Ressentimentos
Hogwarts
não era mais a mesma. Ninguém ria, ninguém falava. O clima era mórbido. Harry,
Rony e Hermione ficaram na Ala Hospitalar durante 2 dias, sem visitas. Apenas o
Sr. e a Sra. Weasley puderam vê-los.
Quando
saíram numa manhã ensolarada, todos os alunos ficaram os encarando na mesa do
café. Cada um tinha uma versão para o ocorrido, mas nenhuma delas estava se
quer perto da verdade. Apenas os três garotos sabiam. Eles viram quando Claire
se atirou na frente de Sirius Black e o salvou da morte. Viram quando ela foi
levada para a Ala Hospitalar da escola na mesma noite. Até então ela
permanecera desacordada.
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Não sei o que pensar –
Hermione finalmente quebrou o silêncio entre eles – Não quero que ela morra…
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Ela vai acordar, Mione –
Rony afagou os cabelos da menina – Ela é forte, não se preocupe. Só gostaria de
saber como ela sobreviveu!
Harry permaneceu quieto. Ele estava desolado e triste. Não queria perder
mais ninguém que ele amava. Primeiro os pais e agora a melhor amiga de sua mãe.
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Ei, Harry… não fique assim!
– Rony tentou animá-lo – Ao menos seu padrinho foi inocentado… Você não precisa
mais dos Dursley
Era uma verdade. Uma vez preso, Pedro Pettigrew confessou tudo. Que
Sirius Black havia convencido os Potter a fazer dele seu segredo, que ele os
traíra, que Sirius fora atrás dele e que ele fez parecer que Sirius era o
culpado.
Os três continuaram quietos.
Duas semanas se passaram. A primavera já estava em seu fim e as
flores desabrocharam lindamente, como de costume. Os campos eram infestados de
uma massa de borboletas em cor púrpura, pássaros alados e insetos pisca-pisca,
entre outros seres existentes apenas no mundo mágico. A termperatura era tão
agradavel durante todo o dia que era possível aos alunos vestirem-se mais
folgadamente e não serem repreendidos por Filch. No entanto, nenhuma aula era
agradável. Nos horários de Defesa Contra Arte das Trevas os alunos mal ficavam
na sala. A quantidade de alunos que habitavam a biblioteca e os salões comunais
todos os dias era incrívelmente maior desde os acontecimentos recentes e um
grande número de alunos passavam na Ala Hospitalar todos os dias, porém sem
obter informação alguma. Faltando menos de uma semana para os Nom's, Harry,
Rony e Hermione se viam longe de estarem preparados para a prova. A aula de
Hagrid, como todas as outras, fora dispersa naquela tarde.
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Os lírios estão secando! –
o grandalhão soluçou e apanhou um lenço em seu bolso.
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Desculpa professor – Lilá
interviu – Ninguém aqui quer ter aula... podemos só não fazer nada?
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Como a vida é terrível –
suspirou Parvati ao canto quando o professor mencionou nos lírios
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:Georgia;
mso-ansi-language:PT-BR'>
A
professora McGonnagal veio pelo gramado até Harry.
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:Georgia;
mso-ansi-language:PT-BR'>
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Sr. Potter… Dumbledore
deseja vê-lo
Harry olhou para os amigos e sem dizer nada se levantou. Todos o
seguiram com o olhar e depois voltaram ao mórbido silêncio que estava se
tornando hábito em todos os cantos de Hogwarts. Harry seguiu a professora até a
Diretoria. O garoto entrou sozinho e se deparou com Dumbledore, Sirius e
Cornélio Fudge.
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Harry! Venha cá, sente-se
aqui! – Dumbledore apontou a cadeira a sua frente com a voz cansada e
arrastada, como de costume.
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O Senhor...?
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Sim, já estou de volta ao
meu cargo! – Dumbledore sorriu – O Ministro desmentiu os boatos interessantes
que se formaram misteriosamente no Ministério sobre mim.
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Ah, Dumbledore, você
sabe...invejosos – Cornélio pareceu muito nervoso – Não se preocupe...quem o
chamou de Velho Gagá vai pagar!
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Mas se bem me recordo até o
Sr. já me chamou assim, Cornélio! – Dumbledore olhou o misteriosamente
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Outros tempos, Alvo, outros
tempos...
Alguém bateu na porta. Era Madame Pomfrey que entrou na sala. Sirius
pulou ao vê-la.
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Ela acordou? – perguntou
aflito
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Há meia hora! – Madame
Pomfrey confirmou.
Todos se dirigiram à Ala Hospitalar. Dumbledore abriu a enorme
porta da saleta e se deparou com Claire, sentada na cama.
