Lutar e fugir

Harry olhara estupefado para o quadro diante de seus olhos. Não poderia ser, bem poderia, mas como ali? Ali naquele lugar desconhecido. O professor Dumbledore parecia se divertir com a situação. Harry foi se aproximando de seu quadro. Queria tocá-lo. Queria saber se o quadro era real. Queria ver as cores vivas do quadro mais de perto. Porém, Dumbledore ergueu a mão direita, fazendo sinal para Harry parar.
- É melhor não Harry! A tinha ainda está fresca!- disse a voz risonha de Dumbledore.- Ah, bem, pela sua cara, parece não acreditar que é possível, mas é. Veja, estou aqui, não?
Dumbledore abriu os braços, como se convidasse Harry a abraçá-lo. O garoto ainda olhava o quadro estupefado.
- O que foi? Não está feliz em me ver?- disse Dumbledore.
- Ah...s-...sim claro...- gaguejou o garoto, ainda estupefado.- É que...
- Harry?
Harry se virou. Das sombras da antiga sala, surgiam várias pessoas olhando-o. Algumas pessoas que Harry já conhecia como Rony, Hermione, Profª McGonagall, Kingsley Shocklebolt, Tonks, O Prof° Olho-Tonto Moody, Augusta Longbotton, a avó de Neville e o Prof° Lupin. entre os bruxos que Harry não conhecia estavam dois bruxos altos e gordos, com vestes negras como a noite, uma bruxa pequenina e magra, segurando um chapéu com um urubu empalhado encima. Havia ainda mais um bruxo sentado a um canto, com os olhos negros fixos na cicatriz de Harry. Se ele não estivesse com a manga esquerda erguida e deixava a mostra uma pele muito clara, Harry juraria que ele era um Comensal.
- Gente, é o Harry!- gritou Rony, correndo para o amigo.
Houve um grande tumulto quando todos os membros da ordem correram para lhe dar as boas-vindas. Hermione não parava de agarrá-lo, como se quisesse-o apenas para ela. Rony deixava os cabelos de Harry mais desarrumados do que já estavam. Vários outros membros se acotovelaram para apenas tocá-lo.
- Acalmem-se! Deixem ele respirar!- disse a voz feliz do Professor Dumbledore.
Harry sentiu que todos se afastavam. Seus óculos haviam caído no chão e se rachado ao meio. Harry pegou o resto das lentes e ficou observando.
- Será que alguém pode consertá-los?- Perguntou Harry, forçando um sorriso.
- Não, estamos sem as nossas varinhas!- disse Hermione- E mesmo que estivéssemos, não consertáriamos.
- Por que não?
- Ora, você já tem 17 anos, Potter!- disse o professor Moody.- Malditos adolescentes de hoje em dia! Já se esqueceram até da data de aniversário!
Harry arregalou os olhos. É verdade, Harry já tinha 17 . Olhou para seu corpo esperando ver algo de diferente. Um sorriso surgiu em seu rosto ao ver todos começarem a cantar parabéns para ele. O professor Dumbledore apenas observava, sorridente. Harry tentava distinguir os rostos das pessoas que cantavam pra ele, mas sem seus óculos parecdia que havia acabado de tomar uma rachada de água nos olhos. Hermione se adiantou da multidão e lhe deu um abraço forte. Harry não viu seu rosto, mas sentiu o cheiro de flores no cabelo da garota. harry passou as mãos pela cintura da garota e retribuiu o abraço. Dumbledore vendo a cena, adiantou-se:
- Ah, o amor juvenil!
Hermione largou Harry na hora. Apesar de não conseguir ver a garota, teve certeza que as buxechas dela deviam estar mais vermelhas que um tomate. Harry apapalpou o fundo dos bolsos e viu que ainda tinha a varinha.
- Ei, eu tenho minha varinha qui comigo!- disse Harry, tirando a Fênix do fundo dos bolsos.
Algumas pessoas soltaram gritos de excitação e felicidade.
- Perfeito!- disse Dumbledore.
- entregue-me sua varinha Potter!- disse o Professor Moody.
Harry adiantou-se para outro vulto que se destacou da multidão e lhe entrgou a varinha.
- Bela varinha!- elogiou o professor, ao pegá-la de Harry.
Moody virou e sew dirigiu para uma mesa. Porém, Dumbledore lhe alertou:
- Alastor!
- Sim, Alvo?
- O óculos!
