O corredor do terceiro andar.



- Capítulo 4: O corredor do terceiro andar.

Quando os primeiros raios de sol entraram na torre da grifinória Lílian já estava de pé, se arrumando para o primeiro dia de aulas. Ela terminou de se arrumar, colocou o cachecol da grifinória e saiu do dormitório... bateu três vezes na porta do dormitório dos meninos, como ninguém abriu a porta, ela deu de ombros e desceu as escadas pulando. Chegando na sala comunal, encontrou apenas seu adorável irmão, Tiago, adormecido na mesma poltrona que havia sentado no dia anterior.
- Tiago, Tiago!! Acorda!! – gritou Lílian chacoalhando o irmão.
- Ann, o quê? – falou Tiago virando de lado na poltrona, ainda dormindo.
- Ti, Ti! Seu preguiçoso... acorda... é o primeiro dia de aula!! – gritava Lílian ainda chacoalhando o irmão.
- Quê?????????? – gritou Tiago – Você me acorda pra lembrar dessa catástrofe!
Lílian leva um susto com o grito do irmão e cai de bunda no chão...
- Desculpa maninha, não tinha visto que era você... – disse Tiago se recompondo e esticando a mão pra levantar a irmã.
- Eu só queria ajudar – disse Lílian se levantando – Porquê você dormiu ai?
- Ah, tava com preguiça de ir pro dormitório, só isso... – disse ele olhando para o buraco do retrato.
- Sei... – disse Lílian desconfiada – vou ver o horário das aulas... – e saiu correndo em direção ao quadro de avisos.
Tiago ficou apenas a observando, distraído, quando do nada se levantou e saiu da sala comunal.
- Ann? – Lílian se virou e viu o buraco do retrato se fechando – Nossa! – e voltou a olhar o quadro de avisos – Legal... Feitiços às 7 horas da manhã, Poções às 9 horas... – ela olhou pro relógio de pulso – ainda são 6 horas... vou acordar o pessoal! - e novamente saiu correndo pelas escadas.
- Meninas, meninas acordem! – gritou ela no meio do dormitório feminino.
- O quê? Quem é você? – disse uma garota de cabelos castanhos longos que acabara de acordar.
- Sou Lílian Potter prazer e você? – disse Lílian, sorrindo.
- Ah – sorriu a garota – já ouvi falar do seu pai... meu nome é Vivianne Brenneisen, prazer!
- Que lindo nome! Nós podemos ser amigas... o que acha?
- Acho uma ótima idéia... ann... mas que horas são? – disse a menina ainda meio zonza de sono.
- Nhá... já são 6 horas... vamos... vamos conhecer o castelo enquanto a aula não começa! – disse Lílian com um ar aventureiro, já pulando na cama da menina.
- Conhecer o castelo? – disse ela com um sorriso maroto – Não me parece uma má idéia, deixa-me vestir minhas vestes, só um instante! – e Vivianne se levantou de um pulo e trocou de roupa ali mesmo.
Enquanto a garota trocava de roupa Lílian escutou uma batida na janela quando foi olhar viu que era Edwirges, com um pergaminho preso à perna. Lílian, com certa dificuldade, abriu a janela e deixou a coruja entrar. Pegou o pergaminho que tinha a letra fina e desenhada de sua mãe e leu em voz alta:
“Querida Lily, estamos com muitas saudades de você, cuide-se e nada de se aventurar pelo castelo hein mocinha!! Estamos muito felizes por ter sido selecionada para a Grifinória, estude e não se meta em encrencas!! Isso serve para Tiago e para Alvo também... Beijos, Harry e Gina.”
Lílian sorriu e guardou a carta no bolso e olhou para a mais nova amiga.
- Vamos Vivianne? – sorriu.
- Pode me chamar de Vivy, sim?! Ann.. seus pais não disseram pra você não se aventurar pelo castelo? – disse ela com um certo medo.
- Disseram... mas... é só uma olhadinha... não vai arrancar pedaço não é mesmo? – disse ela com um sorriso maléfico – Vamos logo Vivy, e a propósito me chame de Lily também... – e saiu do dormitório puxando a amiga consigo.
