Cap 5 – Ações e Reações

Hermione não melhorara nada. Ao chegarem ao hospital, ela continuava tão inerte quanto antes.


- Ela está dormindo. – sussurrou Hope. Por um instante ele achou que a filha tinha razão. Á exceção do hematoma, Hermione parecia quase normal.


Ele se aproximou da cama, cheio de esperanças. Torcia para que ela esboçasse alguma reação.


- Mione?


- A deixe em paz. – gritou Hope num tom de voz temeroso.


Afastando-se, Harry ficou com as meninas na porta, enquanto elas absorviam a cena. Disse, em voz baixa:


- Estão vendo? Nada de respiradores, nem de aparelhos ligados para ajudar a mantê-la viva. Ela quebrou a perna. Por isso o gesso. E os machucados no rosto são da pancada no carro. Os tubos de soro lhe dão medicamento e alimento. A tela de TV atrás dela registra coisas como: batidas do coração, pulsação e oxigênio.


Sentiu Hope balançar a cabeça encostada em seu ombro.


- Quer que ela saiba que você está aqui? – o balançar tornou-se um rápido sim com a cabeça. – E você, Sam?


Sem defesas, Samantha parecia tão assustada quanto à irmã.


- Que vamos fazer?


- O que quiserem.


- Você também vai conversar com ela?


Ele sabia reconhecer quando alguém tentava provocá-lo. Afastou-se mais uma vez das filhas e foi até a cama. Pegou a mão da mulher, curvou-se e beijou-lhe a testa.


- Oi meu anjo, como está se sentindo? Viu, eu disse que voltava logo, e aqui estou. Trouxe as meninas comigo. Estão ali junto à porta. Ficaram meio intimidadas com as máquinas e tudo mais.


- Eu não estou intimidada. – protestou Samantha, ao lado dele de repente. – Oi mãe, sou eu, Sam. – pelo canto da boca, sussurrou: - Isso é uma idiotice. Ela nem ao menos ouve a gente.


- Tem certeza?


- Não.


- Então não diga o que não sabe! – Harry virou-se para a filha mais nova, que continuava parada na porta. Quando a chamou para junto de si, ela se encolheu.


- O que estão fazendo para acordá-la? – perguntou a mais velha, ao seu lado.


- Está vendo aquele soro? – Apontou para um dos frascos. – Aquela substância mantém a inchação em sua cabeça em níveis baixos, para que o sangue e o oxigênio possam fluir e curar os tecidos machucados.


- Por que eles não dão uma injeção para acordá-la?


- Não funciona desse jeito.


- Você já pediu que dessem?


- Não. – disse Harry, encarando-a. Preferia a filha quando ficava assustada demais para bancar a sabe tudo. Não sabia se era a idade ou se era ele que fazia aflorar o pior de Samantha.


- Escute bem: vou deixar você aqui para conversar com sua mãe. Não seja tímida. Pode dizer que sou terrível. Diga que é melhor ela acordar, porque você não vai se mudar para a cidade. Diga que não sei nada. Desabafe tudo. Preciso dar alguns telefonemas. – Ao virar-se, descobriu que Ginevra Weasley chegara e achava-se na porta com o braço em volta dos ombros de Hope.


- Escute Ginevra, vou ao corredor telefonar. – Ao passar por Hope, disse-lhe: - Estou logo ali no corredor. Não demoro.


Sentia-se um desertor, mas de que adiantava ficar ali?


- O Dr. Malfoy se encontra no hospital? – Harry perguntou, dirigindo-se a uma das moças que estavam no posto de enfermagem.


- Nas manhãs de terça-feira ele dá aulas no centro da cidade. – uma enfermeira informou.


- É o Sr. Potter? – uma delas perguntou, enquanto folheava alguns papéis. Trajava uma blusa de seda sob o jaleco branco do laboratório e enormes brincos de pérola. Harry desconfiou que fossem para fazê-la parecer mais velha do que os trinta anos que deveria ter.


- Sou Harry Potter.


- Luna. Dra Luna Lovegood. Sou neurologista, também responsável pelo caso, depois do Dr. Malfoy. Ele examinou sua mulher antes de sair. Ela se mantém estável.


- Mas ainda não acordou. Não há nada que possamos fazer?


- Por enquanto não.


Virando-se, Harry atravessou o corredor até o local reservado ás cabines telefônicas. Deu dois telefonemas para Londres.


- Weasley e Potter. – ele ouviu uma voz dizer do outro lado da linha. Era Lilá Brown, trabalhava para ele e Ronald desde que haviam aberto o escritório. No início, acumulava as funções de recepcionista e pau para toda obra. Só operava a mesa telefônica quando a recepcionista saía para almoçar. Dedicava o resto do tempo á contabilidade da firma, além de atuar também como relações-públicas. A qualidade mais valiosa de Lilá era sua lealdade a Harry.


- Oi. – suspirou aliviado por ter sido ela a atender.


- Harry, sinto muito pelo que aconteceu com Hermione. Como ela está?


