*~A Poção ~*



As luzes penetraram no quarto escuro lentamente, ferindo os olhos de Draco, que já se encontrava acordado, apesar de ainda estar deitado.
Ele bufou, e se levantou, andando vagarosamente até o banheiro.
Lavou o rosto, escovou os dentes, e vestiu-se.
Suspirou ao ouvir a porta batendo violentamente, e virou-se para Crabbe e Goyle.

- O que há? Porque toda essa euforia? – perguntou calmamente, apesar de estar com vontade de azarar ambos –
- Você não sabe o que escutamos na mesa da Grifinória! – informou Crabbe ansiosamente –
- O quê? – indagou Draco, olhando-os com pouco caso –
- O Potter, o Weasley e a Granger estavam falando de uma poção... – começou Crabbe, que foi interrompido pela voz aturdida de Draco –
- Granger?! – Draco repetiu, eufórico – O que tem ela?
- Bem, eles... Eles... – começou Goyle, para logo em seguida morder seu sapo de chocolate – Eu esqueci... – continuou, suspirando –
- Ora, como você é burro, Goyle! Bem, foi Pansy que escutou e nos disse que eles estavam falando de um pergaminho que acharam nas coisas do professor Snape... – disse Crabbe –
- Pergaminho? – perguntou Draco, interessado – E o que havia nesse pergaminho?
- Pansy disse que ouviu a Granger dizer que hoje á noite eles iam preparar a poção...
- Que poção, Crabbe?! – Draco perguntou aos berros –
- Eu não sei direito, acho que... Hei, Draco! Onde vai..? – olhou para Goyle, que tentava pegar o sapo de chocolate que pulava na cama –

Draco saiu andando feito um louco pelos corredores de Hogwarts. Onde estava Pansy?!
Olhou para os lados, e avistou-a indo para a sala comunal.

- Pansy! – disse firmemente, vendo a garota parar instantaneamente ao escutar sua voz – Quero falar com você.
- Claro, Draco... – disse com seu melhor sorriso –

Ambos caminharam calmamente até a sala comunal Sonserina, e ao entrarem, sentaram-se em poltronas próximas á lareira.

- E então, Draco? O que quer falar comigo? – perguntou Pansy, olhando-o sorridente -
- Eu queria saber da conversa que você ouviu... A conversa do Potter, do Weasley e da Sangue-Ruim... – disse ele sem rodeios, mirando as chamas da lareira –
- Ah, era isso? – fez um muxoxo desanimado – Bem, eu os ouvi dizer que hoje á noite preparariam uma poção... Não sei pra que é essa poção, só sei que hoje eles vão se reunir na casa do Hagrid, e...
- Na casa do Hagrid?! – interrompeu-a, perplexo – Mas... Ah! – exclamou sorrindo maldosamente – Então quer dizer que o Hagrid os ajuda a fazer travessuras... – murmurou sarcasticamente – Bem, eu não perco essa por nada! – riu com ironia –
- Muito menos eu! – disse Pansy alegremente –

Por volta da meia-noite, Draco, Pansy, Goyle e Crabbe avistaram Harry, Hermione e Ron saindo de seus dormitórios. Os três andavam na ponta dos pés, e Harry segurava uma manta na mão. Os Sonserinos soltaram uma exclamação em uníssono ao verem Harry cobrindo a si e aos seus amigos com a manta, para em seguida desaparecerem.

- Isso é... – arriscou Pansy, boquiaberta –
- Uma capa de invisibilidade... – terminou Draco, mau- humorado – Mas onde diabos ele conseguiu isso?! – bufou irritado –

Esperaram um tempo para os seguirem, e quando chegaram á casa de Hadrig, se esconderam perto de algumas árvores no começo da floresta proibida, e ficaram a observar. Harry, Hermione e Ron já haviam se livrado da capa, e estavam em frente a um enorme caldeirão. Um caldeirão que cheirava muito mal... Pensou Draco, franzindo o nariz com nojo.
Hermione pegava ervas, plantas, insetos, e dava a Ron que colocava no caldeirão. Já Harry enfeitiçara uma grande colher de madeira, que mexia a poção.

