Um Passo para o Passado
a professora com os rostos mais pálidos do mundo. A professora não sorria e
parecia tão ou mais pálida quanto eles. Os olhos brilhantes e cheios de vida da
professora haviam se tornado frios e penetrantes e estes pairaram sobre Sirius
sem deviar-se. Os olhos escuros de Sirius também penetravam a alma de Claire e
por um instante Harry achara ter visto um raio de dor, ódio e ressentimento
entre os dois adultos parados frente a frente.
debaixo das vestes suas varinhas, mas a professora foi mais rápida e fez com
que as varinhas dos três voassem para suas mãos.
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Sinto muito estar fazendo
isso, Harry – a professora disse ainda encarando Sirius, mas sua voz não estava
mais suave, pelo contrário, parecia esganiçada.
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Eu sabia! – Hermione
protestou – Você...você...trabalha pro Voldemort!
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Voldemort? – a professora
olhou a garota incrédula, e novamente voltou a encarar Sirius, dirigindo-lhe a
palavra - Foi isso que você andou dizendo à eles, Black? Que eu trabalho para
Voldemort?
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Não se faça de cínica,
Bawing! – Sirius rangeu entre dentes
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Cínica? Eu? Vamos contar
pontos, Black! Quem é o cínico aqui? Eu ou você?
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Não tente fazer a cabeça
deles, não precisa mais fingir, já sabemos de que lado você está! – Sirius
continuou dizendo, furioso.
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Engraçado, por que até
pouco tempo, eu estava me fazendo esta pergunta sobre você, Black! – a
professora sorriu ironicamente – alguém que fica 12 anos trancafiado em
Azkaban, e quando foge, não se dá ao luxo de pelo menos dizer que está bem, é
que é cínico!
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Ah, então você quer me
dizer que culpa é minha, por que VOCÊ – Sirius apontou o dedo para a professora
– é uma traidora!
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JÁ CHEGA! – Harry berrou –
Se ninguém me disser do que vocês estão falando, eu vou começar a acreditar que
os DOIS – Harry ressaltou – são cínicos e mentirosos!
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Harry... – a professora
suspirou – tem muita coisa que você precisa saber...e que não deviam ter
escondido de você – a professora voltou a encarar Sirius, e depois olhou para o
garoto de novo – Em primeiro lugar, eu não sou professora de Defesa Contra Arte
das Trevas!
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Eu sabia! Eu sabia! –
Hermione disse vitoriosa porém assustada e ofegante – É uma traidora, enganou
todo mundo, nós, os professores, a diretora, até Dumbledore, onde quer que ele
se encontre!
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Não Hermione,
Dumbledore...sabe! – a professora completou
de Harry. Ele não conseguia entender por que Dumbledore fizera tal coisa. Permitir
um seguidor de Voldemort lecionar no castelo, mesmo que o garoto não se
lembrasse de ter ouvido Voldemort mencionar o sobrenome Bawing em seu último
encontro. Decerto que Dumbledore, mesmo tendo o poder que tem, nunca seria
capaz de destinguir um comensal em meio a tantos outros bruxos, mas se Bawing
afirmava que Dumbledore conhecia sua carreira e que esta, posteriormente, não
era a de Professora, então Dumbledore deveria saber o que era aquela impostora.
Como pôde ele ter feito algo assim, Harry não compreendia mas não conseguia
sentir ódio do velho bruxo... apenas nos segundos que levou para pensar em tudo
de uma vez, e com tantas dúvidas que pairavam em sua cabeça, apenas cedeu uma:
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Por que eu tenho que
acreditar em você? – Seus olhos verdadeiramente verdes a encararam com nojo,
suas pupilas estavam dilatadas de ódio – Me dê um bom motivo! Você está
com a minha varinha em punho, e quer que eu acredite em você! Me dê só um
motivo para tal!