E desceram as escadas correndo, Vivy rindo da mais nova amiga e sua personalidade nem um pouco normal... passaram pelo buraco do retrato e estavam nos corredores quando Lily parou e olhou para a amiga.
- Já são 6:15 não vai dar tempo conhecermos o castelo todo... – disse ela meio desapontada – então... aonde vamos primeiro?
- Não sei, sei?
- Hum... que tal o corredor do terceiro andar do lado direito...? – disse Lílian maleficamente.
- Não! É proibido, não escutou o diretor dizendo? – disse Vivy com certa precaução.
- Vai me dizer que não tem curiosidade em saber o que tem lá? – disse Lílian olhando a amiga.
- Bom... ah... vamos logo! – disse Vivy com um sorriso no rosto.
- Sabia desde o principio que ia concordar comigo! – falou Lily rindo.
- Nhá... – disse Vivy dessa vez puxando Lily em direção ao corredor do terceiro andar quando de repente escutou um grito atrás dela.
- Ou! Esperem por mim! – vinha Hugo correndo e gritando.
- Shhhh!! Hugo você quer acordar o resto do castelo? – disse Lílian com o dedo na boca.
- Calma, calma! – disse ele se apressando e indo até as garotas – Prazer, meu nome é Hugo Weasley, e o seu? – disse ele olhando pra Vivianne.
- Vivianne Brenneisen, prazer! – disse ela sorrindo – Vamos então?
- Onde vocês estão indo? – perguntou Hugo.
- Conhece o corredor do terceiro andar do lado direito? – disse Lílian sem olhar pra ele.
- Claro... meu pai contou... não é lá que em o cachorro de três cabeças? – disse ele calmamente... depois ele cai na real – Você não tá pensando em ir lá não né?? – pasmo.
- Se estou pensando? Não... não estou pensando... eu vou mesmo! – disse Lílian com um sorriso maroto.
- Pelas barbas brancas e sujas de Merlin! – disse Hugo com a mão na testa – Aquele lugar é proibido desde os tempos de nossos pais, Lílian!
- Tá com medo? – dessa vez quem falou foi Vivy.
Lílian não se conteve e caiu na risada.
- Não, claro que não – disse Hugo engrossando a voz.
- Então, sigam-me! – disse Vivy;espantando Lílian.
Então os três saíram a caminho do tal corredor proibido, olhando para os lados para ver se não tinha ninguém espiando. Já estavam no final do tal corredor quando depararam com apenas uma porta, que por sorte ou azar, estava aberta, só escutavam uma leve música vinda lá de dentro.
- Rápido! Só temos meia hora! – disse Lílian consultando o relógio.
Mas Hugo parou na frente das duas e disse:
- Vocês ouviram o que eu disse? Tem um cachorrão de três cabeças lá dentro! – disse Hugo com um pouco de medo.
- Você disse que não estava com medo; - disse Vivy debochando.
Quando os dois falavam não perceberam que Lílian já estava espiando paralisada por um canto da porta. No mesmo instante os outros dois se entreolharam e foram correndo até ela.
- Lílian, Lílian... o que você está vendo? – disse Vivy sacudindo a amiga.
- Ele é... tão... – mas ela não sabia o que dizer, foi nesse instante que Hugo e Vivy empurraram ela pra ver o que estava lá dentro.
Era uma cena aparentemente cômica e ao mesmo tempo assustadora, Hagrid, agora com andando com uma bengala, estava com três enormes tigelas dando comida pras três lindas cabecinhas do monstro... e mais atrás um violino encantado tocava uma música suave... o cachorro com três enormes cabeças e com suas presas amareladas de repente percebeu que havia mais alguém ali e parou de comer olhando para a porta.
- O que foi, fofo? – disse Hagrid com a mesma voz carinhosa com que tratava seus ‘bichinhos de estimação’.
Ele já estava a caminho da porta quando Hugo deu um puxão em Lilian e Vivianne para que saíssem dali naquele instante, as garotas assustadas assim fizeram e desapareceram dali. E correram como nunca antes pra não serem pegos, só parando em frente ao retrato da mulher gorda que estava lixando as unhas sem se preocupar com o que acontecia.
