Capítulo Um - Conhecendo Algué

Capítulo Um - Conhecendo Algué



Era meia-noite. Salão Comunal da Sonserina. Dormitório dos garotos. Todos dormiam profundamente. Todos, exceto um garoto. Um garoto extremamente pálido, com cabelos negros, longos e oleosos, olhos escuros e penetrantes.
Severo Snape olhava fixamente para o dossel da sua cama, sobre a sua cabeça. Não conseguia dormir. Estava inquieto.
- Todos têm alguém. – Murmurou ele. – O James Potter está namorando a Lílian Evans... O Remo Lupin a Ninfadora Tonks... O Sirius Black tem todas as meninas de Hogwarts aos seus pés. Até o Peter Pettigrew está namorando uma garota da Lufa-Lufa! E aqui na Sonserina não é diferente... Até o Malfoy está namorando a Parkison. Mas e eu?
Perguntava-se todos os dias por que ainda não tinha arranjado uma namorada. Todos os garotos já tinham conseguido esse “grande feito”, exceto ele!
Talvez fosse porque passara anos apaixonado pela Lílian Evans... Ah, Lílian. Aquela garota, bonita, de cabelos vermelhos como o fogo, no lugar dos olhos, duas esmeraldas... Ah, Lílian...
Foi com esses pensamentos agradáveis, que adormeceu naquela noite.
Acordou às sete horas do dia seguinte. Sentou-se na cama, sonolento, esfregando os olhos, tentando mantê-los abertos. Olhou para o criado-mudo ao lado da cama, em busca do calendário. Domingo.
- Sete da manhã! De um domingo! – Reclamou consigo mesmo, levantando-se da cama. – Com certeza já terão muitas garotas tomando o café da manhã! – Ironizou, indo em direção ao banheiro.
Após estar vestido, voltou para o Dormitório e olhou em volta. Ninguém acordado. Malfoy dormia na cama ao lado da sua, em um ângulo realmente estranho, a cabeça jogada pelo lado da cama, a boca ligeiramente aberta. Riu-se. Queria ver o que a Pakison pensaria se visse Lúcio nesse estado.
Saiu silenciosamente para o Salão Comunal. A luz esverdeada refletia nas paredes e no teto do ambiente, dando um efeito que lembrava, estranhamente, os olhos de Lílian. Suspirou e saiu para os frios corredores das masmorras.
Estava caminhando pelos corredores, pensando no que faria em mais um domingo solitário, quando ouviu uma voz animada às suas costas:
- Ora, ora, ora! Se não é o garoto Severo! – Slughorn passou o braço em volta do pescoço de Snape. – O meu melhor aluno de poções!
- Olá, professor Slughorn. – Cumprimentou Snape, a sua voz arrastada.
- O que faz acordado tão cedo, garoto?
- Não consigo dormir. – Esclareceu Snape, sem parar de caminhar em direção às escadas.
- Se quiser, preparo-lhe uma poção do sono que lhe fará dormir até semana que vem! – Brincou Slughorn.
Snape deu um riso fraco, apenas para não decepcionar o professor, e começou a subir as escadas, em direção ao Grande Salão.
- Até mais tarde, Severo. – Disse Slughorn, indo em direção à sala de poções.
- Até mais, professor Slughorn.
Snape continuou a subir as escadas, balançando negativamente a cabeça, com ar de desprezo, repugnância e reprovação. Esse Slughorn... Um dia ainda perderia esse emprego por ser muito excêntrico.
Gostava dos alunos que possuíam parentesco com grandes bruxos. Ele não era um deles. Conquistara o respeito do professor sendo realmente bom em poções. Não fazia parte do Clube do Slugh. E, realmente, não fazia questão.
Sentia pena dos alunos escolhidos para fazerem parte do deplorável clube do professor Slughorn. Estavam lá apenas por serem parentes dos bruxos importantes. Não era por nem um mérito deles.
