Chupa que é de uva!
Capítulo dois:
Chupa que é de uva!
Minha respiração começou a ficar acelerada, e podia sentir minhas mãos ficando secas. Minha visão ficou meio turva, mas ao mesmo tempo não conseguia parar de olhar para os olhos incrivelmente verdes dele, os cabelos espetados e o porte físico maravilhoso que não lembrava que ele tinha.
Como se fosse um flash, várias memórias de meu passado apareceram em minha mente, e um intenso ódio me invadiu ao me lembrar da cena de um Harry Potter mais jovem se afastando de mim no funeral, e me deixando sentada sozinha.
Eu queria sair dali, mas parecia que minhas pernas e meus braços tinham resolvido entrar em greve. Tinha apenas vaga consciência deles, e a minha mão ao lado de meu corpo segurando minha bolsa. Senti o moreno me secar totalmente! Desde meus pés, subindo pelas minhas pernas, pela minha barriga, meus peitos, até chegar ao meu rosto, onde a expressão de safado que ele tinha foi substituída por uma de assombro.
Ele me reconheceu.
Juntei todo o meu autocontrole e suspirando profundamente botei uma expressão vazia em meu rosto e encarei-o com a mesma intensidade que me encarava aqueles olhos verdes que um dia eu tanto amei. Ficamos nos encarando profundamente pelo que pareceu séculos, até eu ouvir o barulho da porta do elevador se abrindo atrás de mim. Acho que o barulho me tirou do transe, e com um sorriso sexy no canto da boca, disse:
- Olá, Potter! – me virei e entrei no elevador, com Débora e Marcela me seguindo, as duas com expressões vazias.
- G... Gina? – perguntou ele se engasgando. Eu me virei e apertando o número 3 do elevador respondi com uma risadinha de deboche.
- É Weasley pra você, querido. – sorri mais do que devia enquanto as portas do elevador se fechavam e o moreno mais lindo que vi em toda a minha vida sumia.
Deus, como ele tinha ficado lindo daquele jeito? COMO ele tinha mexido tanto comigo só de falar uma frase? Quando ele falou meu apelido então... Me lembrei das várias tardes ensolaradas que passamos juntos no lago de Hogwarts... Oh... O que esse homem tem que mexe tanto comigo?
Suspirei longamente com uma expressão de cansaço e fechei meus olhos.
- Então... É ele? – perguntou Marcela apreensiva ao meu lado. É lógico que elas sabiam o que aquele canalha tinha feito pra mim.
Não respondi nada. Mais uma vez a cena do menino-que-sobreviveu levantando e se afastando de mim, me deixando sozinha e com meu coração partido apareceu na minha cabeça como um flash. Então uma lágrima quente escorreu pelo meu rosto.
Senti dois braços me envolvendo, e percebi que eram de Marcela, e logo depois Débora se juntou ao nosso abraço. (N/Beta: Vcs não acharam q a Débora seria insensível, acharam?? oO)
Chorei em silêncio até ouvir o barulho da porta do elevador se abrindo. Como é bom ter amigas assim quando eu preciso.
Me soltei do abraço delas sorrindo em agradecimento, e pude reparar que Marcela e Débora estavam com os olhos cheios de lágrima, quase chorando também.
Quando eu ia começar a brincar com as duas por estarem chorando, paralisei. Ali, na porta do elevador se encontrava parada ninguém mais ninguém menos que Hermione Granger, quem eu considerava como amiga, mas preferiu ficar do lado do Harry, mesmo sabendo a canalhice que ele tinha feito.
Ela parecia ter mudado bastante. Usava uma blusa manga comprida vermelha com decote em “V” e uma saia jeans Moschino, uma bota de salto médio caramelo Marc Jacobs, e carregava uma carteira caramelo Zucca. Usava também um brinco comprido com uma pedrinha na ponta e um relógio Swat. O cabelo parecia até de uma boneca, com os cachos muito bem tratados, e talvez a falta da mochila nas costas com uma tonelada de livros tenha ajudado a definir mais ainda seu corpo. A questão era que ela parecia realmente uma outra pessoa, a não ser pelo seu olhar de choque, que eu nunca iria confundir em toda minha vida.
