Continuação
Lord Voldemort estava ficando cada dia mais forte, estava conseguindo reunir ainda mais seus seguidores. Cada dia que se passava era mais um Comensal da Morte que atacava. No ínicio eles atacavam mais aurores e conseguiam realizar alguns atentados no Ministério da Magia, mas Voldemort não se contentava com pouco, ele queria mais e por isso passou a atacar trouxas, nascidos trouxas e traidores de sangue.
A Ordem da Fênix conseguia reunir pessoas, mas não o suficiente para liquidar com Voldemort e seus Comensais da Morte, por muito tempo a organização secreta estava mantendo o mais absoluto sigilo quanto aos seus planos, mas cada dia que se passava e a Ordem não agia eram mais pessoas mortas.
Lílian e os marotos foram convidados a participar da Ordem, mas ainda não tinham dado uma resposta a Dumbleodore, pensavam seriamente nisso quando recebiam notícias ruins do mundo bruxo, mas depois esqueciam quando Sirius soltava uma daquelas piadas que só quem realmente achava graça eram seus amigos.
- Acha que eles vão gostar de mim?- perguntou Tiago com mão tremendo e com um ar de nervosismo.
- Meus pais? Claro. Não precisa ficar nervoso, eles vão te adorar.- disse Lílian sorrindo e pegando na mão dele.
- Eu precisava falar com você antes de entrarmos.- disse Tiago.
Os dois estavam parados em frente a casa de Lílian, a última vez que ele esteve ali Lílian quase morreu.
- Nós estamos atrasados, se você for rápido.- disse ela olhando para o relógio.
- É que...
- Lílian- disse uma mulher atrás de Lílian com a voz animada.- Minha filha.
A mãe de Lílian tinha o cabelo ruivo como o da filha, era um tanto baixinha, mas tinha uma voz doce e uma expressão simpática.
- Olá Lílian.- disse um homem ao lado da Sra. Evans.
O pai de Lílian era um homem alto, que tinha uma voz firme, os olhos muito verdes, e já estava começando a ficar careca fazendo com que lhe sobrassem um pouco de cabelo castanho na cabeça.
- Mãe, pai, este daqui é o Tiago.- disse ela se colocando ao lado de Tiago.
Tiago tentou dar um sorriso, não sabia direito ou não se teve sucesso no que pretendia fazer e pela cara da Sra. Evans ele não foi muito bem.
- Vamos entrando, por favor.
Quando Tiago passou perto do pai de Lílian ele sentiu seu rosto ficar quente.
- Sentem-se. Querem um chá? Alguma coisa?- perguntou a Sra. Evans.
- Não, muito obrigado.- respondeu Tiago com uma voz bem baixa.
- Mamãe, cadê a Túnia?- perguntou Lílian.- Faz algum tempo que eu não a vejo.
- Ela foi se encontrar com o namorado.
Lília fez uma cara de quem não acreditava nas palavras que a mãe estava falando. Era realmente inacreditável que Petúnia estivesse saindo com alguém.
- Seu pai diz que ele parece uma morsa, só porque o coitadinho está um pouco fora do peso.- disse a Sra. Evans.
- Eu realmente não gostei dele, ele vive se gabando do pequeno negócio do pai e tentou me impressionar muitas vezes. E sim, ele é igualzinho a uma morsa.- disse o Sr. Evans dando uma piscadinha.
Tiago tentou se mostrar simpático, mas depois ficou imaginando o que o pai de Lílian diria dele depois que ele saísse daquela casa.
- Você também é bruxo?- perguntou o Sr. Evans para Tiago.
- É eu sou sim. A minha família inteira é.- disse ele tentando manter a voz firme e bem alta.
- Ah sim. Quando descobrimos que Lílian era bruxa foi uma surpresa e tanto, ela se tornou o maior orgulho da família.
- Eu imagino.- disse ele.
Tiago não pode deixar de reparar nas fotos imóveis nos retratos espalhados pela casa. Nos eletrodomésticos que havia ali e nas vestes que os trouxas usavam em cada uma das fotos.
- Nós nos conhecemos em Hogwarts papai.- disse Lílian.
