Capítulo 2
Capítulo II – O berrador, o fight e a ameaça
Narração por James Potter
Chegamos ao Salão Comunal da Grifinória exaustos, e por isso nos despedimos e subimos pros dormitórios.
- Eu preciso de um banho e dormir. – Peter disse.
- Ah, se fosse só você. Eu tenho purê de batata nos cabelos! – eu disse.
- Pontas, o que deu em você? Levar a culpa por uma coisa na qual você é totalmente vítima! – Sirius me perguntou.
- Eu não sei, Almofadinhas. Quando eu ouvi Dumbledore dizer que o responsável levaria mais dias de detenção, fiquei preocupado. A Lily é... bem, só a ideia de que ela possa sofrer ou se machucar me deixa louco. Então não sei o que me deu, disse que a culpa era minha. Se fosse pra poupá-la, então tava tudo bem.
- TÁ APAIXONADO, TÁ APAIXONADO, TÁ APAIXONADO! – eles começaram a gritar.
- Cala a boca – eu disse.
- Sinto muito em te informar, caro Pontas Apaixonado, que: um, a Ruivinha não está nem ai pra você. Dpis, ela ficou com outro na sua frente hoje. Três, ela te deu um tapa. Quatro, você está tão perto de conquistar Lily Evans quanto Sonserina de ganhar a taça de Quadribol esse ano! – todo rimos.
- Pois eu sinto muito em te informar, caro Almofadinhas, que: um, a Ruivinha liga muito pra mim, sim. Dois, ela só ficou com outro na minha frente pra tentar me fazer ciúmes, isso quer dizer que eu mexo com ela. Três, eu levei um tapa, mas antes ganhei um beijo. E quatro, Lily Evans vai gostar de mim do tanto que eu gosto dela, ou não me chamo James Potter. – todos se entreolharam e..
- TÁ APAIXONADO, TÁ APAIXONADO, TÁ APAIXONADO! – recomeçaram.
Eu sorri, e fui tomar meu banho. Trinta minutos depois estava dormindo, e imediatamente Lily invadiu meus sonhos...
Narração por Katherine Mackenzie
- TRIIIIIM. – o despertador que Lily comprou nos acordou. Seis da manhã, e ele não cala a boca! Acho que vou ter que acordar. Droga, agora que acordei não consigo mais dormir. Vou ter que levantar de verdade. E já que acordei, nada mais justo que acordar minhas amigas também!
- BOM DIA, GAROTAS! BOM DIA, LILY! BOM DIA, MARLENE! BOM DIA, ALICE! BOM DIA, LUCY! – Lucy Dion e Alice George dividem o dormitório conosco. Lucy é baixinha e meio gordinha, tem os cabelos cacheados e os olhos azuis, e é muito legal. Ela anda com Alice, que é alta, tem os cabelos curtos e pretos, e namora Frank Longbottom, que divide o quarto com os marotos.
- Só mais um pouco, Katie! – elas pediram.
- BOM DIA, KATIE! – tinha que ser Lily. Nunca vi ninguém pra acordar de tão bom humor como ela. Sempre sorrindo e pulando!
- Lily, eu vou tomar banho, você termina de acordar elas pra mim?
- Claro! – ela respondeu animada.
- BOM DIA! Como vou acordar vocês? Já sei! Que tal uma musica pra animar? Deixa eu pensar.. que tal “SOMBRA E ÁGUA FRESCA, CURTINDO COM A GALERA, CALIFORNIA, SOU UMA CALIGIRL. MATEEEEEL.” – pude ouvir lá do banheiro Lily cantando, ou melhor, gritando.
- Lily, que desgraça é essa? – Lene perguntou.
- A propaganda das novas ‘Barbie Califórnia’, por que? – todo mundo riu, embora quase ninguém soubesse o significado dessas coisas de trouxa da Lils.
- Lily, o que é uma Barbie? – Lucy perguntou.
- Tipo uma boneca trouxa pra pequenas meninas brincarem. O QUE? Vocês nunca brincaram de Barbie? Deus, vocês não tiveram infância..
- Ta inspirada hoje, ein Ruivinha?
- Até você, Alice. Me chamando de Ruivinha. Credo!
- O que é que tem? É bonitinho! James é tão fofo, apaixonado! – Lene disse.
