Capítulo 3




Capítulo III – Insônia, Titanic e Bilhetinhos



Narração por Marlene McKinnon


- Tudo bem, Lily. Isso foi muito, muito estranho. Deve ter sido engraçado ver a sua cara de indignação ao ter que aceitar passar o Natal e uma parte das férias na casa dos Potter, haha! – depois que Lily saiu da sala de Dumbledore com o James, eles foram ver as aulas da tarde. Depois tivemos um jantar normal, detenções, e agora estamos fazendo a melhor coisa: fofocar no dormitório feminino!


- Engraçado? Eu realmente não tinha como negar. Espero que eles se esqueçam dessa promessa até lá!


- Ah, qual é, Lils. Vai ser divertido. Nós também fomos convidados, não fomos? – perguntou Katie.


- Foram sim. De qualquer forma, não deve ser pior que um Natal com a Petúnia.


- E como são o Senhor e a Senhora Potter? – perguntou Katie.


- Muito engraçados, gostei bastante deles. James se parece em tudo com o pai.


- Então deve ser perfeito! – Katie se revelando ai! Horas, estou detectando ciúmes em Lily Evans? No way!


- Por essas e outras que um dia o ego dele vai explodir todo esse castelo! – Lily se morde de ciúmes, ha.


- Acho bom irmos dormir, amigas. Hoje o dia foi cheio, e os comentários desse berrador e da briga de dois meninos lindos pela nossa amiga ruivinha não serão poucos amanhã.


- E desde quando eu ligo pros comentários, Lene? São essas coisas que só acontecem comigo, mas que me deixam ainda mais famosa. Fazer o que, se eu sou demais?


- POOOOOOODRE! – falamos juntas. Depois começamos a rir.


- Depois fala do James!


- A diferença é que eu estou brincando. Já ele, leva toda essa história de ‘eu sou demais’ a sério.


- Verdade...


- E como foram as detenções de vocês? – Katie perguntou.


- A minha foi podre, James não parava de falar.


- A minha teria sido ótima, eu e o Remus, se o Peter não estivesse junto pra atrapalhar!


- Ah, a minha até que foi legalzinha. O Sirius sabe ser engraçado e tal. Mas isso realmente me cansou. Quer dizer, como é que os trouxas fazem tudo sem varinha? Eu morreria!


- Não seja exagerada, Lene. Na verdade, é bem fácil viver como trouxa.


- Não, não é não! – não é fácil, não. A Lily bebe?


- A discussão tá ótima, mas eu vou dormir, boa noite. – disse Katie.


- Tudo bem, eu também vou então. Boa noite, amigas.


- Boa noite, Lene. – elas responderam juntas.


Narração por Remus Lupin


- Então foi isso. Seus pais chegaram lá, e meio que obrigaram a Lily a passar duas semanas na sua casa, durante as férias?


- E o Natal, meu caro Aluado. – o James ta sorrindo igual uma criança que recebe o presente de Natal do pai vestido de Papai Noel. Sinceramente, nunca pensei que veria meu amigo tão apaixonado. Esse mundo realmente dá voltas!


- E nós, como bons amigos que somos, estaremos lá, não estaremos? – perguntou Peter.


- Claramente, Rabicho. Vocês verão meu triunfo. Lily Evans será minha ou...


- OU EU NÃO ME CHAMO JAMES POTTER! – falamos eu, Sirius e Peter.


- Quem já não sabe disso? – completou Sirius. – Eu acho melhor você ir logo escolhendo outro nome!


- ha, ha, ha. Muito engraçado. Vocês ainda vão ao meu casamento com a Ruivinha, e aí vamos ver quem é que tinha a razão!


- Certo, certo. Enquanto esse dia memorável não chega, que tal estudar? – eu perguntei.


- Que tal comer? – Rabicho quem sugeriu.


- Melhor azarar o Ranhoso, ainda não matamos a saudade! - Sirius, precisamos ser mais discretos. Depois daquele dia depois dos N.O.M’s, não quero que a Lily esteja perto outra vez. Ela ficou um mês, mais os dois meses de férias sem falar comigo.


- Então o que vamos fazer?


- Bem, eu vou subir. Esse Salão Comunal ta um tédio, mesmo. A Katherine já subiu, eu não tenho mais nada pra estudar. Acho que vou dormir, boa noite.


- Uuuuuh! – exclamamos – Olha o Lobinho apaixonado!


- Calem a boca. – ele disse, fazendo um gesto muito, muito feio com os dedos. Crianças, nunca repitam tal ato.


