Prologo

Prólogo: You

***
Sempre há algo no caminho, sempre há algo se interpondo Mas não sou eu, é você. Às vezes a ignorância chama a verdade, mas a esperança não está naquilo que sei. Não em mim, está em você!

É tudo o que eu sei...

***

Flashback:

Mesmo com a reconstrução do castelo inacabada, a Profª McGonagall, nova diretora de Hogwarts, havia concordado em ceder o Salão Principal para festa aos formandos do curso de auror.

Harry Potter era a encarnação da felicidade. A guerra havia acabado, a escola foi reaberta e finalmente havia terminado seus estudos, ia seguir a tão sonhada carreira de auror e o principal, o motivo maior da sua alegria: ficaria noivo de Gina.

Hermione e Rony estavam muito felizes, tinham se acertado definitivamente e já estavam noivos, pra completar a alegria de Harry só faltava sua ruiva aceitar o pedido de casamento. Já fazia um ano desde a retomada do namoro.

Tava tudo planejado. Já havia feito o pedido a Arthur e Molly, também havia conversado com Rony pra garantir que não haveria nada contra. Não que Rony fosse do contra, pois já havia dito a Harry que queria um casamento duplo e só faltava Harry fazer, segundo Rony, “alguma coisa, como o pedido”.

O pedido seria feito depois do baile de formatura, assim, seriam três festas simultâneas: sua formatura, aniversário de namoro (Fizera Gina que haiva esquecido a deixando furiosa) e o noivado.



À noite, durante a festa e após do anúncio do nome dos formandos e entrega dos diplomas, Harry, que foi homenageado junto com Rony e Hermione, tiveram que sair pra falar com os outros e deixando Gina sozinha, então pra não ter que aturar a chateação que era ouvir aqueles monólogos cansativos dos funcionários do ministério, levantou-se e seguiu aos jardins.

Era incrível como o castelo continuava acolhedor mesmo com os vestígios da batalha e mesmo estando muito chateada por que o “Sr. Potter” havia esquecido que hoje por acaso seria aniversário de namoro dos dois, a imagem do castelo conseguia lhe trazer uma certa paz...

Permaneceu um bom tempo observando o cair da noite, quando Luna apareceu nos jardins.

- Oi Gi.

-Ah, oi Luna. Quando chegou? Não tinha te visto ainda.

- Acabei de chegar, quase no fim da festa, mas cheguei. Acabei me perdendo no caminho e tudo por causa dos Narguiles - Ela estava exasperada e falava com sua tão característica voz sonhadora, Gina riu da expressão da amiga ao respirar fundo - Harry está te chamando, por isso vim aqui te procurar.


Gina pareceu pensar por um segundo, mas antes de tomar uma decisão Luna segurou sua mão e saiu arrastando até a Sala Precisa. Gina resmungou durante todo o percurso, mas Luna pareceu não dar a mínima atenção ao que ela falava. Por sorte a maior parte das pessoas já terem ido, pois a cena era um tanto bizarra. A porta abriu de supetão e Gina não acreditava no que via ali dentro.

A Sala Precisa estava parecendo uma réplica quase exata do Grande Salão com os jardins que Gina tanto amava. Havia um tapete de veludo vermelho, que corria por toda a sala e ia dar bem no centro da mesa dos professores, se ela estivesse ali e se fosse o Grande Salão.

Por todo o lugar, flores, de diferentes cores e cheiros, o ambiente inteiro estava encantado com trepadeiras floridas de onde fadinhas e borboletas brilhavam e refletiam a luz do sol das nove da noite. Tudo muito bem ornamentado e tão lindo que não parecia real.

Boquiaberta com a cena, Gina não notou a presença de Rony, que passou rapidamente por ela, fechando sua boca.

- Gostou, é? – acrescentou ele, com um sorriso orgulhoso.

Prestando atenção aos detalhes da paisagem que se desdobrava a sua frente, Gina começou a notar seus criadores.