- Será que é preciso tudo isso? O cheiro está horroroso... Acho que vou vomitar se tomar... – choramingou Ron –
- Isso é evidente, Ronald. – disse Hermione secamente, enquanto passava mais uma erva á Harry – Você não era o que estava mais interessado? Afinal, foi você que achou os ingredientes da poção... – murmurou, sorrindo com ironia – Está com medo, Rony? – indagou maldosamente, lançando um olhar cúmplice e divertido á Harry –
- Que pergunta idiota... – disse Harry, para em seguida ambos rirem –
- Claro que não! – disse ele, veemente – Eu só... Só estou sendo cauteloso... – disse aborrecido –
- Ta aí... Pensei que a palavra “cautela” não existisse no seu dicionário... – disse Hermione, e novamente ela e Harry riram, olhando o rosto contrariado de Ron –

Alguns minutos mais tarde, a poção ficou pronta. Harry parou de rir das piadinhas que Mione fazia de Ron, e ficou subitamente sério.

- Bem, eu estava curtindo com a cara do Rony, mas confesso que também estou com um pouco de medo... Medo do que eu possa ver... E... Se eu ver que Voldemort me mata?! – Hermione bufou, pegou sua varinha e fez a colher bater com certa força na cabeça de Harry – Ai! – exclamou ele, surpreendido –
- Pare com essas bobagens! Agora vamos tomar isso logo, e... – Hermione parou de falar e apertou os olhos de forma desconfiada – Tem alguém aqui. – disse convicta –
- Hagrid, talvez? – indagou Ron, temeroso de que fosse Snape atrás de seu pergaminho, ou Argus querendo aplicar uma de suas tão adoradas punições – Ou Argus...
- Se fosse Argus, escutaríamos suas juntas estalarem quando ele andasse. E Hagrid seria muito menos sutil, do que esses passos leves que estou esc... ACCIO! – gritou ela, apontando sua varinha para o vulto que vira entre os arbustos perto da floresta – Ah! – disse satisfeita, quando viu Goyle ser arrastado em sua direção – Malfoy. – sussurrou entre dentes – E então, Gregório? Duvido que esteja sozinho... Bem, talvez agora esteja, já que seu “amigo” é um covarde e já deve ter fugido.
- Eu não fugi, Sangue-Ruim! – disse Draco, furioso por ser chamado de covarde –
- Estou surpresa, Malfoy... – disse Hermione, sorrindo com escárnio – Bem, já que não abandonaram o amigo de vocês, e ainda estão aqui... – disse com desdém, olhando Pansy e Crabbe, que se encontravam atrás de Draco – O que estão fazendo aqui? – perguntou raivosa –
- Isso não é da sua conta, Granger... – respondeu Draco secamente, observando o caldeirão – O que tem nesse caldeirão, que fede tanto?
- Acho que não é da sua conta, Malfoy... – disse ironicamente –
- Olhe aqui, sua Sangue-Ruim, eu... – deu um passo á frente, mas Harry o impediu de continuar a andar, encostando a varinha em seu peito – Saia da frente, Potter. – disse com desprezo –
- Ou vai fazer o que, Malfoy? – perguntou Harry, olhando-o com irritação –

Draco também pegou sua varinha, e passou a duelar com Harry. Ron olhava a cena horrorizado, e Hermione os mirava com pouco caso. Suspirou com cansaço, e apontou sua varinha para Draco. Ele percebeu as intenções da garota, e rapidamente pegou sua varinha, azarando-a. Harry e Draco ainda brigavam quando Hermione recuperou-se, furiosa. Não pensou duas vezes antes de fazê-lo pagar por tê-la azarado.

- Expelliarmus – gritou ela, com a varinha apontada para Draco, que foi desarmado, e lançado com força para longe, devido á uma investida de Harry. Draco ainda caiu de pé perto do caldeirão, mas logo cambaleou e caiu de costas dentro do caldeirão, para em seguida sumir.