- Acho que vou com você, Remus. Boa noite.


- Boa noite Aluado, boa noite Rabicho.


Narração por Sirius Black


- Então, Pontas. Que tal ir atrás de algumas garotas?


- Você jura que não conta pra ninguém? Se a Lily souber...


- Seu segredo está seguro comigo!


- Que tal aquelas do quinto ano ali? – esse é meu amigo Pontas!


- Polly Ryan e Samantha Watson?


- Que seja. Eu fico com a loirinha. A Ryan, não é?


- Não, seu veado burro. A Polly é aquela morena ali, a Samantha é a loira! Você quer a loira? Samantha, o nome dela.


- Tá, tá. Beleza. Samantha!


- Boa noite, garotas!


- Boa noite, James e Sirius! – respondeu Polly.


- Querem dar uma volta? – James perguntou.


- Ah, tudo bem, não é Polly?


- Claro. – a menina de nome Polly respondeu. A minha próxima vitima, assim diria.


- Polly, preciso falar muito sério com você.


- O que foi, Sirius?


- Você é muito linda, garota. Está me enlouquecendo! – ela riu, mas vi que ficou vermelha.


- James, vamos mais pra lá?


- Claro, Sam.


- Então, Polly. Você faz o quinto ano? – essa garota é linda. Tem lindos olhos castanhos e cabelos muito pretos, meio ondulados. Tem rostinho de criança, e corpo de mulher. Porém não tem assunto. Que droga que é falar com ela.


É melhor eu beijá-la de uma vez, pra ver se ela se cala.


Ahá! Isso ela sabe fazer e bem. Então é melhor deixá-la ocupada demais pra falar, antes que a desgraça se repita, que é ela abrir a boca. James e Sam também não param de se beijar. Aposto que o que uma tem de burra, a outra também deve ter. Só espero que o Pontas ali não chame a menina de Lily.


A última vez que isso aconteceu, a garota da Lufa-Lufa ficou tão brava com ele, que nem gosto de lembrar. Falando em Lily...


Meus olhos me enganam ou tem uma ruivinha descendo o dormitório feminino agora? Lascou, lascou pro Pontas. Ele tá perdido. Ela nunca mais vai querer olhar na cara dele. A fama de galinha dele só piora, ele tá ferrado agora.


Narração por Lily Evans


Alice deve está com Frank em algum lugar. Lucy está lá em baixo terminando uma atividade de Feitiços. Marlene e Katherine já estão dormindo. Só eu que não consigo dormir. Droga! Já virei de um lado pro outro, e nada desse maldito sono vir. Merlin! O que eu fiz pra merecer? Calma. Muita calma nessa hora. Vamos pensar em algumas músicas pra cantar.




Certo, eu ainda não consegui dormir. Estou ficando desesperada agora, a qualquer momento...


Eu ainda não consegui dormir. Olha pro relógio, Evans. Ótimo, eu já estou tentando dormir há 40 minutos agora. Sabem o quanto isso é frustrante?


Quer saber? É melhor eu beber um pouco d’água. Talvez resolva muito. Ainda são dez horas, deve ter um pouco de água gelada no Salão Comunal... Merlin! Meus olhos me enganam, ou vejo claramente aquela coisinha ridícula da Polly Ryan se agarrando com Sirius Black? Ele realmente já pegou melhores.


E se o Black está aqui, o Potter com certeza deve estar. Ah, acertei. OH MY GOD! James Potter e Sam Watson? Essa menina é uma nojenta! Nunca fui muito com a cara dela, agora então..


James Potter, eca. Tudo bem que ele é gostosinho. Certo, Lily. Seja justo. Tudo bem que ele não é um pedaço de mau caminho. É um caminho inteiro. Mas uma coisa é achar ele bom. E outra totalmente diferente é servir de distração pra quando ele estiver entediado. Tem gente que se presta a cada papel!


Sim, porque eu não estou com ciúmes dele. Até parece. Ciúmes de James Potter. Há, Há, Há. Olha bem pra minha cara. Vê se eu tenho cara de quem tem ciúmes dele. Claro que não.


Eu só não entendi porque de repente minha cara ficou vermelha de raiva. Deve ser só impressão. Até porque você sabe, Lily, que ele só fica com essas aí pra tentar esquecer você. Coisa que ele não consegue fazer, porque você é inesquecível.