Sentados em uma mesa no centro da sala, figuras conhecidas como seus pais, seus irmãos, Mione, Neville e Luna, que havia passado a sua frente desapercebidamente enquanto ela admirava o lugar e se sentara ao lado de Neville. Harry estava a alguns passos a sua frente, com um lindo sorriso estampado no rosto.

- Rony, por favor. – Com um aceno da varinha de Rony as fadinhas que estavam apenas voando começaram a executar uma espécie de balé e duas delas começaram a descer lentamente com uma caixinha nas pequeninas mãos.

- Posso saber, pra que tudo isso? – Perguntou Gina pensando que seria uma maneira de pedir desculpa e comemorar seu aniversário de namoro, mas estranhou toda a família reunida, tentou fazer uma cara de quem estava brava, mas quando olhou Harry sua tentativa fracassou.

- Gina, eu preciso fazer um pedido!- Harry lentamente foi se aproximando.

- O que ? O que o galã do ministério quer? - Estava tentando dar tom de brincadeira, mas Harry tava tenso.

- Você sabe que eu não gosto de ser chamado assim!

- Ok. Então, me diga o que você quer? – Gina percebeu a seriedade do momento e resolveu falar sério com Harry.

- Sabe como é, né. Tenho 19, sou auror recém formado e preciso me casar! Eu estava procurando uma pessoa que fosse bonita, inteligente, meiga, ruiva, que eu tenha salvado de um basilisco, que tenha me mandado um cartão naquela tentativa patética do Gilderoy de fazer um dia dos namorados no meio de tanto tumulto e que ficasse me olhando como uma boba enquanto digo tudo isso a ela! – Falou tudo num fôlego só, os olhos de Gina brilhavam e, embora estivesse longe de ser a menina boba que foi se sentia boba como se tivesse onze anos novamente.

Ah meu Merlin, seria o que ela estava pensando? Estava em choque, deu mais um passo a frente, aproximando-se ainda mais de Harry

- E você encontrou essa pessoa Harry?

- Sim!

- E quem é a sortuda que você quer casar?

Harry pegou a caixinha das mãozinhas das fadas, abriu e perguntou:

- Gina, você quer casar comigo?

- Sim!

Gina respondeu um “sim” com tanto entusiasmo, que mesmo sendo observados por todos, Harry quebrou a curta distância que havia entre eles e capturou seus lábios com volúpia.

Quando o beijo terminou (n/a: Sabe como são os apaixonados... X) ), a Sra. Weasley correu pra abraçar a filha, enquanto Harry recebeu o abraço de Rony, então todos se sentaram a mesa embalados por uma música suave e o sr. Weasley anunciou um brinde aos noivos e começaram a falar sobre os preparativos.

Rony que parecia estar totalmente maravilhado abriu um sorriso que só havia dado poucas vezes, e todas essas vezes, normalmente, por causa de Hermione, já estava combinando a data, enquanto Jorge não perdeu a oportunidade de atazanar Gina.

- Sabe Gina, fez a escolha certa!

- Posso saber por que você pensa assim “caríssimo” irmão!

- De fato, sou muito caro! Mas tirando isso, pense comigo. – Gina sabia que ali vinha uma das perolas de seu irmão – Harry salvou o mundo o bruxo, é o herói e o galã do ministério se você não tivesse aceitado a proposta, haveria muitas donzelas em perigo para o super-herói salvar não?

- Sabe Jorge, você é meu irmão lindo e querido do coração, mas tem uma coisa muito importante que quero que faça pra mim. Pode fazer? – Jorge não tava acreditando na calma da irmã. A intensão era tirar-la do sério, mas Gina estava falando docemente com ele, até então. – CALA A BOCA SE NÃO TEM NADA MELHOR PRA DIZER!!!! Obrigado, maninho lindo do coração – Gina soltou um beijo pra Jorge que estava embasbacado e todos riam da cena.

--- O dia do casamento ---



O casamento seria realizado na Toca e tudo lá estava uma loucura. Haviam trabalhado o dia todo, desgnomizado o jardim e armardo uma tenda com decoração bem clean a pedido de Gina e Hermione, além de ampliado magicamente pra caber todos, afinal seria um casamento duplo.