Ouviu o eco dos próprios pés batendo no piso de mármore do grande salão. Na mesa da Sonserina, não havia ninguém. Apenas o desjejum, sem ninguém para come-lo. Correu os olhos pela mesa da Lufa-Lufa. Vazia. Assim como a da Corvinal.
Estava tão distraído observando as mesas que não viu a garota vindo na sua direção, tão distraída quanto ele. Sentiu apenas a colisão. Livros voaram sobre as pernas dos dois, que caíram, cada um para um lado.
- Ai... – Gemeu Snape, apoiando-se nos cotovelos para ver com quem colidira.
A garota fizera o mesmo movimento e estava encarando-o com seus olhos de um intenso verde-água. Os cabelos eram castanhos claros, lisos, levemente ondulados, e caíam sobre os seus ombros. Ela era uma grifinória.
- Desculpe... – Murmurou ele, ajoelhando-se e começando a catar os livros da garota.
- Não... A culpa foi minha. – Disse ela, ajudando-o a pegar os livros.
- Aqui. – Disse Snape, entregando à garota seus cadernos e livros. – A propósito, meu nome é Severo Snape.
- Hum... Letícia Minger. – Apresentou-se ela, corando.
- Muito prazer.
- O prazer é todo meu. – Disse ela, ainda mais vermelha.
- Posso... Tomar o café com você? – Perguntou Snape, indicando a mesa da Grifinória.
- Mas você... Você... – Gaguejou ela olhando para as vestes de Snape. – Você é um sonserino!
- É, eu sei... – Disse ele, mas sorriu, olhando ao redor. – Mas não tem ninguém aqui para me dizer que eu não posso.
- Então vamos. – Concordou Letícia, sorrindo e puxando-o pela mão para a mesa da Grifinória.
Foi um café da manhã calmo. Conversaram sobre diversas coisas. Letícia era do sétimo ano também. Gostava muito de Transfiguração e Defesa Contra As Artes Das Trevas, mas a sua verdadeira paixão era Poções. Identificaram-se em vários aspectos.
- Toca algum instrumento, Severo? – Perguntou Letícia, sorrindo e tomando mais um gole do suco de abóbora.
- Bom... Toco um pouco... De violão. Nada demais. Só... Gosto de tocar. Quando estou sozinho... Me ajuda a pensar... – Explicou Snape, o olhar distante. Então sorriu e perguntou. – E você?
- Hum... Canto... Um nada... Não muito bem... Mas gosto.
- Hum... Espera um instante. – Disse Snape, levantando-se da mesa.
Letícia ficou sentada no banco de madeira, esperando ansiosamente que Snape retorna-se. Mal sabia ele há quanto tempo ela viajava naqueles olhos negros toda vez que ele se aproximava. O quanto ela achava lindo aquele seu cabelo, os fios longos e negros, oleosos, reluzindo à luz do ambiente.
Em alguns minutos, Snape retornou com um violão em uma das mãos. Letícia sorriu. Ele voltou a sentar ao seu lado e começou a afinar o instrumento. Ele tinha as mãos hábeis. Ainda afinando o violão ele perguntou, sem levantar a cabeça.
- Alguma música que queira cantar, Lê?
- EU? Cantar? – Perguntou, surpresa.
- Claro que sim. – Respondeu Snape, tocando alguns acordes no violão e parecendo satisfeito com o resultado. Finalmente olhou para ela. – Eu só toco, não canto.
- Mas... Eu tenho vergonha... – Começou ela, mas ele apenas alargou o sorriso e disse:
- Só eu estou aqui pra ver. Vamos. Só uma música. – Pediu, com cara de cachorro abandonado.
Ela riu e disse:
- Tudo bem, tudo bem. Qual música?
- A música que você quiser, senhorita.
- Hum... Não sei.
- Tudo bem... – Concordou Snape, pensativo. Então disse. – Se conhecer essa aqui, canta, certo?
- Certo. – Concordou Letícia.
Ele começou a tocar uma introdução bonita. Não poderia ser considerada nem rápida nem lenta, não poderia ser definida. Era apenas bonita, contagiante, envolvente. Letícia logo reconheceu aquela introdução e começou a cantar:

"Hey there Delilah
What you like in new york city
I'm a thousand miles away
But girl tonight you look so pretty
Yes you do
Time square can't shine as bright as you
I swear it's true

Hey there Delilah
Don't you worry about the distance
I'm right there if you get lonely
Give this song another listen
Close your eyes
Listen to my voice it's my disguise
I'm by your side

Oh it's what you do to me
Oh it's what you do to me
Oh it's what you do to me
Oh it's what you do to me
What you do to me

Hey there Delilah
I know times are getting hard
But just believe me girl
Someday i'll pay the bills with this guitar
We'll have it good
We'll have the life we knew we would
My word is good

Hey there Delilah
I've got so much left to say
If every simple song I wrote to you
Would take your breath away
I'd write it all
Even more in love with me you'd fall
We'd have it all

Oh it's what you do to me
Oh it's what you do to me
Oh it's what you do to me
Oh it's what you do to me

A thousand miles seems pretty far
But they've got planes and trains and cars
I'd walk to you if i had no other way
Our friends would all make fun of us
And we'll just laugh along because we know
That none of them have felt this way
Delilah I can promise you
That by the time that we get through
The world will never ever be the same
And you're to blame

Hey there Delilah
You be good and don't you miss me
Two more years and you'll be done with school
And i'll be making history like I do
You know it's all because of you
We can do whatever we want to
Hey there Delilah heres to you
This ones for you

Oh it's what you do to me
Oh it's what you do to me
Oh it's what you do to me
Oh it's what you do to me
What you do to me
Oh Oh Oh
Oh Oh Oh"