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Por que... – ela suspirou,
seus olhos marejaram. Quando uma lágrima lhe escorreu pela pele branca e
macilenta, Claire desabou tudo que havia segurado durante todo o ano letivo. Mesmo
temendo a reação de Sirius perante a confissão a Harry, ela não mais esconderia
a verdade do garoto – Por que eu fui a melhor amiga da sua mãe...por que se não
fossem pelos meus estudos, era para eu ter sido sua madrinha....por que se
Voldemort não tivesse matado seus pais, nada disso estaria acontecendo... –
Claire então se ajoelhou. Não temia mais nada nem ninguém. Fizera o mais
difícil, contará a verdade ao filho de sua melhor amiga. As lembranças do casal
a cortaram como uma faca de sete gumes o faria. Talvez a lembrança da morte de
Líliam e Tiago fosse muito mais afiada que a própria faca, e Claire, com as
mãos trêmulas, segurava seu rosto sobre os joelhos.
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Como...você ousa – Sirius
rangeu, e investiu contra a professora, mas Harry se pôs na frente, e usou toda
a sua força para não deixar que o padrinho atacasse a ela. Claire olhava imóvel
para Sirius. Suas mãos, molhadas pelas lágrimas, pousaram sobre seus joelhos e,
mesmo tendo os olhos enxarcados e vermelhos como o sangue, ela persistiu no
olhar e não o cedeu. Harry, por sua vez, segurava o padrinho que mantinha o
olhar de fúria na mulher encolhida no chão.
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Pára, Sirius – ele disse
afobado e arquejando. O peso de Sirius era, de fato, o triplo do seu e se o
padrinho não o escutasse, Harry cederia a qualquer instante – Eu quero ouvir o
que ela tem a dizer!
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Você...quer? – Sirius
pareceu desapontado mas mesmo assim deu um passo para trás. Seu olhar, que a
pouco fora pura fúria e maldade, agora desviara-se de Claire e pousara em Harry
com expressão de curiosidade e desapontamento.
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Quero! Eu te dei essa
chance dois anos à tras, também darei à ela! – Harry respondeu ao padrinho.
Sirius,
cambaleante, colocou as mãos no rosto e se virou de costas. Hermione tremia dos
pés à cabeça e Rony a abraçava com força esperando que isso a ajudasse. Harry
virou-se defronte para a mulher ainda ajoelhada, porém menos receosa e muito
mais calma. Antes de dizer algo, olhou para Rony e Hermione ao canto, esperando
o consentimento dos dois que acenaram com a cabeça. Pronto! Era suficiente para
Harry que finalmente cedeu espaço a mulher.
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Eu te darei uma
oportunidade de me contar toda a verdade! – Harry conteve a raiva numa mescla
de pena e curiosidade, mas prosseguiu – Uma só! Se você não contá-la agora, não
terá outra chance!
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Está bem! – a professora
ergueu o corpo, enxugou as lágrimas e suspirou – Então faremos o seguinte, eu
lhe devolvo sua varinha, e você me ouve. Existe algo mais justo?
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Está bem – Harry se surpreendera
quando a professora devolvera a varinha dos três. Não achava que ela fosse
mesmo fazê-lo, mesmo parecendo ser sincera quanto à promessa. No momento em que
os três garotos receberam a varinha, Rony e Mione a empunharam na direção de
Claire, mas Harry pediu a eles que baixassem com um movimento das mãos.
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Eu conheci a sua mãe, em
meu primeiro ano aqui! Ela era sempre cheia de vida, alegre...éramos com irmãs.
Seu pai é que era o problema. Nós éramos completamente contra ele e seu
grupinho. Thiago Potter, Sirius Black, Remo Lupin e Pedro Pettigrew...para nós,
eles eram os metidos de Hogwarts. Achavam que todas as meninas deviam amá-los,
e isso nos irritava.
mso-ansi-language:PT-BR'> "De fato,
eu me decepcionei quando sua mãe, no sexto ano começara a namorar seu pai. Mas,
eu não queria magoá-la, então aceitei o namoro mesmo contra a minha vontade. Ela
parecia muito feliz com ele e acabei me acostumando com a idéia. Mas quem
realmente me importunava era Sirius Black e seu egoísmo sem igual!"
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Olha quem fala! – Sirius
virou-se de repente. As mãos tremiam e seu olhar era fixo em Bawing – Claire
Bawing, a feminista irritante!
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Chega, vocês dois! – Rony
os cortou – acho que Harry não precisa saber o quanto vocês se odeiam. Já está
bem claro!