- Ah, sim! Claro!- disse Moody, voltando-se para Harry.- O óculos garoto!
Harry estendeu-lhe o resto de seus óculos.
- Reparo!
Harry sentiu as pequenas partes de seus óculos se juntarem. Quando seus óculos estavam inteiros novamente, Harry o colocou no rosto.
- Bem melhor!- disse o garoto com um sorriso no rosto.
A sala novamente entrara em foco. Agora todos se juntavam em torno de uma mesa de carvalho antiga, mas bem polida.
- Potter, venha cá!- disse o professor Moody.
Harry se adiantou. O professor Moody desenhava a planta da casa onde estavam com a varinha de Harry. Todos observavam quando ele terminou de desenhar e abaixou a varinha.
- Muito bem! é aqui que estamos no Largo e...
- Largo? Estamos na casa do Sirius?
- É claro que estamos!- disse Moody.- Sinceramente Potter, você não reconhece essa casa? Achei que fosse esperto.
Mas Harry já não ouvia nada. Estava no Largo Grimmauld n° 12 e nem percebera. A casa de Sirius. Sua casa. Era onde seu padrinho cresceu. Olhou para os lados, como se tentasse reconhecer algo, mas não se lembrava de estar naquela sala em nenhuma das situações que ficou ospedado lá. Moody cutucou Harry no ombro.
- Escute garoto: se quiser sair daqui, é melhor prestar atenção no que digo, entendeu?
Harry olhou para o professor e afirmou com a cabeça.
- Ótimo!-disse o professor, olhando para o mapa da casa.- Nós estamos aqui (ele apontou para uma saleta no sétimo andar). Os comensais costumam se reunir na cozinha. Precisávamos de um espião do lado de fora!
- Pra quê?- perguntou Rony.
- Pra espionar os comensais, Weasley!- resmungou o professor Moody.
- Ah!-disse Rony, corado.- E quem vamos usar?
- Monstro!-gritou Harry.
Todos olharam para ele.
- O que foi que você disse, garoto?-perguntou a Sra. Longbotton
- É o elfo doméstico...-disse Harry.- Sirius me deixou a casa! Então, Monstro vai ter que me obedecer!
- Harry!-disse Hermione.- Você sabe o que eu...
- Cale-se Granger!-disse Moody.- Você sabe muito bem o que acho de elfos domésticos! Eles devem se curvar diante de nós! Veja ( ele apontou uma longa cicatriz na mão), foi o maldito elfo da minha mãe!
Hermione calou-se e voltou-se para a planta que Moody fez da casa.
- Muito bem, garoto!-disse Moody- Chame-o aqui! AGORA!
- MONSTRO!- berrou Harry.
Durante um segundo todos esperaram ouvir algum barulhoi diferente, mas nada aconteceu. O olho azul de Moody girou 360°.
- O maldito macaco mudou de lado!- berrou Moody.- Está na cozinha servindo comida para os malditos comensais!
- Espere professor!- disse Hermione.- Como assi servindo comida? Há uma magia nos elfos que diz que todo elfo deve atender a chamada de seu...
- Acha que eu não sei?-disse Moddy, ironicamente.- Maldição, isso significa que o macaco mudou de lado e de dono! Deve estar obedecendo Bellatriz!
- E agora?- disse a Sra. Longbotton.
- Alvo - disse a Profª McGonagall.- Você não pode nos ajudar?
Dumbledore olhou para a moldura do quadro e pensou por um tempo. Quando sua voz finalmente saiu, era séria.
- Teremos de explodir aquela parede!
- Como assim?- perguntou indignada a Sra. Longbotton.
- Impossível!- disse Kingsley.
- Nem pensar!- disse Tonks!
- Alvo...- disse Moody aproximando-se do quadro de Dumbledore.- Isso é totalmente impossível! você sabe que essa porta é secreta e que muda de lugar! Além disso, os comensais ouviriam o barulho da explosão e chamariam mais deles! Somos apenas
doze!
- Alastor...- disse a voz suave de Dumbledore.- Se você confia em mim, por favor, faça o que digo!
- Alvo, nessa situação é difícil acreditar numa idéia tão maluca quanto essa! Não quero piorar as coisas! Já perdemos O Eleniador por causa da maldita idéia da Ninfadora!
- NÃO-ME-CHAME-DE-NINFADORA!-disse Tonks, deixando os cabelos vermelhos como os de Rony.- Eu já disse que esse meu nome é ridículo!
