CAPÍTULO XI



CAPÍTULO XI


Eles tomaram o primeiro vôo para Portland no sábado de manhã. De lá, em um avião menor, seguiram viagem para o campo de pouso mais próximo de Pride.
— A tempestade está chegando — anunciou o piloto do segundo avião. — Felizmente acho que não seremos atingidos por ela.
Hermione, contudo, não era da mesma opinião. Sua agitação atingira o auge, com vibrações sutis, aumento de temperatura e hipersensibilidade. Devido à pureza de seu sangue cyteroniano, Harry sentia-se ainda mais inquieto, mas a compleição física robusta tornava-lhe mais fácil suportar o impacto daquela comoção interna. Hermione era capaz de sentir o calor anormal da pele dele e os tremores que de tempos em tempos o sacudiam.
Este corpo drena as minhas energias, Harry queixou-se. Hermione ficou quieta, conservando a mão dele na sua.
As nuvens escuras estavam começando a encobrir o céu quando tomaram a balsa para a ilha.
— Vai haver um temporal — o barqueiro comentou com expressão de desagrado.
Vai haver muito mais que um temporal, Harry frisou.
Quando chegará aqui?, Hermione indagou.
No máximo, dentro de doze horas. Estou com uma intuição muito forte. Esse vai ser dos grandes.
As vibrações no corpo dela se intensificaram, agora sob o domínio do mais genuíno pânico. Sua mãe havia profetizado uma tempestade avassaladora que destruiria Pride. Com o passar dos anos, porém, Hermione fora levada a crer que sua mãe se enganara. Agora já não estava tão certa disso. Jamais se sentira tão abalada.
Quando aportaram em Pride, o sol da tarde já desaparecera por trás das nuvens espessas e o vento revolvia as águas de modo sinistro. A balsa bateu violentamente contra o píer, e os passageiros apressaram-se em desembarcar.
Assim que os dois pisaram em terra firme, avistaram um rapaz vindo em sua direção. Carregava uma mochila de lona jogada por cima do ombro e uma máquina fotográfica com um conjunto de lentes.
— Ah, não! O repórter! — Hermione exclamou, exasperada. Na correria com que empreendera sua volta de Nova York, havia esquecido completamente que o jornalista ainda estaria em Pride.
Seus receios, todavia, revelaram-se sem fundamento, pois o repórter passou por eles e precipitou-se para a balsa.
— Um furacão está vindo para cá. Se eu fosse vocês, trataria de voltar imediatamente para o mundo civilizado — ele avisou, antes de subir na balsa. Não demonstrou o menor interesse por Harry e Hermione. Confundira-os com turistas recém-chegados, provavelmente por causa das roupas caras que envergavam.
Hermione e Harry apressaram o passo, e o píer logo ficou para trás. Ao passarem pelo correio, Minerva acenou. Hermione correu até ela.
— O temporal está vindo para cá — Minerva falou.
— Eu sei. Vai ser uma tempestade forte! — Hermione gritou, segurando-lhe a mão. — Você tem abrigo?
— Minha casa.
— Não, não é segura.
— Não vai ser tão terrível assim. Falando desse jeito, você me lembra sua mãe — Minerva replicou, franzindo as sobrancelhas.
— Você tem um porão, não é?
— Sim, mas…
— Quando o vento piorar, vá para lá. Você promete que irá?
— Sim, mas…
Hermione abraçou-a rapidamente e seguiu seu caminho com Harry, indo direto para o campo. Depositando as malas na grama, deu um suspiro ao encontrar os pôneis sãos e salvos. Misturou-se a eles, afagando-os e contando-os para se certificar de que não faltava nenhum.
— Eles também pressentiram o temporal — disse, e Harry aquiesceu com um meneio.
— O que faremos?
— Vamos ver se está tudo bem na cabana. Depois esperaremos aqui.
Pegaram as bagagens e deixaram o campo a passo ligeiro.
A cabana estava como a tinham deixado. Se alguém havia entrado ali durante sua ausência, não deixara sinais visíveis. E nem Hermione se preocupava com isso. Não era a mesma pessoa que saíra de lá dois dias antes, cheia de sonhos e expectativas em relação a Nova York. No íntimo, sabia que seu passado era uma etapa concluída. Chegara a hora de uma nova ordem.