- Ué, você já viu o James apaixonado e não me disse? Essa eu pagava pra ver. – Lily disse com ironia.
- Pois é só você sair do quarto, e esperar ele falar com você. Repara bem o brilho nos olhos dele, daí você vai perceber o que todo mundo já percebeu. Que James Potter te ama de verdade, e só você é idiota demais pra entender isso de uma vez por todas. – Agora a Lene pegou pesado. Sai do banheiro e vi a Lily toda vermelha de raiva. Isso significa: PERIGO! Ela entrou no banheiro, bateu a porta. Dizem que as ruivas são esquentadinhas...
- Marlene, por que você disse isso? – Lucy perguntou.
- Porque ela precisa enxergar o que está na cara dela.
- Ela ficou com raiva... – eu comentei.
- Que fique. - Lene tentou parecer indiferente, mas não me convenceu muito. Vinte minutos depois, Lily saiu do banheiro, já pronta.
- Vamos, Katie?
- Não vamos esperar a Marlene? Ela acabou de entrar no banheiro e ainda são 6:50, tá cedo pro café.
- Tudo bem, então. Eu espero.
- Lily, não fica zangada com ela, não vale a pena. – eu disse.
- Não estou. Apenas perdi o bom humor.
- Certo.. Daqui a pouco vamos receber os horários. Quem será o primeiro horário, ein? – perguntei, pra mudar de assunto mesmo.
- Provavelmente História Da Magia. Sempre é, mesmo. – ela disse. Continuamos a conversar, e 7:20 estávamos descendo pro café da manhã. Encontramos os marotos descendo as escadas do dormitório masculino também.
- Bom dia, garotas. – eles disseram.
- Bom dia! – respondemos eu e Lene. Lily permaneceu calada.
- Algum problema, Lily?
- Nenhum, Potter. Vamos logo.
- Katie. – opa, alguém me chamou. E eu desconfio de quem tenha sido...
- Bom dia, Remus. – abri meu maior sorriso. Ele me puxou, e fomos conversando mais à frente dos outros.
Narração por Sirius Black
- Olha lá a Katie e o Remus! – disse Marlene. - Eles fazem um belo casal, não acha Lily? – pude ouvir James.
- Sim. – foi tudo o que ela disse. Tem alguma coisa errada com ela.
- Marlene, o que foi com a Lily? – perguntei baixinho, só pra ela.
- Brigamos ainda há pouco. – ela respondeu um pouco triste.
- Posso saber por quê?
- Porque ela é a única que não percebe que o James a ama de verdade. Então eu disse pra ela parar de ser idiota, e perceber isso de uma vez por todas, e bem, ela se ofendeu. Foi isso.
- Nossa! – eu fiquei realmente surpreso.
– Vamos nos afastar, assim eles ficam sozinhos, já que Katie e Remo estão ali, e Rabicho foi correndo por causa da fome.
- Tudo bem.
- Você vai pedir desculpas a ela?
- Você acha que eu devo? – ela perguntou, insegura.
- Converse com ela, assim vocês se entendem e com um pouco de sorte você ajuda nosso amigo Pontas.
- Ele gosta dela de verdade, não gosta?
- Muito. Acho que gosta mais dela que dele próprio. Você viu, pelo o que aconteceu ontem no escritório de Dumbledore.
- Você tem razão. Mas é difícil pra ela ver isso. James é muito cachorro. É difícil acreditar que ele se apaixonou de verdade. Assim como se alguém me falasse que você se apaixonou de verdade por alguma garota, eu não acreditaria de jeito nenhum. – ela disse.
- Horas! Marotos também amam.
- Claro. Os Marotos que prestam, ou seja, Remus Lupin. Acontece é que o passado de James o condena. – continuamos conversando. Percebi que era muito fácil conversar com ela, e que ela tinha alguma coisa de diferente, não era apenas mais uma garota.
Alguma coisa me dizia que com ela, ia ser difícil pra mim, dessa vez. Mas tudo bem, eu gosto de desafios.
