Descobrindo a verdade



Cap. 5 - Descobrindo a verdade

Não tiveram tempo de falar nem mais uma palavra, pois Tiago caiu estatelado no chão, desmaiado. Harry não sabia qual seria a reação do pai, mas com certeza não imaginava que isso aconteceria.

Todos olharam para Tiago, caído no chão e, em seguida, para Harry, que olhava, abismado, o pai caído no chão. Foi então que Lily caiu na gargalhada. Teve que sentar no gramado para não correr o risco de cair também, mas não pela notícia e sim pelo riso.

- Muito... Bom... – começou ela, respirando rapidamente, de tanto rir. – Pregaram uma bela peça nele! Parabéns pela criatividade. Arrumaram alguém realmente parecido com o Potter. Qual é o problema? – acrescentou, ao ver que todos olhavam sério para ela.

- Não é mentira, Lily – disse Remo, calmamente.

- Mas isso é impossível – disse ela, olhando para todos esperando que alguém falasse que era apenas uma brincadeira. Mas, como ninguém o fez, continuou – Como Potter pode ter um filho da mesma idade dele? Não tem lógica!

- Se você escutasse a história toda, perceberia que tem, sim – disse Sirius.

- Então, me contem – pediu a ruiva.

- Está bem, mas só prometa que não vai fazer que nem ele! – disse Gina, rindo e apontando para Tiago, que continuava desacordado no chão.

- Pode deixar, não sou igual ele – disse ela, olhando para Tiago também.

- Acho melhor esperarmos para contar quando ele acordar, assim não precisaremos contar a história uma vez e meia – disse Sirius, rindo.

- Por que uma vez e meia? – perguntou Lily confusa.

- Por que depois que começar a escutar a história, vai acabar que nem o Pontas! – continuou.

- Não vou, não! – respondeu ela, se irritando. – Vai, conta logo!

- Você é quem sabe, mãe – falou Harry olhando para a mãe e dando ênfase à última palavra.

- O... O que você... Disse? – perguntou ela, ficando branca.

- Foi isso mesmo que você ouviu, mãe – continuou Harry, de novo, sublinhando a palavra “mãe”. E, no momento seguinte, Lily caiu desmaiada no chão, assim como Tiago. Todos se olharam e começaram a rir.

- Eu disse que ela iria acabar igual a ele! – disse Gina, em meio a risos.

- E acertou! – completou Remo, rindo também. – Agora, vamos aproveitar que o castelo está vazio para levar os dois para o nosso dormitório. Assim, quando acordarem, contaremos a história aos dois, e se desmaiarem de novo, pelo menos estarão deitados.

- Está bem – disse Sirius e, com um aceno de varinha, fez os dois flutuarem, como se estivessem sendo guiados por cordas invisíveis.

Sirius começou a caminhar em direção ao castelo, seguido por Remo, Harry e Gina. Alguns olhares curiosos os seguiam, afinal, estavam carregando dois inconscientes com eles. Chegaram à torre da Grifinória e Remo disse a senha à Mulher Gorda: “Pena de Fênix”. Ao passar com Tiago e Lily, Sirius se descuidou, fazendo com que cada um batesse a cabeça no teto da passagem.

- Opa! – exclamou Sirius. – Desculpa aí.

-Cuidado, Sirius – disse Remo. – Senão vão acordar com uma cicatriz e eu direi que foi você.

- Assim, só vai deixá-lo mais parecido com o Harry – disse Gina rindo.

Subiram as escadas para o dormitório masculino. Não havia ninguém lá. Deitaram Lily numa cama e Tiago em outra. Conversaram por algum tempo e escolheram bem as palavras que usariam para contar tudo aos dois.

Após algum tempo em silêncio, os dois acordaram, ainda meio tontos pelo desmaio.

- Engraçado, tive um sonho tão estranho! – disseram juntos. – Eu também! – completaram, enquanto os outros caíam na gargalhada.

- Qual é o problema? – perguntaram juntos, mais uma vez. – Quer parar de falar junto comigo?

- Estão vendo? – falou Sirius, ainda rindo. – Já estão até falando juntos!

- Essa eu não entendi! – falaram mais uma vez e depois, completaram – Pára!

Isso fez com que os outros rissem mais ainda e depois de alguns minutos, conseguiram parar. Estavam prontos para falar, e quem iria começar era Harry.

