Propriedade dos McKinnon
Propriedade dos McKinnon
Entrada de Carros
4:15 Da Tarde
1 De Setembro
Uma hora depois, Marlene estava sentada ao lado de Jack, o motorista, no couro macio do banco do carona do Range Rover da família. Iam para as fazendas Galwaugh, onde Marlene ia se livrar da família Simons com um longo passeio em seu cavalo, Brownie, numa trilha privativa.
Pela primeira vez no dia todo, Marlene relaxou. As janelas ficaram abertas por toda a viagem e o vento em seu rosto era agradável.
-Nem acredito que essa família está tirando vantagem do papai desse jeito – disse Marlene.
-Como assim? – perguntou Jack.
-Por que eles não têm a própria casa? Tenho certeza de que há uma ONG para ajuda-los em algum lugar por aí – respondeu ela.
Jack olhou para Marlene com aquele jeito não-diga-uma-coisa-dessas e tirou o CD de “pop brega” do aparelho de som. Marlene sabia q isso significava que ele ia dizer alguma coisa importante.
-Acho ótimo que seus pais estejam ajudando os velhos amigos. E não é para sempre – explicou ele. – É só até o Sr.Simons encontrar uma casa.
-O que há de tão difícil assim em comprar uma casa? – perguntou Marlene. – Eles são pobres? – Ela disse “pobres” da mesma forma que a mãe dizia “gordo”.
-Não – disse Jack. – Mas nem todo mundo pode ter tudo o que quer, exatamente quando quer.
Marlene estava pronta para ouvir música de novo. Ela colocou o CD de volta, mais Jack imediatamente tirou o CD.
- Rachel parece ser um doce de menina – disse ele. – Você não acha?
-Se eu quisesse alguém doce me seguindo o dia todo na escola, eu levaria a Aly – disse ela.
-Seja boazinha, Marlene. – Jack tinha um traço de advertência em sua voz.
Marlene franziu a testa e evitou olhar para Jack pelo resto da viagem.
No momento em que o cheiro familiar de feno e esterco de cavalo encheu o carro, Marlene se sentiu melhor. Ela sorria enquanto eles estacionavam perto do carro e correu para os estábulos para ver seu cavalo branco, Paris.
-Paris, tenho uma surpresa para você! – Marlene agitou um saquinho Ziploc cheio de cenouras diante da cara do cavalo, como se fosse um hipnotizador. – Eu lavei, descasquei e cortei em formatos diferentes. – Marlene ergueu uma estrela cor de cenoura antes de alimentá-lo.
-Tá vendo?
Paris lambeu a mão dela com a língua grossa e escura e Marlene o abraçou.
Ela ganhou Paris no aniversário de cinco anos e juntos eles ganharam 11 medalhas – oito por salto, duas por trote e uma por melhor crina.
Marlene esperou que Paris mastigasse a última estrela antes de passar o pé pelo estribo com imitação de diamantes e subir.
Ela deu umas tapinhas delicados com sua luva de hipismo Hermes, e eles começaram a percorrer a trilha bem cuidada. A grama que cercava o caminho de terra estava exuberante e o lago Hunter brilhava bem perto dali. Marlene respirou fundo. O ar tinha cheiro de limpeza e a fazenda estava silenciosa – como se não houvesse ninguém a quilômetros.
Ela estava pronta para apertar o passo. Deu três tapinhas em Paris e ele começou a galopar. Marlene podia sentir seus recém-surgidos seios tamanho P balançando junto com ela. Ela adorava a lembrança constante de que eles estavam ali.
-Paris, já te contei que vou entrar na sexta série usando sutiã? – perguntou ela.
Ela não se importava que Paris não tivesse a menor idéia do que ela estava falando. Ele era um bom ouvinte, melhor do que as amigas e quase tão bom quando Aly.
-Taí uma coisa que a Rachel não pode fazer junto comigo... por mais que minha mãe pressione – disse ela. – Ela tem menos curvas até do que a Kaitlin.
A conversa solitária de Marlene com Paris foi cortada quando uma voz estranha a interrompeu. Era um cara. Estava gritando alguma coisa, mas Marlene não conseguia ouvir o que ele dizia.
-Eu disse olha à esquerda! – repetiu ele.
Ela girou a cabeça e gritou quando viu como o cavalo dele estava perto de Paris. Ela estava prestes a ser atirada para fora do caminho e cair no barranco que descia verticalmente junto à trilha. Ela o chamava de “ a valeta” porque a lembrava uma valeta de boliche.Mas se ela caísse ali, na velocidade em que estava, podia bem chamar o barranco de túmulo.
O cavalo preto passou por ela, seus cascos trovejantes abafando os gritos de Marlene. Paris ficou tão assustado que empinou inesperadamente e quase lançou Marlene pelo ar. Marlene segurou as rédeas até que o cavalo se colocasse de novo sobre as quatro patas e ficasse parado.
-Ai, meu Deus – disse ela depois de se recompor. – Paris você está bem?