Narração por Lily Evans
Vi quando Peter passou correndo por nós. Acho que era fome. Depois vi Remus e Katie se afastando. Eles decididamente formam um casal muito lindo. Continuamos andando, até que Sirius e Marlene se afastaram. Mais uma vez, sobrei pro James. E o pior, é que tudo o que eu queria hoje, era pensar sobre o que aconteceu no quarto. Sobre o que Lene me disse, sobre James gostar de mim de verdade, e eu ser a única que não percebe isso. Acontece que não dá pra pensar com o James me fazendo um milhão de perguntas, e falando o tempo todo.
- Lily, o que você tem?
- Nada, Potter. Já disse.
- Mas você tá tão calada. Geralmente fala tanto.
- Eu só estou pensando, Potter. Só pensando.
- Pensando em que? Espero que seja em mim.
- Por favor, será que é difícil calar a boca?
- Desculpe, meu anjo. Mas eu fico assim perto de você. Se você quiser me calar, já sabe como..
- Prefiro que você continue falando então.
- Lily, você me perdoa?
- Perdoar pelo que, Potter?
- Por ter te beijado ontem. E pelo jantar, e durante a sala do Dumbledore. Você sabe.
- Sei, sei sim. – eu disse – Sim, eu te perdoo se você me fizer um favor.
- O que? – ele perguntou. Seus olhos agora brilhavam, do jeito que Lene havia me dito no quarto.
- Parar de falar. – ele riu.
- Tudo bem. – seguimos em silêncio até o Salão Principal, graças a Merlin. Mas o que é aquilo? Marlene McKinnon rindo com Amos Diggory, enquanto Sirius Black olha tudo com vontade de matar o Amos com os olhos. HAHAHAHAHA, que cena hilária. Sirius com ciúmes de alguém que ele nunca beijou na vida? Essa é nova pra mim.
Opa, e lá vem o Anthony. Agora a cena vai se repetir, mas vai ser mais grave.
- Bom dia, Lily.
- É Evans pra você. – vocês vão pensar que eu estou ficando louca em dizer isso pro Anthony. Mas eu não estou, até porque eu não disse. Quem disse isso foi o James, aqui do lado. Meu Deus, ele é louco!
- Bom dia, Anthony. – cumprimentei de volta, como se nem tivesse ouvido os devaneios do Potter.
- O que foi que você disse? – ele perguntou pro James.
- Que pra você, ela é a Evans. – ele repetiu, de cara fechada.
- Potter, quem decide isso sou eu. Tudo bem, Anthony. Esquece isso. Como você está? – perguntei rindo.
- Muito bem, obrigado. E você?
- Ótima!
- Escuta. Você quer se encontrar comigo hoje depois do jantar? – ele perguntou, rindo esperançoso.
- Seria ótimo. – eu respondi.
- Seria ótimo, mas ela não pode. – James disse.
- Ah, é? E posso saber por quê? – Anthony perguntou.
- Porque ela tem um encontro comigo. – ele disse.
- Você está louco. Lily, isso é verdade?
- Não, Anthony. Não tenho um encontro com o Potter, esta noite. Nós temos uma detenção, é diferente. – James sorriu triunfante. Anthony não se deu por vencido.
- Então marcamos outra hora! – ele disse, me deu um selinho e saiu andando.
- James, você é podre, sabe? Quem te deu o direito de se meter na minha conversa?
- A questão não é essa. A questão é quem deu o direito dele beijar a minha garota. – ele disse, mais pra si que pra mim.
- Sua garota? Desde quando eu sou a sua garota? Poupe-me de seus delírios, Potter.
- Esse cara me paga. Ele vai saber com quem se meteu. Ele tem contas a prestar com James Potter. Ah, ele me paga..
- Você é louco! – eu disse e me sentei ao lado de Marlene.
- Lily..
- Sim, Marlene?
- Você me desculpa? Eu acho que exagerei. Estou arrependida.
- Tudo bem, Marlene. Mas se bem que começo a pensar agora se você não tem razão. O James está descontrolado. Você viu isso que acabei de ver?
- Sim, eu vi. O Sirius deu um ataque parecido depois que terminei de conversar com o Amos. – nós rimos.
- Ah, esses Marotos... – e lá vem a professor Minerva, trazendo nossos horários.
- Muito bem, muito bem. Vejamos.. Potter?
- Sim, professora?
- Feitiços, Defesa contra as Artes das Trevas, Herbologia, Transfiguração, Poções. Todas as matérias necessárias para ser auror. Você obteve as notas necessárias nos N.O.M’s. Já pode ir pra sua aula, aqui está o seu horário.
