O que é viver?



Uma vida em sete dias (A life without any meaning)



Capítulo 2 - O que é viver?



Draco saiu andando pelos lugares que ele encontrava, trouxas ou bruxos. Resolveu ir para casa ás 5h da manhã. Quando aparatou na sala Pitte estava sentado e parecia irritado.


- Eu não durmo em casa a dois dias. Primeiro porque você e a sua “Lollinha” queriam ficar a sós. Ontem porque eu passei a noite inteirinha procurando o senhor. O que deu em você para sair daquele jeito na SUA festa? Aonde você foi? Você está me escutando? – na realidade Draco não havia escutado uma só palavra.


-Não – disse transtornado pensando em tudo que lhe acontecera em menos de 24h.


- Me contaram de sua promoção... se for por isso pode ficar sossegado, eu sei que você perguntou por mim.


- Não é isso... quer dizer, isso também... há... não sei.


- Cara, que que deu em você? Que bicho te mordeu? Acho melhor você ir para o St. Mungus, ta parecendo meio estranho – disse Pitte preocupado.


- Eu vou morrer – ele disse quase sem voz – mas eu não posso.


- Qu... – Pitte começou mas Draco o interrompeu para lhe contar toda a história.


Quando acabou ambos ficaram em silêncio. Pitte incrédulo e Draco pensando em como era a sua vida.


- Eu se fosse você ia dormir e esquecia isso. O cara é um mendigo, deve ter batido a cabeça e você mesmo não disse que ele caiu numa poção que ninguém sabe para que serve, deve ter deixado o cara louco – disse Pitte como se tirasse uma conclusão que traria a paz mundial.


- Vou tentar – Draco concordou. Afinal, não tinha mais nada para fazer e se o tal cara fosse louco, ele não iria se arriscar a perder a gerencia.


Resolveu ligar para Lolla e lhe contar o que havia acontecido com ele nos últimos dias. Só precisou achar o número do quarto “eu ODEIO métodos trouxas! Preferia mandar uma coruja”. (Pitte comprara a pouco tempo um telefone para ele se comunicar com uma ex-namorada dele –que era trouxa).


- Oi querida – começou Draco


- Oi – disse uma voz sonolenta.


- Bem como foi o seu dia – ele continuou.


- Bem, querido. Você não quer fazer sexo oral, quer? É que aqui já é noite, não sei se aí já é.


- Aqui, sim. Bem é... deixa pra lá, depois te conto – ele disse resolvendo que aquela não era uma boa hora para se abrir! “Esqueci completamente que são só três minutos de diferença daqui para lá onde ela está!”


- Tchau. Cuida-se – recomendou ela.


- Você também – desejou ele.






***






Draco acordou na sexta sentindo que havia um peso em seu coração e ele não sabia como, mas sentia que ia ter uma surpresa desagradável.


Chegando ao trabalho um de seus colegas comentou a ele:


- Assim não dá! O Pitte ficou com a Doroti, aquela gracinha, e você fica com a ruiva lindona! – Draco se empolgou um pouco, era uma ruiva (coisa que ele associava a Weasley) mais era bonita. Mas pensou em sua noiva e respondeu.


- A Doroti é casada, eu em breve também serei – ele disse como se colocasse um ponto final na história.


Quando chegou em sua sala a sua nova secretária estava sentada na cadeira em frente a sua mesa checando alguns arquivos e ele resolveu bater a porta pois parecia que ela estava tão absorta na leitura que não percebera que ele havia chegado.


- Não precisa bater a porta para ser percebido. Se fizer isso vai passar por mal educado – disse sem tirar os olhos do pergaminho – faça “hum” ou apenas siga até sua cadeira e deixe que percebam que você esta presente.


Isso desconcertou Draco, ele esperava tudo, menos levar uma “lição de moral” de sua secretária.


- Há, obrigado! Não farei de novo. Sou Draco, Draco Malfoy – disse. Mas quando acabou de dizer a sua secretária levantou a cabeça pasma.


- Você só pode estar brincando – quando acabou de dizer se virou.


- Weasley, você não pode ser minha secretária – “não, eu vou morrer e meus últimos dias não podem ser ao lado dela”.


- Ginevra Weasley, me chame de Gina porque é bem melhor do que as opções anteriores. E sim, sou sua secretária.


- Você não sabe nada sobre mim para poder trabalhar comigo – “eu é que não sei nada sobre ela, apenas que ela faz parte do fãn-clube do Potter”.


- Sei seu nome, sei que você quer o cargo na gerencia, e ontem a noite estava numa loja quando ouvi o Jack proclamar que você vai morrer – ela disse como se isso fosse a fazer melhor.


- Então é esse o nome daquele mendigo, não? Jack... E então você sabe que eu vou morrer, do que adianta esse trabalho a você se você sabe que eu não vou durar muito – disse como se esclarecesse a questão.


- Eu não estou trabalhando por você e sim pelo salário com bônus que estou recebendo.


