Ciúmes

*Autora chega de metida antes do capítulo começar*

Bom, eis aí o nosso capítulo mais logo! Espero que gostem, porque nós AMAMOS!

*Autora sai de fininho e deixa os leitores aproveitarem*


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Capítulo 13
Ciúmes


As semanas passaram bem rápido após a primeira reunião do Clube de Duelos. Já estavam na metade de novembro e o clima de inverno já havia tomado todo o castelo. Agora os alunos saíam de suas salas comunais sempre agasalhados, com chapéus, luvas e seus cachecóis, pois o vento que soprava era muito frio e cortante.

As aulas dadas por Harry e Rony sofriam um enorme progresso. Cada vez mais os alunos se empenhavam, e decididamente havia bastante gente talentosa. Hermione e Gina, vez ou outra apareciam na escola junto com seus maridos para ver o desempenho dos filhos, e se sentiam muito orgulhosas em ver o rendimento deles. E claro que a cada dia que passava Rony tinha mais raiva de Scorpius, o menino era sempre muito bom com os feitiços, e era muito educado, coisa que Rony não conseguia acreditar que um Malfoy fosse.

Na tarde de terça-feira, aproveitando um tempo vago que tiveram, Rose foi com o primo Alvo fazer uma visita a Hagrid. Os dois, assim como seus pais, adoravam a companhia dele. Entraram na cabana do grande (literalmente grande) homem, e passaram umas horas agradáveis ouvindo Hagrid contar sobre os fantásticos animais que pretendia criar, e é claro, histórias divertidas de seus pais na época que estudavam em Hogwarts.

- Ah sim, seus pais eram um grande grupo de deslocados quando chegaram aqui, sim, sim, eles não sabiam ficar um minuto quietos e sempre metiam o nariz onde não eram chamados... Bisbilhoteiros eles eram, bisbilhoteiros! – Hagrid ria, enquanto servia uma xícara de chá aos meninos.

- Mamãe também aprontava como a tia Hermione, o tio Rony e o papai? – perguntou Alvo, enquanto segurava com as duas mãos a xícara do tamanho de balde, que o amigo lhe servira.

- Não, sua mãe não aprontava como eles, mas tinha um gênio bem forte! Aquela mocinha era a prova típica de que tamanho... – Hagrid foi interrompido por Alvo que logo completou a frase:
-... Não é documento! Tio Jorge sempre diz isso – o menino sorriu e bebeu mais um pouco de chá.

- Eu fico feliz em saber que nossos pais além de trabalharem tanto nessa guerra, conseguiram ser bons alunos no colégio! – disse Rose com os olhos brilhando de satisfação – Tenho tanto orgulho em ser dessa família!

- E tenho certeza que os pais de vocês têm muito orgulho dos filhos que tem, ah com certeza! – Hagrid exibia um sorriso, por trás daquela barba grande e desgrenhada – Rose você é exatamente igual a sua mãe! Ela sempre foi muito inteligente, preocupada com os amigos, e sempre sabia de tudo. Sem dúvida era a bruxa mais inteligente do ano, e exemplo para os outros, igual a você! – ele viu a menina sorrir e se virou para Alvo – E você menino, é muito parecido com seu pai! Calmo, tem bom coração, corajoso, inteligente, todas as características, isso sem contar a aparência. – agora foi a vez do menino sorrir orgulhoso.

- Nossa, olha só a hora, já passa das 4! – disse a ruiva olhando pro relógio e em seguida para o primo. – Melhor nós voltarmos Alvo.

- Sim, vamos voltar Ro! – disse o menino, se levantando da cadeira e abraçando Hagrid junto com a prima. – Obrigado pelo chá!

- É Hagrid, muito obrigada! – a ruiva sorriu e seguiu em direção a porta com o primo. – Voltaremos em breve.

Os dois saíram da cabana de Hagrid e caminharam de volta ao castelo, muito felizes pela tarde agradável que passaram. Quando estavam atravessando o jardim, Rose ouviu alguém chamar pelo seu nome, e se virou para ver quem era. Um garoto alto, muito bonito, com os cabelos castanho claros e olhos cor de mel, vinha na direção da ruiva. Era Peter, um aluno do sexto ano e artilheiro do time de Quadribol da Grifinória.