E quer saber.. quem se importa com o que James Potter faz ou deixa de fazer? Contando que seja bem longe de mim, está ótimo. Agora ele se soltou dessa vaquinha.. Trocou um olhar com o Sirius, que apontou pra mim. Eu vou fingir que nem percebi. Estou bebendo a minha água tranquilamente, isso não está acontecendo.


Ele não largou a vadia pra vir falar comigo.


NÃO... NÃO...


É, ele largou sim e está vindo falar comigo. Maldita hora em que eu não consegui dormir.


- Boa noite, Evans.


- O que você quer, Potter? – eu queria parecer natural, como se não tivesse acontecido nada. Mas infelizmente minha voz saiu fria, e fui grossa. Merlin, o que está acontecendo comigo?


- Saber se você quer sair comigo, qualquer dia desses. – CARA DE PAU! Idiota! Galinha! Retardado! Metido! Insuportável! Como ele pede pra sair comigo, se agarrando com aquela loira oxigenada? Que raiva! Eu vou matar esse menino!


Tudo bem, Lily. Respira. Um, dois, três. Isso mesmo. Agora dá o seu sorriso mais irônico, e PÁ! Isso garota! Esse tapa foi lindo.


- Ai! Sua louca! O que eu te fiz? – ele agora segurava o rosto do lado em que meus cinco dedinhos estavam marcados na sua cara. Bem feito! Pra aprender que ninguém brinca com Lily Evans assim!


Todo mundo largou seus afazeres pra ver a mais nova confusão Potter X Evans.


- O que você me fez, Potter? Você nasceu. E isso já é motivo suficiente pra..


- Cale a boca, Evans. – O QUE? Ele me mandou CALAR A BOCA? Agora sim, eu to toda vermelha da mais pura raiva. Não respondo mais por mim.


- Eu não calo não! Eu te odeio, Potter! – certo. Agora eu estava realmente gritando.


- Você sabia que ódio e amor são sentimentos muito próximos? – ele respondeu fazendo a pior cara de safado que ele tem.


- Potter, que droga. Me deixa em paz, por favor. – eu to mais calma. Respira, inspira. – Volta pro seu novo brinquedinho e me deixa em paz.


- Ora, ora, ora. Estaria eu detectando ciúmes na Srta. Perfeição? – tudo bem. Ele falou isso cheio de ironia. Algumas garotinhas do fã-clube dele riram. Ele quer briga não é? Beleza, por mim, então.


- No dia em que eu sentir ciúmes de você, Potter, por favor, mande me internar. Você fede, e eu tenho nojo de você. – todo mundo ficou surpresa com o que eu falei. Depois eu subi pro dormitório, nem olhei pra trás. Claro, que isso é totalmente uma mentira. Ele é super cheiroso, e a última coisa que eu sentiria em relação a ele seria nojo, mas as circunstâncias me obrigaram a tomar decisões graves.


Ele mexeu com a pessoa errada. Enfim, agora acho que dá pra dormir..


Narração por James Potter


- James Alan Potter, explique-se agora mesmo!


- Merlin! O que foi agora... Sam?


- Eu que pergunto. Que cena foi essa? Você nem se importou com o fato deu estar aqui, não é? Foi correndo atrás da Evans. Sempre a Evans.


- Não foi nada demais, Sam.


- E não me chame de Sam. Pra você é Watson, entendeu? A Evans tem toda razão. VOCÊ NÃO PRESTA! – dizendo isso, a loirinha saiu e me deixou com a cara de besta, ainda sem entender o que aconteceu exatamente.


- Mau jeito, Pontas. Encontrou uma séria concorrente. Os gritos dela me deixaram quase surdos, consegue ser tão ruim quanto a Lily.


- Vá a merda, Almofadinhas. – realmente, eu não consigo mais ficar aqui. A Lily disse que eu fedo e que ela tem nojo de mim. E tudo bem, dessa vez ela talvez esteja certa. Quer dizer... por um lado eu disse que ia esquecê-la, pelo menos por enquanto. Mas pelo outro... como é que eu fui burro ao ponto de ficar com outra só pra me distrair, e ainda deixar que ela me visse?


Ela nunca vai achar que você mudou desse jeito, James. E sabe por que? Porque pelo visto você continua aquele mesmo garoto idiota que a chamou pra sair no começo do quinto ano, pretendendo passear pelos jardins com ela durante dois ou três dias, e depois esquecer até o nome dela. Você sempre diz que está apaixonado e que mudou, mas depois de hoje, tenho minhas dúvidas.


Burro, burro. Como eu fui burro!