- Então os Weasley continuam pobretões – disse em tom desafiador, mas com ar de ligeira e intrigante


- Ora, seu... – mas Gina não conseguiu terminar a frase, e se terminasse poderia ter dado uma bofetada na cara de Draco, mas o sr. Willians a atrapalhou.


- Bem, vejo que já se conhecem.


- Desculpe, mas não posso trabalhar com ela. O sr. tem que arrumar outra – disse Draco em tom de súplica.


- Mas da onde vocês se conhecem?


- Hogworts – responderam em uníssono.


- Mas eu não posso trabalhar com ela, simplesmente não posso.


- Eu também não, mas eu sou a única que vou conseguir fazê-lo parecer um loiro inteligente e modesto na frente de todos aqueles empresários – disse Gina como se isso lhe pesasse.


- Meu cabelo é minha marca como ser pobre é marca dos Weasley.


- Se é ass... – mas Gina, mas uma vez, não conseguiu acabar a frase.


- Assim vou pensar que vocês tiveram um caso, e ficou mal resolvido – disse Willians brincando.


Então ele saiu da sala com olhares pavorosos de seus empregados.


- Parece que ele não gosta de deixar seus funcionários terminarem as próprias frases – perguntou Gina que odiava ser interrompida.


- Ok – começou Draco querendo estabelecer uma conversa normal – ele até acertou, não? Dormimos uma noite. Fora do colégio, lembra? Mas não vou fazer de novo, só porque você pensa que estou vulnerável. Sabe... estávamos vulneráveis aquela noite eu havia bebido, você também, era festa de fim de ano seu e de um colega de casa meu, se lembra? Eu só sei que quando acordamos, nós dois, percebemos que fora um grande erro – disse Draco mostrando que ele se lembrava dela.


- E aí fizemos de novo, caso você tenha se esquecido – disse Gina o lembrando.


- Oi Drac... – começou Pitte até ver a secretária nova – Oi, como vai?


- Indo, já se casou – perguntou Gina como se falasse com um velho amigo.


- To só, por enquanto – disse Pitte desanimado.


- Posso conversar com você lá fora – perguntou Draco o levando até fora da sala.


- Ta bom, agente se vê – despediu Pitte.


- Ela, é uma velha amiga. Dormimos uma noite e quando ela foi embora não nos falamos, nem nos vimos mais.


Draco ficou incrédulo com a simplicidade com que Pitte contava seus “casos amorosos”.


- Te vejo no jantar – perguntou Pitte.


- É né – respondeu Draco como se não tivesse escolha.


Quando voltou para sala Gina estava escrevendo em um pedaço de pergaminho.


- Bem, acabo de receber a notícia de que você terá uma reunião amanhã para lhe preparar. Estou escrevendo o seu discurso. Agora, só estou me perguntando se você vai ter capacidade para lê-lo na frente de meia dúzia de pessoas – pergunto Gina com um olhar intrigante, mas com tom de provocação – mas terão reportes, jornalistas famosos e será apresentado na rádio e no Profeta. Acho que você não consegue! Mas não é meu dever lhe perguntar isso. Vamos ás regras... Que afinal, eu posso perder meu emprego se você não souber o que fazer na entrevista. Se você vai para o buraco não vai me levar junto.


- O que você está fazendo? Eu improviso, faço bem isso! – contrapôs como se fosse a coisa mais óbvia do mundo – desde a escola.


- Por isso que você sempre ia tão mal! Entendo! – ela retrucou.


E o dia se sucedeu assim, um provocando o outro no final do dia, quando arrumavam sua maleta Draco resolveu perguntar algo (de preferência inteligente e não ofensivo) para quebrar o gelo, após ele ter xingado a família Weasley.


- O que é viver para você? Veja, você é feliz? Bem, vocês Weasley quase não tem dinheiro – “sou generoso, eles não tem dinheiro” pensou Draco – e mesmo assim são felizes.


- Eu e minha família somos muito felizes porque nós não nos preocupamos com dinheiro e sim com a felicidade dos outros – esclareceu Gina – E você, como está, sabendo que vai morrer e não encontrando sentido a sua vida?


- Eu estou bem porque não vou morrer, não tenho uma vida sem sentido e posso ir trabalhar em Nova Iorque com um salário dobrado – respondeu todo feliz.


- Por que isso se encaixa direitinho no seu plano de vida que você tem todo o cuidado de montar.


- Eu...


- Você não tem vida! E se quer saber o que eu faria se soubesse que ia morrer: me despediria de todas as pessoas que eu amo, se é que você sente isso! Bem, boa noite!


Ele chegou em casa e Pitte havia deixado um bilhete dizendo que estaria com uma garota a noite toda e que Lolla voltaria naquela noite (ele havia esquecido de dar o recado antes, típico!).