- Obrigado, professora. – ele respondeu com um sorriso enorme.
- Sr. Black... Devo dizer o mesmo quanto ao senhor. Aqui está o seu horário.
- Certo.
- Srta. Mackenzie. Vejo que sua ambição é ser curandeira, correto?
- Correto. – ela respondeu rindo.
- Muito bem. Você conseguiu a pontuação exigida em cada matéria. Este é o seu horário, também já pode se retirar.
- Obrigada. – ela disse isso e saiu.
- Agora.. Senhorita Evans!
- Eu mesma! – respondi rindo.
- Excede as Expectativas em Transfiguração e Ótimo em todas as outras matérias. Você também pretende ser auror?
- Sim.
- Muito bom. E este é o seu horário, tenha uma boa aula. – peguei meu horário e sai de lá rapidinho. Graças a Merlin, esse ano não preciso estudar História da Magia, nem Trato das Criaturas Mágicas, nem Adivinhação.
Então, deixe-me ver esse meu horário aqui.. Dois horários de DCAT agora, junto com a Corvinal. Bom.
Narração por Remo Lupin
Todos nós temos as mesmas aulas, com a exceção de Peter que não conseguiu passar em Transfiguração e Poções, e Katie que está em mais outras duas matérias. Apesar de sermos os mais bagunceiros, não posso negar que temos as melhores notas de nosso ano.
Bem, dois horários de DCAT agora, com um tal de professor Roberts. Todo ano muda mesmo. Mas ele parece ser bom.
- Bom dia, turma. Eu sou o professor Roberts e ensinarei Defesa contra as Artes das Trevas a vocês a pedido de Dumbledore. Por favor, guardem os livros e separem-se em duplas. Teremos uma aula prática hoje. – ele disse. Vou chamar, adivinhem quem?
- Katie, quer ser minha dupla?
- Seria um prazer. – ela respondeu, e abriu seu sorriso mais lindo. Ah, essa loira ainda me enlouquece.
- Marlene, quer ser minha dupla? – ouvi Sirius perguntar à Marlene. Coitada, deve ser a nova vítima dele.
- Ah, tudo bem. – ela disse e ele abriu seu melhor sorriso. Peter foi convidado por Lucy. Alice foi com Frank e James e Lily sobraram.
- Lily, aceita ser minha dupla? – James perguntou. Pude ver Lily olhando pros lados pra ver se não havia sobrado ninguém.
- Tudo bem, James. Mas promete que vai se comportar?
- Do jeito que você quiser, minha ruivinha. – esse Pontas não toma jeito!
- Muito bem. Agora que todos têm suas duplas, quero que vocês pratiquem feitiços não-verbais. Vocês vão tentar enfeitiçar sua dupla sem falar, e este por sua vez deverá se proteger, em igual silêncio. Comecem. – disse o professor.
- Ah, isso é muito fácil! – foi Sirius quem disse. – Já andei treinando com o Ranhoso. – Todos riram.
- Pois muito bem, senhor...?
- Black.
- Certo, Senhor Black. Nos demonstre, por favor, já que é tão bom.
- Será um prazer. – e dizendo isso, Sirius lançou um feitiço não-verbal perfeito em Marlene, e esta se protegeu também em silêncio.
- Muito bem! Vinte pontos para a Grifinória! – disse o professor, que parecia realmente assombrado com o feito. Sirius e Marlene comemoraram juntos.
Depois que a aula acabou, nos dirigimos para a aula de poções. Era com a Sonserina.
- O que vocês acharam dessa aula de DCAT? – perguntou Peter.
- Gostei do professor, parece ser gente boa. – Katie disse.
- Eu conquistei um fã! – disse Sirius.
- Mais um, você quis dizer. Parece que todo mundo ama você. Professores, garotas... – comentou Marlene.
- Família! – disse Sirius com ironia. Nós rimos, mas não muito. Dava pra perceber que ele estava sendo irônico.
- Então, Lily. Como foi sua aula? – perguntei pra mudar o assunto. – Como ele se comportou? Se ele tiver te aborrecido, me avise que dou um jeito nele!
- Até que não foi tão ruim, Remus! – ela disse rindo pra mim – Mas obrigada pela preocupação!
