A Nova Mansão dos Hunter
Cap 2 – A Nova Mansão dos Hunter
Kyo olhou para sua nova casa com certo receio. Era três vezes maior que a antiga, isso vendo de fora, de onde as coisas tendiam a ser menores no muno mágico, tinha medo de ver como era lá dentro. Pouco antes de pegarem o portal sua mãe tentara lhe agradar dizendo que teria um quarto duas vezes maior que o outro, mas tudo o que o garoto conseguiu fazer foi forçar um sorriso, não tinha nada pra guardar no quarto maior, nem amigos para impressionar.
O pai do garoto não estava com eles, já tinha ido trabalhar, atendendo um chamado de urgência do banco, para tratar de um assunto interno. A mudança já havia sido feito naquela manhã e tudo o que tinham que fazer agora era entrar na casa para conhecê-la. Como duas pessoas adultas e responsáveis compram uma casa sem conhecê-la? Se perguntou o garoto, observando a expressão tensa no rosto da mãe.
–Calma, mãe, é só uma casa, ela não vai te azarar. –zombou o garoto, tomando a chave da mão dela e correndo para abrir a porta.
Quando ouviu o clique da porta se abrindo ele a empurrou com o ombro, e se jogou para dentro, quase escorregando no tapete do hall de entrada. Caraça! Foi tudo que ele conseguiu pensar, já que sua boca estava ocupada em babar. O hall de entrada da casa era muitas vezes maior que o da sua antiga casa, maior até mesmo que sua antiga casa. Ele olhou, mais de dez metros a sua frente, a escadaria de salgueiro que subia imponente até o andar de cima, quase cinco metros acima de sua cabeça.
Um som alto de engasgo ao seu lado indicou que sua mãe acabara de entrar no hall também. O garoto virou para observar sua expressão e confirmar que não fora o único a ficar embasbacado com aquela visão. Aonde seu pai conseguira dinheiro para comprar aquela casa? Alias, onde ele encontrara aquela casa? Kyo sabia que estavam próximos a Surrey e a uma distancia razoável de Londres, mas mesmo numa região tão rica do país seria quase impossível encontrar uma mansão daquele porte, ainda mais uma construída através de magia.
–Mãe… Acho que pegamos a chave de portal para o lugar errado… –comentou Kyo.
A mãe do garoto já estava no meio da sala, apreciando uma tapeçaria indiana, sobre a qual ficava um pedestal adornado a ouro, que dava suporte a um aquário onde três peixes dourados nadavam sutilmente. Desde quando temos peixes em casa? Meu pai odeia animais de estimação.
–Acho que pegamos a chave de portal para o país errado… –murmurou sua mãe.
–Que diabos de casa é essa?! –exclamou o garoto, dando alguns passos para poder olhar pelo corredor a sua direita. Deparou com um corredor comprido, interrompido por duas portas, que desembocava em uma sala de jantar de cor branco gelo, com uma mesa com pelo menos seis lugares, até onde as paredes lhe permitiam enxergar. No outro lado da sala do hall um outro corredor levava até um salão com paredes tão brancas que chegavam a ser ofuscantes, um pilar azul celeste sustentava o teto aparentemente mais alto que o do resto da casa.
–De meros simplistas americanos a lordes ingleses… –murmurou Kyo, observando a dúzia de portas que se erguiam no andar superior. –Como eu gostava daquela vida comum de antes.
–Kyo, olha isso aqui! –ele ouviu a voz de sua mãe lhe chamando.
Ele se virou e viu sua mãe com metade do corpo enfiado para dentro de um armário de vassouras. Futuro armário de tranqueiras, pensou ele, ninguém em casa usa vassouras. Se aproximou e se curvou sobre a mãe para ver o que havia ali dentro.
Agradeceu aos reflexos, quando se segurou na porta. Aquilo não era um armário de vassouras. Era um mundo. A luz que vinha do lado de fora mal alcançava três metros dentro daquele cômodo enorme, ele podia ouvir o assobio do vento entre as paredes distantes daquele lugar que parecia ser tão grande quanto, ou ainda maior do que a própria casa.
–Belo armário. –comentou sua mãe, fechando a porta. –Cabe bastantes coisas aqui dentro.
–Cabe outra casa ai dentro. –completou Kyo, ainda assombrado com o tamanho. –Será que todos os outros da casa também são assim?
–Espero que sim, assim poderei ter todas as tranqueiras que seu pai sempre me proibiu de ter por falta de espaço. –brincou a mãe do garoto.
–Tranqueiras? –repetiu Kyo, sobressaltado. –Espero não ouvir falar de dragões.
–Eu prometo que guardo segredo.
Kyo olhou mais uma vez a volta. Passado o choque da primeira impressão ele agora podia observar com alguma atenção a casa. Com todo aquele tamanho sua imponência não era devidamente utilizada sem que estivessem espalhadas estatuetas e quadros de pintores famosos ou anônimos, eles provavelmente teriam que contratar os serviços de algum vampiro, para limpar a casa durante a noite, senão dois, devido ao tamanho da casa.