Ela me olhava com a mesma cara que usava nos tempos de escola quando a professora McGonnagal falava que teríamos um teste surpresa.
- G-Gina? É você mesmo? – perguntou ela. QUAL É? Todo mundo deu pra gaguejar agora?
Pela segunda vez botei aquela expressão “uma bomba pode explodir que eu nem vou notar”, e respondi:
- Acredito que sim. – sorri e contornando-a, sai do elevador procurando o apartamento “C1”. Como o elevador dava para uma corredor pequeno, olhei para a direita e vi uma porta escrito “C2”, instintivamente me virei para a esquerda e lá estava o apartamento “C1”.
- Gina, eu preciso falar com você. – ouvi Hermione dizendo atrás de mim.
- Oh, que pena. Porque você vai continuar precisando... – eu disse sem me virar e indo em direção ao apartamento. – Débora, é você que ta com a chave?
- Gina, é sério. Precisamos conversar! – insistiu Hermione.
- Não precisamos não! Débora!? – perguntei impaciente me virando de frente para as três. Hermione estava na frente, e Débora e Marcela atrás dela.
- Está aqui. – disse Débora tomando a dianteira e abrindo o apartamento. Empurrei ela e Marcela e entrei logo atrás.
- Até logo, Hermione. – e fechei a porta na cara dela. Nem reparei em nada no apartamento, apenas fiquei parada, até ouvir uma batida na porta. Respirei fundo e a abri.
- Gina... – começou Hermione dizendo. Não dei tempo dela falar mais nada, e bati novamente a porta na cara dela. Respirei fundo e abri a porta de novo com uma cara de incrédula. COMO ELA TINHA CORAGEM DE FALAR COMIGO DEPOIS DE TUDO? – Gina, eu... – balancei a cabeça com uma expressão mais incrédula ainda, e bati a porta na cara dela pela terceira vez. Dei as costas e fui em direção ao que parecia ser um sofá encapado com um saco preto. Me sentei no mesmo instante que batiam na porta de novo. Débora tinha se encostado na parede à esquerda e balançava a cabeça de um lado para o outro desaprovando a situação, e Marcela foi abrir a porta com uma expressão de culpa no rosto.
- Desculpe a Gina, por favor. Entre. – disse ela, e Hermione apareceu na porta, me encarando fixamente.
- Retiro o pedido de desculpas. – eu disse friamente encarando-a também.
- Obrigada... – Hermione falou suspirando e olhando cansada para Marcela. – Hermione Granger, prazer.
- Marcela Zanateli. E aquela ali encostada na parede é Débora Muniz. Agora nós já vamos porque acho que vocês duas precisam conversar. – terminando de falar Marcela puxou Débora consigo e a levou por um corredor à minha esquerda.
- Gina... – começou Hermione dando um passo à frente, mas eu não deixei ela terminar.
- Nem precisa começar, eu sei muito bem a ladainha que você vai falar!
- Mas Gina, você nem ao menos me deixou explicar...! – falou ela mexendo as mãos desesperada pra mim.
- Explicar!? – me levantei e fiquei na frente dela. – Explicar o quê? Que você se dizia minha amiga, mas de uma hora pra outra se virou contra mim, e foi seguir seus amiguinhos sem nem se dar ao trabalho de perguntar como que a Gina estava!? Explicar porque quando eu mais precisei de você, simplesmente me abandonou? – nessa hora eu não estava agüentando mais e meus olhos se encheram d’água. – Você sabe o quanto doeu pra mim ouvir aquilo do Harry? Você tem alguma noção do quanto que aquilo me machucou, Hermione? Você sabe o quanto que eu precisei naquele momento de algum ombro amigo? Não, acho que não, porque você simplesmente foi embora, como todos os outros, e nem sequer se deu ao trabalho de me escrever ou deixar algum recado pra eu saber se vocês estavam bem, ou tinham morrido! – parei onde estava e percebi que escorria livremente as lágrimas por meu rosto.