Estava quase na hora Gina e Hermione se aprontavam no quarto de Gina; Rony e Harry no quarto de Rony, o ruivo andava de um lado pra o outro enquanto Harry tentava terminar de se arrumar, quando finalmente conseguiu domar seus cabelos, sem muito sucesso, sugeriu a Rony que descessem, na sala os aguardava Neville, Jorge, Carlinhos e Gui.

- Alguém já está aí? – Rony perguntou aos quatro.

- Sim, nós somos o que, parte da decoração? – respondeu Jorge.

- Algum convidado, Jorge. – respondeu Rony suspirando e olhando com cara feia para o irmão.

- Não, mas também o casamento é só daqui à uma hora, não tem pra que tanto nervosismo – Neville respondeu.

Carlinhos e Gui saíram e levaram Jorge com eles, sabiam o que o irmão era capaz de provocar grandes estragos, embora nada comparado quando aprontava com Fred.

Seguiram para o jardim onde esperariam os convidados, que aos poucos foram chegando, e não demorou muito e os noivos se juntaram a eles no jardim esperando as noivas e recepcionado todos.

Se o dia foi difícil pra os meninos que estavam pegando no pesado, para as meninas não foi muito diferente.

A Sra. Weasley estava brava com Gina porque esta não tinha querido seu vestido e ter ido correr atrás de outro e com Mione por ter não ter chegado ainda.

Gina, que além de querer atrasar o casamento, descobriu que o alfaiate havia errado no modelo pedido e havia estado feito louca pela cidade junto com Fleur.

Hermione apareceu duas horas antes da cerimônia completamente afobada e com seu vestido nas mãos. Fleur também estava dando “pitis” a torto e a direito depois de ver Gina e Mione prontas.

- Mass elas eston mar linda que moi!!! Esbravejava Fleur a todos que via.

- Fleur você deixou metade dos homens babando por você, além do mais hoje é o dia de Gina e Mione, deixe seu ego enorme de lado. – Molly não se conteve e repreendeu a nora.

Isso foi o suficiente pra Fleur ir juntar-se ao esposo e a pequena Victorie.

Na hora em que a cerimônia finalmente começou, Gina e Mione entraram com seus respectivos pais. Rony e Harry não podiam estar mais felizes, olhavam encantados pra suas noivas. Mas ninguém esperava pelo que Jorge aprontaria...

Jorge estava indeciso sobre tomar o passo seguinte em sua relação com Angelina. Fazia um bom tempo que namoravam e entre os vários vai-e-volta mas tinha que agir rápido. Seu pedido tinha que ser estiloso a sua maneira e acima de tudo inesquecível.

- Se existe alguém que tenha algo contra esse casamento que fale agora ou cale-se pra sempre – Jorge ergueu sua mão no ar.

- Ah meu Merlin, o que esse doido vai aprontar agora? – Disse Gina entre os dentes, somente Harry que estava ao seu lado ouviu.

- Oi pessoal, boa noite – Angelina que estava ao seu lado ficou roxa de vergonha – Gina, não se preocupe, não é nada contra você. Não Mione também não tem nada a ver com Rony. - Acrescentou ao ver o olhar assustado que Hermione direcionou a Rony - Bem pessoal estamos unidos esta noite pra celebrar a união de um casal...

- Jorge, já ouvimos isso. Você não é o mestre de cerimônias sabia? - Rony falou ao irmão, já nervoso pela interrupção.

Alguns convidados estavam abismados – entre eles os Srs. Weasley, mas a maioria tinha um olhar divertido diante da cena.

- Angelina meu amor, estou aqui pra algo maior. Algo inesquecível, que vai marcar sua vida pra sempre.

- E o que viria a ser esse algo tããão maravilhoso Jorge? – Angelina o olhou desconfiada.

Jorge tirou o anel do seu paletó e se ajoelhou.

- Angelina, quer casar comigo?