- Tudo isso que vocês estão pensando ser um sonho, é realidade – começou Harry. – Foi por isso que desmaiaram.

- Sim, mas ainda não vejo a razão de a Lily ter desmaiado também! - disse Tiago.

- Liga as coisas, seu veado! Se você, que é o pai, desmaiou... – exclamou Sirius, sorrindo.

- É cervo. C-E-R-V-O! – reclamou Tiago. – Espera aí... Quer dize que... – começou ele, abrindo um sorriso enorme.

- Até que enfim, Merlin, ele entendeu! – agradeceu Sirius, levantando as mãos para o alto.

Tiago olhou para Lílian e viu que ela estava de cara amarrada.

- Por que essa cara, minha ruivinha? – perguntou ele, galanteador, passando a mão nos cabelos.

- Primeiro, não sou sua ruivinha, Potter, é Evans pra você! E segun... – começou ela, mas Tiago a interrompeu.

- Correção: não é minha ruivinha por enquanto. Não se esqueça do que Harry disse, seremos pais!

- Eu sei que ele se parece muito com você, mas é impossível que seja seu filho, os dois têm a mesma idade, é mais provável que seja seu irmão – continuou ela, com a voz um pouco mais alta.

- Antes de começarem a brigar, deixa o Harry contar toda a história – pediu Remo.

- Obrigada – agradeceu Harry e começou a contar a história pela terceira vez, desde que chegou. Contou sobre o que tinha acontecido com seus pais após a traição de Pedro que, na verdade, era um comensal da Morte, a prisão de Sirius por pensarem que ele que tinha matado treze pessoas numa rua, sobre as Horcruxes de Voldemort, como foram destruídas, detalhe por detalhe, a profecia, até que, meia hora depois, chegou à parte da batalha. Falou sobre a luta contra Voldemort, que Gina usou o vira-tempo para voltarem ao passado, sobre a conversa com Dumbledore, e com Sirius e Remo e sobre o plano deles para Harry ter os pais, no futuro. Só não falou sobre a transformação de Pedro em rato, pois sabia que os entregaria, sendo animagos ilegais.

Ao final da conversa, Tiago estava branco, pensando nas palavras que acabara de ouvir. Lily estava cabisbaixa e finas lágrimas escorriam por seu rosto. Um silêncio inundou a sala, e assim permaneceu por algum tempo, até que Tiago resolveu quebrá-lo.

- Então, o que vamos fazer agora? – perguntou, passando a mão nos cabelo de novo e deixando-os mais arrepiados.

- Dumbledore nos disse que avisaria caso descobrisse alguma coisa – respondeu Gina, antes que Harry pudesse falar qualquer coisa.

- Então, quer dizer que Pedro, que achávamos ser nosso amigo, entregou Tiago e Lílian a Voldemort? – perguntou Remo.

- Exatamente – respondeu Harry.

- Ah, ele vai se ver comigo – disse Tiago com raiva. – Afinal, onde está aquele idiota?

- Deve estar na cozinha, comendo – respondeu Sirius, também com raiva. – Faz isso o dia todo!

Nesse momento, uma coruja-das-torres entrou pela janela aberta e pousou no ombro de Harry. Ele tirou a carta da perna da coruja e começou a ler. Reconheceu a caligrafia fine e inclinada.

Harry,

Já contou aos seus pais tudo o que tinha para falar-lhes? Espero que tenha dado tudo certo.
Bom, estou lhe escrevendo, para informar-lhe de que já tenho uma pista da primeira Horcrux.
Venha ao meu escritório quando estiver livre, para conversarmos sobre ela e, também, sobre as aulas.
P.S.: Fantasias Debilitantes.

Harry terminou de ler a carta com uma imensa felicidade crescendo dentro dele.

- Deixa eu ler a carta! – pediu Tiago, curioso.

- E por que deixaria? – perguntou Harry, olhando-o e sorrindo.

- Oras! Por que sou seu pai – respondeu Tiago e, imitando a uma voz de pai autoritário, concluiu – Me entregue essa carta já, menino!

Essa perfeita imitação fez todos caírem na gargalhada. Até Lily, que esteve quieta até aquele momento, não consegui se segurar e seguiu os outros na risada.

Depois de pararem de rir, Harry entregou a carta e todos juntaram as cabeças para ler. Ao terminarem, todos exibiam uma cara de surpresa, menos Gina e Harry.

- O que foi? – perguntou a garota.