- Claro que não foi ruim! Você estava comigo. – disse James.
- Metido! – falaram Lily, Marlene e Katie.
- Até você, Katherine? – ele perguntou fingindo estar aborrecido.
- Vamos entrar, o professor chegou. – disse Marlene. Tivemos uma aula estranha. O professor Slughorn é legalzinho, mas tem seu grupinho de preferidos. Devo dizer que ele ama a Lily particularmente, e sempre diz que ela devia ser da Sonserina.
Ela sempre tem uma resposta pra tudo, é bem engraçado ver a cara que ele faz.
- Lily, cheire esta poção, por favor. – ele pediu, em certo ponto da aula.
- Tudo bem.
- Que cheiros você está sentindo?
- Lírios, Sabão em Pó e Hortelã. – ela respondeu. - Você sabe me dizer que poção é essa, Senhorita Evans?
- É a poção do amor.
- Muito bem. Suponho que são esses os cheiros que lhe atraem, certo?
- Correto. – ela respondeu, mas pude perceber que estava ligeiramente corada. Pouco tempo depois, vi James passando um bilhetinho pra ela.
Eu tenho cheiro de Hortelã.
Foda-se
Lily, Lily... pra que negar seus sentimentos?
James, me deixa em paz
Só se você sair comigo.
Eu vou ignorar isso.
Anda, sai comigo e eu nunca mais vou te irritar durante a aula.
Eu vou ignorar isso também.
Ah, ela me ama.
James nos mostrou o bilhete de forma vitoriosa depois. Ela não havia confirmado, mas também não havia negado nada. Depois fomos almoçar.
- E então, Lily.. não vai nos dizer de quem é o cheiro de Hortelã? – perguntou Sirius.
- Não que seja da sua conta, Black. Mas eu não faço ideia. Apenas gosto desse cheiro.
- Será que é o James? – ele perguntou fazendo aquela cara de safado.
- E quanto a você? Sentiu cheiro de que?
- Respondendo uma pergunta com outra, que coisa mais feia Evans... Mas tudo bem, senti cheiro de Alfazema. – Marlene ficou toda vermelha.
- E depois fala de mim... Marlene, qual perfume que você usa desde os 9 anos?
- Alfazema. – ela respondeu. HAHAHAHAHA! Começamos a rir da cara que Sirius fez, como se tivesse levado um soco, mas tivemos que parar porque de repente o Salão Principal silenciou, e cada pessoa passou a observar uma única coruja que voava solitária, em direção a mesa da Grifinória.
- Está vindo pra cá! – disse Katie. A coruja parou. Era pra Lily.
- Lily, você recebeu..
- Um berrador, eu sei. – ela parecia nervosa.
- Abra, é o melhor que você faz. - ainda nervosa, ela abriu o berrador.
"Lily... desde ontem que venho pensando no melhor jeito de se fazer isso. E achei que nada poderia ser melhor do que gritar pro castelo inteiro ouvir... EU TE AMO LILY EVANS. VOCÊ QUER SER MINHA NAMORADA?"
Lily parecia em estado de choque. Porque, afinal, não havia sido mais uma declaração do James, e sim do Anthony Bones.
- Então, Lily. Você quer ser minha namorada? – o Salão inteiro silenciou, ninguém parecia respirar. James olhava tudo com fúria no olhar.
- Anthony, eu...
- Sim ou não?
- Eu realmente não sei o que dizer. Nós só ficamos uma vez, como você pode ter certeza que não vai se arrepender depois?
- Porque eu gosto de você há vários meses e tenho certeza que é com você que quero ficar! – Lily suspirou, e abaixou a cabeça. Quando levantou, falou de forma decidida.
- Anthony, eu sinto muito. Mas eu não posso namorar você, eu não gosto de você como você gosta de mim. – Anthony instantaneamente perdeu o jeito romântico e ficou agressivo.
- É por causa dele, não é? – ele apontou pro James. Isso não vai dar certo! – Por causa do Potter que você não quer ser minha namorada! Fale a verdade. – ele já estava gritando.
- Anthony, não tem nada a ver com o James.
- Não minta pra mim. Quer saber, que se foda! Você é tão ruim quanto ele!
- O QUE FOI QUE VOCÊ DISSE? – James se meteu.
- Não se meta, Potter.