- Sabe Jorge, isso parece furada e você não deveria ter feito isso, vai que eu digo não! – Angelina havia decidido reverter o mico, não que o dela não tivesse virado um king-kong, mas quem tá na chuva é pra se molhar e um mico a mais ou a menos naquela hora não faria diferença.

- Você não faria isso, faria?

- Você sabe que eu faria! Mas não hoje, quem sabe no próximo casamento. Eu aceito sim!!!

O salão (improvisado que havia se transformado o jardim da Toca) rompeu em aplausos.
Depois do pedido de Jorge a cerimônia continuou normalmente, mas havia uma pessoa ali que estava muito feliz por ver seus filhos crescidos, formando uma família. Molly segurou firme na mão de Arthur, e continuou ouvindo a linda cerimônia que estava sendo realizada.

Gina estava extasiada com seu casamento. Observava a tudo, mas no momento, parecia perdida no olhar de Harry, saiu do transe com ele sussurrando em seu ouvido.

- Ginevra se prepare. Nós vamos ter uma penca de filhos – Harry encontrava-se abraçado a esposa e beijou carinhosamente suas madeixas ruivas.

- O que quer dizer isso? – ela perguntou rindo.

- Muitos filhos, e muito trabalho pela frente também – ele sorriu marotamente – Mais do que os gnomos do jardim dos seus pais – ele acrescentou ao ver os olhos dela brilharem e a impediu de rir novamente a puxando para si.



Haviam se passado cinco meses após o casamento e Harry estava enfrentando alguns problemas de saúde, o que o deixava sem muito tempo pra Gina. Hoje, por exemplo, era seu aniversario, e Gina havia lhe pedido pra chegar mais cedo, só que a consulta no St. Mungus demorou mais que o previsto. Harry não se sentia bem há algumas semanas e Gina, ainda sabia.

- Mas você prometeu Harry!

- Não deu! Que coisa. Você não é minha mãe, nem dona – ele retrucou sem olhá-la indo direto para o banheiro.

- Eu nunca quis mandar em você, ou cobrar. – Gina falou exasperada - Mas se você prometeu algo, cumpra! – Gina foi atrás dele sentindo aquela dor no peito tão característica quando ele agia desse jeito. Gina percebeu que estava estranho, seria algum problema no trabalho? Por que ele não se abria com ela? Talvez ela pudesse ajudar.

- É só um aniversário. No próximo, a gente faz algo! Você tem um ano inteiro pra planejar.

Toda aquela situação o deixava nervoso. Havia algo errado com ele, mas por que raios os medibruxos não lhe diziam nada. Começou a se preparar para tomar banho, mas Gina não fazia menção de se mover e deixá-lo só.

- Todo tempo você faz isso – Gina enfim retrucou, com lágrimas nos olhos e pegando sua varinha do bolso da calça jeans, lançou um feitiço no marido e saiu correndo.

Harry conseguiu desviar, e o feitiço ricocheteou no espelho quebrando o box de vidro do banheiro. O rapaz sentou-se de qualquer forma no chão e levou as mãos brancas à cabeça. Amanhã pediria desculpas. Sabia que tava mal-humorado e sem querer descontara em Gina.

Devido o sei mal-humor e a quebra de sua promessa ganhou uma passagem de ida direto pra o sofá. No outro dia, acordou com Gina já fazendo a limpeza da casa.

- Oi – ele disse desconfortável e passando uma das mãos na nuca.

- Oi – ela cumprimentou sem pestanejar e ainda com a vassoura em mãos.

- Me perdoa? – ele suplicou tocando no braço de Gina quando esta já se retirava devido ao silêncio que ocorrera.

- Com uma condição - ela impôs séria.

- Qual? – Harry perguntou na mesma hora com uma atitude que demonstrava que faria tudo.

- Que você realmente faça aquela tatuagem do rabo-córneo-húngaro no peito – ela respondeu rindo.

Harry também a acompanhou rindo e acrescentou:

- Eu faria até do pufoso você sabe onde – e a abraçou com todas as forças.