- Ah, olá Peter! – ela sorriu pro menino muito interessada em saber o que ele queria – Posso ajudar em alguma coisa?

- Bom, pra falar a verdade não! – ele sorriu pra menina e isso a deixou um pouco confusa, se não tinha nada para perguntar, por que a chamou?

- Então, por que foi que me chamou?

- Queria lhe dar os parabéns pelo seu desempenho no Clube dos Duelos... Sabe, você tem se saído realmente bem, alguns alunos do meu ano se surpreendem ao ver suas habilidades, isso sem contar na sua incrível inteligência! - o rapaz olhava para menina sorrindo, que retribuía da mesma forma, um pouco surpresa por tantos elogios. Enquanto eles conversavam, Alvo seguiu seu caminho para o castelo.

Scorpius estava distraído com os amigos, no jardim da escola, até que Sophie disse:
- Parece que a Weasley arrumou um namorado, vejam. – Ela apontava para Rose e Peter.

Scorpius voltou-se quase instantaneamente para o local que Sophie apontava, e não acreditou no que seus olhos viam. Rose estava aparentemente muito feliz conversando com esse garoto, e o loiro não pôde evitar uma ponta de ciúmes.

- Er... Obrigada pelos elogios Peter! Bom, era só isso? – a ruiva perguntou para o rapaz que a encarava com um olhar que ela não conseguia traduzir.

- Era sim Rose... Por enquanto!

- Certo então! Nos vemos mais tarde na sala comunal, até mais! – a ruiva sorriu mais uma vez para Peter, e saiu andando um pouco corada, deixando o rapaz para trás.

Scorpius que acompanhava a cena de longe, quando viu a menina se aproximar, apressou-se em abraçar Sophie pela cintura e dizer algo em seu ouvido, de modo que só ela escutasse. Rose, ao presenciar tal situação ficou estática! Não acreditava que estava vendo Scorpius abraçado com aquela garota. Lançou nos dois um olhar de profundo desprezo e fúria, saiu batendo os pés pelo saguão de entrada, e rumou para biblioteca.

Rose estava absorta em seus pensamentos, sentia raiva de Scorpius por estar com outra menina, seus olhos se enchiam de lágrimas involuntariamente, ela já nem enxergava pra onde estava indo, seus pés a conduziam para o caminho da biblioteca sem ela querer, talvez fosse porque lá ela sabia que encontraria sossego. Começou a se perguntar quando, como e por que ela estava apaixonada por aquele garoto, e seus pensamentos voaram para o passado, fazendo a garota se lembrar do dia que começou a ver Scorpius com outros olhos.


(Flashback)


Terceiro ano na escola... Rose estava voltando de uma aula de Transfiguração, carregada de livros, pergaminhos, penas... Ia para biblioteca se organizar e adiantar alguns deveres no tempo vago. Pensava nas primeiras provas do semestre, e isso a deixava mais preocupada que nunca. Ela sabia que se sairia bem, mas nada que dissessem poderia mudar o fato de que a ruiva ficava nervosa toda vez que iria prestar algum tipo de exame.

Na direção oposta, com o rosto enfiado em um livro de feitiços, vinha um menino loiro, um pouco alto para sua idade, olhos azuis e pele muito branca, muito bonito, ou melhor, lindo, as meninas juravam que ele era o menino mais lindo do terceiro ano, isso se não fosse o mais lindo da escola toda. Como estava distraído, e pelo visto a ruiva que vinha ao seu encontro estava preocupada demais para perceber o que tinha ao seu redor, eles se chocaram violentamente, e espalharam seus materiais por todo corredor.

- Pelas barbas de Merlin! Você não olha por onde anda não? – a ruiva estava se levantando do chão, ainda não tinha olhado para pessoa que a derrubou.

- Eu não olho? Por favor, Weasley! Você esbarra em mim, me faz derrubar até as calças, e eu é que sou o cego? – o loiro se levantava um pouco irritado.