- Tanto faz, Tonks!-disse a Sra. Longbotton.- Alvo, essa idéia é indesejável! Moody tem razão! Eleniador já foi o bastante!
- Não, não!-respondeu Dumbledore, coçando o queixo.- É a nossa única opção!
Moody olhou para a parece oposta. Seu olho azul rodou novamnte 360° e parou, como se olhasse pela nuca de Moody.
- Achei a porta!- disse ele virando-se.- Alvo tem razão! É a nossa única opção!
- Pera!- disse Rony.- Vamos sair assim?
- E você quer sair como?-perguntou Hermione.- Quer trocar de roupa primeiro?
- Não!-resmungou Rony.- Quero saber se nem plano vamos ter?
- Weasley tem razão! - disse o bruxo sentado no canto.
Harry oljou para ele. O bruxo levantou-se. Era mais alto e magro do que Harry imaginara. Os cabelos eram cacheados e rebeldes. Os olhos muito negros olhavam para Rony. A capa grande e esfarrapada estava cheia de buracos, e as botas estavam sem a sola.
- Eu concordo com o Weasley!- repetiu ele, com a voz grossa.- Quando Moody explodir a parede, tenho certeza de que cada um vai correr para um lado como uma galinha! Temos que ter organização!
- Sim, claro!-disse Lupin.- Como se os comensais fossem nos atacar com organizão, Stronger!
- Remo!- disse Stronger para Lupin.- Você sabe muito bem o que quero dizer! Cada um vai ter que ter uma função!
- Sim, claro, Stronger!-respondeu Moody.- E a sua vai ser fugir como você fez com Eleniador!
Stronger olhou com verocidade para Moody.
- Será que devo lembra-lo que a idéia foi sua?- disse Stronger.- Você disse que caso um de nós ficar para trás, o outro deve esquece-lo e voltar com as varinhas!
- Sim! Sim!- resmungou Moody.- Mas devo lembra-lo também que você voltou sem Eleniador e sem as varinhas!
Stronger olhou para Moody.
- É melhor eu organizar os grupos!- disse Stronger.
- Nem pensar!- disse a Sra. Longbotton.- Eu confio mais em Você-Sabe-Quem do que em você!
Stronger pareceu estramente ofendido. Harry percebeu que se ele não estivesse sem a varinha, teria azarado a Sra. Longbotton ali mesmo.
- Eu concordo com Ísac.- Disse Dumbledore.- Ele é bem mais confiável que Voldemort, Augusta. Ele é sábio, e sabe muito bem o que faz.
Stronger olhou para Dumbledore.
- Alvo, sabe que odeio esse nome! Assim como Tonks odeia o dela!
- É por isso que digo que vocês dois formam um belo par!- disse um dos bruxos gordos de capa preta.
- É verdade, Ísac.-disse o outro.
- Magno e Magto, por favor, nunca mais repitam isso!-disse Tonks.- Prefiro morrer!
- Muito bem, calem a boca!-disse Stronger.- Weasley, Tonks e Granger, vocês vão tentar recuperar as varinhas.
- Eu?-perguntou Rony, assustado.- Por que não o Harry?
- Por que o Potter vai servir pra segunda mão!
- Segunda mão?- perguntou Harry, ofendido.
- É!- resmungou Stronger.- Você vai ter que azarar todos os Comensais.
- Eu? Sozinho?-perghuntou Harry.- Olha, aqui estão Bellatriz Lestrange, Narcisa Malfoy e o Greyback, acha que vai ser fácil?
Stronger se dirigiu para a parede e se apoiou.
- Potter, você é mais capaz do que qualquer um aqui! E você sabe disso!
- Eu?- perguntou novamente Harry.- Você é louco? Usa o Professor Moody, o Professor Lupin ou a Sra. Longbotton, sei lá...
- Nem vem moleque.- disse a Senhora Longbotton.- Não vou conseguir nem descer metade das escadas, muito menos azarar três Comensais.
- E eu vou?
- Potter. Faça o que digo e dará tudo certo, ok?
Harry olhou para os profundos olhos de Stronger. Eles emitiam a mais pura sinceridade que Harry já vira.
- Tá bem!
- Ótimo!- disse Stronger, deixando a mostra num sorriso seus estragados dentes.- Augusta e Lupin, vocês vão tentar pegar os três comensais...