--- Inicio de 2000 ---

A semana transcorreu tranquilamente para ambos, até que no final da tarde Gina foi chamada com urgência ao Departamento de aurores. Entrou correndo na enfermaria do setor, o estagiário que a havia chamado não soubera dar nenhum tipo de informação concreta, só havia dito que Harry estava na enfermaria, destinada aos aurores.

- Harry! Harry! – ela chamava pelo marido e não obtinha resposta.

Seguiu procurando por todos os biombos. Encontrou Rony pelo caminho, que também estava machucado, mas nada muito sério, e que pode lhe dizer com mais precisão o que havia acontecido.

Até achá-lo sentado num dos cantos sentado numa maca, com o olhar perdido e brincando com a varinha.

- Querido, o que aconteceu? – ela se ajoelhara ao lado do homem que prometera viver ao seu lado para sempre e segurava o rosto dele com as suas mãos delicadas, o fazendo encará-la.

- Ah. – ele exclamou debilmente - é você...

- Claro que sou eu – ela afirmou – Rony me disse que vocês estavam numa missão rotineira, e você estava no andar de cima da mansão dos Stoneheart, em seguida ele só ouviu uma explosão, então ninguém lhe achou... – enquanto falava, Gina procurava algum sinal de ferimento pelo corpo do marido.

Harry puxou gentilmente os braços da mulher e fez com que fosse abraçado, descansando no colo dela e acabou adormecendo desta forma. Enquanto os pensamentos de Gina a levavam a conclusões funestas. Para o marido agir assim, algo naquela missão o perturbou severamente. Mas o que, não sabia.

Contudo, havia esses momentos em que Harry agia estranhamente, vezes em que ele parecia não escutá-la, era outra pessoa, diferente do marido atencioso e carinhoso com quem havia casado.

Ela já tinha conversado com Mione sobre isso, e a amiga lhe aconselhou a conversar seriamente com Harry, no entanto ele não parecia confortável quando ela tocava no assunto.

Aquele havia sido um dia difícil pra Gina. Tanto na vida profissional quanto na pessoal. No Profeta, onde trabalhava tinha que aturar as decisões sem sentido da sua dissimulada chefe Susan, e agora essa...

Era necessário que Harry passasse alguns dias em observação após o susto. Havia sido transferido ao hospital para melhor ser atendido e Gina estava se dobrando em duas para conseguir fazer tudo.

Já estava anoitecendo e ela precisava passar em casa, faria enquanto Harry dormia. Parou para ver Rony que já havia se recuperado, mas não havia saído do lado de Harry pediu-lhe pra tomar conta de Harry, pois estava saindo, mas logo voltaria para que ele fosse para casa descansar.

Na saída do hospital, encontrou-se com Hermione e Luna que haviam vindo fazer companhia a Harry e Rony. Deu um leve abraço em cada uma e aparatou.

Toc, toc, toc.

Gina desceu correndo as escadas com o coração acelerado abriu a porta e se deparou com Rony, Mione e Luna. Luna estava cabisbaixa, Hermione tentava disfarçar as lagrimas que saiam de olhos involuntariamente. Rony tomou a frente.

- Gina...

- O que houve com o Harry, Rony? - perguntou com a voz chorosa

- Ninguém sabe o que houve. É que ele entrou em coma e... - Rony perdeu a voz ao perceber o estado da irmã.

- Rony, onde ele tá? – Gina tentando se recuperar da notícia.

- Tá no St Mungus, mas não vai adiantar muito, os medibruxos não nos deixam vê-lo e não falam nada também.

- Mas comigo vão ter de falar.

Gina vôou para dentro de casa pegou sua bolsa e aparatou direto no hospital. A situação lá era caótica. Vários jornalistas de jornais de todo mundo bruxo parecia ter aparatado lá também chamando atenção dos trouxas transeuntes, mas todos queriam saber sobre Harry. Gina passou correndo entre eles, falou na recepção e então seguiu pra o corredor no qual estava o quarto de Harry, mas foi barrada.