 Narração por Katherine Mackenzie


Seis horas. Hora de acordar. Que porra. Ai, ai, Katie. Que boca mais suja! Assim Remus não vai te querer. Credo, eu to ficando doente. Ele já está nos meus primeiros pensamentos assim que eu acordo. Bem, melhor acordar logo a Lily, pra ela me ajudar a acordar a Lene, a Alice e a Lucy com aquele bom humor matinal dela.


- Lily! Bom dia!


- Me deixa dormir mais um pouco, mãe. O Titanic ainda nem afundou, o Jack ainda nem morreu, deixa eu dormir mais um pouco.


- Lily, querida. Infelizmente, eu tenho duas noticias pra você. Eu não sou sua mãe. E seja lá o que for Titanic, está bem longe agora. O que está perto é uma aula de Transfiguração com a Minerva. E Merlin me livre de chegar atrasada.


- Por favor, mãe.


- Lily, você foi dormir ontem nove e meia, por que esse sono?


- Nove e meia? Sabe que horas eu consegui dormir? 4 DA MANHÃ! – opa, ela acordou. E isso sempre acontece quando ela dorme mal. Um péssimo humor, durante o dia todo. E um sono desgraçado, às sete e meia da noite.


- Lily, o que aconteceu pra você não conseguir dormir?


- Nem te conto, Katie. Nem te conto...


- Agora você vai contar, porque todas nós queremos saber! – disse Marlene, já acordando.


- Eu conto, depois que eu sair do banho. – então ela se trancou no banheiro.


- O que você acha que aconteceu? Ela parece brava só de lembrar.


- Não sei. Mas se tiver alguma coisa a ver com o James, hoje vai ser um dia difícil. – bem, uma hora depois nossas suspeitas se confirmaram. Já estávamos prontas, e descendo pra tomar café, quando ela terminou de contar a história. E devo dizer que dessa vez, o James errou horrivelmente. E que hoje, com certeza, será um dia difícil.


- Bom dia, Katie. – ah, preciso dizer que a cada dia que passa, gosto mais desse maroto? Por que a vida tem que ser tão cruel, a ponto dele provavelmente me ver como uma amiga e nada mais?


- Bom dia, Remus.


- Vamos tomar café?


- Seria ótimo. – ele me puxou pela mão, e deixamos os outros pra trás. – Já soube de ontem?


- Já. E devo dizer que dessa vez tenho que da razão pra Lily. O Pontas errou feio, e está arrependido. Arriscaria dizer que hoje será um dia difícil.


- Já eu tenho absoluta certeza. Hoje será um dia bem difícil.


Narração por Lily Evans


- Bom dia, Marlene. Bom dia, minha Ruivinha. – então essa é a estratégia dele? Fingir que não aconteceu nada demais ontem? Sinto muito em informar, caro Potter. Não vai funcionar. Eu já decidi o que fazer. Ignorar você. Vamos ver o que acha disso?


- Lene, vamos tomar café?


- Tudo bem, Lily. Sirius, você nos acompanha?


- Seria uma honra acompanhar tão belas damas. – ele disse isso sorrindo, e ofereceu o braço direito pra Marlene, e o esquerdo pra mim. E fomos andando em direção ao café, deixando um zangado James pra trás. Bem feito.


- Olha lá o Peter. Vamos sentar com ele, ou com Katie e Remus?


- Não queremos atrapalhar o casal maravilhoso, queremos?


- Claro que não, Sirius.


- Bom dia, Rabicho. Como sempre, tão cedo por aqui.


- A fome, Almofadinhas. A fome. Cadê o Pontas?


- To aqui. – haha, olha a cara dele de estressado! E eu estou ligando? Não. Porque quando você dormiu apenas duas horas, brigou com um animal irracional antes de dormir, contou todos os Hipogrifos de Hagrid durante 6 horas seguidas, sem obter sucesso e sono, e de quebra está com uma TPM horrível, e uma cólica desgraçada, só podia estar ainda mais estressada que a pessoa a sua frente.


- Lily, abre um espaço. Eu quero sentar! – não to ouvindo, não estou te ouvindo, Potter. – LILY!


- Fica no meu lugar. – levantei e sai. Minha paciência está curta hoje, e eu não sou surda!


- Aonde você vai? Nem comeu nada! – Marlene disse.


- Perdi a fome. – provavelmente você já ouviu isso, mas o dia de hoje promete ser realmente difícil. Realmente, não estou com muita fome. Acho que vou pra sala de Transfiguração.