Abraçou Harry. Ele não disse nada, apenas deixou que a força que emanava de seu corpo falasse por si mesma.
Lá fora, rajadas furiosas de vento infiltravam-se em meio às árvores. Seu rugido ameaçador fez com que Hermione dirigisse um olhar interrogativo para Harry.
— Tenho algumas tábuas guardadas nos fundos. Você acha que devemos vedar as janelas com elas?
— Sim. Poderíamos fazer isso.
Ela percebeu o desalento que permeava as palavras dele.
— Mas de pouco adiantaria, não é?
Harry balançou a cabeça.
— Se o vento vier com a intensidade que estou pressentindo, não restará pedra sobre pedra na ilha.
Hermione sentiu um aperto na garganta.
— A cabana?
Ele assentiu.
— As faias? Os pôneis?
Ele tornou a assentir.
— Tudo, Hermione.
— E você? — ela perguntou, e seu coração disparou.
Os olhos de Harry apresentavam uma coloração rica e profunda. Por trás deles, o olhar que lhe era tão familiar dirigia-lhe um apelo veemente.
— Eu também irei embora. Chegou a hora.
Hermione gemeu e começou a tremer.
— Agora, Harry?
— Em breve.
Os braços fortes que a cingiam não foram o bastante para fazê-la parar de tremer.
— E eu? — gritou, fora de si.
— Venha comigo.
— Não posso!
— Sim, você pode.
— Sou humana, Harry.
— Apenas em parte.
— Mas essa parte vai me prender aqui.
— Não se você quiser partir.
— Mas não sei como fazer para partir! — ela soluçou, atormentada.
Harry segurou seu rosto, e havia desespero naquele gesto. Mas o brilho dos olhos era de determinação.
— Você saberá quando o momento chegar. Basta querer.
— Eu quero… Não, não quero!
Harry abraçou-a de novo. Hermione agarrou-se ao corpo sólido. Soluçou alto ao imaginar como seria viver sem ele. Mas já sabia que nunca mais poderia ser feliz sem Harry.
O vento soprava cada vez mais forte. As paredes da cabana trepidavam.
— Harry, eu preciso ir para o campo.
Agora ela estava chorando abertamente. O momento em que teria de tomar sua decisão estava se aproximando. E não sabia como agir.
— Não há mais tempo — Harry murmurou.
Os dois saíram da cabana. Hermione deteve-se à porta, sacudida por soluços.
— Você terá esta vida para sempre. Ela permanecerá na sua memória e no seu coração. E, depois disso, você verá tantas coisas novas…
Ela queria acreditar nas palavras de Harry. Mas era humana. E cheia de fraquezas.
— Vamos — ele instou.
Avançaram com dificuldade contra o vento. Os pinheiros agitavam-se sobre suas cabeças, numa dança sombria. As copas verdes se chocavam umas contra as outras, produzindo um farfalhar ensurdecedor. Quando chegaram ao campo, grossos pingos de chuva lavavam a relva perpendicularmente, com crescente intensidade.
Sentaram-se sob um carvalho e Harry protegeu-a com sua jaqueta. Hermione passou o braço pela cintura dele e observou os pôneis movendo-se entre as faias. Estavam assustados.
Escondendo o rosto no peito de Harry, ela soluçou.
— Não chore, meu amor. Os pôneis vão ficar bem. E você também ficará.
As lágrimas rolavam por seu rosto, amargas. Eu amo você, Harry.
Os braços dele estreitaram-na com força.
Então venha comigo.
Mas será que vou conseguir!
Hermione já se fizera aquela pergunta dezenas de vezes, sem nunca chegar a uma conclusão.
Você vai conseguir se acreditar.
Acreditar em quê?
Em mim. Em nós.
Eu acredito.
Então pense em você ao meu lado.
Nesse momento, o vento açoitou-os com fúria, zumbindo em seus ouvidos com um uivo infernal. Harry escorregou para o chão, puxando Hermione. Um repentino estrépito fez com que os dois olhassem na direção dos pôneis.
Uma das faias fora arrancada pelo vento e estava sendo arrastada pelo campo.
— Não! —Hermione gritou, e seu grito foi abafado pelo rugido do vento.
— Não há nada que possa fazer. Fique calma.
Harry levantou-se.
— Não! — ela implorou, agarrando o braço dele.