Sentou-se em uma das cadeiras e baixou a cabeça. Chorou copiosamente. Instante depois Rony, Mione e Luna chegaram.

- Já teve noticias? – Mal Hermione completou a frase e apareceu um médibruxo.

- Sra. Potter?

- Sou eu. Como ele tá? O que ele tem? – Gina colocou-se em pé.

- Sra. Potter, como sabe há meses seu marido vem fazendo uma série de exames pra descobri o porquê de seu mal-estar. Infelizmente, não tenho boas noticias.

- Meses? Como assim? – Agora Rony entendia toda apatia do amigo.

- É Sr. Weasley. Alguns laudos demonstram doenças simples como anemia, mas outros são inconclusivos. Nós tentamos métodos trouxas também e mais uma vez não obtivemos respostas que nos apontasse qualquer caminho.

- Então o caso é sério? – Perguntou Hermione tomou à dianteira.

- Seriíssimo Sra. Weasley. O que me leva a seguinte conclusão um tanto inusitada. O medibruxo parecia cauteloso com os quatro, temia por uma reação desastrosa a noticia.

- E qual é? – Hermione tomou a dianteira ao ver o estado em que Gina estava.

- Não sei como explicar, nem se é certo... É como se o Sr. Potter, estivesse sofrendo lentamente a maldição que recebeu quando tinha apenas uma ano e agora esse processo reverteu e esta acelerando.

Gina desesperou-se ao ouvir isso.

- Como é que é? O Sr. tá me dizendo que a maldição tá fazendo efeito, por assim dizer, agora? Isso é loucura! – Gina não sabia o que pensar o que fazer, respirou fundo e continuou. – Por que só agora?

- Sra. Potter, é como lhe disse o processo estava ocorrendo lentamente, mas ta acelerando e com esses resultados é tudo muito impreciso. Amanhã o Sr. Potter pode simplesmente levantar-se da cama e voltar a sua vida, pode continuar em coma ou receio que de fato ele vá a óbito.

Essa noticia foi demais pra Gina. A ruiva desabou em lágrimas, o médibruxo se afastou e ela permitiu ser abraçada por Mione.

Gina não dormiu a noite inteira o que refletia em seu estado físico. Tinha dores nas costas, olheiras fundas e nem seus pais a convenceram a ir para casa. As visitas a Harry já estavam sendo permitidas, mas ele não estava acordado e os medibruxos não sabiam se ele acordaria do coma.

À tarde, Mione trouxe roupas pra ela. Quando Gina voltou ao corredor havia uma pequena confusão que ela não entendeu bem o motivo, afinal, Luna a estava contando. Seus pais acabavam de chegar da lanchonete do hospital. Gina aproximou-se e viu Rony em uma discussão calorosa com o médico.

- Ele é Harry Potter? – limitou-se a dizer o medibruxo diferente do dia anterior.

- Sim, mas isso não importa! – Rony gritou. – Trate logo dele, ele não pode morrer!

- Certo! – disse o medibruxo. – Agora vocês dois, pra fora! Falou ao ver que tanto Rony quanto Gina estavam o seguindo para dentro da UTI onde estava Harry.

Rony já ia começar a brigar com o medibruxo, quando foi contido por Hermione, que enxugava as lágrimas dos olhos e o puxava para fora.

Quando estavam quase fora da sala, uma voz os vez parar.

Olharam para Harry que de olhos fechados disse:

- Gina! Tragam a Gina!

Fim do flashback

***

Harry escutava tudo que acontecia ao seu redor. A dor era enorme, mas ele já estava acostumado com isso. Tudo que acontecera em sua vida o fez capaz de agüentar quase tudo. Quase. Ele suportava a dor de ter perdido pessoas que amava o medo por aqueles que ainda viviam, e a angústia de não saber se viveria mais um ano. Mas, quando finalmente assumiu seu amor por Gina, ele aprendeu que não podia suportar tudo.