- Senhorita Evans! – tia Minnie disse com um leve tom de surpresa.


- Bom dia, professora.


- Tão cedo por aqui. Ainda faltam 30 minutos pra aula começar.


- Se a Senhora não se importa, prefiro esperar aqui. Posso ficar?


- Claro. Está tudo bem?


- Está. – eu sei que mentir é feio, mas ela realmente não espera que eu saia falando da minha vida pessoal pra ela, espera? Bem, me sentei na última cadeira, lá do fundão. Abaixei a cabeça, e acho que tirar um cochilo é uma boa idéia. Ah, vida cruel.


Pensando bem, agora. Por que Jack teve que morrer, e deixar Rose nesse mundo sombrio, escuro e frio? Sabe, se ela não fosse tão idiota, ia no barquinho, e deixava a porta pro Jack. Assim os dois sobreviveriam e seriam felizes pra sempre. Titanic é sempre muito triste. Eu sempre choro quando vejo. Aliás, estou chorando agora. Malditos hormônios... E a culpa é da Rose, também. Eu insisto! Se ela ao menos tivesse ido no barquinho, o Jack ficaria com a porta, e teria se salvado, e tudo teria sido tão diferente. Eles poderiam ter se casado, e teriam um filhinho chamado Harry.


Aliás, sempre gostei desse nome, é tão lindo. Se algum dia eu tiver um filho, vou chamá-lo de Harry.


Isso tudo é tão triste. Agora eu estou soluçando realmente alto, e acho que a Minerva tá me olhando preocupada.


- Senhorita Evans... há algo que eu possa fazer pra ajudá-la?


- Não, pro-professora! – eu estava realmente soluçando. – A Ro-rose, pegou a porta e dei-deixou o Jack na água fria. E ele... Ele morreu! Não há na-nada que você ou eu possamos fazer em relação a isso!


- Você tem certeza que não gostaria de ir à Ala Hospitalar? Quem são Jack e Rose, Merlin?


- Eu tenho cer-certeza! Eu não quero sair e encontrar o Potter e aquela namorada dele por aí nunca mais! – tudo bem, eu sempre dou esses ataques quando estou de TPM.


- Ah, então esse é o motivo dessas lágrimas? James Potter. – ela falou isso, com um sorriso no rosto. R-I-N-D-O! De mim!


- Não pro-professora. Eu não estou chorando pelo Potter. – só que quando eu disse o nome Potter, comecei a chorar mais e mais, e a soluçar e a tremer. De raiva pelo o que aconteceu ontem, e por tudo mais.


- Tudo bem, Senhorita Evans... Vai ficar tudo bem! Agora, você não quer me contar o que está acontecendo? – tudo bem.


Seria legal contar a história toda pra alguém que não vai rir da sua cara por estar chorando por Titanic e James Potter, como provavelmente Marlene e Katie farão, e alguém que não vai dizer que é óbvio que eu gosto do Potter.


Então eu meio que contei tudo pra tia Minnie. Sobre ele dizer que mudou, e que me ama e que está apaixonado, mas fica se agarrando com todas as meninas na minha frente. E embora eu diga que não ligue nem um pouco, isso sempre me abala, e de deixa com um péssimo humor... e que eu me pego pensando no Potter mais do que deveria, que ele é lindo e tudo, mas eu decididamente não quero sofrer.


Terminei e olhei pra ela, esperando que ela risse da minha cara. Mas ela não o fez.


- Eu acho que ele realmente gosta de você, mas está demonstrando isso da pior forma possível. E você, deixe de ser orgulhosa e mentir pra si mesma. Você gosta dele, e deveria dar uma chance pra ele, mas somente depois que ele provar que realmente merece essa chance, não acha? O faça correr mais um pouquinho...


- Você tem razão, professora. – eu até abri um sorriso. Foi bom falar com ela. E o sinal bateu...


- Vamos, a aula vai começar. Desfaça essa cara de choro e tente se concentrar na aula.


- Tudo bem. - olha, lá vem a gangue..


- Lils, você não comeu nada. Eu fiquei preocupada... LILY VOCÊ TÁ CHORANDO? – tinha que ser a escandalosa Marlene.


- Fala mais alto, Lene. Acho que o povo lá em Hogsmead ainda não ouviu..


- Lily, o que você tem? – disse Katie.


- Lily, não chora! – disse Peter.


- Lily, tá tudo bem? – perguntou Sirius.


- Lily, você sabe que pode contar sempre comigo. – disse Remus.


