O banheiro interditado



Ao descerem as escadas a caminho das masmorras passaram em vários corredores, onde o trio viu todos os tipos de armadura, e quadros diferentes. Ao passarem sobre uma porta muito velha que tinha o seguinte aviso: Banheiro interditado.
- Pela aparência da porta esse banheiro deve está interditado a milênios – disse Lílian examinando o local.
- Acho melhor irmos para a aula Lily – disse Hugo olhando a porta.
- Porquê? – disse Lily desconfiada – você tem medo desses lugares assim né?
- Não, não que eu tenha medo... mas... ah... meu pai disse que foi num banheiro assim que uma vez eles se esconderam para fazer uma poção... e também disse que tem uma fantasma que vive chorando nesse banheiro.
- Hugo – disse Lílian séria – nós vamos nos sentar essa noite e você vai contar todas as historias que seu pai te contou, tá certo!?
- Isso mesmo – continuou Vivy.
- Não vou contar não – disse ele com um olhar aterrorizador – vocês vão sentir MEDO! – disse dando um susto nelas, sendo que elas nem se mexeram.
- Humhum, estou me tremendo já! – disse Lílian – e você vai contar... ou vai sofrer as conseqüências – disse Lily com a mão na cintura erguendo uma sobrancelha.
- Isso mesmo as piores conseqüências que pode imaginar – disse Vivy imitando a amiga.
- Tá, tá eu conto! – disse Hugo olhando as meninas atentamente – agora vamos logo!
Ainda desciam lances de escadas quando depararam com Tiago passando correndo em meio dos corredores.
- Ti! – gritou Lílian assustada.
- Opa! Alguém me chama? – disse Tiago recuando com um jeito galante – Irmãzinha... – olhou para Vivy – muito linda sua amiga. – disse enquanto sacudia os cabelos.
- Porquê você estava correndo? – disse Lílian séria.
- Ah! Estava fugindo de um sonserino que, digamos – tosse – Caham, está um pouco bravo comigo.
- Você e suas traquinagens né?! – disse Lílian com a mão na cintura.
- Você sabe onde ficam as masmorras? Pra aula de poções. – disse Vivy carinhosamente.
Hugo estava parado com os braços cruzados, aparentemente emburrado. Ele não gostava nem um pouco de Tiago principalmente pelas gracinhas que falava com sua irmã.
- Ah, as masmorras... um ótimo lugar pra quem quer se esconder, digo... fica logo abaixo, desçam essas ultimas escadas e mais aquela ali ao lado e chegarão lá. – de repente ele olhou para um grupinho que vinha mais à frente.
O grupo era dos jogadores de quadribol da sonserina, todos vestindo verde e prata e com suas vassouras na mão; Alvo mais a frente carregando um baú onde ficavam as ‘bolas’ do jogo.
- Maninho – disse Lílian correndo pra abraçar o irmão.
- Ora, ora, mais uma potter – disse Escórpio, que era o apanhador do time, fazendo alguns outros jogadores rirem.
- Eu escutei isso – disse Alvo sério, no mesmo instante eles se calaram – Oi Lílian, espero que esteja bem, agora com licença que tenho que ir treinar agora.
- Tá maninho, bom treino. – disse ela sorridente.
- Vamos se ainda pensarem em jogar quadribol. – disse Alvo comandando os jogadores que andavam se achando os tais
- Imbecil – murmurou Tiago olhando o irmão com certa inveja.
- Ti deixa disso, você ainda vai conseguir ser melhor que ele – disse Lílian calmamente – Basta querer.
- Eu consigo ser melhor que ele num estalar de dedos Lilianzita... – disse Tiago – Agora, acho que tenho aula de Herbologia, Adeus – se virou deu um beijo na mão de Vivy e saiu correndo sem olhar para Hugo que fingia que a cena nem estava acontecendo.
- Agora podemos ir para essa maldita aula de poções? – falou Hugo emburrado.