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Claire!! – Harry correu até
a cama.
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Bom dia Harry! – a auror
sorriu levemente mas antes que ele pudesse responder, o Ministro o atropelou.
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Claire Bawing, Claire
Bawing! – ele sorriu – gostaria de parabenizá-la pelo ótimo trabalho! De fato
você conseguiu livrar um homem da prisão e colocar outro no lugar! – disse
apontando Sirius que estava logo atrás.
Os olhares dos dois se cruzaram mas nenhum deles falou nada. Sirius
mudou seu comportamento na frente dela e cruzou os braços impacientemente mas
seus olhos brilhavam, como brilhavam também os dela. Ninguém que percebesse
isso saberia dizer se era a luz que entrava na sala e espelhava-se nos olhos
dos dois porém apenas nos deles, ou se era apenas uma leve impressão.
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Gostaria de convidá-la para
uma missão perfeita! A melhor Auror tem que ir nas melhores missões! – Cornélio
continuou empolgado. – É lógico que este último feito lhe garantiu a Ordem de
Merlim... Snape também receberá uma!
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Por favor, Cornélio,
deixe-a descançar! – Dumbledore pediu
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Obrigada, Ministro, mas não
me interesso por prêmios! – disse indiferente – Apenas peço que, se for
possível, devolva ao Sr. Black tudo que ele perdeu durante quinze anos. Me
refiro à casa dele equipada com todos os objetos que estavam lá, à moto dele, à
varinha e a uma boa remuneração, numa quantia exata de salários equivalentes a
quinze anos por um trabalho que ele provavelmente teria se não fosse preso! Quanto
à missão, eu vou! – Claire respondeu num tom autoritário olhando para Sirius
como quem estivesse esperando ele se opor, mas este retribuiu o olhar
indiferente. Harry riu da cena. O Ministro parecia surpreso com as exigências
de Claire e de como ela soube escolhê-las a dedo. Talvez, se fosse uma simples
trouxa, ela desse uma ótima advogada.
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Bem... – Cornélio olhou
para o relógio de pulso e voltou-se para a mulher, sorridente – Esteja certa de
que o Sr. Black as terá. Preciso ir para o Ministério. Aguarde instruções
quanto à missão, Srta. Bawing!
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Aguardarei! – Claire
continuou encarando Sirius que permaneceu quieto.
Cornélio se retirou da Ala Hospitalar. Dumbledore sentou ao pé da
cama de Claire. Ela o encarou por um breve momento e sentiu os olhos azuis e
penetrantes dele adentrar-lhe a alma. Harry, que já se acostumara com o
costumeiro olhar, percebeu-o.
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Professor? A quanto tempo
estou aqui?
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Quase duas semanas e
meia...você se lembra de algo? – ele perguntou carinhosamente
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Não sei...vagamente. Me
lembro de pensar que tinha morrido e depois estava aqui na Ala Hospitalar...
por que não morri? – ela perguntou de repente.
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Bem... não sei... Apenas
tenho minhas dúvidas. Mas creio que tenha sido pelo mesmo motivo que Voldemort
não conseguia encostar em Harry.
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Qual motivo? – Claire
perguntou
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Amor! – Harry respondeu
pelo professor e percebeu que Sirius se agitou impacientemente - Foi isso que
ele disse para mim, que não conseguia me tocar por que minha mãe tinha me
infestado de amor..
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Mas ela morreu! – Claire
protestou parecendo não acreditar que uma vez a amiga morrera pelo filho e
Claire não morrera por Sirius. Não parecia justo para ela.
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Sim, mas Voldemort quis
matá-la, Claire! – Dumbledore explicou – Quando Rabicho conjurou a magia, era
para atacar Sirius, não a você... Mas foi você quem foi atacada... não tem o
mesmo efeito se não é o desejo do bruxo a conjurá-la.
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E como vocês nos acharam? –
Claire perguntou evitando o olhar de Sirius.
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Foi muito fácil! Snape
sabia onde me encontrar e foi só uma questão de tempo até os Aurores chegarem. O
Ministro os avisou.
Madame Pomfrey chegou com uma bandeja de comida e medicamentos. Apoiou
um travesseiro às costas de Claire e virou-se para Dumbledore, Sirius e Harry:
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Vamos saindo, sim!? Ela
precisa de descanço! – a enfermeira pediu gentilmente.