Quando Rose ouviu a voz do garoto, ergueu os olhos para encará-lo, pensava em começar uma discussão ali mesmo, mas não conseguiu! Ao olhar aquele garoto, ali, parado na frente dela, não conseguiu ter reação nenhuma. Não sabia o porquê, mas seu coração estava acelerado, parecia que tinha perdido a voz. A única certeza que tinha naquele momento é que não estava sentindo ódio, era alguma coisa muito forte e intensa, mas tinha certeza que não era raiva.

Mal sabia a ruiva, mas Scorpius também estava naquela mesma situação. Ele encarava os olhos da menina, que assim como os dele eram azuis e naquele momento exibiam um brilho que ele não sabia descrever. Examinava cada parte do rosto da menina com atenção, admirava os longos cabelos ruivos flamejantes e o brilho que eles tinham... “Com certeza ela deve ser ter algum parentesco com Veelas” ele pensava. A menina a sua frente era linda e despertava nele algo que não sabia o que era...


(Fim do Flashback)


“Ele também olhou pra mim aquele dia!... Mas não, ao contrário do que imaginei, ele devia estar analisando a ‘sabe tudo’ que o derrubou e com certeza não estava com aquele sentimento desesperado dentro do peito, sem conseguir traduzir em palavras o que era!... Ai Rose, com tanto garoto no colégio, tinha que ser justamente ele? E o pior, ele tá lá com aquela Sophie... QUE ÓDIO!” – pensava a garota a caminho da biblioteca. Sentia tanta raiva, tristeza, decepção ao ver aquela cena, queria desaparecer...

Ao ver a ruiva entrando no castelo daquele jeito, Scorpius largou Sophie e foi atrás de Rose, com uma expressão de raiva no rosto, a ruiva não percebeu que estava sendo seguida até entrar na biblioteca.

- De namorado novo, Weasley? – Scorpius chegou por trás da ruiva e passou um braço por cima dos ombros de Rose, encarando-a com um sorriso irônico.

- E o que você tem a ver com isso, hein Malfoy? – Rose tirou o braço de Scorpius de seu ombro e ficou de frente para ele, também encarando o loiro.

Scorpius ficou chocado, a menina não tinha desmentido o namoro com Peter, ele sentiu seu coração acelerar de raiva, mas não deixou a ruiva perceber seu espanto e logo disse: - Não acha que ele é velho demais pra você?

- E daí se é velho ou não para mim? Desde quando você tem que dar palpite no que faço? – Rose dizia essas palavras tentando conter a raiva dentro de si. Não queria dar a Scorpius o gostinho de saber que estava morrendo de ciúmes.

- Você não é pra ele, Weasley! Aquele cara é um mulherengo! Ele nem estuda! Você vai querer um namorado que não liga pros estudos?! – Scorpius desatou a falar, ele estava disposto a dizer tudo o que sabia de ruim sobre Peter, ele só queria que Rose desistisse daquele cara.

- Eu não sou pra ele? EU NÃO SOU PRA ELE? Por favor, Malfoy! Até onde eu sei, você não sabe nada sobre mim, e não saberia me informar quem seria bom o suficiente! – ela encarava Scorpius de uma forma muito ameaçadora, estava lutando para segurar tudo que queria jogar na cara dele – Mas se é para dar palpites, vamos lá! Também não acho que aquela Sophie sirva para você! Uma garota que explode um caldeirão no próprio rosto só prova que tem a mentalidade de um Trasgo!

Ao ouvir aquelas palavras, Scorpius não pôde evitar uma gargalhada, o que deixou Rose ainda mais irritada, “Ela acha que eu to com Sophie? Que maluca!” - ele pensava, mas não iria desmentir, assim como Rose não desmentiu que estava com Peter.
- Ora, a Sophie é uma garota bem bonitinha, não é? E quanto aos deslizes dela com os feitiços e poções, acho que esse é um problema que eu sei resolver, porque eu estudo, coisa que seu namoradinho não sabe o que é. – Scorpius falou isso e encarou Rose com um sorriso irônico no rosto, ainda rindo por dentro das insinuações da menina.