- Gina, escute... – começou Hermione, que também estava chorando silenciosamente.
- Não, Hermione, escute você! – e apontei o dedo na cara dela. – Eu não sou mais a mesma. Nunca mais vou sofrer por quem não me merece, ouviu bem? Por isso que de agora em diante, eu quero é distância desse tipo de pessoa!
- Mas Gina, eu não queria fazer isso...
- Não queria, mas fez! – nesse ponto tanto eu como Hermione respirávamos rapidamente. Olhava fixamente nos olhos de Hermione, esperando a próxima desculpa esfarrapada, até que ela suspirou fortemente e se deixou cair sentada no sofá, que levantou poeira ao seu lado.
A mulher que era conhecida por ser sempre forte e decidida, naquele momento parecia à pessoa mais angustiada e deprimida que meus olhos já tinham visto. Ela passou as mãos pelos cabelos suspirando novamente e olhou para o chão, e foi com uma voz fraca, quase sussurrando, que ouvi ela se confessar enquanto deixava grossas lágrimas caírem para o chão ainda sem tapete.
- Foi pelo Harry, Gina... Foi pelo Harry... Por essa guerra maldita que nós nos metemos! Essa guerra, que acabou com o meu melhor amigo, e que acabou comigo mesmo. Para que nós conseguíssemos ganhar essa porcaria dessa guerra nós tivemos que matar a parte humana que ainda tínhamos em nossa alma, Gina... – eu percebi que aquilo estava sendo realmente doloroso e sincero para ela, e então me ajoelhei à sua frente. Ela suspirou tentando conter um pouco de suas lágrimas, e me olhou, e aquele olhar partiu meu coração. Eu pude ver as sombras de todos aqueles que morreram na guerra através do olhar daquela mulher que estava na minha frente, e foi naquele momento que eu senti que a antiga Hermione que eu tanto amei como minha melhor amiga estava escondida atrás de todas aquelas sombras.
E fiz uma promessa pra mim mesma, que iria recuperar a amiga que tanto senti falta.
- Você... Você tem noção de como foi difícil ver todas aquelas pessoas mortas, Gina? Você tem noção de como foi difícil matar todas aquelas pessoas? Nós estávamos dentro daquela guerra, e tínhamos que fazer de tudo para salvar aqueles que amávamos. – ela estava chorando tanto que tinha começado a tremer, passou novamente as mãos pelos cabelos e continuou com a voz vacilante. – Não foi uma, e nem duas vezes que eu cogitei a idéia de te mandar ao menos uma carta pra te avisar do que estava acontecendo, Gina, acredite! Eu pensei muito em te manter informada, mas o Harry sempre se exaltava, os olhos dele escureciam e ele gritava que não tinha motivo algum pra te meter nessa guerra. – nessa hora eu comecei a chorar silenciosamente, e chegando mais perto de Hermione peguei nas mãos dela fazendo ela me encarar. – Por favor Gina, me perdoe... Você não sabe a falta que fez pra gente. Pra mim, pro seu irmão, e também para o Harry... Me perdoa, Gina... Me perdoa...
Não tinha mais o que conversarmos. A falta que sentia daquela garota de cabelos tão enrolados falou mais forte, e eu a abracei apertado, ouvindo-a chorar em meu ombro, como eu que chorava no ombro dela.
- Perdoe a si mesmo, Mione... Perdoe a si mesmo... – sussurrei enquanto sentia ela chorar no meu ombro.
~*~
Eu nunca pensei que me sentiria feliz depois de ver novamente Hermione, mas logo depois que ela saiu para ver alguma coisa sobre a faculdade, eu me senti extremamente feliz por ver que ela estava realizando seu sonho de se tornar medibruxa.