Mas Harry se desvencilhou e foi para o meio do campo. Ela só enxergou as cabeças dos animais quando se aproximaram dele. Eram cabeças nobres, revestidas de um brilho prateado. Os olhos meigos pareciam estar perpassados por alívio. Mas Hermione não se fiava nas próprias impressões. Seus olhos estavam inundados de lágrimas. Naquele momento, o mundo inteiro parecia estar inundado de lágrimas. Esfregando os olhos, ela observou o primeiro pônei desaparecer. Depois o segundo. Hermione piscou, acreditando estar diante de uma miragem. Quando o terceiro pônei se esvaiu no ar, ela arregalou os olhos, incrédula. Bastava que Harry os tocasse para que se desintegrassem. Ele os afagava e, ao contato com sua mão, um animal após o outro foi envolvido por um halo branco e transformou-se numa mancha de luz, carregada pelo vento. A cena repetiu-se vezes sem conta, até que só um pônei permaneceu no campo.
Pumpkin.
Harry segurou-o pelo pescoço e levou-o consigo para junto dela.
— Ele não me obedece! — Harry gritou. — Você vai ter de mandá-lo embora. Se ele ficar aqui, morrerá.
Outras faias estavam voando pelos ares agora. Muito em breve, não restaria nenhuma no campo. Hermione secou as lágrimas com o dorso da mão.
Vá, Pumpkin!
— Toque-o — Harry ordenou, trazendo o animal para mais perto. — Ele precisa sentir a sua convicção.
— Minha convicção… Meu Deus…
A copa de um pinheiro partiu-se com um estrondo, não muito longe dali.
— Ele vai morrer, Hermione. Você passou a vida cuidando dele. Não o desaponte agora.
Ela afagou o focinho do pônei.
Vá para junto dos outros!
— Vá, Pumpkin! — Hermione bradou. Sua mão ficou subitamente aquecida e seus olhos, momentaneamente cegos. No momento seguinte, ela estava tocando o ar.
Hermione virou-se para Harry. Ele estava ensopado, os cabelos negros colados à testa, a pele morena reluzindo, as roupas moldando o corpo forte. Mais uma vez, constatou o quanto era bonito, e a beleza que transparecia de dentro dele a encantava ainda mais. Hermione amava-o por sua sabedoria e coragem. Amava-o pela vulnerabilidade que agora flagrava nos olhos verdes.
— Qual é a sua decisão? — Harry perguntou, beijando-lhe os lábios febrilmente. — Venha comigo. Você conhecerá um mundo muito melhor que este, Hermione. Eu sei que é assustador, mas você é uma mulher forte. Quero que venha comigo. Nunca amei ninguém antes e nunca tornarei a amar. É você ou ninguém mais, Hermione. Venha comigo…
Ela tateou o rosto dele, como se quisesse decorar cada traço, cada curva.
— Eu quero ir com você — soluçou. — Eu quero!
— Então venha! Agora!
Não há mais tempo… Hermione gritou, desesperada:
— Mas eu não sei como!
Harry apertou suas mãos com força. Os olhos verdes cintilaram como duas estrelas e um halo dourado começou a formar-se ao redor dele.
— Pense na confiança. No poder. No amor. Eles estão interligados. Pense neles e você estará comigo.
Hermione considerou o futuro que a esperava. Partiria da Terra. Atravessaria o espaço. Mudaria de forma para sempre.
— Eu quero acreditar! — exclamou e, terrificada, percebeu que o halo dourado se adensava.
— Então acredite. Tenha fé.
Os lábios dele moveram-se, mas o som daquelas palavras era oco. Uma luz radiante subitamente tomou o lugar de seu corpo e foi se apagando até reduzir-se a uma centelha distante.
— Harry?
Hermione olhou à sua volta, petrificada.
— Harry! — gritou, a plenos pulmões.
Confie em mim, Hermione.
— O-onde você e-está? — ela gaguejou.
Pense na confiança. No poder. No amor. Feche os olhos e acredite em nós dois. Venha comigo, meu amor. Eu preciso de você.
— Eu também preciso de você! — Hermione disse para o nada, percebendo quanto aquilo era verdadeiro.
Estava mais assustada de permanecer na Terra sem Harry do que de partir com ele para Cyteron. Queria viver ao seu lado durante centenas de anos, conforme ele havia prometido.