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Bem – Claire prosseguiu –
Eu me sentia isolada no grupo. Achava que eles eram “obrigados” a me engolir, à
pedido de Lily! Mas não reclamava. Eu gostava dela o suficiente para permanecer
quieta. Então, comecei a notar as faltas de Remo uma vez a cada mês mas não me
dei conta do que estava por vir. Eu nem fazia idéia! Lílian, por outro lado,
sabia de tudo mas à pedido de Thiago permanecera quieta!
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À pedido meu! – Sirius
interviu – Achei que você ficaria assustada e contaria para todos! Mesmo a
conhecendo bem, não dava para saber o que você faria se tivesse conhecimento de
Remo...
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Em todo o caso – Claire
continuou - Uma noite eu estava sentada
no salão comunal, lendo um livro para a aula do dia seguinte. A diretora
McGonnagal, que na época era assistente auxiliar do professor de
Transformações, veio à minha procura. Ela queria saber onde estava Lílian e
Thiago. Precisava falar urgentemente com eles sobre um trabalho. Eles eram
sempre convocados para trabalhos especiais, por serem os monitores da casa...
lógicamente não lhes fazia mal nenhum contanto que estivessem juntos!
mso-ansi-language:PT-BR'> “Os dois
estavam namorando, mas eu nunca iria dizer tal coisa, não queria que eles
tomassem detenção. Inventei uma desculpa, disse que havia brigado com Lily e
que o sumiço dela não era assunto meu. A diretora me pediu para que eu os
avisasse assim que os encontrasse. Lógicamente que quando ela saiu do salão
comunal eu larguei meu livro sobre a poltrona e corri para fora do castelo.”
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E você os achou? – Hermione
perguntou, um pouco mais calma, porém ainda tremendo
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Não! Ela não os achou. Eles
não estavam em Hogwarts – Sirius respondeu antes que Claire pudesse abrir a
boca – Eles tinham saído em uma das passagens para Hogsmead. Iam fazer uma
festa surpresa para o aniversário dela. Fui encarregado de providenciar para
que ela não saísse do salão comunal, de maneira alguma. Na época, Remo estava
transformado e ficou sozinho na casa dos Gritos.
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E...o que aconteceu? –
Harry perguntou curioso
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Bem, eu fui até o lago e
até o campo de quadribol, e não encontrei seus pais – Claire prosseguiu – então
deduzi que eles estariam perto da cabana de Hagrid.
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Foi um erro estúpido de sua
parte! – Sirius rangeu
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Por que? – Rony perguntou
aflito. Seus olhos claros iam de Sirius para Claire consecutivamente, à medida
que cada um deles intervinha na conversa
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Bem, como eu já mencionei –
Sirius respondeu – Remo estava sozinho na casa dos Gritos. Ele, de alguma
maneira, escapou de lá e saiu pelo Salgueiro Lutador!
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Ele não te atacou? –
Hermione perguntou curiosa à Claire
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Bem, era nessa parte que eu
ia chegar – Claire sorriu tristemente – De alguma maneira Remo em sua
forma...monstruosa adentrou a floresta à procura de comida. Eu achei ter ouvido
algo atrás da cabana de Hagrid e pensei que eram Thiago e Lílian. Mas o
lobisomem pulou de trás de uma árvore e eu caí no chão.
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E...o que aconteceu...ele
te machucou? – Harry perguntou preocupado e correu os olhos pela mulher, à
procura de cicatrizes.
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Não...ele não me machucou,
por que um grande cachorro preto salvou minha vida – os olhos de Claire
brilharam quando ela, lembrando-se da cena, contou
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Sirius... – Rony murmurou –
O cachorro preto... o Sinistro!
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É...Sirius Black. – Claire
continuou – Os dois travaram uma batalha de garras em minha frente! Fiquei tão
assustada e vi a tudo... eu tinha apenas dezesseis anos e, além de todos os
monstros terríveis que víamos em aula, era muito diferente quando estamos
frente a frente com eles e sem nossas varinhas.
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
E a burra não fugiu... –
Sirius atropelou – Eu estava tentando dar tempo à ela, e ela ficou sentada
olhando!