- Tudo limpinho, brilhante e bonitinho! – ignorem essa fala.
Então, como eu ia dizendo, me senti em paz comigo mesmo em ter voltado a falar com a Mione, sabe? Percebi que ela também tinha sofrido bastante com tudo isso, e que o culpado sempre foi e sempre será ele... Aquele sujo do Harry.
- Tudo limpinho, brilhante e bonitinho! – oh não, a Débora também entrou nessa? -.-‘ (N/Beta: Axou msm q eu iria ficar fora dessa? Hauhauhaa =x calei...)
- Hey Gina, canta com a gente! – disse Marcela, no que eu gargalhei alto.
Provavelmente você não deve estar entendendo nada, não é meu caro? Pois bem... Irei explicar.
Logo depois da Mione ter ido embora nós guardamos nossas malas em nossos quartos, trocamos de roupas e começamos uma faxina. Não uma faxina comum, e sim “A” faxina! E no momento nós estamos terminando de limpar e arrumar toda a cozinha. Débora está com um shortinho mínimo jeans, uma frente única roxa, ambos da Helmut Lang. Marcela está vestindo uma saia indiana avermelhada que vai até o joelho e uma blusa branca de alcinha, e eu estava com um vestido florido azul e rosa até os joelhos Isabel Marant. Todas estamos descalças, com os cabelos soltos e rindo igual umas condenadas.
E as minhas duas queridas amigas resolveram subir em cima do balcão da cozinha e começar a cantar “TUDO LIMPINHO, BRILHANTE E BONITINHO!”, e ainda por cima fazendo uma dança ridícula com os panos da limpeza.
- TUDO LIMPINHO, BRILHANTE E BONITINHO! – cantei junto com elas dançando com uma vassoura no chão e rindo.
Passe o tempo que eu passo com elas que você vai saber por que eu faço essas besteiras.
- Ai gente, eu to com fome... – suspirou Marcela se sentando no balcão e balançando as pernas.
- Ahh... Eu não estou a fim de cozinhar hoje não... – resmunguei me sentando na cadeira e deixando a vassoura de lado.
- E muito menos eu! Além do mais eu não tenho paciência e nem dotes culinários... Como você, devo acrescentar. – disse Débora pulando do balcão e ficando de pé para nós.
- Que tal pizza, gente? – perguntou Marcela feliz pulando no chão.
- Apoiada! – falei. – Mas o problema é que a gente ainda não tem telefone pra pedir para nos entregar...
- Então alguém vai ter que ir buscar... É a única solução. – disse Marcela com as mãos na cintura.
Eu não vou! Não vou, não vou e não vou! E pela cara de Débora, ela também não vai.
Ahá! Sorri maligna para Débora, no que o sorriso foi devolvido, e nós duas olhamos para Marcela, que nos olhou com uma cara confusa, e disse:
- Que foi?
~*~
Apertei o botão do terceiro andar no elevador e encostei a cabeça da parede enquanto ouvia a porta se fechando e o elevador subindo.
Estão ficando cada vez mais cansativas essas viagens... Desde ontem que eu não ia pra casa.
Estava quase cochilando quando a porta do elevador se abriu, eu dei um passo pra fora e me virei para a esquerda, quando ouvi o barulho de uma porta batendo, e alguém gritando.
- SUAS TRAÍRAS! EU ODEIO VOCÊS, ESTÃO ME OUVINDO? O-D-E-I-O VOCÊS! – ela gritava, esmurrava e chutava a porta. Ela tinha cabelos negros e compridos, a pele branquinha, usava uma blusinha de alças brancas, uma saia indiana e estava descalça. Tinha um corpo realmente diferente, era linda, e as pernas pelo que eu via... Eram divinas! Será que aquilo é natural? Bom, só tocando pra ver... hehe... (N/Beta: Estou horrorizada, sou uma mocinha de família, não posso ficar lendo essas coisas oO hauhauhaa =x)
Qual é! Eu sou homem... (N/Beta: E eu uma mulher! oO dãã)
- E COMO É QUE VOCÊS PENSAM QUE EU VOU PAGAR AS PIZZAS, HEIN!? COM UM PEDAÇO DO MEU CABELO? COM AS MINHAS ROUPAS DO CORPO, OU QUEM SABE COM O MEU CORPO!? ABRAM ESSA PORTA LOGO! – ela continuava berrando com a porta e a esmurrando. – EU TO SEM GRANA!