Antes de se retirarem, porém, Dumbledore ainda falou:
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style='font:7.0pt "Times New Roman"'>
Fico feliz por você,
Claire! E agradeço desde já pelos serviços prestados à mim! Não sei o que seria
de Harry se você não aceitasse meu chamado. E acho que muitas outras pessoas
estão felizes de saber que você está bem! – o brilho estranho no olhar de
Dumbledore voltara. – Alguns ficaram muito aflitos! – Dumbledore sorriu ao
olhar para Sirius mas não falou mais nada. Apenas quis deixar como estava e
esperou que cada um tirasse a sua conclusão.
Terminado seu discurso, Dumbledore se virou e saiu pela porta,
logo seguido por Harry. Sirius ainda encarou Claire por um momento mas logo se
virou e fechou a porta às costas.
Harry, Rony e Hermione se
sairam muito bem nas provas na semana seguinte. Os alunos ficaram mais felizes
em saber que a professora estava melhor – exceto, talvez, por Draco e seus
capangas. A última semana de aula foi terrível. A rivalidade entre as casas só
aumentava, principalmente sabendo que o placar das casas ia ser mostrado em
poucos dias.
A professora Bawing estava em sua sala arrumando sua bagagem,
quando Hermione chegou.
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Então... a Srta. fez! – a
garota iniciou a conversa como se as duas já estivessem conversando há horas.
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Fiz o quê, Srta. Granger?
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Salvou a vida dele! Não era
isso que queria? Provar pra ele que podia salvar a vida dele?
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Bem, Srta. Granger... pelo
menos eu não estou mais em dívida com ele.
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E você simplesmente vai
embora? – Hermione perguntou, levemente irritada
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Sabe, Hermione... eu
terminei minha missão. Protegi Harry ao máximo. E afinal, as cartas já
começaram a chegar... nenhum pai quer uma Auror como professora!
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Quando nosso professor era
o Lupin, os pais não queriam que um lobisomen arriscasse a vida dos filhos... Agora
que é uma Auror... eles também não querem, vai entender! – Hermione sorriu. -
Claire... por que Draco disse que sabia um segredo seu aquele dia na
enfermaria? – Hermione perguntou cheia de curiosidade no olhar
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Provavelmente porque Lúcio
deve ter dito a ele que se eu o irritasse ele poderia ameaçar contar a todos
que eu um dia amei um assassino... Tenho pena de Draco! Ele é muito mimado pelo
pai!
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Pois é... mas eu acho que
ele até gosta... pelo menos consegue passar de ano assim! – Claire e Hermione
riram.
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Isso é muito injusto! –
Hermione falou com os olhos lacrimejando quando a professora guardou seu último
livro no malão.
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Eu venho visitar vocês! – a
mulher respondeu entendendo Hermione
A professora McGonnagal apareceu na porta.
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Srta. Bawing, Dumbledore
quer vê-la antes da cerimônia de encerramento!
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Certo, estou terminando
umas coisas aqui e já estou indo!
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Srta. Granger, vá por favor
arrumar sua bagagem! – Minerva disse ríspida.
Hermione ainda deu um abraço em Claire antes de sair da sala.
Por ser inocentado, Sirius tinha total direito de andar pelos
corredores do castelo. Mesmo arrancando exclamações de alunos que ainda não
haviam se acostumado, o homem tinha total direito de andar por onde quisesse. Mas
não o fazia. Pouco lhe agradava a idéia de se encontrar com ela em todos
os lugares que fosse e pouco lhe agradava ser observado por todos quando este
estivesse em um recinto. Ficava, então, em seu quarto e, na maioria das vezes,
ia até a sala de Dumbledore, onde os dois discutiam o caso de Voldemort mais
abertamente. Quando a professora McGonnagal subiu a escada giratória com
Claire, o pouco da cor que ainda permanecia no rosto de Sirius se estinguiu. Ele
levantou-se e com um gesto da cabeça se despediu de Dumbledore antes de se retirar
da sala. Claire passou por ele mas nenhum dos dois dirigiram o olhar ou a
palavra.
Sirius saiu para o corredor do castelo e acabou se encontrando com
Hermione que ia em direção ao dormitório.
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Olá! – ele falou
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Oi! – ela sorriu falsamente
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Viu Harry?
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Não! – a garota se limitou
a responder. Ela sentia uma raiva inexplicável do homem. Algo que não sabia
explicar. Virou-se a fim de descer a enorme escadaria
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Se você o encontrar... –
Sirius hesitou. O que pediria para ela falar ao sobrinho?
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Sim? – ela virou-se.
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Por Mérlim!! – ele suspirou
– Hermione, eu não aprecio rodeios. O que você tem?
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Nada! – ela respondeu
amargamente – Só acho o cúmulo você fazer o que faz!