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Eu estava petrificada de
medo, Black. Você sabia que Remo era um lobisomem! Eu nunca tinha visto um na
vida! Em todo o caso – ela continuou – Eu vi quando o lobisomem arranhou a pata
dianteira esquerda do cachorro, pouco antes de fugir. O Sinistro me encarou por
um breve momento e eu...desmaiei.
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
E o que aconteceu? – Harry
perguntou atônito. Claire suspirou e andou até a parede
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Bem, quando abri os olhos,
eu estava na Ala Hospitalar com Lílian ao meu lado. Ela me contou que Hagrid
tinha me encontrado no jardim e me levado até lá. Lily ia me visitar todos os
dias e me levava a matéria das aulas. Óbviamente minha festa surpresa, que não
era mais uma surpresa em si, fora adiada para quando eu saísse da Ala
Hospitalar. Fiquei uma semana lá, mais por motivos traumáticos do que físicos. Só
uma vez ela veio acompanhada pelo grupo e, por algum motivo que eu desconhecia,
Sirius e Remo ficaram do lado de fora da Ala Hospitalar!
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Era culpa! – Sirius
completou olhando para ela. Seus olhos brilhavam estranhamente e seu rosto
pálideceu quando a luz do luar do lado de fora da torre lhe iluminou o rosto
pela minúscula janela da sala.
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Quando eu fui liberada numa
manhã segui direto para o salão para encontrar Lily para o café mas a única
pessoa que estava lá era Sirius Black. Ele parecia preocupado quando me sentei
ao seu lado e tentou esconder seu braço de mim mas eu vi a faixa amarrada no
braço esquerdo, era o mesmo lugar em que o Sinistro havia sido ferido.
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Então você descobriu! –
Rony exclamara, certo de que era tudo muito óbvio. Claire finalmente descobrira
o que aconteceu e contara a todos. Não havia outra razão para Sirius a odiar
tanto.
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Bem, era tudo muito novo
para mim, eu não sabia muito sobre Animagos e comecei a pressionar Lily –
Claire tirou Rony de seus pensamentos - Óbviamente eu me afastei dos quatro
garotos e implorei para que ela terminasse com Thiago mas eu nem fazia idéia de
que ela sabia mais do que eu.
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E você não falou mais com o
Sirius? – Harry interferiu
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Não, eu tinha medo dele e
por algum motivo ele se incomodava com isso. Ele ficava me procurando, vinha
atrás de mim e eu vivia fugindo ou andando com inúmeras amigas, esperando que
assim ele não se aproximasse. Lily não queria me escutar e continuou namorando
Thaigo e então...eu me afastei dela também. Até que um dia Sirius me segurou e
falou que eu tinha de ouví-lo. Eu nao queria e lutava com todas as forças para
me soltar, mas foi em vão. Ficava pensando por que ele se incomodava tanto com
o fato de eu o ignorar se um ano antes ele mesmo não me suportava. Tentava
achar uma saída para essa minha dúvida e deduzi que só a teria quando eu
finalmente o escutasse.
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Eu estava com medo –
Sirius, de repente falou. O brilho em seus olhos persistiam. Era como se ele estivesse visualizando uma boa
lembrança mas que estava muito longe para tornar-se no mínimo perfeita. Harry
fixara seu olhar no estranho brilho dos olhos escuros de Sirius e tentava
imaginar que sentimento estaria o padrinho sentindo
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Medo que ela contasse o que
sabia? – Hermione advinhou, cautelosa, esperando que fosse isso mesmo o que
Sirius realmente queria dizer
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Não, medo de perdê-la. Eu
acabei percebendo que gostava mais dela do que eu realmente imaginava. Eu
comecei a olhar pra ela diferente do modo que eu olhava para todas as outras. Eu
estava me aprisionando a ela e nem mesmo entendia o porquê, mas sentia que era
algo novo... diferente. Quem soubesse o que eu passei nos longos meses que ela
me ignorava não teria dúvidas quanto ao meu sentimento... mas eu mesmo não
sabia o que era e tive medo de contar aos outros.