–O pai vai ter que contratar alguém pra limpar isso aqui, né? –perguntou Kyo. –Quero dizer, a senhora não vai limpar tudo sozinha, vai?
–Nem morta! –exclamou sua mãe. –Isso aqui é enorme, precisaremos de pelo menos três vampiros!
–Tava pensando em só dois… Durante a noite, eles fariam tudo. –sugeriu o garoto.
–Vampiros em minha casa? À noite? Nunca, não confio!
–Sei lá…
O garoto deu mais uma olhada a sua volta, mas agora estava se consumindo por uma curiosidade repentina: como seria seu quarto?
–Mãe… Eu estava pensando… –começou ele, como quem não quer nada.
–Final do corredor. –disse ela apontando para cima. –Porta mais escura.
Ele mal ouviu ela terminar a frase, disparando pela escada, era estranho subir aquela escada, mas uma sensação de estranheza, quase como aquela sensação de estar indo para uma festa surpresa feita para você. Ele venceu o corredor do andar superior com menos de dez passos e se viu parado de frente para a porta do seu quarto, esperando ouvir algum barulho que denunciasse que alguém lá dentro gritaria parabéns, quando ele entrasse. Bem devagar ele pos sua mão sobre a maçaneta, tremendo, não queria ter se mudado, mas já que estava ali, naquela casa enorme, com um quarto que deveria ser do tamanho do seu antigo quintal, o que ele tinha que fazer era aproveitar.
–Ou pelo menos tentar. –completou ele, ao abrir a porta e encontrar um quarto três vezes maior que o anterior, mas que, de alguma maneira, parecia absolutamente idêntico ao outro.
Uma cama de casal ocupava o dobro do espaço que outrora sua cama de solteiro ocuparia, dando-lhe a impressão de proporcionalidade. O mesmo acontecia com o armário de livros, o guarda-roupas e a estante onde ficavam jogadas suas revistas e outras parafernálias. Até mesmo sua escrivaninha era bem maior que a antiga. Kyo se pegou desejando que as penas e pergaminhos não alcançassem aquela mesma proporção. Imaginou a cena em que ele estaria escrevendo uma carta ou algo do tipo com uma pena tão grande quanto a da calda de um pavão.
–Não, obrigado, penas de águia já são grandes o suficiente. –comentou ele, tentando espantar aquela idéia ridícula de sua cabeça.
Aos poucos começou a notar as diferenças que existiam entre a “replica” e seu quarto “original”. Alem das proporções, que até lhe pareciam agradáveis, após a primeira vista, sua cama estava do lado errado do guarda roupas, o armário era de cor diferente e até mesmo o espelho para o qual ele nunca olhava estava um pouco mais distante da porta, coisa de três metros.
Coçou os poucos e finos fios de barba que tinha, se imaginando fazendo a barba ali. Alias, tenho que fazer mesmo a barba... Detesto esses pelinhos me pinicando. Pensou ele, pessando a palma da mão pelo rosto para sentir melhor os fios.
–E ai, o que achou? –perguntou sua mãe as suas costas.
–É bem maior que o outro, mas, digamos, proporcional. –comentou ele, sem se virar.
–Seu pai e eu achamos que deveríamos por alguns moveis maiores para não ficar a impressão de quarto vazio.
–É, agora ficou com a impressão de quarto de gigante. –zombou o garoto, com a voz melancólica.
–Não parece que você tenha gostado. –comentou a mãe, desgostosa.
–É claro que eu gostei! –exclamou ele, se virando de supetão. –Só que vai demorar um pouco pra eu me acostumar.
–O que vai ser bem difícil, daqui a pouco já é agosto, e as aulas começam em setembro.
–Nem, lembra, tá… Ainda não to conformado com essa historia de Hogwarts.
–Vai ter que se conformar.
–É a vida, né?
O garoto fez uma cara que dizia com todas as letras que ele se esforçaria de tudo para jamais se conformar com essa historia de fazer o primeiro ano de novo, numa escola que ele não conhece, com gente que ele não conhece, num país que ele não conhece.
Enquanto a mãe deixava o quarto o garoto se jogou na cama, percebendo logo em seguida que também seria difícil se acostumar com ela. Esse colchão é de pedra ou o quê? Se perguntou, se levantando de um salto. Com a ponta dos dedos ele tateou pela cama, procurando por alguma coisa, uma taboa, uma chapa de aço, qualquer coisa que pudesse explicar-lhe o por que daquela cama ser tão dura.
Três batidas ocas na janela fizeram-no se sobressaltar. Ele não sabia de onde viera o som, nem onde ficava a janela. Em seu antigo quarto a janela ficava a esquerda de sua cama, mas neste (mais uma diferença que ele acabara de notar) a janela ficava defronte para ela. Ele virou-se e fitou a janela por algum tempo. Uma coruja das torres estava ali, pousada no parapeito, com a cabeça inclinada, como que se perguntando porque ele estava tão sobressaltado, para não dizer confuso. Em seu bico um grosso envelope de cor parda.