***






Draco recostou a cabeça sobre a mesa da sala e refletiu sobre o que Gina havia dito. Então resolveu tomar uma atitude: enviar uma carta para Robert. Pegou a coruja de Pitte (pois, pelo visto, a sua estava caçando) e escreveu o seguinte:






“Caro Robert Malfoy,


Bem gostaria de saber se você é feliz? É que você sempre foi o “queridinho da família”, o centro-das-atenções, o melhor, o mais esperto,... (e, principalmente o mais convencido e esnobe que jogava na minha cara todas essa qualidades)!


Não estou bêbado só, acho que vou morrer!


Grato,


Draco Malfoy”






A resposta foi rápida, com a mesma coruja e na mesma folha:






“Tem certeza que não está bêbado, é lógico que eu sou feliz! Tudo bem, você pode ter descoberto o fato de eu querer casar, mas apenas ter relacionamentos fúteis e passageiros, eu não me importo! Eu, com todas essas qualidades e você com tudo o que vale! Tudo que prestava ia para você: todas as honras, as mulheres mais direitas, as notas mais altas, TUDO DE BOM! Você sempre foi tudo o que queria ser e para conseguir isso não passou por cima de ninguém – como eu faço (até no emprego). Tomara que você não esteja errado e morra logo!”






- Essa é boa! O senhor “garanhão” quer um relacionamento sério. Ele acha que eu sou bom! Isso fez eu me sentir melhor, não totalmente, mas um pouco – e resolveu foliares alguns registros antigos, para lembrar dos velhos tempos.






***






Ele se deitou na cama puxou os velhos álbuns, que ele jurara que nunca mais iria mexer. Encomendou uma pizza trouxa, lembrando que Pitte e Lolla sempre o perturbam para que ele fizesse algo trouxa, só para variar! Espalhou jornais antigos pela sala até que Lolla chegou.


- Oi, amor? Como foi a festa de anivers...


Mas Lolla não terminou a frase ao olhar para o estado da sala de seu noivo.


- Querido, passou um furacão por aqui? – Lolla estava perplexa com a bagunça.


- Estava só vendo umas coisas antigas – Draco falou numa calma, que assustou (se é que isso era possível) ainda mais Lolla, diante daquela bagunça.


- O Pitte esqueceu de avisar que eu vinha de novo? – perguntou Lolla tentando encontrar uma razão para tal bagunça.


- Não. Me falou em cima da hora, mas falou.


- Cadê você na foto? É esse aqui fazendo mágica – perguntou Lolla tentando disviar o foco de sua atenção da sujeira.


- Não, esse é o Robert – ele explicou.


- Então cadê você? – disse, agora, visivelmente interessada em saber onde estava seu noivo na foto mágica, pois ele não era o centro das atenções.


- Aqui no canto. Transformando a salamandra.


- Hã... – disse como se tivesse entendido – e o que é isto?


- Uma música de uma banda – disse suspirando – eu adorava essa música nos meus tempos de colégio...


- E, bem vejo que você se “aventurou” a comprar alguma coisa trouxa. Pizza! – tentando demonstrar felicidade.


- Bem, passei a viagem inteira pensando em nosso casamento. Pensei em botar uns fogos após o nosso beijo... o que você acha querido?


- Nosso relacionamento é amor? – perguntou Draco sem poder se segurar.


- Porque você pergunta isso?


- O que você acha de mim?


- Você é gostoso... – disse apoós muito pensar- engraçado... e ...


- Entendi!


- Você está com algum problema? Você está todo sujo! Desde quando você não toma banho?


- Ontem.


- O que aconteceu? Está vendo fotos antigas de você mesmo rebaixado – Draco não gostou dela ter usado aquela palavra – com a maior naturalidade e não toma banho à um dia! Já sei, vamos fazer o que eu faço quando estou com algum problema – disse como se resolvesse a questão.


Ela o levou para um shopping bruxo que fica aberto 24 horas. Começou a fazer compras e a tagarelar sobre seus bons momentos naquele shopping. Então Draco tirou uma conclusão.


- Então é essa a sua solução para as minhas crises? – disse completamente confuso.


- O que? – ela pareceu mais confusa ainda.


- A sua solução para as minhas crise é fazer compra? – ele repetiu.


Eles ficaram em silêncio.


- Você está terminando comigo? – perguntou Lolla sem se importar de fazer um escândalo dentro de uma loja.


Mais uma vez silêncio.


- Você não pode fazer isso, não pode! Não é certo!


- Para mim é!


E saiu da loja.


- Você vai se arrepender – disse Lolla com raiva.


- Dessa vez, não – disse Draco.






N/A: Mesmo não tendo recebido muitos comentários (eu recebi exatamente 1 comentário) resolvi atualizar essa fic. Esse capítulo está “curto”, né? Eu o fiz só para seguir o padrão do filme neste capítulo, espero ter conseguido! Isso que dá fazer um capítulo pensando em outro. Mas o capítulo 3 vai ser muito engraçado (no meu ponto de vista)! Há, COMENTEM (estou implorando) !!!!!!!!!!!!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.