Harry, em seu coma, passara dias a fio, lembrando-se de histórias que pareciam trazer vida de volta ao seu corpo, ele pressentia que a vida estava se esvaindo do seu corpo, mas tinha outras preocupações iminentes. Ele temia que Gina não quisesse seguir com a sua vida, caso ele não sobrevivesse, e isso o deixava desesperado. Harry a amava demais para deixá-la morrer junto com ele.

Harry reunia todas as suas forças, tentando permanecer vivo pelo menos um tempo, até que Gina chegasse e ele pudesse dizer tudo que sentia por ela, e principalmente que a desejava viva, mesmo que ele não estivesse mais presente. Teve uma idéia:

- Estou com fome e sede! – O tom de sua voz era de urgência, sabia que talvez aquilo não colasse, mas tudo pra que sua idéia desse certo.

- Sr. Potter, antes precisamos realizar alguns exames. Meredith chame a equipe que está acompanhando o Sr. Potter e peça uma sopa de legumes de preferência por ser mais leve, de imediato só à água. Peço que os Srs. Se retirem, por favor.

Gina saiu desolada amparada por Rony, após ter ouvido a angustia na voz de Harry seu coração estava apertado.

Ficaram todos no corredor e por duas horas, medibruxos entravam e saiam sem dizer uma palavra aumentando ainda mais a aflição de todos.

- Sra. Potter, seu marido pede pra vê-la, entre, por favor.

Gina levantou e entrou. Harry com a aparência bem melhor e tomava a sopa. Na sua mesa de cabeceira vidros de vários remédios. Aproximou-se e o abraçou com carinho. Afastou-se do abraço para olhá-lo nos olhos.

- Harry, posso te pedir uma coisa? – Era uma súplica e havia lágrimas em seus olhos que insistia em não deixar cair pra não preocupá-lo mais.

- Se daqui puder fazer alguma coisa em cima dessa cama.

- Por favor, não me deixe nunca mais no escuro! Fiquei louca em não saber o que estava acontecendo com você e mais essa. Você fez um juramento no nosso casamento lembra: na alegria e na tristeza, na saúde e na doença...

- Gina, sei que não devia ter me afastado de você. Peço que me perdoe por isso, mas não quis te preocupar. E se fosse só um resfriado, e se fosse só um vírus bruxo qualquer?

- Sabe, às vezes tenho vontade de te bater por fazer isso comigo.

- Certo, na próxima encarnação você nasce minha mãe.

- Não tem graça Harry. - Gina o abraçou longamente.

- Mamãe, quer dizer, Gi, agora que tá mais calma pode me fazer o favor de ir à cozinha? Essa sopa além de horrível tá sem sal. - Gina deu um sorriso e saiu.



Fazia um mês desde que Harry tinha sido internado, apresentava leves melhoras e os medibruxos tinham boas perspectivas do caso, Gina finalmente era capaz de sorrir sinceramente de novo, mas ao ver a cara de Rony sentiu que sua alegria duraria pouco tempo.

Rony encontrou todos no saguão, e pediu que Gina e Hermione o seguissem. A Sra. Weasley fez menção de segui-los, mas o Sr. Weasley a segurou, dizendo:

- Deixe-os – o Sr. Weasley parecia triste e conformado, e a Sra. Weasley chorou como se estivesse perdendo um filho.

Rony, Hermione e Gina chegaram à porta do quarto onde Harry estava. O medibruxo que tratara Harry os recebeu, e fez com que Gina entrasse no quarto, enquanto Rony e Hermione esperavam do lado de fora. Harry parecia dormir, mas ao ouvir a voz do médico que o tratou abriu os olhos, e sorriu ao ver esposa.

- O que houve Harry? Você está bem?

Gina havia saído um instante pra ir em casa se trocar e trazer roupas pra Harry que teria alta dali a algumas horas, quando Luna a chamou pela lareira em sua casa dizendo que Rony tinha pedido pra ela voltar.

- Não – quem havia respondido é o medibruxo. – O dano é irreversível, e ele pediu pra falar com a Sra. e com seus amigos. Ele não tem muito tempo, nem forças pra falar muito, portanto, somente escute o que ele tem a dizer.