Se ficar ao lado de Harry significava romper com o passado, que assim fosse…
Imbuída de uma nova força, ela ergueu o queixo e deixou que seu rosto fosse batizado pela chuva.
— Eu acredito — murmurou, concentrando-se na imagem de Harry. — Eu acredito — disse mais alto, e cerrou os olhos. — Eu acredito! — gritou com fervor, e entregou-se ao amor que sentia por ele.
De repente, uma onda de felicidade invadiu-a. Um calor abençoado espalhou-se por seu corpo. O peso das preocupações terrenas foi removido de seus ombros. E sentiu-se mais viva do que nunca. Por uma fração de segundo, pensou que Harry estava fazendo amor com ela. A sensação era muito semelhante, mas o prazer que experimentava era ainda mais profundo. Seu corpo foi purificado, depois liqüefeito. Depois transformou-se em luz.
Eu estou chegando, Harry, pensou, com um sorriso vitorioso. E, com um lampejo de luz branca, desapareceu.
Minerva McGonnagall sempre se levantava às primeiras horas do dia. Naquela manhã, como de costume, banhou-se e vestiu-se. Pegou um saco pardo repleto de alpiste e abriu a porta da varanda. Tão logo terminou de encher o recipiente suspenso, um movimento brando chamou sua atenção. Olhou então para o carvalho ao lado da casa.
Sob a árvore frondosa, uma pequena mulher a fitava. Tinha cabelos loiros e muito longos. Por um minuto, Minerva perguntou-se se era uma mulher ou uma criança. Usando uma camisa branca e uma calça jeans, a jovem mulher parecia frágil, um pouco amedrontada até.
Encantada, Minerva acenou para que ela se aproximasse. Quando venceu a timidez, a desconhecida deu um passo à frente e estacou, indecisa. Minerva gesticulou de novo e, dessa vez, a outra avançou até ficar a poucos metros dela.
— Você aceita um chá? — Minerva ofereceu.
A mulher meneou a cabeça negativamente e sorriu, e numa voz que era tão tímida quanto um sorriso, disse:
— Não, obrigada.
Minerva estudou-a com os olhos míopes. A desconhecida pareceu-lhe vagamente familiar.
— Nós nos conhecemos?
— Não.
— Você me lembra alguém… — Minerva falou, mas, aos oitenta e quatro anos de idade, deixara de contar com sua memória havia muito. — Isso não tem importância. Eu não a vi ontem na vila. Acabou de chegar?
— Cheguei esta manhã.
— Que estranho. A balsa só vem mais tarde.
— Eu velejei.
— Sério? — Minerva olhou-a com admiração. — Você é muito corajosa. Como se chama?
— Luna.
A octogenária esboçou um sorriso, deliciada. Não era todo dia que pessoas cultas aportavam em Pride, e Luna era claramente uma moça culta e bem-educada. Havia um indubitável refinamento em suas maneiras.
— Luna de quê?
— Lovegood.
À menção desse nome, Minerva vasculhou suas lembranças.
— Conheci uma família Lovegood certa vez. Moraram aqui durante algum tempo. São seus parentes?
Com um olhar que se assemelhava a um pedido de desculpas, Luna fez um sinal negativo.
— Bem, isso não é problema. Eles não eram gente muito confiável mesmo… Se entende o que quero dizer.
Minerva não soube precisar se Luna entendia ou não, pois ela não respondeu. Em vez disso, estendeu-lhe um pacote.
— É para você.
A octogenária não teve dificuldade em reconhecer seu conteúdo. Não via ervas como aquelas desde que Hermione Granger havia partido.
— Chá?
Luna assentiu.
— Hermione mandou para você. Disse que ajudaria a aliviar a sua artrite.
— Muito obrigada. Mas me diga uma coisa: você tem visto Hermione? Não recebo notícias dela desde aquela terrível tempestade que se abateu sobre Pride. Isso foi há quase dois anos. Hermione salvou a minha vida. Ela me aconselhou a ficar no porão. Foi o que eu fiz. Se tivesse ficado na parte de cima da casa, teria morrido. Bem, de qualquer modo, me conte, como ela está?
— Hermione está muito bem e manda lembranças. Pediu-me que lhe entregasse isto também.