- E não acabei de dizer que nem vou conseguir descer metade da escada?- resmungou a Sra. Longbotton.
- Tá bem, tá bem!- resmungou em resposta Stronger.- Tonks e Lupin Pegam os comensais. Moody, Magno e Magto ficam, caso seja preciso resistir. E Augusta, você aparata para A Toca. Ah, e leve Melonye com você, sim?
A Sra. Longbotton olhou para a menina que segurava seu chapéu e assentiu. O resto do grupo pareceu estar de acordo.
- Ótimo! Potter, exploda a parede!
- Agora? Mas e o Professor Dumbledore?
- Alvo sabe se cuidar mais do que qualquer ser que já pisou na Terra!-disse Stronger.- Ele vai para o quadro dele em Hogwarts. Eu vou mandar informações, Alvo!
- Ótimo!- disse finalmente Dumbledore.- Eu concordo com seu esquema, Ísac! só tome cuidado com o Sr. Weasley. Se Molly descobrir que ele se arriscou tanto, vai queimar meu quadro n'A Toca.
- O senhor tem...- começou Harry.
- Potter, exploda a parede!- advertiu Stronger.
Harry olhou para as quatro paredes. Moddy apontou a mais próxima. Harry se dirigiu para ela.
- Afastem-se!-disse Lupin.
Harry apontou a varinha para o meio da parede.
- Cuidado Potter!-disse Magto.
- É, se você morrer, nós estmos fritos!-disse Magno.
- O garoto só vai lançar um feitiço explosivo, como ele vai...
- CALADOS!-berrou Moody.- Anda logo Potter!
- Tá... BOMBARDA MAXIMA!
O feitiço atingiu a parede. Porém, ao invés de quebrá-la, o feitiço ricocheteou de volta para Harry. Ele sentiu o calor do feitiço passar do lado de sua cabeça e acertar uma cômoda. E ainda continuou a ricochetar por todo o cômodo, até restar apenas madeira. Harry olhou para trás. Estavam todos jogados no chão para se proteger. O quadro do Professor Dumbledore havia sido atingido e pequenos pedaços de papel ainda pairavam no ar.
- Droga!-berrou Stronger.- A sala é a prova de feitiços! Eu não... Esperem! Escutem!
Havia alguém subindo as escadas.
- Ouviram o barulho! Rápido, escondam-se!- berrou Moody.
Houve uma grande correria. Harry viu todos desaparecerem nas sombras. O garoto estava novamente sozinho. Ouviu novamente o estranho barulho de sucção. Suas pernas de repente ficaram bambas. A maçaneta girou e Greyback entrou na sala.
- Quem fez...
- ESTUPEFAÇA!- berrou Harry, apontando a varinha para Greyback. O lobo deu uns passos para trás, porém, antes que conseguisse recuperar o equilíbrio, ele trpeçou num tijolo jogado no chão e caiu da escada. Harry esperou um pouco. Houve um baque surdo e o grito de uma mulher.
- O QUE VOCÊ FEZ, POTTER?- berrou Moody.
- Eu... foi sem querer...- gaguejou Harry.
- Vamos todos!- gritou Stronger.- Vamos sair daqui!
Stronger se dirigiu correndo para a porta. Moody, Lupin, a menininha que segurava o chapéu da Sra. Longbotton, a Sra. Longbotton , Magno, Magto e Tonks correram atrás dele. Harry, porém, ficou parada no mesmo lugar.
- Vem Harry!- disse Hermione, puxando seu braço.
Ele, Hermione e Rony saíram da sala e respiraram o ar sujo da casa dos Black. Todos os membros da ordem desciam em desorganização a escada o mais rápido que podiam.
- Aí vem mais deles! Rápido! Procurem as varinhas!-berrou Stronger.
Harry olhou para baixo. Mais de vinte bruxos estavam desaparatando no hall. O quadro da Sra. Black começou a berrar. Monstro apareceu no hall segurando um monte de varinhas.
- Ali!- disse Stronger, apontando para Monstro.- Nossas varinhas! Matem o elfo!
- NÃo! Não o matem! berrou Hermione.
- Droga Hermione!- disse Rony.- Não grita! Os comensais vão ouvir.
- Já ouviram!-disse Harry, olhando para a escada.
Cinco ou seis comensais subiam a escada em direção aos garotos. Harry apontou a varinha para o que mais se aproximava e gritou:
- EXPELLIARMUS!