E do nada a portinha por onde a correspondência é enviada é aberta e caem alguns galeões no chão. A garota bufa irritada se abaixando e pegando o dinheiro, e voltando a gritar!
- ÓTIMO! AGORA VOCÊS QUEREM ABRIR ESSA PORTA PRA EU PODER ENTRAR? EU NÃO VOU COMPRAR PIZZA SOZINHA, ESTÃO ME OUVINDO!? NÃO VOOOU! E ALÉM DO MAIS EU TO DESCALÇA!!!
Mais uma vez a portinha do correio é aberta, e uma sandália Havaina branca é jogada no chão, e logo depois seu par.
- QUE TAL VOCÊS TACAREM MINHA VARINHA PRA EU PODER EXPLODIR ESSA PORTA E A CABEÇA DE VOCÊS, HEIN? QUE TAL!? – ela calçou os chinelos e disse por último: - EU ODEIO VOCÊS, OKAY? – e se virou, me encarando.
Pode ter certeza que se fosse uma situação normal eu começaria a zombar dela, contar piadinhas e acabar a chamando pra sair. Mas eu não consegui...
No momento em que ela me olhou eu paralisei. Nunca vi nada que mexesse tanto comigo como aqueles olhos verdes que me encaravam... E o conjunto de seu rosto era tão perfeito pra mim que eu achei que estava vendo algo de outro mundo. Ela me olhou paralisada também por algum tempo, mas foi ela que voltou primeiro ao normal e falou:
- Que foi? Algum problema? – disse ela brava e topetuda. Não consegui e gargalhei. – Que foi, ôh mané!? Ta rindo de mim por quê? To com nariz de palhaço ou ta escrito “eu sou um limão” na minha testa, hein!? – fiquei com vontade de rir mais ainda, só que me segurei e estendi a mão para ela. (N/Beta: Err... Ceia... Vc é o meu limão, lembra?!?!? =x hauhauha... tah bom, calei!)
- Matthew Kurty, prazer!
~*~
Ora! QUEM ESSE CARA PENSA QUE É!?
”Dãããrr... ele acabou de dizer que é Matthew Kurty, idiota!”
IDIOTA É VOCÊ, TA! E eu não falei com você, ta legal? Se manda.
”Oh darling... Não tem como ‘eu me mandar’, esqueceu? Eu sou você!”
Mesmo assim... S-E M-A-N-D-A!
”okay, okay... Vamos fingir que isso é possível, então... Vou ficar calada por um tempo pra você ficar feliz, está bem sua besta?”
ALELUIA! Esse traste parou de falar comigo!
Bem, pra você que está boiando, essa coisa que acabou de falar comigo é minha consciência, sabe? Isso soa meio estranho, porque ninguém nunca vai imaginar que eu tenho consciência ou que eu penso... Por isso que apesar dela falar que ela é minha consciência, eu apenas acho que ela é “a voz irritante dentro da minha cabeça”.
Resumindo: odeio ela!
”Oh, queridinha, então nosso sentimento é recíproco!”
- Droga, ela voltou! – eu disse suspirando.
- Quê? – perguntou o moreno na minha frente. Olhei de novo atentamente para ele, e vi mais uma vez que deus grego ele era... JESUIS APAGA A LUZ, hein!? Ele tinha os cabelos escuros e meio caindo nos olhos nem escuros e nem claros... E aquele rostinho, SENHOR! Dava uma vontade de morder cada pedacinho da pele dele, e pelo que eu via, o físico dele não deixava a desejar. Será que ele demorou pra deixar esse corpinho assim? Uiii...