- Em coma. Os ferimentos não seriam tão sérios se não fosse a pancada na cabeça.


- Lamento muito mesmo. E as meninas?


- Assustadas.


- Acha que ela ficaria melhor em um hospital aqui?


- Ainda não. A equipe parece boa. Mas quero que um especialista confirme tudo. Pode me arranjar o nome do melhor neurologista de Londres?


- Agora mesmo. – disse ela, com aquela abençoada confiança.


- E as coisas ai?


Fez-se uma pausa e logo...


- Acho que é melhor você não saber.


- Perdemos Montana?


- Pior. Não perdemos. Eles transferiram a reunião para terça-feira que vem.


Sentia-se cansado demais para rir. Só Lilá o compreendia o bastante para falar daquele jeito. Testemunhou seu sucesso pessoal durante anos, suportou suas descargas constantes de adrenalina e vibrou sempre que seus sonhos impossíveis eram concretizados. Mas nos últimos tempos alguma coisa modificara aquele clima de alegria, que se tornava cada vez mais raro. Nada no escritório tinha mais a ver com projetos, ou com satisfação criativa. Agora tudo girava em torno das reuniões de negócios.


- Eu devia me sentir lisonjeado. Alguma notícia lá de Bristol? – projetara um restaurante naquela cidade e precisava se encontrar com o proprietário, o eletricista, o bombeiro e um especialista em cozinhas.


- Quarta-feira que vem. Na sexta, você tem um compromisso em Austin. – Ela respirou fundo, acrescentando: - Acha que vai conseguir?


Harry cerrou os olhos e esfregou as pálpebras cansadas.


- Quem sabe? Ela ainda pode acordar hoje, mais tarde. Ou amanhã. Ou semana que vem...


- Vai ficar aí com as meninas?


- Vou. Só uma ou duas noites, até sabermos o que está acontecendo. – correu a mão pelos cabelos. – Austin na sexta talvez fique meio apertado, mas por ora deixa como está. Cancele só os meus compromissos para amanhã.


- Ronald não vai ficar nada feliz...


- É, acho que não. – mas Harry não podia se preocupar com o sócio naquele momento, pois outras pessoas em sua vida tinham mais urgência.


O segundo telefonema foi para uma delas.


- Harry! – o tom de voz denunciava a presença daquele sorriso satisfeito, que tanto o alegrava. – É cedo. – Cho acrescentou, ainda com o sorriso na voz. – Já terminou a reunião?


- Não teve reunião. Estou com um problema Cho. Hermione sofreu um acidente de carro. Está na UTI e estou com as meninas.


Fez-se uma pausa. Logo a seguir, com o sorriso desfeito, ela perguntou:


- Em West Sussex?


- Sim. Hermione está em coma. – ele transmitiu as informações básicas do caso. – As meninas estão apavoradas. Não posso deixá-las sozinhas neste momento.


Outra pausa. Cho não pode evitar o comentário.


- Quer dizer que não vai dar para você ir ao balé? – a decepção era tão óbvia quanto à alegria de antes.


- A não ser que ela acorde nas próximas horas. Sinto muito Cho, muito mesmo. Sei o quanto você trabalhou para que tudo fosse perfeito essa noite, mas não é a única pessoa com quem tive de cancelar compromissos. É um jogo de espera insuportável, asqueroso.


- Não há ninguém aí que possa passar a noite com as meninas?


- As meninas são responsabilidade minha Cho. Não posso deixá-las. Hoje não. A situação é muito traumatizante. Não dá para eu pegar o carro e ir embora.


- Mas eu precisava muito de você aqui. Sou a co-presidente da sociedade Harry. – não era uma lamúria, apenas uma declaração.


- Eu sei Cho, mas se eu tivesse o dom de estar em dois lugares ao mesmo tempo, juro que não hesitaria.


- Ela não é mais sua mulher.


Aquilo também foi dito em voz tranqüila, apenas mais uma constatação de um fato. O que ele ouviu em seguida, contudo, foi uma coisa muito diferente:


- Somos namorados há dois anos, Harry. Não passei a significar mais para você do que sua ex-mulher?


Rony dissera algo semelhante uma vez.


- Ela pode ser minha ex-mulher, mas não há nada de ex em relação as minhas filhas. Como posso deixá-las sozinhas aqui e voltar á cidade para comparecer a festa? – ele percebeu que Ginevra vinha em sua direção. – Tenho de desligar agora, lamento com toda sinceridade Cho. Ligo depois para você, está bem? – Harry desligou. A expressão de Ginevra tinha a gravidade de quem vem tratar de uma transação comercial. - As meninas estão com Hermione?


- Estão. – Ginevra enfiou uma das mãos no bolso da calça. – Vai voltar para Londres?


- Não. Acabei de cancelar tudo para poder ficar aqui. – notou que ela parecia surpresa com a notícia.


Harry saiu da cabine telefônica. Os dois começaram a caminhar lado a lado.