- Então me diga o que você está fazendo aqui? Por que não vai lá ensinar poções pra sua namoradinha? E ME DEIXA EM PAZ! – ela não percebeu, mais já estava gritando com o menino, vermelha de raiva, tinha os punhos fechados e apertava tanto as mãos que parecia que tinha intenção de enfiar suas unhas dentro da carne – VÁ CUIDAR DA SUA “BONITINHA” E PARE DE SE METER NOS ASSUNTOS QUE SÓ DIZEM RESPEITO A MIM! – a voz da menina ecoava por toda biblioteca, que para sorte dos dois, estava vazia naquele momento. Madame Pince havia saído para ver a diretora.

Scorpius se assustou com os gritos da menina, e revidou:
- EU TO AQUI PORQUE UMA SABE-TUDO COMO VOCÊ DEVERIA SABER QUE AQUELE CARA NÃO PRESTA! – Ele gritou essas palavras e depois falou normalmente, ainda em tom de briga: - Eu vou ajudar a Sophie mesmo, e acho que ela não vai demorar muito para aprender, já você vai sofrer bastante se resolver colocar alguma coisa dentro da cabeça oca de seu namoradinho! E você deveria parar de falar aos berros, eu não sei se você percebeu, mas nós estamos em uma biblioteca!

- É claro que eu percebi que estamos em uma biblioteca, você que não deve ter percebido, pois caso contrário teria passado direto! – disse de maneira fria – Está perdendo tanto tempo por que, Malfoy? Cada segundo que você passa aqui é um a menos com a sua adorada Sophie, e como tenho certeza que você quer ficar com ela, deve correr para lá e parar de se preocupar comigo, afinal... – ela respirou fundo, agora já não conseguia mais esconder do menino o ciúme que estava sentindo, e uma lágrima solitária caiu pelo seu rosto – Eu não tenho nada com o Peter! Nunca ficaria com uma pessoa que só se interessa por bolassos e esquece da vida! – ela virou de costas e tentou voltar sua atenção para estante cheia de livros na esperança que Scorpius fosse embora e não a visse chorar.

- Não é bolassos, e sim balaços, acho que vou emprestar meu livro de quadribol pra você. – Scorpius disse isso e sorriu, ele achava muito engraçado o fato do pai de Rose ter sido goleiro do time de Quadribol da Grifinória e ela não soubesse nada sobre o assunto. Agora ele tinha ficado mais tranqüilo ao saber que Rose não estava com Peter, então ele se aproximou da menina, virou-a e disse limpando suas lagrimas: - Eu não tenho nada com a Sophie, você não lembra do que eu te disse no baile? Eu não me importo com ela... A Sophie vive no meu pé, e ela é muito vingativa e encrenqueira, você acha que eu ficaria com uma garota assim?

A menina desviou o olhar e em seguida abaixou a cabeça, se sentia um pouco mal por ter gritado com o garoto agora. – Acho... Acho que não! Desculpe pelos gritos, eu acho que perdi o controle... Mas você também ficou falando um monte de coisas, eu tinha que falar também né?! Não podia ficar calada, você me provocou também, então a culpa não é só minha e... – ela parou e riu de si mesma, percebeu que tinha desatado a falar um monte de coisas ao mesmo tempo e isso não ajudava em nada. – Desculpa de novo... Tá vendo o que você faz comigo?

Scorpius sorriu e depois respondeu, ainda com as mãos no rosto da ruiva.
- Eu deixo você irritada em 2 segundos? – Ele sorriu novamente e levantou o rosto da ruiva, que ainda olhava pra baixo, mas agora estava com um sorriso no rosto – E você nem imagina o que faz comigo... – Ele disse isso encarando os olhos azuis de Rose e alisando seu rosto, Scorpius sentia seu coração acelerar, eles estavam tão próximos, e dessa vez ele sentia que ninguém iria interromper aquele momento.

Rose decidiu que era hora de encarar o menino, então ergueu os olhos e o fitou por uns segundos em silêncio. – Dois segundos é tempo demais, pra ser bem sincera às vezes você me irrita em questão de milésimos, Malfoy! – ela sorriu e em seguida disse – Mas você também deve se irritar comigo né?! Afinal de contas não deve ser fácil aturar uma “sabe-tudo”.