- QUE VOCÊS DOIS NÃO PRESTAM! SÃO DA MESMA LAIA! SE MERECEM!
- VOCÊ VAI APRENDER A NUNCA MAIS FALAR O NOME DA LILY COM ESSA SUA BOCA IMUNDA! – James esqueceu que tinha varinha, e meteu um soco no Anthony, que caiu no chão com a boca sangrando.
Mas no momento seguinte estava em pé, e revidou o soco. Todo mundo parecia em choque demais pra dizer alguma coisa.
Narração por Lily Evans
Meu Merlin! Socorro! O James meteu um soco no Anthony! O Anthony caiu no chão! Aaaaaah! Ele levantou! E agora meteu um soco no James!
Socorro, isso não ta dando certo!
Alguém faz alguma coisa! Deus! Merlin! Alá! Buda! Dumbledore! Qualquer um!
Eles estão se matando agora! O James ta indo melhor, mas também já está bastante prejudicado. Por que ninguém faz nada?
Graças a Deus! Lá vem a Professora Minerva! Graças a Deus! Obrigada, Merlin!
- Já chega! Senhor Potter e Senhor Bones! – mas eles não pareciam escutar. Será que ela não vê que isso não ta dando certo? Pelo amor de Merlin, usa a varinha, antes que eles morram! – Impedimenta!
Amém! Eles foram imobilizados!
- Senhor Potter, Senhor Bones e Senhorita Evans. Me acompanhem. - ela disse, parecendo furiosa.
É, é isso aí. Eu me fudi, e dessa vez não tenho culpa de nada. Muito bem, Lily Evans. Segundo dia de aula, segunda visita à sala do diretor. Daí eles vão chamar seus pais, e você será expulsa, e voltará a estudar na escola de trouxas, sendo que você parou de estudar na escola de trouxas no final da 4º série, e não entende mais nada de Matemática ou Geografia.
Sem falar que vai ter que aguentar a Petúnia quando ela voltar da França, e vai deixar Hogwarts, onde você é admirada, inteligente e popular, e vai voltar pro anonimato, pra ser a pior da sala, e a única fracassada da escola inteira a não ter um par por baile de formatura.
Sem falar que vai deixar Marlene McKinnon, Katherine Mackenzie, Remus Lupin, Sirius Black, Peter Pettigrew, James Potter, Alice George e Frank Longbottom, e todos os seus outros amigos, ex-namorados e os futuros. Meu Merlin, eu não quero ser expulsa!
Por que eu já estou chorando? Ainda nem chegamos à sala do diretor! Lily, aproveita. Olha bem pra esse castelo onde você foi tão feliz. Pode ser a última vez.
- Lily, não precisa chorar. Vai ficar tudo bem. Confia em mim. – confiar no James? Confiar nele? Por que ele teve que dar um soco no Anthony? Quantas mil vezes eu tenho que repetir: eu sei me cuidar sozinha. Mas parece que ele não quer entender isso.
- Confiar em você, James? Eu estou achando meio difícil, agora. – eu queria ser forte, mas não paro de chorar! E por que diabos ele tem que ser tão bonito, e ter me defendido desse jeito, e ser tão carinhoso e atencioso comigo? Que droga!
- Sim, Lily. Eu só fiz tudo isso pra te proteger.
- Quantas vezes eu preciso repetir que não preciso de sua proteção? Eu sei me virar sozinha.
- Muito bem, vocês três. Sentem-se. – disse o professor Dumbledore. E dessa vez ele estava zangado. – Eu não sei se o que vocês realmente precisam é atenção, mas isso já está passando dos limites. Primeiro aquela guerra de comida no jantar, e agora uma cena de duelo trouxa no almoço. Vocês deveriam se envergonhar! E você, Senhor Bones. Futuramente, guarde suas declarações de amor pra quando estiverem sozinhos.
- Eu fui idiota, eu fui idiota. Ela não merece o meu amor! – Anthony me atacou.
- Já disse pra você não mencionar a Lily com essa sua boca imunda! – e James me defendeu.
- E eu já disse que sei me cuidar sozinha, Potter.
- Senhorita Evans, nós gostaríamos de lhe ouvir. – disse a Tia Minnie.
- Tudo bem, professora. É o seguinte.. ontem no trem o James me beijou a força ...