- Errr... Nada não. Marcela Zanateli. – e finalmente apertei a mão que ele oferecia, sentindo um arrepio involuntário. Merlin, ali estava um homem realmente sexy!
”Me joga na parede e me chama de lagartixa!” (N/Beta: Meu Deus, onde vamos parar... As passoas hoje em dia estão muito depravadas =x Não são tão quietas como eu (6)ops(a) lalalá)
QUIETA!
~*~
Me arrepiei todo, e segurei a vontade de agarra-la ali mesmo quando nossas mãos se juntaram.
- Tudo muito bem, mas eu preciso ir, com licença. – disse ela soltando minha mão e chamando o elevador.
- Quer minha companhia? – perguntei pra ela me encostando de braços cruzados na parede e a encarando.
- Porque eu iria querer? – ela perguntou se virando pra mim com os olhos arregalados.
- Porque está escuro, e uma pessoa como você andando sozinha à noite em uma cidade como essa pode ser perigoso.
- Olha bem pra mim. – ela disse apontando o dedo pra mim brava, e percebi que ela era bem pequena comparada ao meu tamanho, e eu achei isso maravilhoso. Não sei por que, mas achei! – Eu vou fingir que não ouvi a discriminação contra a minha altura quando você disse “pessoa como você”, okay? – pra falar a verdade eu estava me referindo de como ela era gostosa, mas isso também serve. – E muito obrigada, mas eu recuso sua oferta.
- Por quê? - perguntei surpreso. Afinal, quem iria recusar a minha companhia, não é?
- Vai que você é um serial killer de pessoas baixinhas? Ou um tarado da machadinha? Já pensou se você for um seqüestrador, e eu tiver que ficar presa em um cativeiro nojento e fedido comendo com as mãos e bebendo só água? – e olhou pra mim com um olhar assustador. – E eu posso estar sem varinha, mas mesmo assim não vai ser fácil me matar, ouviu!? – e entrou no elevador que tinha acabado de chegar.
Comecei a gargalhar e a segui. Não iria deixá-la ir sozinha comprar comida...
- Qual parte do “não preciso da sua ajuda” você não entendeu? – ela falou com as mãos na cintura, expondo totalmente os contornos do seu corpo pra mim. Issoooo... Mata o pobre coitado aqui.
- Não sou uma pessoa de desistir fácil... – respondi sorrindo e olhando para ela de modo superior.
~*~
QUE SER MAIS ARROGANTE É ESSE!?
”Arrogante e gostoso, né meu amor!?” (N/Beta: Viu, eu falei... DEPRAVADA!!)
- E eu não sou uma pessoa de morrer fácil, ta legal? – respondi à altura pra ele e sai do elevador indo pro átrio do prédio.
- Ainda com essa mania de achar que eu sou um serial killer? – ele perguntou vindo atrás de mim.
Ahhh... Mas se ele quiser me matar eu não vou facilitar as coisas, não vou mesmo!
”Agora se ele quiser estrupar...” (N/Beta: oO =O abismada³³ mortaaa³³³)
CALA A BOCA!
”Se fudeu, eu não tenho bocaaaa...”
- Ai, como eu fui merecer isso!?
- Minha presença é tão irritante assim? – perguntou uma voz atrás de mim. Me virei e apontei o dedo bem pra cara dele, pronta pra falar poucas e boas, até que...
Eu me lembrei que não sabia de nenhuma pizzaria ali perto.
- Você sabe onde tem uma pizzaria aqui? – perguntei abaixando minha mão e sorrindo falsamente pra ele, que levantou uma sobrancelha em sinal de medo.
- Você é estranha... – ele falou fazendo uma cara muito fofa.
- Uma estranha que precisa de pizza! – falei tentando convence-lo.
- Tudo bem, tem uma pizzaria logo saindo da faculdade. Vem que eu te mostro o caminho. – ele falou começando a andar, no que eu o segui.