- Não é fácil mesmo! – Scorpius sorriu, e viu a ruiva rir também – Mas não é só isso que você faz, bem, eu não sei como explicar... E também não tenho certeza se você sente o mesmo... – Ele olhou para a menina e viu que ela o olhava meio confusa - Eu vou te dizer, mas primeiro você tem que parar de me chamar de Malfoy, tá?

- Certo, mas me deixe falar primeiro, antes que eu perca a coragem, ok?! – ela viu o menino consentir com a cabeça e começou - Malf... Tá bem, Scorpius, bom eu nem sei o que dizer, ou o que fazer, tudo isso é novo pra mim, mas eu queria que você soubesse... Bem... AH POR MERLIN, FAZER EXAMES É BEM MAIS FÁCIL QUE ISSO!... Tá, vou tentar de novo – ela respirou fundo, encarou profundamente aqueles olhos azuis e disse – Scorpius, chame de loucura, ria se quiser, mas aconselho a você a não responder, se não quiser me ver furiosa novamente! – ela riu e prosseguiu – Bom, antes eu não tinha certeza disso, mas agora, com você aqui, eu tenho certeza absoluta!

- Certeza de que Rose? – Agora o menino que a olhava confuso.

- De que eu sempre gostei de você! Acho que desde a primeira vez que te vi embarcando no trem, mas só tomei consciência disso ano passado, quando nos derrubamos no corredor e eu não consegui dizer uma palavra se quer. Desde aquele dia você tem invadido todos os meus sonhos, sem minha permissão é claro, e meus pensamentos. Bom, o que eu quero dizer é que... – ela respirou fundo mais uma vez e disse muito rápido – Euamovocê! – a garota se virou de costas, estava mais vermelha que seus cabelos, queria um buraco para se enfiar e só sair de lá quando seu irmão já tivesse tataranetos.

Mas Rose não ouviu nenhum riso ou deboche, em vez disso, sentiu a mão de Scorpius no seu ombro, voltando-a novamente de frente para ele. Ela observou Scorpius e viu que ele sorria, mas não era um sorriso irônico, como ele já era acostumado a dar, era um sorriso de satisfação.

- Certo, agora é minha vez... – O loiro começou a falar, olhando nos olhos de Rose, coisa que ela quase não conseguiu fazer enquanto buscava as palavras. – Rose, eu também tomei consciência a pouco tempo do quanto eu gosto de você! Você é mandona, chata, é uma sabe-tudo, como você mesma disse, mas você é a única garota que me faz sentir diferente... Eu ia te contar isso no passeio em Hogsmeade, lembra? Mas seu primo atrapalhou e... Enfim... Agora eu tenho certeza mais do que nunca que eu te amo! – Ele disse isso e viu o rosto de Rose se iluminar com um grande sorriso - Quando eu vi você conversando com aquele garoto eu não me agüentei de tantos ciúmes, corri até aqui, e bem, o resto você sabe. – Ele terminou de falar e sorriu meio envergonhado de ter contado seus sentimentos.

- Eu também morri de ciúmes quando vi você com aquela lá! – Rose se referiu a Sophie com uma expressão de desdém – Precisava ter abraçado ela daquele jeito hein? Precisava? Ahn? – a menina parecia ter voltado ao seu normal, e apesar de sorrir, falava com Scorpius, dando leves tapas em seus braços – Acho bom não fazer mais isso, se não...

- Se não o que, hein? – Scorpius sorria, finalmente eles tinham se entendido! Agora o que ele mais queria era beijar aquela ruivinha mandona... Era o que ele queria, e foi o que ele fez. Para surpresa de Rose, Scorpius puxou-a pela cintura, olhou fixamente nos olhos da menina, e lentamente aproximou seus lábios dos dela a beijando. Finalmente ele estava vivendo o que antes só pertencia aos seus sonhos. Estava beijando a menina que tanto amava... O beijo era lento, queria sentir bem o gosto dos lábios da menina, queria mostrar pra ela o quanto a amava só naquele beijo... O perfume da menina entrava por suas narinas e o entorpecia... Ele tornou o beijo mais intenso, colocou uma das mãos nos cabelos dela e com a outra segurava firme sua cintura.