- Você correspondeu. – ele disse.
- Não consegui me soltar de você!
- Senhorita Evans, continue.
- Certo. Ele me beijou a força e eu fiquei com muita raiva. Então fui atrás de companhias mais agradáveis. – olhei pra Anthony. – Nós nos beijamos, passamos o resto da viagem juntos, mas pra mim foi algo de momento. Por isso a minha surpresa quando meu almoço é interrompido por um berrador, com uma declaração de Anthony e um pedido de namoro. Como eu já havia dito antes, foi algo de momento, por isso não aceitei namorar com ele, pois poderia me arrepender depois. Ainda não tinha a certeza de nada. Então ele exagerou, e acabou falando coisas sem pensar. Eu não me ofendi, mas parece que alguém fez isso por mim. – olhei pra James – Bem, quando eu vi, eles estavam duelando. Não pude fazer nada.
- Tudo bem. Senhorita Evans, sem maiores danos a seu respeito. Sua família será notificada do incidente. Apenas peço que futuramente, resolva seus problemas amorosos em um lugar, digamos, mais particular. Senhor Bones, alguma coisa em sua defesa?
- Não, senhora.
- Vejamos, então. Menos 50 pontos para a Lufa-Lufa e uma semana de detenção, a partir de amanhã. Está liberado. – ele saiu sem dizer uma única palavra.
- Potter, seus pais me fizeram prometer que se viesse a essa sala mais uma vez, eu os notificaria pessoalmente. Sinto muito. – dizendo isso, ela entrou na lareira e desapareceu.
- Me lasquei, me lasquei. – James repetia baixinho.
- James, o que foi?
- Ela vai trazer meus pais! Eu estou ferrado. Eles me avisaram pra não me meter em confusões, e aqui estou eu, no segundo dia de aula pela segunda vez. – Dumbledore observava tudo sem dizer uma única palavra. Dois minutos depois, Minerva reaparece na lareira, seguida um homem muito alto, com os cabelos negros muito bagunçados e uma mulher alta e loira. James era igual ao pai. Exceto pelos olhos. O Sr. Potter tinha olhos azuis e a Sr. Potter tinha olhos castanho-esverdeado. Os olhos de James.
- James! – a Sra. Potter dizia com fúria.
- Boa tarde, Alan. Boa tarde, Sarah. Desculpe tirar vocês do trabalho, mas estou cumprindo com o prometido.
- Boa tarde, Alvo! – eles responderam.
- Oi, mãe. Oi, pai. – meus ouvidos me enganam, ou o tão destemido Potter estava tremendo?
- James! Meu filho, pedimos tanto pra você se comportar, e no entanto estamos te vendo dois dias depois!
- Que bom, eu já estava com saudades! – disse o Sr. Potter.
- Alan!
- Desculpe, Sarah querida. James, estamos muito decepcionados com você. – mas pude perceber que ele não estava tão decepcionado assim. Na verdade, ele tinha um tom de riso. Acho que ele deve ser igual ao filho, que leva tudo na brincadeira.
- E então? – perguntou a Sra. Potter.
- O que, mãe?
- Vai nos contar porque fomos chamados com tanta urgência aqui?
- Ah... não foi nada demais!
- Ele agrediu um aluno. – disse a professor Minerva. – Agrediu um aluno, pelo o que pude entender, este aluno havia ofendido uma amiga dele. – acho que eles ainda não me notaram aqui, mas tudo bem.
- Que amiga, querido? Não vai me dizer que estava defendendo Lily Evans de algum concorrente! – disse a Sra. Potter de forma divertida.
Merlin! Estou chocada. James Potter fala de mim pros pais dele? E pelo visto, até demais. Já que eles já sabem meu nome.
- Ele só fala ‘da Ruivinha dele’. O tempo todo. Tivemos que calar a boca dele com um feitiço, porque ninguém aguentava mais. – MEU DEUS! MERLIN! GOD! EU OUVI ISSO MESMO?
JAMES POTTER PASSA AS FÉRIAS FALANDO DE MIM PROS PAIS? EU TO CHOCADA! MENTIRA, TIO ALAN. NÃO BRINCA COM ISSO!
- Pai! – James estava vermelho! JAMES ESTAVA VERMELHO!
- Sim?