- Merlim! – gritou Pansy, assustada – Onde ele está?!
- Como ele pôde sumir?! – perguntou Ron aturdido –
- Sabe, Ron, quando dissemos que você teria de beber a poção, estávamos apenas brincando... Queríamos que ficasse assustado com a perspectiva de beber essa coisa com esse cheiro horroroso... – murmurou com um sorriso amarelo – Na verdade, teríamos de entrar no caldeirão...
- E você acha que eu fico menos assustado em entrar no caldeirão?! – gritou Ron, com uma expressão tão perplexa e assustada que chegava a ser cômica –
- O que houve com Draco, sua Sangue-Ruim desprezível?! – perguntou Pansy aos berros, aproximando-se perigosamente de Hermione, com sua varinha nas mãos –
- Me chame de Sangue-Ruim novamente, e eu...! – disse entre dentes, também se aproximando de Pansy com a varinha nas mãos -
-Acalme-se, Mione! – disse Harry, segurando-a com força pelos ombros – Brigar com Pansy agora só vai piorar as coisas... – disse baixinho, de modo que só ela pudesse escutar – Tente ficar na sua quando ela te chamar de “Sangue-Ruim”, coisa que vai acontecer com freqüência até o Malfoy voltar, tenho certeza. – disse respirando fundo, e virando-se para Pansy – Draco está bem, Parkinson. – disse serenamente –
- Como pode me dizer que ele está bem, se ele caiu naquele caldeirão enorme e desapareceu?! – berrou Pansy, totalmente histérica –
- O que está havendo aqui?! – perguntou Hagrid com voz sonolenta, com canino ao seu lado, igualmente sonolento – Que gritaria é essa, e á essa hora? – indagou avistando Harry – Harry! Merlim, o que estão fazendo aqui?
- Bem, nós... Hermione, Rony e eu viemos aqui para ver o nosso futuro, e Draco, Pansy, Crabbe e Goyle nos seguiram. Como sempre, eu e Draco discutimos, mas dessa vez não foi uma discussão verbal... – disse de cabeça baixa para não ter de encarar o meio-gigante – Nós duelamos... – sua voz não passou de um sussurro, mas para Hagrid foi o bastante alta –
- O quê?! – perguntou, alterado – Harry! Merlim, vocês sabem que eu não permitiria isso, se soubesse! Estava com tanto sono que não escutei nada! Se não fosse Canino me lamber, eu estaria dormindo até agora! E onde está Draco? – perguntou preocupado, olhando para os lados á procura do rapaz –
- Ele caiu dentro do caldeirão... – disse Crabbe com voz hesitante –
- Merlim! – exclamou Hagrid – Onde vocês conseguiram a receita dessa poção? – indagou, olhando-os com reprovação –
- Fui eu... – disse Ron, dando um passo á frente – Eu fui o último a sair na aula do professor Snape, e vi que ele havia esquecido um pergaminho em cima da mesa... Fui pegar para devolver, mas... Bem, o pergaminho abriu, e... Abriu sozinho, não fui eu que abri! – justificou-se ele, não querendo se passar por curioso e enxerido – E eu vi a receita para a poção do futuro... Não resisti, quis saber qual seria o meu futuro e levei-o até Hermione... Ela conhece mais dessas coisas do que eu, então... – suspirou, dando seu relato como terminado –
- O que vai acontecer com Draco? – perguntou Pansy, desesperada –
- Bem, nosso amigo vai ficar dando umas voltas por umas duas horas... Só o que nos resta a fazer é esperar... – disse suspirando – E quanto á vocês... – disse, virando-se para Harry, Hermione, e Ron – Vou pensar no que irei fazer com vocês. – murmurou olhando-os com censura –
- Era só o que me faltava... – murmurou Hermione para si mesma – Sempre o Malfoy... – bufou, e seguiu Hagrid até a cabana, junto com os outros -






Gente, espero que gostem do primeiro capitulo... Quero mtos coments pra eu postar o 2°, okeyyy? xD
BjOs!!!!!!!!!!
*Acabei de voltar de viagem, mas viajarei novamente e vou ficar uma semana fora, mas assim q eu voltar eu posto... X)*.


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