Ele caminhou até a janela a passos longos, mas lentos. Atento a cada movimento da coruja, não que tivesse medo da coruja, sempre recebera cartas através de corujas e sabia que elas não representavam perigo até que se sentissem ameaçadas, mas porque não sabia de onde ela vinha, mas tinha certeza de que ela não errara o endereço. Elas nunca erravam. Abriu a janela e a coruja deu mais um pequenino passo para dentro, para se apoiar em algum lugar mais seguro, então ela lhe estendeu o envelope. Kyo o pegou.
Mas a ave soltara a carta já saíra voando pela janela, ganhando rapidamente os céus ao sul de Surrey.
O garoto olhou para a carta ligeiramente assustado, era um pouco mais pesado do que as cartas com as quais estava acostumado, e mais grossa também, lacrada com um cera no formado de um brasão: uma águia, um texugo, um leão e uma serpente circundando um imponente H. instantaneamente o garoto soube de onde viera a carta. Antes de abri-la ele a virou, observando as letras escritas em uma caligrafia caprichada em uma tinta verde esmeralda:
Kyo Hunter,
Ultimo quarto da ala leste,
Campina Celeste,
Surrey.
Ele se assustou um pouco com a precisão do endereçamento, já que ele próprio acabara de conhecer o quarto. Será que está certo? Se perguntou.
Virou a carta e quebrou o lacre de cera, abrindo o envelope. Havia meia dúzia de folhas de pergaminho ali, ele puxou a primeira e encontrou uma carta, propriamente dita. Esticou o pergaminho e começou a lê-lo.
Sr. Kyo Hunter,
É com enorme prazer e gratificação que dizemos que aceitamos o seu pedido de transferência para nossa escola. Estamos cientes de sua formação, porém sentimo-nos no dever de frisar que será impossível o seu ingresso no segundo ano acadêmico, no ano vigente, explicações mais detalhadas vide conteúdo programático.
O ano acadêmico vigente terá inicio em 1º de setembro, sendo necessário o embarque no expresso da escola (expresso de Hogwarts) as onze da manhã do mesmo dia, estação King Cross.
As listas de materiais e equipamentos necessários estão anexadas.
Atenciosamente,
Hermione Weasley
Vice-diretora.
Kyo releu a carta mais uma vez. Agora era absoluta certeza. Ele teria que refazer o primeiro ano. Jogou a carta e o pergaminho para o lado e se sentou no chão, tirando a varinha da bainha da calça. Olhou para sua escrivaninha e notou um tubo de tinta sobre ela, apontou a varinha.
–Vingardium Leviosa! –exclamou ele, girando e sacudindo a varinha.
O tubo de tinta chacoalhou, mas não flutuou, como era o intuito do garoto. Um gemido de raiva encheu o quarto.
–Tá certo… Eu sou uma droga! –exclamou ele. –Mas não é pra tanto…
Se conformar parecia a única alternativa que lhe cabia.
Diário do autor
20/01/08
Hoje choveu pra p… Nem sei porque. Cheguei a uma decisão pela manhã, e por isso acabei mudando a descrição da fic: vai ter Harry Potter e Cia na fic. Vou fazer umas coisas bem interessantes, estou pensando num vilão bem legal pra historia, mas o Kyo não faz o tipo super herói a la HP, por isso ele vai ser meio que quadjuvante nas aventuras, eu acho.
Pensei numa personagem bem legal pra história, uma menina que inglesa da Sonserina apaixonada por um trouxa, portanto vive num dilema. Também tava cogitando a idéia de o Kyo não entrar na Grifinória, ta muito manjada essa historia, por que todo herói tem que vir da Grifinória?! O Draco poderia ter se mostrado um cara legal no ultimo livro, só que tinha inveja da fama do Harry, enquanto ele era só o cara rico e metido.
Bem... minha mente ta meio que extrapolando agora... Muita coisa em muito pouco tempo... Acho que vou ter um orgasmo… Ou um ataque epilético… Ambos seriam terríveis nesse ponto, seria desconcertante e desconcentrante.
Bem, até o próximo cap e nção se incomodem se eu demorar, eu costumo me empolgar nos primeiros caps, mas vou desanimando em escrever… O pior que é nesse ponto em que começam a surgir as melhores idéias. NÃO, eu não vou desistir da fic, mas tenham paciência comigo, assim como tiveram com JK, ela demorava cerca de dois anos pra lançar o próximo livro e ninguém tentava matar ela.
Mais uma coisa, eu sei que vocês provavelmente estão odiando a fic e lendo só por pena de mim, mas, por favor, comentem e digam quão porcaria ela está, senão não sei onde melhorar para deixar de fazê-los vomitar.
Até a próxima pessoal!!! xDD
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