Enquanto cantava ela observara ele tocar, olhando fixamente para ela, com um sorriso brincando nos lábios finos. Quando terminaram a música, ficaram alguns instantes se encarando, sorrindo um para o outro, ele ainda com os dedos da mão direita pousados nas cordas do violão.
O som de aplausos vindos das imponentes portas de carvalho do grande salão fez com que os dois pulassem do banco e olhassem, sobressaltados, para o portal, em busca da origem do ruído.
Alvo Dumbledore entrava no Salão, as suas longas vestes azul-celeste esvoaçando em volta dos seus pés a cada passo que dava, os óculos de meia-lua encarrapitados sobre o nariz curvo do bruxo, suas longas barbas e cabelos prateados pareciam emanar uma aura de grandeza e seus olhos, muitos azuis e penetrantes, encaravam os dois garotos, como se quisessem ler as palavras de dois livros muito complexos.
- Ora, ora, ora. – Começou o bruxo, sorrindo e parando em frente aos dois jovens. – O que temos aqui? Uma grifinória e um sonserino, inacreditavelmente, juntos! – Ele fez uma pausa e o seu sorriso se alargou. – Não, eu vejo dois jovens muito talentosos, cantando uma belíssima música.
Os dois sorriram e voltaram a sentar no banco. Dumbledore sentou ao lado de Snape. Ficaram alguns minutos em silêncio, até que o diretor perguntou, distraído, olhando o céu muito azul sobre as suas cabeças:
- O que acham de eu promover um Show de Talentos aqui em Hogwarts?
- Sério? – Perguntaram os dois ao mesmo tempo, olhando incrédulos para o homem ao seu lado.
- Claro que sim. O que acham?
- Demais! – Disseram os dois, extremamente sorridentes.
- Esplêndido. – Disse Dumbledore, sorrindo.
Com um movimento brusco que fez os garotos se assustarem, ele tirou a varinha das vestes e, com um aceno da varinha, conjurou um rolo de pergaminho. Voltou-se para os garotos, dando mais um aceno com a varinha e conjurando uma pena e um tinteiro.
- Gostaria que fossem os primeiros a assinar a lista de inscrições para o Show. – Esclareceu ele, fazendo a pena, o tinteiro e o pergaminho flutuarem até debaixo do nariz de Snape.
- Certo. – Concordou ele assinando e passando a pena e o tinteiro para Letícia, que também assinou.
- Excelente. – Aprovou Dumbledore, recolhendo o pergaminho e guardando-o, juntamente com a varinha, enquanto a pena e o tinteiro desapareciam no ar. – No café da manhã darei o aviso aos alunos e pedirei para que colem avisos nos quadros de avisos dos Salões Comunais.
Dumbledore se levantou e começou a caminhar em direção à longa mesa, onde os professores se sentavam durante as refeições, porém, parou e voltou a encarar os garotos, com um ar curioso.
- Sr. Snape. – Disse, por fim. – Poderia saber o que está fazendo na mesa da Grifinória?
- Hã, Errr... Hum... Eu só... Só... – Gaguejou, tentando se explicar para o diretor.
- Ele veio me fazer companhia no café da manhã. – Interrompeu Letícia. – Eu pedi, a culpa é minha. Desculpe, professor Dumbledore.
- Ah, não há porquê se desculpar srta. Minger. – Disse Dumbledore, sorrindo. – É muito bom ver duas casas tão diferentes, se dando bem.
E com esse comentário, voltou a caminhar em direção à grande mesa, deixando para trás os dois garotos.
- Obrigado. – Agradeceu Snape, sorrindo.
- Não há de quê. – Disse ela.
Nesse momento, viram, ao longe, um grupo de garotos da Sonserina, entre eles, Lúcio Malfoy, vindo em direção ao Salão.
- Acho melhor ir andando, antes que seus amigos vejam você aqui. – Disse Letícia, com um sorriso.
- Tem certeza? – Perguntou Snape, parecendo dividido. – Não me importo que me vejam aqui, com você.
Tudo bem... Ele estava mentindo, e sabia que estava mentindo! E ela também sabia que ele estava mentindo, então, apenas sorriu, balançou negativamente a cabeça e disse:
- Não. Está tudo bem. Pode ir.
Snape sorriu, se aproximou um pouco mais da garota e disse:
- Obrigado. Esse foi o melhor café da manhã que já tomei... A companhia foi maravilhosa. Nos vemos hoje à tarde para ensaiar, certo? Na Sala Precisa?
- Tudo bem. – Concordou Letícia, corando um pouco.
- Até mais tarde. – Disse Snape, beijando a face corada da menina e pulando do banco, já indo para porta do outro lado do Salão.
- Até. – Gritou ela.
Ele olhou para ela por cima do ombro e sorriu. Continuou caminhando em direção às portas. Não queria encontrar o Malfoy, ele não sabia que ele tocava. E Snape não queria que ele soubesse.
Letícia continuou sentada, sozinha, à mesa da Grifinória, um sorriso bobo brincando nos seus lábios. Automaticamente, levou a mão ao lugar na sua bochecha que ele havia beijado. Sentiu queimar. Sorriu ainda mais, encarando o chão, mas vendo ali os olhos de Severo Snape.
- Ora, ora, ora! Se não é a sangue-ruim da Minger! – Ouviu a voz de Malfoy gritar do outro lado do salão, aproximando-se rapidamente. – Por que tanto olha para o chão? Tentando encontrar a sua dignidade? Sinto muito, garota, mas isso você ainda não perdeu... Já que não se pode perder algo que nunca teve!
