma cesta na longa mesa da Grifinória, ela rumou para as masmorras, onde sua primeira aula seria “Poções”. Hermione parecia não estar sentindo a falta de Harry e de Rony. Seus pensamentos estavam muito distantes dos amigos de longa data. Estavam nos olhos azuis penetrantes de Malfoy colados nos dela na noite anterior.
- Ah, Deus, o que estou fazendo – disse ela para si mesma varrendo esta lembrança do pensamento – ele me odeia. AI!
Pansy Parkinson passou por Hermione junto com suas subalternas Phoenix e Cicci, dando um leve empurrão e pisando o pé da garota.
- Desculpe! Desculpe! – dizia Pansy descendo pelas escadas sem dar muita atenção.
A Aula com Snape não foi das melhores. Para surpresa de Hermione, Harry e Rony, que odiavam Poções, estavam sentados numa das primeiras mesinhas. Pansy e as amigas estavam em um canto escuro, conversando animadamente. Crable e Goyle cutucavam as orelhas de Neville, que estava sentado á frente deles, com a varinha e dando risadas grotescas. Draco Malfoy, inesperadamente, estava sentado sozinho! Como as mesas eram de duplas e todas já estavam ocupadas, sentar ao lado de Malfoy era a única saída.
- Senhorita Granger – disse um Snape em pé, oculto na penumbra – estou aguardando a senhorita encontrar um lugar para se acomodar para que eu possa começar minha aula. Se é incomodo ao lado do senhor Malfoy, o chão pode ser uma boa alternativa!
As amigas de Pansy riram animadas, mas a própria Parkinson não. E, muito relutante, Hermione sentou-se ao lado de Malfoy, que agora tinha o rosto não pálido como sempre, mas em uma leve coloração vermelha.
- Para iniciarmos nossa aula de hoje, eu trouxe algumas amostras de levertubrue, uma rara erva que floresce no deserto do Chile com propriedades... – começou Snape com sua voz seca.
- Eu não acredito que ela se sentou ao lado dele! – cochichou Pansy para as amigas. – eu é quem devia estar lá!
- mas você disse que estava com vergonha! – lembrou-a Phoenix
- não importa! Granger vai pagar por ter se sentado ao lado do meu namorado!
Snape podia ouvir cada sílaba que Pansy e as amigas pronunciavam, mas não era de seu costume repreender seus queridinhos da Sonserina.
- Droga! – resmungou Malfoy revirando a mochila. Hermione não lhe deu atenção. – Granger, esqueci meu livro de Poções. Podemos dividir?
Por dentro, podia-se dizer que Hermione estava pulando de alegria, mas por fora ela finjia aborrecimento; Sem escolha, ela cedeu o livro ao colega, e ele se aproximou um pouco. Durante a fatídica aula, Hermione evitava olhar para Draco, mas não parava de roçar o seu joelho no dele, e permanecia como se nada estivesse acontecendo.

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Comentários (1)

  • Angel_Slytherin

    Gostei bastante do primeiro capitulo! ;) Tem um pequeno errinho de digitação do texto -> presa - pressa. BeijosAngel_S

    2011-08-22
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