- Eu ... avi... sei..! – disse Hugo ofegando.
- Tá.. tá.. – disse Lílian, embora assustada ela tinha uma feição alegre no rosto – Mas.. diga-me.. foi divertido, não foi?
- E põe divertido nisso... – disse Vivy rindo – Acho melhor irmos pegar os materiais...
- Materiais? – disse Hugo zonzo.
- Pra aula de feitiços! – disse Lílian, séria.
- Ah tá... vamos. – e ficaram olhando pra mulher gorda que agora cantarolava.
- Ei... ei!! – disse Lílian cutucando o quadro.
- Isso faz cócegas... – disse a mulher gorda rindo.
- Queremos entrar!
- Ah, sim! Senha? – disse se contendo da risada.
- Ann.. Leão... Reluzente! – disse Vivy.
- Entrem! Entrem. – disse dando passagem pra eles entrarem.
Já dentro do salão comunal Rosa estava sentada em uma poltrona com os braços cruzados, provavelmente esperando eles chegarem.
- Onde vocês estavam? – disse ela olhando séria para os garotos.
- Nós... ann... – disse Hugo meio confuso.
- Nós estávamos caminhando pelo corredor, observando os quadros – disse Lílian mais séria ainda.
- Foi exatamente isso – disse Vivianne confirmando.
- Sei... – falou Rosa olhando desconfiada – Foi isso mesmo irmãozinho? – disse olhando diretamente para Hugo.
- Claro que foi! – disse ele sem muita convicção.
- Humhum... e eu acredito! – disse ela ainda com os braços cruzados – Mas mudando de assunto vocês têm aula agora não!?
- Sim.. sim.. – disse Lílian subindo as escadas pro dormitório.
- Tchau – disse Vivy e saiu correndo atrás da amiga; no meio da escada ela parou – Não vem Hugo?!
- Claro – se levantou deu um beijo na bochecha da irmã e saiu pro dormitório masculino.
Lílian e Vivianne foram ao dormitório feminino pegaram seus livros de feitiços, suas varinhas, pergaminhos, tintas e penas, ajeitaram as vestes que estavam amassadas por causa da corrida e saíram atrás de Hugo. Hugo já estava no inicio da escada com seu material esperando as duas.
Lílian sorriu e desceram as escadas alegremente, Rosa não estava mais no salão comunal, aonde teria ido ninguém sabe. Saíram andando pelos corredores do castelo subindo e descendo escadas que se moviam, quando um olhou para o outro e disseram quase ao mesmo tempo:
- Onde fica a sala de feitiços? – todos ficaram surpresos com aquilo quando de repente lá vem um Hagrid todo sujo carregando três enormes tigelas.
- Hagrid! Hagrid! – gritou Lílian pulando para poder ser vista por aquele meio gigante.
- Oi minha querida – disse Hagrid calmamente.
– Onde fica a sala de feitiços?
- Por ali sim. – disse Hagrid apontando para uma portinha no corredor à esquerda.
- Obrigada. – disse Lílian já correndo em direção a porta.
Hugo ficou parado, perplexo, pois parecia que só ele havia lembrado que acabaram de fugir de serem vistos por Hagrid quando ele dava comida ao cachorro.
- Vá, vá – disse Hagrid empurrando o garoto.
Quando Hagrid se virou de costas pra Hugo, murmurou baixinho:
- Tomem cuidados, se eu fosse vocês não teria o mesmo ar de aventura que os pais de vocês. – e com uma risadinha desceu as escadas sem voltar a olhar pra trás.
Hugo sorriu e saiu atrás das garotas que estavam paradas em frente à porta com os rostos abobados.
- O que está acontecendo? – pergunto Hugo olhando confuso para as garotas. Quando se virou e olhou na direção que elas olhavam.
Lá no final da sala sentado em sua mesa estava o professor de feitiços, uma espécie de Gilderoy Lockhart sendo que mais bonito, e aparentava ser mais inteligente também, resumindo era PERFEITO.
