Entre sanduíches e lágrimas.

Entre sanduíches e lágrimas.



NARRADO POR NICK SUMMER’S:


Sinceramente, eu estou impressionada comigo mesma. Agilidade mental sempre foi minha maior qualidade, e agora eu não consigo pensar numa maneira criativa de me desculpar com a Violet. Ela não é do tipo de garota que perdoa facilmente, nem que esquece as coisas facilmente. Só que eu não posso mentir e falar “ Ele me agarrou, Violet! Eu não correspondi ao beijo, mas ele me agarrou!” Porque eu sei bem que, apesar de eu ter sido agarrada mesmo, eu correspondi ao beijo. E que beijo...  Eu fico pensando em quantas vezes a Violet beijou aquela boca, aquela boca do cara que eu tinha acabado de beijar, e bem, ela não soube manter ele do lado dela!


Só que isso não interessa. Chega de falar da boca do Luke Thompson, do beijo do Luke Thompson, ai, ai. Eu não posso simplesmente aparecer na frente dela e falar:


“Oi, Violet, desculpa. Vamos voltar a ser amigas e passar uma borracha em tudo que aconteceu?”


Acho que daria mais certo se escrevesse uma carta, pois pelo menos assim ela não veria, através dos meus olhos, o que eu estou vendo quando me olho no espelho: A culpa, e o que é pior, a vontade e o desejo de repetir aquilo que aconteceu nos jardins.


NARRADO POR DANIELLE ISPWICH:


Olha, eu estou a aproximadamente 30 minutos parada na porta da sala comunal da Sonserina {N/A: ela não pode entrar, né...} esperando pra ver se a Violet vai sair. Uma hora ela vai ter que sair pra comer algo! Não a vejo desde o café da manhã, porque ela não foi a nenhuma das aulas matutinas, e o horário de almoço já acabou. Eu estou matando aula de História da Magia pra tentar falar com ela. Trouxe um sanduíche, mas acho que até ela sair de lá, eu já o terei devorado.


Caramba, é muito difícil ser amiga de alguém que simplesmente se fecha perante os problemas, sabe? Eu pelo menos desabafo com as amigas... E por falar em amigas, eu JAMAIS imaginaria que a Nick faria algo assim. Sabe, mas eu acho que ao contrário dos comentários que estão sendo espalhados sobre ela na escola (“quanto mais santa, pior é...”, “A Nicolie Summer’s nunca me enganou com aquele jeito de certinha dela...”) a Nick deve ter uma boa explicação pra isso. Afinal, eu convivo com ela desde o primeiro ano. As máscaras caem, e se a dela nunca caiu, é porque ela nunca fingiu ser algo que não é. Mas, quando ela for se explicar, eu vou ser uma das primeiras a estar de ouvido atento. Ah, se vou.


NARRADO POR DAVID THOMPSON:


Olha, eu não agüento mais correr atrás da Nick, que é como uma irmã pra mim, pra saber como ela está e ser ignorado, ou ser respondido de maneira curta e grossa. Hoje, fui atrás dela, mas como homens não conseguem subir ao dormitório feminino, pedi a uma garota que ia para o dormitório para chamar a Nick pra mim. Ela apareceu de pijama, em plena hora do almoço, com os cabelos todos desgrenhados. Parecia uma mocinha sofrida de filme de terror.


- Nem vou te perguntar se está tudo bem, porque estou vendo que não. O que houve, Nick?


-Ah, David... – E ela começou a chorar ali mesmo, no meu ombro.


Digamos que eu fiquei meio constrangido, e meio que dei uns tapinhas nas costas dela, e fiquei falando que estava tudo bem. Até que ela se acalmou um pouco e disse:


– Foi aquele idiota do seu irmão, e eu que sou uma vadia... Isso que está me fazendo tão mal. Saber que eu sou uma vadia que caiu no conto do seu irmão, e que foi uma traíra com a melhor amiga! A Violet, que confiava cegamente em mim! Você tem noção, David?


-Ahm, na verdade, não, não tenho. Porque qualquer um que te conheça um pouquinho que seja, sabe que você não é uma traíra, muito menos uma piranha. Os boatos são que você e o Luke se agarraram no jardim, e aí a Violet chegou fazendo uma cena. Mas eu te conheço. Você deve ter sido beijada contra a sua vontade.


-Não, não fui! E isso que me faz uma pessoa tão ruim. Eu estava gostando, e retribuindo ao beijo dele.


-Você retribuiu um beijo dele? UM BEIJO DO LUKE? O CARA MAIS SAFADO DE HOGWARTS?- Nessa hora, eu não me controlei. Como ela fez isso?


-Retribui, e sei que estou errada. Agora, se você veio me crucificar também, pode deixar, isso eu já faço sozinha.


Então, ela virou de costas e saiu, me deixando falando sozinho. E aqui estou eu, em plena aula de História da magia. A Danielle não veio, a Violet não veio e a Nick muito menos. A não ser que eu esteja muuuito enganado, essa história ainda vai render.


{N/A: Siiiim, a pedidos da Andressa, eu voltei. Podem esperar muuuitas novidades por parte desses sonserinos e corvinais.


Um agradecimento especial a Andressa, que além de ter me convencido a voltar a escrever, betou o capítulo pra mim. Brigada, Drê!.}

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