Assim dizendo, Luna tirou outro pacote do bolso. Minerva abriu-o e tornou a sorrir.
— Ela se lembrou. Que gentil! Uma vez eu lhe contei que a avó dela costumava me presentear com essas balas. Hermione deve ter achado a receita. Aliás, onde ela está morando agora?
— No Norte. Está casada. Ela e Harry têm um filho. Um menino lindo. São muito felizes.
Minerva não entendeu a última frase. Colocou a mão em concha no ouvido.
— O quê?
— Eles são muito felizes! — Luna repetiu, dessa vez mais alto.
— Hermione ainda trata dos doentes?
— Nem tanto. É muito devotada à família. Ela, Harry e o filho estão sempre juntos. E agora há uma menina a caminho.
— Fico contente em saber. Sempre me preocupei com ela vivendo sozinha na cabana. Alegrei-me muito quando começou a namorar aquele rapaz. — Minerva perscrutou-a. — Talvez seja isso. Você tem os olhos dele. —Inclinou-se para examinar Luna melhor e disse distraidamente: — Nós sentimos muita falta de Hermione. Agora, quando alguém fica doente, precisa ir até o continente, o que nem sempre é simples. A ilha precisa de uma pessoa como Hermione para cuidar dos doentes.
— Eu conheço muitas ervas.
— Sério mesmo? Mas está só de passagem, não é?
— Na verdade, vim aqui com intenção de ficar. Estou procurando um lugar tranqüilo para me estabelecer. Hermione me falou muito daqui.
— A ilha mudou muito desde a época em que ela partiu — Minerva suspirou. — O campo atrás da cabana dela foi totalmente devastado pelo furacão. Hoje em dia é só lama. Já tentaram plantar de tudo lá, mas as sementes não vingam. E os pôneis foram embora. Hermione lhe contou sobre os pôneis?
Luna aquiesceu.
Minerva alisou a saia do vestido, com olhar nostálgico.
— Eram uns animais muito bonitos. No crepúsculo, pareciam criaturas fantasmagóricas. — O rosto dela se iluminou. — Já sei com quem você se parece. Aquela menina do filme das panteras… Como é mesmo o nome dela? Sharon… não, Cameron Diaz. Você é muito parecida com Cameron Diaz. Só os olhos são diferentes, os dela são azuis.
— Os meus são uma marca de família.
— Se não se ofende, posso perguntar onde está a sua família?
Luna apontou para o horizonte.
— Meu Deus! E está viajando sozinha? Você é muito jovem para isso. Eu não gosto da solidão. Mas meu marido morreu trinta anos atrás e, desde então, não tive mais companhia. Tento me ocupar com o meu trabalho e os meus livros. E alimento os pássaros também. É divertido.
Com efeito, pensou Minerva, era divertido. Às vezes também previsível e, portanto, entediante. Essa era uma das razões por que tanto apreciava as mulheres Granger. Especialmente Hermione. Hermione fora a mais meiga de todas.
E porque se sentisse subitamente mais velha que momentos antes, Minerva arriscou mais uma vez convidar Luna para tomar um chá.
— Tem certeza de que não quer entrar? Eu adoraria ter um pouco de companhia.
Luna começou a fazer um gesto negativo, mas parou, hesitante.
— Vamos, entre um minuto — Minerva insistiu, abrindo a porta da cozinha. Ela deu uma piscadela. — Fale-me mais sobre Hermione e eu lhe contarei as últimas novidades de Pride. Há uma casa para alugar perto do bosque. Pequena, mas confortável. Talvez lhe interessasse vê-la.
Luna ainda hesitava.
— Você me trouxe notícias de Hermione. Como eu poderei lhe agradecer? Não me custa nada lhe oferecer uma xícara de chá.
— Tem certeza de que não será um incômodo? — a outra perguntou, espiando cautelosamente o interior da casa.Os vizinhos ainda estavam dormindo. E, mesmo que não estivessem, Minerva não se importava com o julgamento deles. Desde que Hermione havia salvado sua vida, ela se tornara, de certa forma, mais audaciosa.
— Convido quem eu bem entender para vir à minha casa. E quero que tome um chá comigo. Venha, Luna. Vamos experimentar as ervas que Hermione mandou.
Por um breve instante, Luna vacilou. Depois precedeu-a e entrou na casa.