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Mas eu ainda o temia e um
dia eu me dei por vencida e ouvi o que ele tinha para dizer. Acabei cedendo
mais pela convicção dele em me fazer ouví-lo do que pela minha curiosidade em
tentar entendê-lo. Ele me convenceu que Remo não havia feito por mal e que não
havia nada do que temer. Contou, então, sobre a mordida que Remo levara quando
criança, sobre o Salgeiro que Dumbledore mandara plantar, sobre o método que
eles encontraram para ficar com Remo nas noites de lua cheia, sobre como eles
persuadiram Lily a ficar quieta... e enfim, contou porque me seguira e porque
insistia para que eu o ouvísse. E então... – Claire parou, trôpega. Ficou
longos segundos lembrando do momento e seus olhos voltaram a brilhar. Um brilho
estranho de saudade e felicidade que a lembrança lhe proporcionava. Sirius, por
sua vez, parecia inqueto ao canto, como se o que Claire tinha para contar fosse
algo embaraçador.
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
E então, o quê? – Harry
desistiu de esperar que algum dos dois continuasse quando percebera que nenhum
deles iria continuar.
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Ele me beijou – Claire,
encabulada, sorriu levemente. – Então eu comecei a ficar confusa...mas mesmo
assim, namoramos escondidos um bom tempo até que Lílian descobriu e fez o favor
de contar pra todo mundo. Era vergonhoso andar com ele de mãos dadas e todo mundo
olhar mas no fim, a escola inteira acabou se acostumando. Eu acabei me
acostumando! Lógico que as fanáticas por ele me odiaram eternamente, mas não
posso negar que alguns rapazes também o odiaram – Claire sorriu e se lembrou de
um velho inimigo - Quando terminamos o sétimo ano eu fui para Bangkok, estudar
Herbologia.
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Então era por isso que o
Dobby falava em lírios o tempo todo! – Hermione murmurou – Isso explica tudo! Mas
como você o conheceu?
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Bem... como eu disse,
muitos garotos tinham profundo interesse por mim, porém odiavam Sirius até a
morte. Lúcio Malfoy era um deles. Quando o conheci, ele foi gentil e educado...
falso, óbviamente! Me convidou nas férias para ir até sua casa e acabei
conhecendo Dobby. Dobby, então, me mostrou a verdadeira face de Lúcio e eu o
odiei eternamente... achava o cúmulo ter que tratar elfos domésticos como ele
tratava – Hermione sorriu com a afirmação. Nunca esperava que Claire fosse tão
parecida com ela – Quando seus pais se casaram, Harry, foi o dia mais feliz da
minha vida – Claire o olhou com carinho – Em seu batizado, eu não pude vir. Estava
tendo provas e não podia deixar de fazê-las. Mas vinha te visitar sempre que
achava uma brecha em meu tempo. Só que os tempos eram outros. Tudo era
assustador, e ninguém confiava em ninguém. Quando recebi o comunicado de que
seus pais... – a voz de Claire pareceu sufocada, e seus olhos lacrimejaram –
bem, de que eles haviam sido assassinados pelo meu noivo...o mundo desabou
sobre minhas costas.
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Foi isso que você perdeu
para ajudar Scambor na Magia de Perda de beleza, não foi? – Rony ligou os fatos
– Agora entendi! Você podia fazer a magia porque já havia perdido algo muito
antes... Sirius e os pais de Harry!
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Sim! Vocês realmente
andaram me investigando! – ela sorriu, orgulhosa dos garotos
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Então, por que você não
veio ao meu julgamento? – Sirius a olhou com fúria e angústia
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Eu...não conseguia absorver
a informação, era muito para uma pessoa só. Perder as pessoas que mais amava e
ainda culparem meu noivo era demais para mim. Fiquei em recuperação no Hospital
St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos.
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Então...você não estava em
condições? Mas...e você confiava no Sirius? – Harry perguntou.
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Confiava...confiava tanto
que olha no que me tornei! – Claire sorriu ironicamente - Depois da minha
recuperação, eu quis provar para todos que o Black não era culpado. Me tornei
Auror e comecei a trabalhar para o Ministério, em casos Secretos. No fim do ano
passado, Dumbledore me comunicou sobre os acontecimentos no Torneio Tribuxo e
fui contratada para lecionar em Hogwarts, disfarçada como professora, para que
pudesse ficar de olho em você, Harry. Dumbledore havia me avisado da presença
de Sirius e pediu para que eu não tornasse as coisas muito difíceis. Ele me
falou que havia deixado nas mãos de Black a responsabilidade de avisar nosso
antigo grupinho então eu não precisei procurar por ninguém, mas nunca me passou
pela cabeça que eu iria encontrar Sirius aqui... Em todo o caso, nós temos que
ficar alarmados, Harry!
