Epílogo
Familia é Tudo.
— É uma tradição, Gem — explicava Hermione ao computador. — No dia do aniversário de uma pessoa, todos cantam Parabéns a Você.
— HOJE É ANIVERSÁRIO DO SENHOR POTTER?
— Afirmativo.
— EXPLICAR SIGNIFICADO DE ACENDER FOGO EM CIMA DE PRODUTO DE PADARIA.
— É um bolo de aniversário com velinhas, Gem. Outra tradição. Pus uma vela para cada ano de vida de Harry, mais uma. Neste momento, estou acendendo-as. Daqui a pouco, vamos cantar, então Harry vai pensar num desejo e soprá-las. E assim que se faz.
— O DESEJO É NECESSÁRIO PARA APAGAR AS VELAS COM SUCESSO?
— É fundamental.
— O ANIVERSÁRIO DE UM ANO DO REBENTO FEMININO OCORRERÁ EM TRINTA E DOIS PONTO QUATRO DIAS. A TRADIÇÃO SERÁ OBSERVADA NOVAMENTE?
— Claro que sim. Abbey vai precisar de ajuda para apagar a velinha, pois ainda é muito pequena. Mas logo vai aprender.
Após acender a última velinha, Hermione ergueu o bolo do balcão e levou-o para a sala de jantar. Imediatamente, os convidados começaram a cantar. Ao ver o sorriso no rosto de Harry, percebeu o quanto ele viera a apreciar as intermináveis demonstrações de afeto de seus familiares Ainda lhe doía pensar na carência de amor e atenção que ele sofrera na infância. Apesar de ele ter compreendido a incapacidade dos pais de provê-lo quanto a tais necessidades, sabia que ele ansiava por gozar a afeição incondicional que ela sempre tivera. Felizmente, sua família tinha felicidade de sobra para aproveitar a brecha e abraçar o novo membro.
Inúmeros presentes equilibravam-se numa pilha ao lado, mas o mais importante era o tempo e o trabalho que cada convidado dispensara para escolher algo especial para o aniversariante.
Harry agarrou Hermione pela cintura e colocou-a no colo. Ignorando os risos e provocações, ela abraçou-lhe o pescoço e deu um beijo demorado.
— Feliz aniversário — murmurou, por fim.
Enciumada, a pequena Abbey exigiu ser erguida para o colo dos pais, cujos rostos lambuzou de beijos achocolatados. Harry abraçou a filha com força.
— Obrigado pela surpresa — sussurrou ele a Hermione.
— Eu teria de me ver com dona Jane, se não houvesse organizado a festa.
— Por quê?
Hermione sorriu perspicaz.
— Você é da família agora. Se eu não os convidasse, estaria roubando uma lembrança deles.
Vendo Harry sem resposta, Hermione desconfiou de que ele ainda duvidava de sua importância no seio daquela família. Mas logo se convenceria. Pouco a pouco, mas com constância, ele se abrira, raramente retrocedendo ao gelo. Sentia que, nele, a necessidade sobrepujava a cautela, o medo de que tudo terminasse no dia seguinte.
— Mas não precisavam trazer presentes — protestou, constrangido.
— Claro que precisavam. É tradição. — Hermione apoiou a cabeça no ombro dele e afagou os cachos cor de mels da filha. — Conte qual foi o seu desejo.
— Não é segredo?
— Não para a esposa. Conte.
Ele aproximou os lábios do ouvido dela, agitando a penugem junto à têmpora.
— Desejei outro retrato para o camafeu que ganhou de sua mãe.
Hermione levou um segundo para entender.
— Um irmãozinho ou irmãzinha para Abbey?
— Acha cedo? Estamos mais folgados no trabalho. Graças a Raven Sierra, as vendas domésticas dispararam.
— Quer dizer que não é mais apenas um pobre milionário?
— Estou quase conseguindo subir de categoria.
— Vamos discutir esse seu desejo direitinho depois da festa, ouviu?
Os olhos verdes de Harry adotaram um tom escuro.
— Promete?
— Prometo. Afinal, é um desejo de aniversariante. E, caso não saiba, esses desejos sempre se realizam.
— O DESEJO É NECESSÁRIO PARA APAGAR AS VELAS COM SUCESSO — lembrou Gem.
A pequena River Sierra aquiesceu solenemente e contemplou o bolo que a governanta colocara sobre a mesa.
— Foi o que pensei. Não dá certo se eu não pensar no desejo primeiro, certo?
— AFIRMATIVO.
A menina olhou para o presente do pai, outro livro de histórias ilustrado com os desenhos mais lindos que já vira. Ele até mandara ampliar um deles e colocar num quadro na parede de seu quarto. Adorava o quadro, com todas as forças de seu corpinho de cinco anos. Tratava-se de uma fada voando numa borboleta, uma fada de longos cabelos negros, como os seus. No livro, a fada realizava desejos.
River tinha um desejo muito especial.
— JÁ PENSOU NO DESEJO? — urgiu Gem.
— Ainda não.
— PERIGO DE INCÊNDIO IMINENTE.
— O quê?
— APRESSE-SE
— Já vou, já vou. — River fechou os olhos e sussurrou: — Quero uma mãe para mim. E quero que ela seja igual à fada da história.
— Com isso, a menina abriu os olhos e soprou as velinhas.
— Pronto. Exprimira o desejo. Agora, era só esperar que se realizasse. Porque Gem lhe dissera que o desejo de uma aniversariante sempre se transformava em realidade.
DAY LECLAIRE (a autora) conta: "Meu marido e eu nos casamos cinco meses após nos conhecermos, num verdadeiro casamento-relâmpago. Foi um fiasco! íamos fugir. E fugimos. Houve apenas um problema: cometi o erro de contar a meus pais. Bem, eles não gostaram muito da ideia. Por isso, em vez de ir para Las Vegas, 'fugimos' para Illinois, onde eles moravam, e lá nos casamos! E nos fizeram repetir a dose, seis meses depois, na presença de todos os parentes. Dezenove felizes anos depois, ainda rimos da trapalhada!"
Não deixem de ler a próxima fic que eu postar! Vão adorar cada parte também!
Beijões, comentem, e se apaixonem... sempre que puderem!
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Comentários (1)
adorei a historia muito boa mesmo...Muito fofa..tinha que ser hh..eles sao perfeitos...adaptação perfeita...
2013-07-31