- Lily, desfaça essa cara. Você é a nossa ruivinha preferida! – completou Alice.


- Obrigada, gente. Vocês são os melhores amigos do mundo. Mas está tudo bem, é sério. Olha, a professora quer começar a aula. – todos os meus amigos correram pra onde eu estava, assim que Marlene gritou.


Eles são muito fofos e atenciosos, e minha vida seria muito triste sem eles. Mas o Potter ficou observando tudo de longe. Ficou com uma cara péssima quando me viu chorando, mas não disse nada...


- Bom dia, turma. Se vocês não se incomodam, a aula é aqui na frente, não na carteira da Senhorita Evans. Muito obrigada. Bem, hoje vamos começar a estudar Animagia. Naturalmente, vocês sabem que Animagia é uma das partes mais complexas da Transfiguração, na qual humanos se transformam em animais... – blá blá blá, essas coisas ai, etc e tal. Depois eu estudo esse assunto, agora eu realmente não estou com cabeça pra isso. E parece que o Potter também não. Ele estava com a cabeça entre os braços, e olhava tudo com ar entediado.


- E então, Potter. O senhor provavelmente já sabe todo o assunto. Pode me dizer exatamente o que é um Animago e as vantagens de ser um? – ele ainda continuava com a cara de entediado, mas respondeu, como sempre.


- Um animago é um ser humano que escolheu se transformar em um animal. Para cada pessoa, existe um tipo diferente de forma animaga. As vantagens de ser um animago são várias. Além de poder se disfarçar e se esconder melhor e de forma mais rápida, pessoas em sua forma animaga não são atingidas por maldições, como o caso das Maldições Imperdoáveis ou atacadas por outros seres, como Lobisomens. Acho que é isso.


- A resposta está correta. Estou impressionada. Dez pontos para a Grifinória. – ele abriu um largo sorriso, mas depois pareceu se lembrar de algo e voltou a enterrar a cabeça entre os braços.


Narração por James Potter


(N/A: J para James, S para Sirius, R para Remus e P para Peter na seguinte conversa abaixo, nahora? ;)


J- Sirius, a Ruivinha disse por que estava chorando?


S- Provavelmente disse pra Lene e Katie, e talvez pro Aluado. Mas não pra mim, nem pra Alice, nem pro Peter.


J- Estou preocupado. Acha que tem algo a ver com o que aconteceu ontem?


S- Talvez sim. Talvez não. Quem pode entender a cabeça de uma mulher?


J- Posso entender todas as mulheres, MENOS Lily Evans Potter . Que ruivinha complicada! Será muito difícil pra ela entender de uma vez por todas que eu a amo de verdade, droga?


R- Sabe, cara. Você tem um jeito engraçado de demonstrar isso. Chamando-a pra sair de cinco em cinco minutos, beijando-a a força, ficando com outras na frente dela. Se eu estivesse no lugar dela, Merlin me livre, eu também não acreditaria assim tão fácil em você, Pontas.


J- Valeu pelo apoio, Remus. Aliás, quem te chamou pra conversa?


R- Desde quando eu preciso de convite?


J- Desde que essa conversa era particular, com o Sirius.


R- Pensei que fôssemos amigos...


P- Vocês são gays


S- Oi, Peter. Gay é o seu pai. Desculpa, Pontas. Mas vou ter que concordar com o Aluado.


J- Quer saber? Me deixem em paz, todos vocês. Preciso pensar. 


- Francamente! Bilhetinho na minha aula já é demais! Menos cinco pontos pra Grifinória. Me dê esse bilhete! – NÃÃÃO! Ela não pode fazer isso! Vocês sabem o que acontece com bilhetes passados na aula de Minerva McGonagall, não sabem? Ela os lê pra turma toda! Isso quer dizer, também, que Lily vai ouvir. Estou perdido.


- Não, professora. Esse bilhete é particular.


- Não é mais. Accio! “Sirius, a Ruivinha disse por que estava chorando?” – Droga, a Lily levantou a cabeça agora, e toda a turma prendeu a respiração.


- “Provavelmente disse pra Lene e Katie, e talvez pro Aluado. Mas não pra mim, nem pra Alice, nem pro Peter.” – eu gosto tanto da tia Minnie, MENOS quando ela faz isso!


- “Estou preocupado. Acha que tem algo a ver com o que aconteceu ontem?”...“Talvez sim. Talvez não. Quem pode entender a cabeça de uma mulher?” – todas as meninas da sala olharam feio pro Sirius.