”CARAMBA! Você viu essa bunda?”
Claro que eu vi! ¬¬’
”Uiii... CHUPA QUE É DE UVA, meu bem!” (N/Beta: Senta que é de menta ... uiiii... so hot!! =x Sorry... Momento de loucura! A depravada eh a CEIA!! Hauhauhauha)
~*~
- Mione! Preciso falar com você! – ouvi Harry dizer assim que fechei a porta do apartamento.
Suspirei e cerrei os dentes. Depois de conversar com Gina eu fui direto para a faculdade resolver alguns assuntos pendentes da festa de Boas Vindas da faculdade, já que eu faço parte do grêmio estudantil, e agora que eu cheguei em casa eu estou realmente cansada para ter uma dessas conversas sérias com Harry.
E se eu estiver certa essa vai ser uma conversa mais séria do que outras...
- Mione, você ta aí? – percebi então que tinha fechado meus olhos e encostado minhas costas na porta fechada. Abri os olhos e dei de cara com uma sala bem iluminada, com uma sacada bem à minha frente, uma TV grande de plasma e tela plana, dois sofás brancos e extremamente confortáveis, duas poltronas também brancas, um tapete escuro, grande e fofo no meio da sala e alguns quadros, esculturas e outras coisas enfeitando o ambiente de uma forma agradável e jovial. Assim era a aparência do apartamento que dividia com Harry e mais um amigo desde que nos mudamos para cá pra fazermos à faculdade.
E de costas para a sala me olhando fixamente estava meu melhor amigo. Ela era realmente muito bonito e muitas pessoas no começo, falaram bastante mal de nossa relação, mas todos perceberam que a nossa amizade chega a ser fraternal demais, e que somos os irmãos que nunca tivemos um para o outro.
- Diga Harry. – falei cansada me afastando da porta e sentando no sofá.
- Você... – ouvi ele dizendo ainda de onde estava. Então ele se virou pra mim e fixou seus olhos verdes tempestuosos em mim. – Você a viu?
Não precisei pensar muito de quem ele estava falando.
- Vi Harry. – ele mordeu os lábios e voltou sua atenção para o chão. Sorri de lado e disse: - Ela está linda, não está? – ele suspirou e sorriu também.
- É... Está mesmo... Linda demais... – e se sentou rapidamente no sofá à minha frente. – O que você acha que ela está fazendo aqui? – ele parecia estar bravo.
Oh... Meu pobre amigo...
- Harry, você já parou pra pensar que a Gina cresceu e que ela tem uma vida só dela agora? – ele me olhou carrancudo e se afundou com os braços cruzados no sofá. – Ela só está seguindo com a vida dela. Aliás, uma vida que você despedaçou há algum tempo atrás, né? – depois de ouvir o que eu disse ele se remexeu no sofá e com a cara fechada olhou para além da janela.
- Eu sei Mione... Eu sei...
Decididamente eu estou com medo do que vem por aí... Tanto por Harry como por Gina.
~*~
Faz alguns minutos que nós estamos voltando para o prédio já com duas pizzas gigantes e um refrigerante, e todas minhas tentativas de começar um diálogo decente foram por água abaixo.
- Você é uma baixinha muito mal-educada, sabia? – eu disse depois de uns cinco minutos de silêncio, onde nós já estávamos subindo as escadas do prédio.
Ela virou pra mim com os olhos semi-cerrados segurando as pizzas nas mãos e falou brava:
- Mal-educada eu posso até aceitar, mas baixinha JAMAIS, ouviu bem!? – e se virou entrando no átrio do prédio e apertando o botão do elevador.
- Bem que você poderia ser mais social, né? – falei emburrando e olhando para o lado fazendo biquinho e tudo. Percebi que nessa hora ela me olhou de um jeito estranho e mordia o lábio inferior. O elevador chegou, ela entrou na frente, colocou as pizzas no chão, e quando eu entrei, ela pegou o refrigerante que eu segurava e também colocou no chão.