O feitiço atingiu o comensal, porém os outros continuavam a marchar para os garotos.
Me dá sua varinha Harry!-pediu Hermione.
Harry entregou a varinha na mão de Hermione. A menina apontou a varinha para a escada e gritou:
- GLISSEO!
Os degraus da escada se achataram, formando uma forma plana. Harry ouviu os berros dos comensais enquanto escorregavam.
- Genial Hermione!- comentou Rony.
Hermione corou e devolveu a varinha a Harry. Harry pegou a varinha. Na mesma hora, teve uma idéia.
- "Accio varinha".- Disse ele apontando para Monstro.
As varinhas que o elfo segurava saíram voando para Harry.
- O que tá fazendo?- perguntou Rony.
- Ajudando.- disse Harry, pégando a varinha.- Venham! Vamos devolver as varinhas!
Harry se dirigiu para a escada achatada.
- Humm.. Mione... será que dá pra trazer a escada pro normal?- perguntou Harry.
- Claro!- disse ela.- Devolva minha varinha e a varinha do Rony, Harry!
- É mesmo!- disse Harry, entregando a varinha para os dois.
- FINITE INCANTATEM!- disse ela, apontando a varinha para a escada.
Cada degrau voltava a sua forma original. Harry desceu as escadas correndo. Vizualizou Stronger dando socos em dois comensais.
- Sr. Stronger! Aqui!- berrou Harry, erguendo as varinhas.
Stronger olhou para cima e viu as varinhas na mão de Harry.
- Perfeito Potter!- disse ele.- Jogue a minha! É a maior de todas!
Harry tentou distinguir o tamanho de todas. Havia uma enorme, marrom-avermelhada. Harry jogou-a para Stronger, que a segurou com a precisão de um apanhador, e começou a batalhar.
- Rony!-berrou Harry.- Tome! Entregue as outras varinhas para seus donos! eu e Mione vamos achar um jeito de sair daqui!
- Por que eu?
- Anda logo!- disse Hermione, empurrando Rony para o meio da multidão.
Ela e Harry marcharam entre os duelos. Narcisa e Yaxley apareceram diante deles.
- Potter! Granger!- berrou Bellatriz.
- Potter! Você é meu!- disse Yaxley, apontando a varinha para Harry.
Ele e Harry começaram a duelar, enquanto Hermione fazia o possível pare tentar lançar um feitiço em Bellatriz.
- AVADA...- começou Yaxley.
- EXPELLIARMUS!- gritou alguém atrás de Harry.
O feitiço atingiu Yaxley, fazendo ele voar e atingir a parede. Harry se virou e viu Rony apontando a varinha para o lugar onde Yaxley estava.
- Muito bem Rony!- elogiou Harry.
- EXPLLODIUS!-gritou um comensal.
Houve uma grande explosão no teto. Hermione correu a se juntar a Harry e Rony.
- E a Bellatriz?-perguntou Harry.
- Azarei ela!- respondeu a garota.
- Parabe...
Rony nem terminou de falar, pois uma grande rocha caiu bem na sua frente.
- CORRAM! O TETO VAI CAIR!-gritou alguém.
Outras rochas acertavam todo lugar da casa. Harry, Rony e Hermione se desvensilhavam de cada uma com tanta sorte, que pareciam ter tomado uma colher de Felix Felicis. Não só o teto estava desmoronando, mas a casa toda. Os grandes pedaços da escada caíam sobre os comensais. Todos presentes começaram a aparatar. Hermione agarrou a mão de Harry.
- Vamos!
- Espere! disse Harry.- Cadê o Rony?
Ele e Hermione olharam de um lado para outro. Harry viu uma cabeleira avermelhada no meio de muitas rochas.
- Hermione! Aquele ali é o Rony?
Ele apontou as rochas.
- Não... Não pode ser!- disse Hermione, a voz chorosa.- Não... RONYYYYYYYYYYYYY...
- ANDA!- gritou Harry.- APARATA! NÃO HÁ MAIS NADA PRA FAZER!
Hermione ia correndo quando Harry novamente a segurou.
- VAMOS!- gritoui ele de novo.
Hermione olhou para ele. Os olhos inchados por causa das lágrimas.
- Rony...- disse ela.
Harry viu mais uma rocha cair sobre o lugar onde Rony estava soterrado, antes de mergulhar na escuridão, segurando firme a mão de Hermione.

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