- “Posso entender todas as mulheres, MENOS Lily Evans Potter . Que ruivinha complicada! Será muito difícil pra ela entender de uma vez por todas que eu a amo de verdade, droga?” – os meninos da sala riram. Algumas meninas suspiraram e falaram ‘que foooofo!’


Outras olharam feio pra Lily. Marlene e Katie viraram pra olhar pra Lily. Esta continuava virada pra professora, como se a Lily do bilhete fosse qualquer pessoa, menos ela, porém estava um pouco vermelha.


- “Sabe, cara. Você tem um jeito engraçado de demonstrar isso. Chamando-a pra sair de cinco em cinco minutos, beijando-a a força, ficando com outras na frente dela. Se eu estivesse no lugar dela, Merlin me livre, eu também não acreditaria assim tão fácil em você, Pontas” – essa louca não vai parar de ler mesmo não? Pude ver que Lily olhou pra Remo e riu. Ela gostou das palavras dele.


- “Valeu pelo apoio, Remo. Aliás, quem te chamou pra conversa”?”...“Desde quando eu preciso de convite?”...“Desde que essa conversa era particular, com o Sirius.” – algumas meninas riram.


- “Pensei que fossemos amigos...”...“Vocês são gays!” – a turma inteira riu, agora.


- “Oi, Peter. Gay é o seu pai. Desculpa, Pontas. Mas vou ter que concordar com o Aluado” ... “Quer saber? Me deixem em paz, todos vocês. Preciso pensar.”


- Quer dizer que esta é a concepção da minha aula pra vocês? Hora pra bater papo sobre vidas amorosas e afins?


- Desculpe, professora. Nós erramos. – tinha que ser o Remus. Eu não digo mais nada. To extremamente zangado com essa mulher, por ter lido nossa conversa particular!


- Você tem algo a dizer, Sr. Potter?


- Sim. Esse bilhete era particular, e ninguém tem nada a ver com minha vida. Se você queria ler, era só pedir. – eu sei que vou me lascar por causa disso, mas ela merecia bem mais. Toda a sala parou de rir, ela me encarou tremendo de raiva.


- Detenção, Potter. E mais uma dessa, pode se considerar expulso do time de quadribol. – opa. Agora eu me arrependi. – Senhorita Evans, agora mais do que nunca, siga meus conselhos. Estão dispensados, turma. – mas ninguém saiu. Todo mundo ficou olhando pra Lily, inclusive eu. Que conselhos daria Minerva McGonagall à Lily Evans Potter sobre James Potter?


Já que ninguém levantou, Lily o fez. E saiu determinada da sala, deixando uma Minerva satisfeita, Katie e Lene com cara de bobas, uma turma extremamente curiosa e eu totalmente confuso. 


Narração por Marlene McKinnon 


Lily ainda não nos contou porque estava chorando no inicio da aula de Transfiguração, nem como reagiu aquela declaração de amor do James pros amigos dele, nem sobre o conselho de McGonagall à ela. Na verdade, ela não falou nada desde que saiu da aula de Transfiguração, e não parece disposta a falar.


Bem, quando ela estiver pronta, tenho certeza que vai querer nos contar. Pelo menos ela veio ao almoço, e está comendo. Mas não fala nada, nem responde nenhuma pergunta.


- Lily, fala comigo! Eu e a Lene, estamos preocupadas com você. – mas Lily não demonstrava estar ouvindo.


- Deixa, Katie. Tenho certeza que quando estiver pronta, Lily vai nos contar tudo, não vai Lils? – ela balançou a cabeça positivamente. Ótimo, ela não morreu, nem está em estado de choque, nem teve o cérebro corroído por fuinhas de gelo, nem a alma sugada por Testrálios assassinos.


- Só não entendo porque ela não fala nada. – disse James.


- Desde quando você entende alguma coisa da Lily? – perguntou uma Katie, super brava. Ela é toda tímida, mas quando fica zangada, ou o assunto é suas amigas ou qualquer pessoa que ela ame, fica assim, feroz.


- Até você, Katie! Tudo bem, eu não digo mais nada! – e o resto do dia se passou assim. Lily e James sem falar NADA. O resto de nós preocupados com eles, e tentando os fazer falar alguma coisa. Jantamos apressadamente, e às 18:50 fomos até a sala da Tia Minnie.


- Boa noite.


- Boa noite, professora.


- Eu disse: boa noite, Senhorita Evans e Senhor Potter.