Gina assentiu com a cabeça e tomou a mão do marido entre as suas, então o medibruxo permitiu que os Weasley’s, Luna e Neville, que acabara de chegar de Hogwarts, entrassem. O medibruxo respirou fundo e continuou falando:

- Enquanto tratava dele, ele pediu que dissesse algumas coisas pra vocês, caso não resistisse. Então direi o que ele pediu para dizer a vocês, e ele então falará com a Sra. Potter.

Lágrimas corriam dos olhos de todos e Harry parecia ter dificuldade em respirar, mas aguardava o que o medibruxo tinha a dizer.

- Ele me pediu pra dizer que vocês foram as melhores coisas que aconteceram na vida dele. Que todo o amor e carinho que lhe foi dado na vida vieram de você e de suas famílias. Que não trocaria a vida que teve, se tivesse que escolher entre viver muitos anos, ou ter conhecidos vocês – disse o medibruxo.

Hermione chorava e era amparada por Rony, que via o irmão que a vida tinha lhe dado morrendo.

- Mas tem uma coisa que ele mesmo quer dizer a vocês – disse o medibruxo.

Harry abriu a boca e com a voz cansada.

- Não sei se é dessa vez que me vou, mas se for, quero que saibam que amo vocês, vocês foram o que tive de mais valioso em toda minha vida.

Hermione correu até Harry e o abraçou, enquanto Sra. Weasley (Mas a Sra. Weasley não havia ficado do lado de fora?) chorava desesperadamente, como nunca tinha feito na vida.

- Por favor, saiam – disse o medibruxo. – Ele não tem muito tempo e ainda precisa falar com a esposa. – Ele não tem muito tempo, por isso apenas o escute. Estarei lá fora – terminou de dizer o medibruxo, enquanto saía.

Gina se aproximou da cama de Harry, fixou seus olhos e aguardou o que ele tinha a dizer.

- Gina, me perdoe – começou a dizer Harry com a voz ainda mais fraca. – Não devia ter te afastado, devia ter aproveitado mais o tempo que tínhamos juntos, mas saiba que nunca amei ninguém assim.

Gina quis dizer alguma coisa, mas lembrou-se do que o medibruxo tinha dito, começou a chorar e se aninhou no peito de Harry, deitando-se ao seu lado então esperou.

- Como dizia Dumbledore, a morte é só mais uma aventura, a maior de todas, e só os tolos a temem. Estarei bem enquanto você estiver viva e feliz pra me iluminar onde quer que eu esteja. Eu te amo demais pra... – Harry parou pra tomar fôlego, precisava abrir os olhos, mas sua cabeça pendeu pra o lado.

Um sinal alto começou a disparar, Gina levantou-se, mas o medibruxo já havia entrado e a estava expulsando, viu apenas uma grande luz.

*******
N/B: Ah meu pai se esse é o prólogo estou com medo do resto, essa autora doida que nos deixar com o coração em pedação, mas já percebi que muita coisa está por vir. Bjos Tonks&Lupin


N/A: Calma aê! Criatura, larga essa pedra da mão... Tu aí, eu tb tenho uma varinha e não tenho medo de usar... Autora se livra de uma crucius....

Afff... desestresse povo, tá aqui o cap. e antes do prometido. Eu sei que esse ficou longo e, sinceramente, tô com medo dos próx., mas foram muitas as idéias tanto que eu ainda cortei. Como vcs sabem é minha primeira fic (e talvez a última), mas preciso da avaliação de vocs, coments, emails, scraps e escrachos, o que quiserem, mas me digam alguma coisa.

Cada capítulo vai ser o nome de uma canção que tenha a ver ou pela letra ou pela voz ou pela musica. Esse aqui como num tem nada eu indicaria que vcs ouvissem uma música chamada “You” da Switchfoot, uma banda de soundtrack que ouvi, gamei e viciei, pela voz e pela música...

P.S.: Amo vcs, xero no zói.

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