Tiago sentiu algumas coisa se mover atrás dele, quando se virou pela janela um cão enorme. Ele estava sentado e olhava atentamente para Tiago que logo ficou roxo de raiva.
- Sirius.- disse ele, mas só quem ouviu foi Lílian.
- O que?- perguntou ela. Ela imaginou que não havia escutado direito, o que Sirius tinha a ver com aquela conversa.
- Sirius está lá fora. Mas ele me paga.-disse Tiago de uma forma que somente Lílian escutou.
- Não liga para ele, daqui a pouco ele vai embora.
- Tem alguma coisa errada?- perguntou a Sra. Evans percebendo que os dois conversavam baixo.
- Não, está tudo bem.- respondeu Lílian.- Mas...
- SE ABAIXEM.- gritou Tiago.
No mesmo instante uma luz verde estourou o vidro da sala e atingiu a parede. O Sr. e a Sra. Evans ficaram parados com os olhos arregalados.
- O que eles estão fazendo aqui?- perguntou Lílian.
- Eu não sei, mas é melhor você tirar seus pais daqui.- disse Tiago.- Pegue a sua varinha e saia daqui.
- Pai, mãe, saiam daqui vão para um lugar seguro.- disse Lílian.
- Mas... o que está acontecendo?- perguntou a Sra. Evans desesperada.
- Depois eu explico, mas saiam daqui.- disse ela já saindo pela porta.
Quando os pais de Lílian estavam saindo da sala quase que um feitiço atingiu o braço do Sr. Evans.
- Protego.- disse Lílian, fazendo com que vários feitiços fossem interrompidos antes de acertar seus pais.
Quando eles saíram perceberam que vários trouxas estavam imobilizados na rua.
Lílian olhou para o lado e viu sua velha vizinha saindo pela porta e tentando acertar um comensal com um guarda-chuva.
- Sra. Figg, acho melhor a senhora não fazer isso.- disse Lílian.
- Está tudo bem querida. Estes comensais vão ver o que é bom para toce.- disse ela conseguindo deixar o comensal sem reação.
-O que eles estão fazendo aqui?- perguntou Tiago para Sirius que agora estava em sua forma humana.
- Eles vieram atacar trouxas, lógico. Voldemort diz que está cansado de ter de se esconder de trouxas, agora fica atirando feitiços para tudo que é lado.
Havia uns cinco comensais na rua que estavam entrando nas casas e deixando alguns trouxas imobilizados.
- Por que eles estão fazendo isso?- perguntou Lílian.
- Eu não sei, mas seja lá o que for, nós iremos descobrir.- disse Sirius.
Os comensais se aproximavam mais dos três. Lílian subiu em uma árvore, enquanto Sirius se transformava em cão e Tiago se escondia atrás de uma lata de lixo.
Tiago acenava para Lílian para ela não atacar, só quando ele dissesse que sim e ela conseguiu entender o recado.
Sirius passou pelos comensais sem dar nenhuma pista que pudesse declarar que ele era um bruxo na forma de cão. Mas quando o último comensal passou ele tomou sua forma humana, conseguiu segurar o comensal e fazer ele ficar imóvel enquanto apontava a varinha para ele.
- Finalmente nos encontramos.- disse o comensal.
Sirius ouviu aquela voz que para ele era um tanto familiar, mas não conseguia se lembrar de quem era.
Quando o comensal tirou a máscara Sirius conseguiu ver aquele nariz enorme e seboso, aqueles olhos negros de morcego o encarando. Snape continuava com a mesma aparência, o que para ele não era nenhuma vantagem.
- Ranhoso, que prazer eu tenho em encontra-lo.- disse Sirius.
Os outros comensais pararam por um momento, mas depois continuaram.
Lílian conseguiu ver Sirius falando com Snape e parecia que uma raiva tinha se apoderado dela. Ela não conseguiu agüentar, desceu da árvore e começou a atacar vários comensais.
Tiago não acreditou que Lílian tinha colocado os planos dele a perder, mas mesmo assim saiu de trás da lata de lixo e a ajudou.