Rose ficou surpresa com a iniciativa de Scorpius, mas em momento nenhum pensou em afastá-lo, muito pelo contrário, assim como ele, a menina também desejava esse beijo mais que tudo, e agora estava ali... Ao sentir o toque dos lábios do menino nos seus teve a sensação que iria levitar. Era tão maravilhoso! Os lábios dele, o gosto dele, ela não queria que ele parasse, queria ficar o dia inteiro, o beijando, abraçando, sentindo ele perto de si... Levou uma de suas mãos a nuca do menino, e começou a brincar acariciando e arranhando devagar, achava divertido fazer aquilo e ver que ele respondia seus toques de maneiras diferentes... Levou a outra mão no seu rosto e ficou acariciando. Demorou tanto para que isso acontecesse que ela mal podia acreditar que estava ali, com ele.

Lentamente os dois foram se afastando, ainda de olhos fechados, era tão mágico aquilo tudo... De repente, Rose falou assustada:

- Scorpius, a gente não pode fazer isso aqui! Esse é um lugar sagrado!

- Rose, é só a biblioteca... – ele sorriu e abraçou a ruiva pela cintura novamente.

- Justamente por isso oras! Aqui é a biblioteca, um local sagrado pros livros, temos que respeitar né?!

- Tá bom Rose, vamos sair daqui... – Scorpius riu, deu vários selinhos na ruiva e depois disse, fazendo carinho nos cabelos de Rose: - A gente nem pode sair por ai junto, né? Seu pai não vai gostar nadinha...

- Vamos – ela retribuiu todos os selinhos, pegou na mão do menino e caminhou para fora da biblioteca – Verdade, não podemos sair por aí juntos!... O papai não iria gostar, meu irmão não iria gostar, acho que com exceção do Alvo, todos os Weasley e Potter iriam querer seu fígado pro jantar se nos vissem juntos. – ela parou na porta da biblioteca, abaixou a cabeça e suspirou tristemente – Desculpa...

- Tudo bem, eu acho que meu pai também não iria gostar nada de ver a gente juntos... – Ele sorriu e abraçou a ruiva como consolo – Mas a gente pode se ver escondido né?

Rose o abraçou de forma bastante carinhosa, encostou a cabeça no peito do menino e ali ficou durante um tempo, queria ficar ali com ele para sempre, mas como o sempre naquele momento era impossível, ela ergueu novamente a cabeça e o olhou nos olhos – Claro que podemos nos ver escondidos! Vamos ter um pouco de trabalho pra isso e também não podemos deixar que ninguém desconfie de nós... Teremos que continuar “brigando”!... Definitivamente, nossos pais não podiam ser amigos? Seria tudo mais fácil!

Scorpius também pensava como Rose, mas ele sabia que a desafeição entre os Weasley e ele eram culpa de seu pai, que vivia implicando com o pai de Rose na escola, e sabia que seu pai jamais iria pedir desculpas por tantas brigas.
- Verdade, acho que a gente não pode mudar esse fato... – Ele lançou um olhar triste pra Rose - Mas, acho que a gente consegue fingir, pode deixar as brigas comigo! – O loiro sorriu e viu Rose rir também – A gente podia se encontrar perto do lago... Lá é bem tranqüilo...

- O lago é um ótimo lugar! E se nos pegarem juntos, podemos fazer uma cena daquelas típicas de dois estudantes inimigos disputando seu lugar no lago, que fica tudo bem! – ela sorriu e deu um beijo na bochecha do menino.

- Perfeito então! Todo dia no lago, depois das aulas, certo? – Scorpius disse isso e abraçou a ruiva bem forte.

Rose retribuiu o abraço na mesma intensidade, e disse: - Certo! Quem sabe até poderemos estudar juntos quando estivermos lá. – ela exibiu um sorriso enorme e cheio de expectativas, daqueles que só apareciam quando estava lendo algo que gostava muito.

- E você acha que eu vou querer estudar? – Scorpius falou levantando uma das sobrancelhas.

Rose sentiu uma imensa vontade de rir do comentário do loiro, mas se segurou, tentando parecer o mais séria possível, e respondeu:
- Claro que vamos estudar! Você não quer tirar notas ruins nos exames, ou quer? – ela exibiu a típica expressão de mandona, ainda tentando não rir.