- Desculpe, professora. Mas a Lily está sem falar nada há exatamente 10 horas, e o James há 7 horas. – eu disse. Ela pareceu bastante surpresa.


- Tudo bem, então. Entreguem-me as varinhas, já sabem aonde ir. São 19h, quero vocês aqui exatamente às 22h. Façam um bom trabalho.. saberei se não estiverem trabalhando.


- Tchau!


- Marlene, me dá a honra? – ele me ofereceu o braço.


- Claro, Sirius.


- Então, a Lily já disse o motivo de tantas lágrimas?


- Não, ela não disse. E mesmo que tivesse dito, não contaria a você.


- Ah é? E posso saber por quê?


- Porque você certamente contaria por James. E porque você é tão nojento quanto ele. Francamente, Polly Ryan?


- Algum problema quanto a isso?


- Não, não... Se você prefere bunda a cérebro...


- A Polly é melhor de boca fechada, tenho que concordar. Mas foi só pra me distrair, não pretendo me casar com ela. Aliás, você gostaria de sair comigo amanhã?


- Não.


- O que?


- Eu disse: não. – será possível que alguém seja tão cara-de-pau a ponto de dizer que as meninas são distrações e depois me convidar a ser mais uma delas? Nojento.


- Vamos, Lene. Não precisa se fazer de difícil.


- Eu realmente não estou me fazendo de difícil. Você sabe o significado de uma palavra simples, três letrinhas apenas? Ene, á, ó, til. NÃO! Agora me deixe trabalhar, decididamente temos muito o que limpar.


- Mas como assim, você não aceita sair comigo?


- Sirius, não se faça de retardado. Não estou com muita paciência hoje.


- Então, você não aceita sair comigo? – ele chegou mais perto.


- Não. – por que raios esses olhos azuis tem de ser tão lindos?


- Tem certeza? – ele me puxou pela cintura. Posso sentir seu hálito.. Tem cheiro de Menta.


- Absoluta. – mas certeza era a última coisa que eu tinha agora. Ah, Inferno! Ah, Inferno! Para, Black. Me larga! Quer dizer, larga não. Me beija logo..


- Seu pedido é uma ordem. – ele disse, como se tivesse lido minha mente. Ele pôs uma mão na minha nuca e me puxou suavemente para mais perto. Fechei os olhos, desejando que ele seus lábios tocassem os meus. Assim que senti seu beijo, um fogo líquido se espalhou em mim. Sem querer, agarrei sua camisa, como se não quisesse que ele se afastasse jamais. Pude sentir cada parte do meu corpo viva e em chamas. Parecia que estava ouvindo os famosos fogos de artifício. O mundo lá fora já não importava. Sirius era tudo o que existia nesse momento.


Será que é isso? Sirius Black e Marlene McKinnon?


Um minuto depois lembrei quem ele era e o que estávamos fazendo. Achei melhor me soltar.


- Sirius...


- Sim, Marlene? – ele respondeu rindo maliciosamente.


- Não sei se essa foi uma boa ideia. Acho melhor limparmos isso aqui e esquecer que isso tudo aconteceu.


- Se você prefere assim... – ele disse, mas parecia um pouco decepcionado.


- Prefiro. – eu realmente gostaria de saber se eu prefiro assim..


- Amigos então?


- Amigos. – eu respondi rindo. Mas por dentro, eu quero saber.. Será que assim foi melhor?


Mal sabia ela que Sirius já tinha certeza. Não fora melhor assim. ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­­­ ­­ ­­ ­­ ­­­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­ ­­


Fim do Capítulo III




N/A: olá, queridos marcianos do planeta FeB. o que vocês acharam desse capítulo? eu, particularmente, achei bonitinho. apesar de gay, mas isso é algo que vocês devem se adaptar. A fic é toda gay u_u' enfim, se vocês gostaram, nem custa nada comentar. se não, tudo bem, tudo bem. eu entendo \õ a todos que comentaram: meus sinceros agradecimentos, infelizmente não posso responder agora porque tenho que dormir que tem aula amanhã cedo ¬¬ aos que não comentaram, mas leram e gostaram, obrigada mesmo assim. e deixem de ser preguiçosos :D aos que me adc no orkut, fico extremamente feliz! elogios, criticas, ameaças, tudo me deixa ainda mais feliz. gente, o capitulo 15 ja ta pronto (!) então, eu nao demoro a atualizar, se voces comentarem. aaaah, leitores novos: sejam bem - vindos. só isso mesmo. beijos na bunda e até segunda. :D


eliisa melo ;9
06.02.08

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