N/A: Aiaiaiaiaiaiai... ACABOU! Dá uma tristeza enorrrrrrrme. Mas o final foi uma gracinha, não foi??? Lindo de morrer! Até a chegada da Luna no final da estória, ficou fofo!!!
Gostaram do final??? Tomara que tenham gostado.... Eu realmente desejo que todos os leitores tenham ficado felizes!

ÚLTIMOS AGRADECIMENTOS ESPECIAIS DA FIC:

Andréa Pismel da Silva: Como vc pôde ver, até o último minuto, a mione exitou. Mas no fim das contas, ela acabou decidindo ser feliz!! Muito obrigada por ter lido do início ao fim, espero que faça o mesmo com a outra fic e com a nova q eu vou começar domingo que vem! Bjos

Robert’s: Completar o ciclo era como um sinal, dizendo que chegou a hora de ir embora.... E a mione acabou indo mesmo, virar centelha branca e ser feliz! Muito obrigada por ter acompanhado a estória. Espero que acompanhe também “A Felicidade Bate À Porta”! Bjos

PAULA POTTER: Pena q a fic acabou, mas a cpi não saiu neh? Huahuahuqhauahuaua.... Assim q eu tiver tempo, vou começar a ler Tardes de Domingo, parece ser bem legal! E aí, o q vc achou do final??? Até na hora de ir embora, a mione pensou q tava fazendo amor com o Harry, isso que é homem, hein??? Muito obrigada por acompanhar a fic. Nos vemos em “A Felicidade...”! Bjos

N/A2: Amigos, foi bom enquanto durou! Adorei cada comentário! Quero pedir desculpas pelos atrasos nos capítulos. Quero dizer que conto com vcs nas próximas adaptações e num projeto de fic minha, que está acontecendo agora...

MUITO OBRIGADA POR TUDO!

MIL BEIJOS!

TENHAM UMA ÓTIMA SEMANA!

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