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O que eu fiz? – ele
perguntou tendo um leve pressentimento de que era algo relacionado a Claire
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Não gosto de me meter nos
problemas de ninguém, Sirius! Só acho que você devia abrir os olhos! – e sem
mais palavras, a garota desceu as escadas de dois em dois degraus.
Nunca uma cerimônia de encerramento fora tão triste. O salão
estava novamente decorado em tons de vermelho e dourado, fruto da vitória da
Grinfinória na acumulação de pontos. O teto do salão estava furiosamente
estrelado, como sempre estivera. No entanto, ninguém parecia feliz com a saída
da Auror, mas mesmo assim, Dumbledore pronunciou:
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style='font:7.0pt "Times New Roman"'>
Estamos em tempos negros
novamente. Voldemort, ao que tudo indicava, está realmente vivo e tentou atacar
dois de nossos professores. Felizmente, Snape e Bawing estão muito bem! Como
todos já sabem, a Srta. Bawing era na verdade uma Auror do Ministério que
trabalha no setor de casos secretos – Dubledore hesitou – É lógico que, como
todos os segredos desta escola, os alunos já haviam sido informados! Devo
alertá-los, como fiz anteriormente, que apartir de agora, nada nem ninguém é
confiável no mundo mágico. Aguardamos esperançosamente que o mal seja novamente
deteriorado – Dumbledore fez uma pequena pausa e Harry sentiu alguns olhares
serem direcionados a ele – Quero lembrá-los que nada mais é seguro! Muitas
mortes ainda virão e muitos segredos serão desvendados – Harry achou que
Dumbledore havia lhe pousado o olhar misteriosamente – Mas não podemos viver de
medo e sombra. Enquanto acreditarmos em nós mesmos, estaremos seguros. Mas.. já
que somos incapazes de fazer qualquer coisa por hora, aconselho a todos que
comam tudo que estiver na mesa – o professor terminou propondo um brinde à
todos.
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:Georgia;
mso-ansi-language:PT-BR'>
Durante minutos todos encheram os pratos de farta comida. A mesa
estava cheia de purê de batata, frango aos montes, pudim de rins, arroz
gratinado e tortas salgadas. Harry parecia nunca ter comido tanto e apesar do
medo que cresceria conforme o tempo se passasse, aquele não era momento para
pensar no pior. Todos estavam felizes e, para Harry, até mesmo Snape parecia
diferente. Quando, por fim, a sobremesa surgiu na mesa, os olhares de todos
brilharam. Eram inúmeros chocolates, bolos de caldeirão, tortas de moranga,
frutas cozidas em calda em tamanhos e variedades nunca servidas antes. Enfim a
cerimônia chegou ao seu minuto final. As pessoas já estavam bocejando e se
espreguiçando mas ninguém queria se retirar. Para surpresa de todos, a porta do
salão de repente se abriu. Sirius entrou por ela seguido de olhares assustados,
principalmente de Claire e os murmúrios iam aumentando, mas logo todos se
calaram.
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style='font:7.0pt "Times New Roman"'>
Você não precisava provar
que me amava salvando minha vida, Claire – ele falou, mas estranhamente sua voz
ficara muito alta. Harry deduziu que era devido ao fato de que todos estavam
tão calados como ele nunca vira.
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style='font:7.0pt "Times New Roman"'>
O que você.. ? – Claire
disse se levantando mas ficou novamente muda
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style='font:7.0pt "Times New Roman"'>
Eu não posso te esperar! Não
por mais tempo... já esperei por 15 anos. Se você for, então não volte. –
Sirius ficou esperando uma resposta de Claire. Ela não respondeu. Todos no
salão ficarão esperando, como Sirius, que Claire desse a resposta certa, mas
ela não falou nada. Apenas tinha se levantado e andado em direção a ele, mas
seu olhar era tão frio e sem brilho que ele finalmente desistiu. Deu as costas
e começou a andar em direção à porta.
Longos segundos se passaram. Todos esperavam aflitos para ver o
que aconteceria e Dumbledore, parecendo saber o que estava por vir, continuava
engarfando sua sobremesa normalmente. Claire hesitou. Sirius estava a poucos
metros de distância e se virou para apreciar-lhe o rosto.
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style='font:7.0pt "Times New Roman"'>
Eu não vou voltar! – ela quebrou
o silêncio – Nada aqui me segura... Muito menos seu olhar gélido, Sirius Black!
Tão egoísta como você é! Tem coisas que nunca mudam!