- Você está nos constrangendo. – ele apontou pra mim com a cabeça.
- Céus, não havia percebido que você estava aqui! – disse o Sr. Potter.
- Você deve ser Lily Evans! – disse a Sra. Potter. Agora Dumbledore realmente ria da minha cara.
- Sim, eu sou. Prazer em conhecê-los, Sr. e Sra. Potter.
- O prazer é nosso, querida! Alan, ela é mais linda do que o James disse, não é?
- Tem razão, Sarah! Você tem bom gosto, filho.
- Obrigado! – James ria abertamente. – Viu Ruivinha? Eles gostaram de você.
- Quantas vezes eu vou ter que dizer que não sou sua Ruivinha, Potter? – certo. Agora ele estava realmente me enfurecendo.
- James, não chame a Lily de Ruivinha. Lembro quando seu pai me perturbava com apelidos, tinha vontade de matar alguém!
- Mas no fim, você se rendeu aos meus encantos! – ele disse isso e deu seu melhor sorriso ‘eu tenho 32 dentes’. É, já sei a quem James saiu.
- Tudo bem, Alan. Agora, Dumbledore.
- Sim?
- Tem alguma outra coisa que queira nos dizer?
- Pra falar a verdade, não pretendia chamá-los, mas vocês me fizeram prometer. Mas acho que seria interessante acrescentar que este é o segundo dia de aula e é a segunda vez que o Sr. Potter está aqui.
- O que aconteceu?
- Uma guerra de comida no jantar inaugural. – disse tio Dumby.
- É, mas dessa vez foi minha culpa... eu que comecei!
- Claro que não, Lily. Já disse que a culpa foi toda minha. – disse James
- Não quero discutir isso outra vez com você, Potter.
- Mas eu só estava querendo proteger você!
- E eu já disse que sei me cuidar sozinha! - esse menino é burro pra entender isso?
- Mau jeito, filho... – disse o Sr. Potter.
- Pai!
- Já entendi, James. – o Sr. Potter disse de forma divertida. – Então, Alvo. Devo tentar botar um pouco de juízo na cabeça de meu filho?
- Por favor. – ele disse de forma amável.
- Certo, certo.. James, se recebermos mais alguma coruja sobre mau-comportamento, ou qualquer coisa do tipo, você deverá perder certos privilégios. – começou o Sr. Potter.
- Como o que?
- Como não jogar mais quadribol. – disse o Sra. Potter. Dessa vez James ficou branco.
- Mas mãe! Pai! Sem quadribol eu entrarei em depressão! Se me tirarem o quadribol, a única coruja que receberão será convidando-os pro meu enterro, pois morrerei!
- Não seja tão dramático, filho! Este é nosso último aviso. Agora temos que ir. Alvo, Minerva, foi um prazer revê-los!
- O prazer foi nosso!
- Srta. Evans, eu e Alan realmente gostaríamos que você passasse o Natal lá em casa e quem sabe umas semanas durante as férias. Por favor, convide seus amigos também! Adoramos a casa cheia e sempre temos um baile muito divertido no Natal. Foi um prazer conhecê-la, querida.
- Eu realmente agradeço, mas...
- Mas nada! Ainda estamos em Setembro, e isso será somente dentro de alguns meses. Espero realmente que até lá você e meu filho já tenham se entendido. – o Sr. Potter disse isso e piscou pra James. Realmente, eles se parecem muito!
- Tudo bem. – eu tive que aceitar. Não gosto muito do James, mas ainda tenho educação. James abriu um sorriso largo.
- Excelente. Tenham um bom dia. James, comporte-se. Mande um beijo pro seu irmão, gostaríamos realmente de ter podido vê-lo, mas já deve estar em aula.
- Você tem irmão? – perguntei a ele.
- Tenho um adotivo. Sirius. – ele respondeu rindo.
- Se cuida filho! Até mais. – o Sr. e a Sra. Potter beijaram o filho, e em seguida desapareceram na lareira.
Fim do Capítulo II
N/Elisa: muito obrigado a todos vocês que comentaram. Agradecimentos especais a Mary Padfoot e Mari Evans, amo vocês. (L) Tipo, não dá pra falar muito agora porque eu quero fazer xixi. Então é isso, comentem (?) :*
eliisa melo ;9
31.01.08
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