- Quanto tempo srta. Evans.- disse uma voz fria e formal.
Lílian estuporou o comensal. Lílian sempre foi muito boa em estuporar e conseguia fazer comensais voarem a metros de distância.
Quando ela se aproximou do comensal que a estuporou percebeu que era Lúcio Malfoy. Ele já havia tentado mata-la uma vez e ela conseguiu derrota-lo, e pela segunda vez ela conseguiu derrota-lo de novo.
- Assim eu vou me acostumar, Malfoy.- disse ela. Instantes depois Lúcio ficou desacordado.
Enquanto isso Tiago conseguiu estuporar um comensal, desarmar outro e petrificar um último.
Sirius continuava com Snape na sua mira e quando ele ia ataca-lo escutou a voz de Lílian.
- Pare.- disse ela correndo para alcança-lo.
- O que? Lílian!- disse Sirius indignado.
- Lílian, eu sabia...- começou a dizer Snape.
- Cala a boca Ranhoso.- disse Lílian mostrando sua varinha para ele.
A expressão de Snape mudou completamente quando ele viu Tiago se aproximando. A mesma expressão de quando ele estava em Hogwarts no ano anterior.
- Diz logo por que eles estão fazendo isso.- disse Tiago quando alcançar Lílian.
- Por que eu diria a você?- disse Snape agressivamente.
Lílian pegou sua varinha e a enfiou na bochecha de Snape.
- Você não está em condições de ser agressivo.- disse ela com uma expressão dura no rosto.- E eu acho melhor você responder.
- Talvez se você fosse um pouco mais carinhosa.- disse Snape.
- Como?- perguntou ela indignada. Como alguém poderia ser tão insolente mesmo quando estava sendo ameaçado?
- Por favor Lílian, sempre achei que você fosse uma garota esperta. Um pouco de carinho não faz mal a ninguém.- disse ele com um sorriso malicioso no rosto.
- Fale isso de novo e acredite que diabretes vão parecer anjinhos perto de mim.- disse Tiago apontando o dedo para o nariz de Snape.
- Não estou falando com você Potter.- disse Snape.- Lílian, você me conheceu muito bem, sabe muito bem do que eu gosto.
- Não me faça lembrar do pior momento da minha vida. Será que você nunca vai deixar de ser um verme nojento? No dia que eu for carinhosa com você me dê um chute, porque eu estarei louca ou sob a maldição Imperius.
- Então não direi nada.
- Ele está jogando com você Lílian, não caia no jogo dele.- disse Snape.
Lílian podia não demonstrar, mas estava confusa sobre o que fazer.
- Amarre ele.- pediu Lílian.- E me sigam.
Tiago amarrou Sirius e eles foram até os fundos de sua casa, entraram em uma pequena porta que dava para o porão.
Snape ficou ali de pé, com encarando Lílian.
- Vão dar um jeito nos outros comensais, eles podem atacar de novo.- disse ela.
- Eu não vou te deixar sozinha.- disse Tiago.- Não com ele.
- Está tudo bem, ele não pode fazer nada contra mim.
Sirius puxou Tiago e eles saíram deixando Lílian e Snape sozinhos.
- Ta legal Snape, estamos só eu e você. Qual é o plano agora?
- Eu já dei a minha condição.
- Condição? Você não poder dar condição nenhuma. Aproveite enquanto eu ainda estou de bom humor.- disse ela.
- Eu já disse.
- Sabe Snape, aqueles manuscritos me ensinaram muitas coisas. Acredito que você saiba tanto quanto eu que havia vários feitiços úteis. Lembra-se do Sectumsempra? Aquele com o qual você atacou Sirius? Bom, eu treinei um pouquinho e acredite ele faz a pessoa ficar em pedacinhos.- disse ela apertando sua varinha contra ele.- Por isso acho melhor você abrir a boca.
- Você não era assim.
- A gente aprende um pouco quando se tem como amigo um Comensal da Morte.
- Eu não vou dizer nada.- disse ele.
- Ótimo. Sectumsempra.- disse ela.
O feitiço passou raspando por cima do ombro de Snape.