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:Georgia;
mso-ansi-language:PT-BR'>
Ele se aproximou mais
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:Georgia;
mso-ansi-language:PT-BR'>
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style='font:7.0pt "Times New Roman"'>
Então você supõe que eu
sou culpado!? – ele perguntou dando um passo à frente. Os professores assistiam
a tudo calados. Dumbledore parecia estar se divertindo à beça, enquanto Minerva
apertava com força seu guardanapo
-
style='font:7.0pt "Times New Roman"'>
Eu não suponho nada! Vou
para onde meu destino me leva! Tome conta de Harry – ela respondeu ríspida.
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style='font:7.0pt "Times New Roman"'>
Eu sabia que não ia adiantar
vir falar com você! – Sirius afirmou – Não sei por que me persuadiram a tal
coisa – olhou levemente para Dumbledore que continuava comendo, calmamente.
-
style='font:7.0pt "Times New Roman"'>
Aí está o erro... você
devia saber o que fazer, não devia esperar por instruções! – Claire se inclinou,
apontando o dedo para Sirius
-
style='font:7.0pt "Times New Roman"'>
Ah, como você segue as do
Ministro? – Sirius rangeu vindo mais para a frente e sentindo o dedo de Claire
contrair-se contra seu peito. Claire se calou. Fora ofendida brutalmente, mas
suspirou, baixou as mãos até a cintura e, com voz estremecida e embargada,
retrucou:
-
style='font:7.0pt "Times New Roman"'>
Sigo instruções pois não
sou uma Herbóloga e sim uma Auror. Você devia saber, já que mudei meu destino
para ver se arrumava o seu! – Ela ofegava. Seu peito subia e descia conforme a
respiração entrava num ritmo rápido afetado pela raiva. Sirius também ofegava
como ela. E então, os lábios dele se contrairam em um primeiro sorriso. Um
sorriso verdadeiro, que Harry vira apenas uma vez à dois anos. O sorriso que
moldava o rosto de Sirius e o mostrava como ele realmente era, tão diferente do
que aparentava.
-
style='font:7.0pt "Times New Roman"'>
Sabe... existe uma lenda
sobre homens e mulheres separados pelos deuses... – Sirius começou, mas Claire
riu-se, zombando
-
style='font:7.0pt "Times New Roman"'>
A lenda não é assim, Sirius
Black! – Antes que ela pudesse se afastar, ele agarrou-lhe os braços perto dos
ombros e puxou-a para si, encontrando os lábios dela com os seus. As mãos dela
enfim cederam e se cruzaram em volta de seu pescoço. Ele a abraçou e segurou a
para si, onde, pensava ele, ela devia ficar para sempre e os dois selaram seu
amor num longo beijo. Exatamente como ocorrera quando eram jovens. Ele ainda se
lembrava dos beijos dela e os dois se perderam em meio ao tumulto de vivas e
risinhos apaixonados pelo salão.
Os gêmeos Wesley não gostaram tanto
-
style='font:7.0pt "Times New Roman"'>
Ela podia ser nossa... –
eles suspiraram, mas Harry apenas riu.
Rony, sentado ao lado de Hermione olhou a amiga longamente
-
style='font:7.0pt "Times New Roman"'>
Quê foi? – ela perguntou
curiosa
-
style='font:7.0pt "Times New Roman"'>
Nada... só estava
imaginando que um de nós podia ter morrido.
-
style='font:7.0pt "Times New Roman"'>
Ai Rony, deixa de ser... –
mas ela perdeu o fio do raciocínio quando ele deu um beijo estalado na bochecha
dela.
-
style='font:7.0pt "Times New Roman"'>
Como será que é essa tal
lenda? – ele perguntou rindo da cara da amiga e olhando Sirius e Claire no meio
do salão
O expresso de Hogwarts finalmente chegou à plataforma 9 ¼. Harry
estava feliz, pois seu caminho não era a casa dos Dursley. Quem sabe agora as
coisas se acalmariam para ele, ou pelo menos de certo modo. Realmente muitas
mortes ainda viriam, mas para Harry Potter, aquele era um dos melhores momentos
de sua vida.
Ah, o anel de Rony teve seu fim... mas essa é outra história, como
muitas outras que ainda viriam...
Fim
Nota da Autora:
lang=PT-BR style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;font-family:Georgia;
mso-ansi-language:PT-BR'> Acabou, finalmente! Leiam as fics
"Silêncio", "Começo" e "Pétalas aos Vento", as
três na sessão Romance; e leiam a Songfic "I'm too sexy". Espero
escrever Um Passo para o Passado II, então aguardem em breve!
Dicas, Críticas e Sugestões
são bem vindas, no e-mail:
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