Apertou rapidamente o botão do terceiro andar, e quando o elevador começou a subir ela voltou a apertar um botão, mas dessa vez para parar o elevador, que estacou e eu olhei confuso para ela.
- O quê você está fazendo? – perguntei preocupado. Aquela garota estava começando a me dar medo.
- Estou sendo mais social, não era isso que você queria? – disse ela se aproximando de mim com um olhar faminto e mordendo os lábios novamente com o cenho franzido.
O MERLIN!!!
ELA VAI FAZER
O QUE EU ACHO QUE ELA VAI FAZER???
Ela me agarrou pela blusa e me puxou um pouco para baixo.
AHHHHHHHHHH
MULEQUE!
E nossos lábios se encontraram.
~*~
Ai Jesuis, o que eu to fazendo?
O QUE EU ESTOU FAZENDO?
”Beijando ele, oras! ¬¬” (N/Beta: TARADA!!!)
Ai MERLIN! Eu to beijando ele! EU TO BEIJANDO O CARA MAIS LINDO QUE EU JÁ VI NA VIDA!
E que beijo... :x (N/Beta: Ele beija bem?? *-*... Que foi?? Sou curiosa =P hauhauhaua)
Quer dizer... Até agora o beijo não passou de um encostar de bocas, talvez por causa do choque tanto dele, quanto o meu. Até agora eu não acredito que eu fiz isso... De onde eu tirei essa idéia, Senhor?
Eu vi que ele ainda não tinha retribuído então eu afrouxei o aperto na blusa dele e desencostei meus lábios dos dele, só que no momento seguinte as mãos dele que antes estavam jogadas ao lado do corpo dele pegaram minha cintura, e me empurraram pra mais perto dele, fazendo minha boca encostar-se à dele novamente, e agora era ele que começava a me beijar.
Senti a língua dele me pedindo espaço e abri, e MERLIN! Que sensação era aquela?
A língua dele fazia o que bem entendia da minha boca, me explorando em cada mínimo pedacinho que eu nem sabia que existia.
Ai JesuisMariaJosé! Eu... Tenho que terminar isso logo se não eu não vou responder por mim...
”AINDA TA CONSEGUINDO RESPONDER POR VOCÊ? :O”
~*~
Eu estava começando a embrenhar minhas mãos dentro da blusa dela, quando a senti se afastando de mim e apertando o botão do elevador e fazendo-o subir. Acompanhei-a o trajeto inteiro a beijando e encostando as costas dela na parede de novo.
O elevador parou e abriu as portas, e ela se afastou de mim mordendo meu lábio inferior e se abaixou rapidamente pegando a pizza e o refrigerante e foi direto para o apartamento em frente ao meu.
Como é que se anda mesmo? (N;Beta: Colocando um pé na frente do outro?? oO hauhauhaa =x caleiii eu juroo... + soh pq acabou... hauhauah xP)
N/Beta: (8) Me deixa maluca tirar o mel da fruta, me mata de amor, me pega no colo, me olha nos olhos, me beija que pé bom... Na sua boca eu viro fruta, chupa que é de uva, chupa, chupa, chupa que é de uva (8) hauhauhauahua... Bom... Pedacinho do cap m enviado as 16:33 hihihi... betarei e enviarei para ser postada logo ^^ ;* beijomeliga
N/Beta: Ahá... S]ao 17:36 e eu acabei de betar... demorei pq parei algumas vzes... hahaha... espero q gostem xP ;* beijomeliga!
N/A: Depois quando eu digo que nunca mais acho uma beta dessas ninguém acredita! -.-‘
Desculpem a demora novamente, mas a escola e os cursos estão tomando muito tempo... e eu to aprendendo a tocar violão, não é o máximo? To quase com uma banda formada já... *-*
Boom... Então se divirtam.
beijoNÃOmeliga:* (que foi? o.o’ Eu vou ta ocupada ;)
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