Ela sentiu o cavalo tremer embaixo dela. Uma nuvem de poeira se formou atrás do homem misterioso e do cavalo enquanto eles cavalgavam para longe.
-Com licença? – Ela tentou gritar, mas parecia mais uma pergunta.
Marlene tentou de novo.
-EI, CORAÇÃO VALENTE!
Mas agora ele estava fora de alcance auditivo e rapidamente se transformando num borrão.
-Não ganhamos todas aquelas medalhas à toa, não é, Paris? – Marlene deu quatro tapinhas em Paris e ela disparou para frente. Ela viu a cabeça do Coração Valente indo para o lago. Decidiu pegar um atalho através do bosque e encontra-lo quando ele estivesse chegando.
-Ninguém nos assusta, não é, Paris? – disse ela.E continuaram a corrida.
Seus cabelos batiam no rosto e grudavam no brilho labial, mas ela nem se incomodou em afastá-los. Paris saltou sobre troncos de árvore quebrados e voou sobre poças em todo o caminho até o lago. Eles foram tão rápido que Paris já estava bebendo água quando o Coração Valente apareceu. Mesmo à distância, Marlene podia dizer que ele ficou chocado ao vê-la chegar antes dele. Ele largou as rédeas e ergueu as mãos acima da cabeça, como um criminoso que se rende.
O coração de Marlene deu um salto.
-Paris, e se esse cara for um foragido desdentado da polícia? – sussurrou Marlene enquanto não tirava os olhos do estranho. Ela pegou o celular para o caso de precisar ligar rapidamente para a emergência.
Coração Valente começou a se aproximar. Tinha cabelo preto desgrenhado e braços musculosos e bronzeados. Do tipo que você consegue trabalhando, e não na academia. Quando chegou perto, ela pôde ver que os olhos dele eram castanho claro. Ele era o foragido desdentado da polícia mais bonitinho que ela já vira na vida, apesar de estar mesmo vestindo jeans Levi’s cheio de lama e uma camiseta branca amarrotada. Ela fez o máximo para tirar o cabelo preso na boca antes que ele chegasse mais perto.
-Você está numa trilha privativa – disse Marlene com a melhor voz de proprietária que tinha.
-Que engraçado, não parece muito privativa – respondeu ele.
-Seria, se você saísse.
Marlene ficou temporariamente cega com o sorriso propaganda de creme dental dele e imediatamente quis poder retirar o que disse. Especialmente quando ocorreu a ela como eles ficariam lindos juntos no baile de outono da Octavian Coutry Day School.
-Isso é jeito de tratar um cara que acaba de voltar à cidade? – disse ele, numa provocação.
-Por que você estava numa prisão? – perguntou Marlene.
-Cavalgada implacável. – Ele abriu outro sorriso. – Na verdade, fui mandado a um colégio interno de Nova York. Mas meu pai me fez vir para casa quando descobriu que eu estava me divertindo demais. – Ele deu de ombro. – Acho que ele está esperando que eu fique totalmente infeliz esse ano como calouro da Briarwood Academy.
Marlene queria perguntar por que ele foi mandado para um colégio interno, mas não queria parecer ansiosa demais, nem queria que ele pensasse que ela se importava.
Ela se odiou por não estar usando calças marrons mais apertadas. Uma vez leu na Teen Vogue, “ procure sempre ter a melhor aparência, porque nunca se sabe quem se vai conhecer”.
Teen Vogue um, Marlene zero.
Ela se inclinou e desarrumou carinhosamente a crina da égua preta que ele montava.
-O nome dela é Triss – disse ele. – Eu conto tudo para ela.
-Você fala com sua égua? – perguntou Marlene. – Não acha que é meio estranho?
-De jeito nenhum. Meu nome é Sirius Black. – Ele ergueu a palma da mão, e sorriu tímido.
-Sou Marlene McKinnon. – Marlene enfiou uma mecha de cabelo castanhos e brilhantes atrás da orelha e sorriu tímida também.
-É um prazer conhece-la, Marlene. Bom, agora vou sair de seu caminho para você poder ter a sua privacidade – disse Sirius.
-Está tudo bem. Pode ficar... Se quiser. – Marlene tentou ao máximo não parecer desesperada.
-E me arriscar a ser caçado por você de novo? Nada disso. Vou voltar no sábado que vem, quando está trilha estiver aberta ao público. Talvez a gente se veja, quem sabe? – Sirius deum uma piscadela.
-Tá – foi tudo o que ela conseguiu dizer.
-Então é um encontro? – Perguntou ele. Marlene sentiu uma onda de energia correr por todo o corpo. Ela sorriu e ele saiu antes que ela tivesse tempo de responder.
N/A: uhauahuahauha õ// Finalmenteee o quarto Cap. Desculpaa a demora oook? Ficou um pouquinho pequeno, mas o próximo será maior ook?!? Obrigadaaa pelos comentários! uashaushuash;p Continuem comentando beeem muiiito! ;)
Nanda;*
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