-Dumbledore encontrou essa pista bem rápido, não? – disse Remo.

- Ele sempre foi rápido para isso, ou será rápido – respondeu Harry.

- Ei, que quer dizer “Fantasias Debilitantes”? – perguntou Remo, confuso com o tal P.S. estranho.

- É a senha para entrar no escritório dele – respondeu Harry.

- Então, vamos até lá? – perguntou Tiago.

- Sim, mas não sei se Dumbledore vai deixar todos entrarem, então é melhor esperarem aqui que eu e Harry vamos, e depois contamos tudo a vocês, prometemos – disse Gina.

- Está bem, fazer o que? – perguntou Sirius, fechando a cara.

- Não se preocupe padrinho, você saberá de tudo assim que voltarmos – falou Harry, sorrindo para Sirius.

- Está... – começou ele sem prestar atenção no que ouviu, mas então a ficha caiu. – Está dizendo que eu serei seu padrinho?

- Isso mesmo! – respondeu Harry.

Sirius pulou pelo quarto todo, fazendo uma dancinha estranha, mas quando foi pular em cima da cama, pelou com tanta força que o estrado dela quebrou bem no meio, fazendo com que Sirius ficasse preso, com metade do corpo para fora, sem conseguir se mexer. Todos caíram na gargalhada. Parecia que ninguém conseguia parar, era só olhar para o estado em que Sirius se encontrava para começar a rir de novo.

Finalmente, pararam de rir e ajudaram Sirius a sair da cama quebrada. Assim que saiu, consertou a cama com um feitiço.

- Bom, gente, estamos indo – disse Harry. – Encontramos vocês depois do almoço, então contamos tudo, ok?

- Está bem, mas onde vamos nos encontrar? – perguntou Lily. – Não podemos ficar em nenhum lugar que alguém possa escutar.
- Tem razão – disse Harry, pensando onde seria o melhor lugar, mas então veio à cabeça o local perfeito. – A Sala Precisa!

Todos no dormitório abriram sorrisos, menos Lílian, que olhava confusa para eles.

- A Sala o que? – perguntou ela, sem saber do que estavam falando.

- Precisa. É uma sala que se transforma no que você quer, se você tiver real necessidade dela, Lily – respondeu Tiago.

- Já cansei de falar que é Evans, Potter! E, voltando ao assunto, onde fica? – disse ela, enquanto Tiago fechava a cara.

- No sétimo andar – disse Sirius. – Te levamos com a gente, assim fica conhecendo a sala!

- Está bem, mas temos que ir! – exclamou Gina.

- Harry! – chamou Lily quando ele já estava quase fechando a porta.

- Sim?

- Será que eu posso contar isso às minhas amigas, Alice e Kely?

- Se elas prometerem que vão guardar segredo, pode sim.

- Obrigada – disse ela se levantando, andando até ele e dando-lhe um forte abraço. – Meu filho – terminou ela, num sussurro aos ouvidos de Harry. Com isso, ele abriu um grande sorriso e rumou para o escritório de Dumbledore, com Gina.

O céu estava claro e bonito, mas o vento incessante dizia que viria tempestade. E não demoraria muito tempo para chegar.

- Fantasias Debilitantes! – disse Harry à gárgula que guardava o escritório do diretor. No momento que disse a senha, a gárgula se pôs em movimento, levando-os até a porta com a maçaneta de latão em forma de grifo. Ao chegarem, parecia que Dumbledore estava conversando com várias pessoas. Bateram três vezes. As vozes cessaram instantaneamente e ouviram a voz do diretor.

- Entre! – Os dois se precipitaram para dentro, esperando encontrar várias pessoas, mas viram que não havia ninguém mais lá, então Harry percebeu que as vozes vinham dos antigos diretores, apesar deles fingirem dormir profundamente. Dumbledore indicou as duas cadeiras de espaldar reto à frente de sua escrivaninha. Harry e Gina se sentaram.

- Então, professor, encontrou a primeira Horcrux?- perguntou Harry após alguns momentos em silêncio.


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Hatori: obrigada! Que bom que você está gostando!!! XD Todos os dias tem atualização! ;D

lulusinha: fico feliz que esteja gostando da fic!!! Eu não pretendo ficar muito tempo sem atualizar a fic, isso só vai acontecer se eu ficar sem capítulos prontos, mas acho que isso ainda vai demorar, espero...

Beijos e obrigada a todos por lerem e/ou comentarem!

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