- Não vão entrar? Já estão atrasados. – disse o professor olhando os alunos parados na porta.
- Claro – disse Hugo empurrando as meninas.
Lílian e Vivy sentaram nas cadeiras suspirando e Hugo ao lado delas com cara de ‘Que meninas idiotas’.
O professor continuou parado em sua mesa anotando coisas em um pergaminho... ele possuía um cabelo castanho liso muito despenteado, os olhos azuis penetrantes e uma barba rala, por fazer. Quando finalmente dirigiu-se aos alunos:
- Queridos Alunos, aqui estamos na primeira aula de vocês, a primeira aula de feitiços, e eu quero que essa aula seja especial, não, não uma aula chata que só ficaremos falando sobre os tipos de feitiços essas coisas, uma aula dinâmica, o que acham? – ele falava como um anjo com uma voz meiga e ao mesmo tempo autoritária...
- Sim – repetiram em coro.
- Então acho melhor levantarem-se das carteiras e ficarem de pé, sim? – disse sorrindo ao mesmo tempo em que se levantava.
Assim todos os alunos fizeram e com um gesto da varinha ele fez todas as carteiras se amontoarem perto das paredes.
- Bom... vamos a parte mais simples... todos com suas varinhas? – ele perguntou enquanto andava pela sala.
Todos mostraram as varinhas, menos um garoto gorducho meio atrapalhado da lufa-lufa.
O professor olhou pra ele e ele falou desajeitado:
- Opa, eu não sabia que ia precisar. – e saiu correndo da sala provavelmente foi buscar a ‘varinha esquecida’.
O professor deu uma risadinha e voltou a olhar a sala.
- Meu nome é Will Richard’s, e como devem saber sou o novo professor de feitiços, ensinarei a vocês toda a arte de um feitiço bem elaborado, não é só apontar a varinha e dizer o feitiço, assim não conseguirá nada... precisa de amor, convicção do que está dizendo... – todas as garotas sorriam e os garotos olhavam céticos – hoje aprenderemos como fazer um feitiço que serve para escrever no ar, em rochas, marca as letras com fogo, alguém saberia me dizer o nome do feitiço?
Uma garota da Corvinal levantou a mão toda alegre.
- Diga... ann... srta. Anne – disse o professor.
- É o feitiço Flagrate. – disse ela claramente.
- Muito bem, muito bem – ele mesmo bateu palmas para a aluna - Agora gostaria que apontasse para um garoto para que ele viesse tentar fazer esse feitiço aqui na frente.
Anne olhou a sala todinha e apontou justamente para Hugo o menos interessado na aula.
- Hanhan... vamos ver... Hugo Weasley, venha cá – disse o professor.
Hugo deu uma olhada pra sala esperando que outro aluno com esse nome saísse de algum canto, mas surpreendentemente nada aconteceu, então ele se dirigiu ao professor com a varinha nas mãos.
- Aponte a varinha para qualquer canto da sala, perto das paredes faça um gesto circular, pense em um nome, ou eu uma coisa que você goste, e depois murmure: Flagrate, com cuidado certo!? – disse o professor calmamente.
Hugo muito trêmulo apontou a varinha pra uma das paredes e disse calmamente: Flagrate, apareceu o seguinte nome no ar: Lily, depois de 5 segundos ele desapareceu completamente.
Lílian ficou muito vermelha ao ver seu nome flutuando no ar, depois disso Hugo foi dispensado e outros alunos foram chamados para tentar o mesmo lá na frente. Depois disso o garoto gorducho da Lufa-lufa entrou novamente correndo na sala... ele estava todo sujo com uma gosma verde, e muito assustado, ao perguntarem como aconteceu isso ele simplesmente dizia:
- Pirraça! – enquanto tentava tirar a gosma verde dos cabelos.
Depois desse incidente a aula transcorreu calmamente... até o professor dispensar os alunos, não mandando dever de casa e dizendo que deveriam treinar o feitiço da levitação. Assim saíram da sala de aula e se dirigiram as masmorras pra aula de poções.



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