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Por que, Bawing? – Sirius
perguntou com a cara amarrada. Dava para perceber que, mesmo Claire se
justificando, ele ainda não a perdoara por completo.
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Bem...Voldemort esta
ficando poderoso e esta aparecendo em público. Ele quer deixar claro que voltou
ao poder e parece não ter mais medo de se esconder de Cornélio Fudge. Acho que
ele já está quase recuperado. E os Dementadores estão se rebelando em Azkaban,
à alguns dias, uma grande quantidade de Aurors tiveram que ir até lá acalmar
alguns. Todos parecem perceber que Voldemort está de volta! Isso não é nada
bom.
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Mas...temos que fazer algo!
– Rony disse impaciente.
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Eu sei – Claire completou –
e o mais rápido possível. Cornélio Fudge está desaparecido à duas semanas. Apenas
algumas pessoas do Ministério da Magia sabem e não fomos permitidos de contar à
ninguém. Há algum tempo venho tentado contactar Dumbledore mas também parece em
vão. Agora, pouco antes de trombar com vocês na escada...
style='font-size:8.0pt;mso-bidi-font-size:12.0pt;mso-ansi-language:PT-BR'>-
Então você sabia? – Harry
perguntou, e logo completou – Sabia que era a gente!
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Lógico que sim. Deduzi que
era você, por que já vi seu pai e Black debaixo dessa capa inúmeras vezes e não
é todo o aluno que tem uma. Mas, como dizia, antes de trombar com você eu havia
subido para falar com Snape, mas não o encontrei em sua sala. Deixei um recado
para que me procurasse mais tarde. Você já deve saber que ele...
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Era um comensal, já sei! –
Harry sorriu
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Bem, em todo o caso, eu não
o encontrei, e desci para falar com a diretora, e quando nos trombamos, eu
pensei em você, Harry. Me lembrei que seu Devildream havia se transformado no
rosto do seu padrinho, e resolvi subir as escadas novamente. Algo me dizia que
você estava vindo pra cá. Quando cheguei ao topo, vi a porta do quarto se
fechando, e entrei.
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Isso era tudo que eu
precisava saber – a voz gélida de alguém atrás dos cinco assustou Harry – Expelliarmus!!
As
varinhas de Claire e dos garotos voaram para as mãos do professor Gollen que
estava parado rindo sarcasticamente.
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Eu fui procurar pela
senhorita, Bawing – ele disse estranhamente, antes que alguém tentasse dizer
qualquer coisa – meu mestre me mandou matá-la! Ele já sabia que você estava
protegendo Harry Potter!
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Taylor? – Claire a olhou
incrédula – Você...trabalha para...
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Sim, para o querido mestre.
Voldemort não é tolo, mas você é! Fez a gentileza de me trazer até o banquete...e
veja que maravilha, serei nomeado o melhor Comensal de todos os tempos. O
comensal que capturou Harry Potter. E por outro lado receberei a Ordem de
Merlim, Primeira Classe, por achar e capturar Sirius Black, o foragido de
Azkaban, e sua ajudante secreta, a noiva Claire Bawing. Que história, não!?
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Você...você – Sirius
pareceu furioso, mas um movimento da varinha de Gollen, o fez bater com as
costas na parede oposta e cair no chão.
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SIRIUS – berraram Harry e
Claire ao mesmo tempo.
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Eu não lembro de Voldemort
mencionar seu nome ano passado, seu traidor! – Harry berrou
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Por que ele achava que eu
era covarde...pensava que eu estava com medo dele e resolvi me esconder, mas eu
não sou nenhum covarde, pelo contrário, estive trabalhando para capturar Harry
Potter, e finalmente consegui. Levarei Harry Potter para ele, e serei
compensado por isso – seguiu-se uma risada horrível, e do local onde eles
estavam, ninguém ouviria – Até mais tarde, jovem
Antes que Harry pudesse dizer qualquer coisa, ele sentiu que Gollen
havia conjurado algum tipo de magia, e este desmaiou.
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