- Isso é magia das trevas.- disse Snape.
- Eu não sou hipócrita, eu sei que você gosta de tratar as pessoas assim, só estou te dando o merecido tratamento.- disse ela.
- Quando foi que você mudou?- perguntou ele a encarando da cabeça aos pés.
- Quando o ano passado quase conseguiram me matar por causa de um mapa.- disse ela.- Agora diz, o que vocês querem?
- Eu...
Mas uma outra luz verde saiu da varinha de Lílian e fez um buraco na parede.
- A taça- gritou Snape.
- O que?- perguntou Lílian.- Como assim?
- Eu não sei de muita coisa, só me disseram que eu tinha que encontrar uma taça, que ela estava aqui em Little Whiging, na casa de um trouxa.- disse Snape.
- Como é essa taça?- perguntou Lílian.
- Eu não sei, me disseram para levar todas as taças possíveis.- disse Snape entrando em pânico.
- E por que eu acreditaria em você?- perguntou Lílian olhando bem no fundo dos olhos de Snape.
- Não acredite então, mas eu estou dizendo a verdade.
- Está bem.- disse ela.
Uma luz vermelha saiu de sua varinha cortando as cordas que prendiam Snape.
- Pode ir.- disse ela quando o soltou.
- Obrigado.
- Vai logo antes que eu mude de idéia.
Snape desaparatou ali mesmo deixando Lílian no porão. Ela ficou se perguntando se tinha feito a coisa certa, de deixar Snape escapar.
- Onde está o Ranhoso?- perguntou Sirius quando entrou no porão.
- Eu deixei ele ir.- disse ela olhando para Sirius.
- Você o que?- perguntou Tiago indignado.
- Eu deixei ele ir.
- Mas ele disse alguma coisa não é?- perguntou Sirius.
- Disse sim.
- E o que te garante que não é mentira? Ele está acostumado a mentir muito bem.- disse Tiago.
- Por mais que eu deteste lembrar, eu já fui amiga íntima do Snape e eu conheço ele, sei quando está mentindo e quando não está.
- Mas o que ele disse?- perguntou Tiago ainda sem se conformar.
Lílian contou tudo o que Snape disse e o que achou dessa conversa.
- Mas por que Voldemort estaria atrás de uma taça? Isso não faz sentido.- disse Sirius.
- Acredito que tudo o que vivemos nesses últimos anos não tenham feito muito sentido.- disse Lílian.- Quero dizer, passamos os últimos dois anos fazendo coisas malucas sem nenhum sentido.
- Lílian tem razão.- disse Sirius.- Mas ele disse qual o nome do trouxa?
- Não, disse apenas que estava em uma casa de algum trouxa.
- De qualquer maneira o ministério já está chegando, eles vão ter que alterar muitas memórias.- disse Tiago.
- Certo, eu vou ver como estão meus pais.- disse Lílian.
Os três saíram do porão. Enquanto Lílian estava dentro da casa, Sirius e Tiago ficaram do lado de fora.
- O que você estava fazendo aqui?- perguntou Tiago.
- Não achava mesmo que ia ficar de fora disso, Pontas. Foi muito engraçada a sua cara lá dentro, todo nervoso.
- Não teve graça nenhuma. Quero ver quando for a sua vez.
- Minha vez? Isto está longe de acontecer.
- E a Marlene?- perguntou Tiago.
- Isso é uma outra história Pontas.
Lílian saiu e fechou a porta da casa.
- Como eles estão?- perguntou Tiago.
- Eles vão ficar bem, foi uma sorte a Petúnia não estar aqui.- disse Lílian.- Eu vou ficar aqui com eles hoje.
- Está bem.- disse Tiago dando um beijo de despedida em Lílian.
- Desculpe ter que separar o casal mais lindinho do mundo, mas já está escurecendo Pontas.- disse Sirius puxando o braço de Tiago.
- Ah, Tiago, o que você queria me falar mesmo?:- perguntou Lílian.
- Eu?
- É antes da gente entrar.
- Deixa pra lá, não é nada importante.- disse Tiago já indo embora.- Boa noite.
- Boa noite.
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