Malfoy e seus amigos gargalharam gostosamente, como se ele tivesse acabado de dizer a coisa mais engraçada do universo. Letícia revirou os olhos, levantou-se, pegando os livros e cadernos que estavam sobre a mesa e disse:
- Vê se não me enche, Malfoy.
- Ui! A sangue-ruim está estressadinha é? – Perguntou Malfoy, debochado, fazendo voz de bebê. – Vai chorar é, traidorazinha do sangue?
- Vai pro inferno. – Disse ela, passando por ele a passos rápidos, em direção à porta do Salão.
- Epa! – Disse Malfoy, com um sorriso malicioso, se pondo na frente dela. – Ninguém manda Lúcio Malfoy ir para o inferno e sai impune!
Letícia deu um bocejo fingido e perguntou:
- Já acabou? Posso ir andando? É só isso?
O sorriso desapareceu do rosto de Lúcio. Ele sacou a varinha do bolso das vestes e apontou para o peito da garota.
- Ninguém fala assim comigo! Ouviu bem Minger?
- Claro que sim, Malfoy, não sou surda.
Ele pressionou a varinha na garganta dela e falou, os dentes cerrados, a raiva parecendo brilhar nos seus olhos cinzentos:
- Não se meta comigo, Minger. – Ele disse, por entre os dentes. – A não ser que queira sofrer as conseqüências, ouviu bem? Ninguém se mete com Lúcio Malfoy! Ninguém! Muito menos uma sangue-ruim sem classe feito você. – Ele deu um riso de desdém, mas voltou a ficar sério e perguntou. – Entendeu bem, Minger?
- Claro que sim, Malfoy. Não sou uma anta colossal feito você. Eu, ao contrário de você, idiota, tenho cérebro. Sabe o que é isso? Ah não? Desculpa, falei em termos muito sofisticados para um babaca feito você entender não é? – Ela provocou, como se falasse para uma criança de dois anos que “2” não é uma letra. – Então, vou simplificar: Claro que entendi, Malfoy, porque eu, diferentemente de você, não sou uma completa idiota, babaca, tonta, estúpida e anta. Certo?
Malfoy bufou de raiva, mas, antes que pudesse fazer qualquer coisa, Letícia segurou os seus ombros e, com toda a força que tinha na perna, deu uma joelhada nas “partes baixas” dele.
A reação foi imediata. Ele caiu de joelhos no chão, os olhos estranhamente fora de órbita, soltando um gemido rouco de dor. Letícia passou pelo lado dele e saiu pelas portas do Salão, indo em direção ao Salão Comunal da Grifinória.
Chegando lá, entrou no dormitório das garotas. Jogou-se no colchão macio da cama e ficou olhando para o dossel sobre a sua cabeça, pensando naquele garoto de olhos negros, por quem ela era apaixonada há tanto tempo.
- Tenho que escrever isso no meu diário! – Disse ela, animada, começando a revirar a pilha de cadernos e livros.
Não encontrou. Abriu a mochila. Nada. No malão, nada. Abriu as gavetas do criado-mudo, nada.
- Onde eu enfiei esse diário? – Perguntou-se, confusa.
Então se lembrou da colisão com Snape! Os dois estavam com muitos livros nas mãos e a capa do seu diário era preta, assim como a maioria dos livros e cadernos dele! Ele deveria ter pego por engano!
Sentou-se na cama, sentindo o mundo girar à sua volta. Ele iria ler. O que poderia fazer para recuperar o diário? Estava nervosa. O seu estômago estava fazendo acrobacias, as mãos suavam frio, as pernas estavam bambas. O que iria fazer?
Enquanto isso, no dormitório masculino da Sonserina, um garoto alto, magro, cabelos negros, longos e oleosos, olhos negros e penetrantes, guardava o violão, já na capa, debaixo da sua cama.
Snape voltou a sentar na cama, pensando no que seria melhor fazer naquele domingo. Lembrou-se então que ainda não havia feito o dever de casa de poções: Uma redação de, no mínimo, cinco mil palavras sobre os doze usos do sangue de dragão, passada por Slughorn.
Pegou o livro de poções e correu os olhos pela pilha de livros, atrás do seu caderno. Porém, ficou surpreso ao notar, que havia dois cadernos com a capa preta. Um era o seu, o outro era pequeno e tinha uma pequena tranca dourada.
Ele pegou o caderno menor e voltou a sentar na cama. Como será que se abria esse negócio? Tocou com a ponta da varinha na pequena tranca de ouro e imediatamente um “clique” metálico foi ouvido.
Ele abriu o pequeno caderno e leu a primeira página que continha apenas umas poucas palavras, escritas em tinta dourada:
"Diário de Letícia Minger. Caso encontrar, favor devolver à legítima dona. Obrigada. "
Então... Na colisão ele, sem querer, pegara o diário de Letícia juntamente com as suas coisas? Cogitou por um momento a idéia de fechar o pequeno diário, guarda-lo na pequena gaveta do criado-mudo e devolve-lo à garota quando se encontrassem para ensaiar.
Porém, não viu mal algum em saber um pouco mais sobre a sua nova amiga. Sabia muito bem que isso seria invasão de privacidade, mas, sem poder evitar, decidiu-se por ler o diário que estava em suas mãos e, depois, devolve-lo à garota.

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Bom gente, esse é o primeiro capítulo Espero que gostem.
Se gostarem, por favor, comentem e façam uma autora feliz! :D
Beijão!

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