- Ann... Huguito do meu coração, já são 9:30h o professor não vai nos deixar entrar. – disse Lílian consultando o relógio.
Vivy deu uma risadinha abafada.
- Ótimo o que faremos agora? – disse Hugo amarrando ainda mais a cara.
- Primeiro, eu quero ver aquele banheiro e a tal garota chorona. – disse Lílian contando nos dedos.
- Segundo, NÓS queremos que você, Hugo, conte as histórias que seu pai contou a você. – disse Vivy acompanhando a amiga.
- Quê? Não eu disse que só à noite! – disse Hugo furioso.
- Então vamos indo ao banheiro, lá falaremos com essa tal fantasma e depois resolveremos aonde ir. – e Lílian saiu andando pelo caminho de onde tinha vindo.
- Eu amo essa garota – disse Vivy já correndo – Me espera!
- Aiai – resmungou Hugo – me esperem aí!
Já parados novamente em frente ao banheiro, Lílian bateu na porta... nenhum som foi ouvido lá de dentro... Lílian bate na porta de novo... nenhum som... bate novamente... uma voz fina e chorosa diz como se através da fechadura:
- Quem deseja importunar minhas lamentações?
- É.. caham – disse Lílian tossindo – Lílian Potter... – mal terminou de falar e a porta se abriu com um estrondo.
- Ah... conheço seu pai... – disse a Murta com um sorrisinho malicioso – ele prometeu dividir o banheiro comigo caso morresse... pena que isso não aconteceu... – e de repente virou-se percebendo que Lílian estava acompanhada – O que vieram fazer aqui? Vieram importunar uma Murta feia, chorona e que geme? – disse ela recomeçando a chorar.
- Não, não nada disso, viemos conversar... isso... viemos conversar! – disse Vivy com um sorriso carinhoso.
- Conversar? Ninguém nunca quis conversar com a Murta... nem quando a Murta era viva... – disse Murta com um sorriso sonhador.
- Você não tinha nenhuma amiga Murta? – perguntou Vivy.
- Amiga? Quem ia querer ser amiga de uma menina sem graça e chorona como eu? – disse Murta parando de chorar e sorrindo para as garotas.
- Nós! Nós queremos ser suas amigas... – disse Lílian.
- Querem é? – disse Murta flutuando e ficando flutuando a altura das garotas – Só se prometerem que não vão brincar de atravessar objetos na Murta e também que não vão fazer a Murta de pano de chão! – disse ela já se enfurecendo.
- Calma! Calma! Quem ia querer atravessar um objeto em você? – disse Hugo finalmente se manifestando.
- Quem ia querer atravessar um objeto em você? – disse a Murta imitando Hugo – 10 pontos se atravessar a barriga dela... 25 pontos se atravessar a cabeça dela... – disse Murta já chorosa de novo – A propósito, quem é você? – disse olhando Hugo.
- Hugo, Hugo Weasley.
- Hahahahahahahahaha – risadas do mal da Murta.
- Humpft – disse Hugo cruzando os braços – Porquê os risos fantasma idiota?
- Ah! E ainda dizem que não vieram me importunar? – disse ela aos berros entrando em Box do banheiro e fazendo a água espalhar pra todos os lados.
- Dramática. – disse Hugo dando um pulinho pra trás, fugindo da água.
- Hugo! Você não deveria ter dito aquilo, não deveria! – disse Lílian com o dedo na cara dele – Vamos! Vamos achar outro lugar para ‘brincarmos’ – e saiu batendo a porta.
- Nossa... – disse Hugo, pasmo.
- Isso mesmo Hugo! – falou Vivy passando rapidamente, fazendo seus longos cabelos baterem na cara de Hugo.
- Tá... prometo que nunca mais falo assim com uma... uma... amiga de vocês! – disse Hugo, gritando – Eu mereço isso? – falou pra si mesmo.
Assim deixaram o banheiro todo molhado pelo ataque da Murta-que-geme.


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