- Pensou que eu não fosse ficar? – disse Harry, quebrando o silêncio.


- Não sabia o que pensar. Só o que conheço a seu respeito é o que eu ouvia de Hermione, mais nada. E tudo parecia indicar que você se sairia melhor partindo do que ficando no mesmo lugar. Ela se sentia abandonada.


Harry parou de chofre. Ginevra fez o mesmo.


- Abandonada? – ele repetiu, sem acreditar no que ouvia. – Não fui eu quem colocou um ponto final no casamento. Foi Hermione. Ela fez as malas e foi embora.


Ginevra ficou calada por algum tempo. Quando falou, havia uma espécie de desafio em seus olhos.


- Na visão de Hermione, você já não cumpria mais seu papel de marido. A mudança dela foi apenas uma reação. Londres a sufocava. Não conseguia mais pintar lá. Sentia-se frustrada e entediada.


- Se Hermione estava entediada, era por culpa dela. Poderia fazer dezenas de coisas se ela quisesse, mas nunca fez. – disse, começando a se irritar.


- A única pessoa com quem ela queria fazer alguma coisa na cidade era com você, mas você nunca parava em casa. – disse a ruiva, encolhendo os ombros.


- Não, eu não parava, e sabe por quê? Por que eu estava me matando de trabalhar para construir uma bela carreira, para termos nossa casa, alimentação, plano de saúde, e, para que ela pintasse, sem se preocupar em ganhar dinheiro. Mione jamais aceitou dinheiro dos pais. E eu queria lhe dar tudo que achava que ela merecia. – disse lhe encarando nos olhos.


- Ela sabia disso. – admitiu Ginevra. – Mas pelo que Hermione dizia você passava mais tempo viajando do que em casa.


Harry afastou-se, praguejando entre os dentes, e logo deu meia-volta:


- Ela lhe contou tudo isso? É estranho, porque ela nunca me falou nada de você. Quem é você, afinal, para se intrometer entre mim e minha mulher? – disse lhe encarando com raiva.


- Ex-mulher! – Ginevra o corrigiu mais uma vez. – E foi você quem perguntou. Sou amiga de Hermione. Gosto muito dela e das meninas. São como uma segunda família para mim. Não quero vê-las magoadas.


- E por acaso eu quero? – desta vez, quando se virou, Harry apertou o passo e se afastou definitivamente.

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N/A: Podem dizer vai.. dessa vez eu nem demorei tanto.. hehehe
To doida pra posta a fic nova, entaum eu tenho q correr um pouquinho com as outras.. v6 naum concordam??? O q v6 axaram da resposta do Harry para a Gina?? Agora pelo menos v6 sabem pq eles se separaram... Mas ainda vem mta coisa por ai...
Agradecimentos especiais p/:

--> Mione03: AInda bem q vc naum berrou.. hehehe Naum se preocupa nuam linda, eu demorei + pq eu naum tava com mta paciencia p/escrever essa fic.. mas agora eu voltei com td.. hehehe q bom q vc gostou.. A Samantha ainda vai apronta mto com o Harry.. kkk Ih.. A Mione ainda vai demorar mto p/acordar.. demorei p/posta?? (Ih... rimou hehehe)

--> Nick Granger Potter: Apareci.. hehe.. Momentos ruim?? ih.. ainda vai piorar.. hehehe postei + um.. gostou??

--> Paulinha Lokinha(hehe): Q bolo?? tem bolo?? Quero um pedaçoooooooooo hauhuahauh e entaum?? gostou desse cap?? Lua d Cristal... Bjinho baixinha da tia Joxu.. hehehe

--> Jessy_Potter(minha beta querida..): Vc eh totalmente suspeita pra comenta essa fic, vc a ama.. hehehe Pode ter certeza: Milagres acontecem.. kkkk axo q dessa vez eu naum demorei p/posta neh?! pelo menos t enviei o cap rapido(eu axo - rsrsrsrs).. naum tem problema pela demora no coment.. inspiração as vezes nos deixam na mao.. hehe

--> Pontas Dolls Potter: Q bom q vc gostou da fic.. cont acompanhando... Infelizmente a Mione demora um pouco para acordar.. mas isso é importante, pq ele se aproxima mais das filhas por isso.. cont acompanhando a fic ok?!

--> Mila: Nega linda.. eu sei q vc me ama.. hehe e as minhas fics tbm.. naum demorei neh!? Comenta tah!? kkkkk

--> Sarinha: Ih.. a Mione vai demorar a acordar.. mas cont msmo assim acompanhando a fic tah!?!? Ai esta o cap..

Enfim... está ai o cap 5.. e eu jah estou escrevendo o cap 6.. agora vou tenta escrever Sempre te Amei e The faith in love(pra essa eu preciso de um tempo.. naum to conseguindo escreve-la..=/ se quiserem me manda umas ideias, estamos ai.. heheh) eprometo tenta naum demorar p/posta o prox.. Bjoks p/tds e ate +
ps: Comentem...

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