- Não quero, mas... Eu achava que a gente ia pra ficar juntos, e não estudando...

Rose riu ao ver a reação do garoto e sem ele esperar, se atirou no seu pescoço e sussurrou em seu ouvido:
- Acha mesmo que eu vou trocar os minutos com você por livros? – ela se afastou e o olhou nos olhos.

Scorpius ficou um pouco surpreso com a ação da menina, e enquanto ela falava em seu ouvido, o menino sentiu um leve arrepio na nuca.
- Ah, bom saber então, não ia gostar nada de ser trocado por livros... – Ele riu, puxou a menina pela cintura e deu-lhe um selinho demorado.

Ao sentir os lábios do menino tocarem os seus, Rose envolveu os braços em volta do pescoço do menino, e o que era pra ser apenas um selinho, se tornou um beijo... Um beijo cheio de amor e carinho, queria mostrar para Scorpius o quanto ele significava pra ela, mas como as palavras eram poucas, decidiu que suas atitudes mostrariam.

Quando sentiu que o selinho virou um beijo intenso, Scorpius retribui os carinhos da menina da mesma forma. Puxou a ruiva para mais perto de si, ficando ainda mais próximo a ela. Sentia o perfume dos cabelos da sua adorada ruiva, e a sensação que ele tinha era tão maravilhosa... Entrelaçou os dedos no cabelo da menina, e ficou fazendo carinho na sua cabeça, enquanto a beijava... Queria que Rose não saísse nunca dali, para protegê-la sempre.

Pouco a pouco o beijo foi ficando mais lento, mais calmo, se tornou um selinho longo, seguido de um suspiro e enfim os dois se separaram com um sorriso no rosto. Scorpius encostou a cabeça na testa de Rose, e acariciou o rosto da ruiva, desejava ficar ali com ela pra sempre.
A menina por sua vez, estava com uma das mãos na nuca do rapaz, e também acariciava de leve. Ela precisava admitir que amava aquele loiro mais do que pensava...

- Scorpius, acho que vem vindo alguém! – disse a menina de repente, ouvindo passos se aproximarem do local – Parece que é a Madame Pince.

Os dois se olharam por um momento, e em seguida saíram correndo da porta da biblioteca. Ambos sabiam que aquele beijo, ali, em frente à biblioteca fora uma loucura, mas concordavam que foi a mais bela loucura que já fizeram. Agora que estavam juntos, nada e nem ninguém poderia estragar a felicidade dos dois...






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Twin Mily postando sozinha de novo gente

Vamos lá! Ontem eu havia dito a vocês que o capítulo 13 seria postado lá pela segunda feira, maaaaaaaaaas conversei com a Gica antes dela viajar, e concluímos que se esperássemos até lá para postar, nós duas teríamos um infarto fuminante, daí decidimos que a postagem deveria ser feita hoje, queríamos dar esse presentinho a vocês, afinal NINGUÉM TAVA MAIS AGUENTANDO ESPERAR O BEIJO DESSES DOIS! hauahauhuahauahauhau

Agora o capítulo 14 vai ser postado até quarta que vem! Adiantamos esse pra vocês e precisamos fazer os próximos com atenção. Não queremos postar qualquer coisa aqui neah?!

Falando um pouquinho desse capítulo, me digam: "Gostaram do beijo?", tipo eu achei muito fofo gente *-*' Esses dois se merecem, tão lindos e tão fofos, tinham que ficar juntos logo! E o melhor foi que dessa vez não teve Tiago, Vincent, Sophie, nem ninguém pra atrapalhar, FINALMENTE CONSEGUIRAM *Mily solta fogos do Filibusteiro para comemorar* hauahuahauhauahau

Pra encerrar, mais uma vez agradeço a vocês pelos comentários! Gica e eu adoramos³³³ ver que vocês gostam da nossa história, é realmente muito gratificante! Apesar da relação ser apenas virtual, e através de comentário, vcs já se tornaram parte da fic também, afinal de contas a escrevemos porque gostamos e também com a intenção de agradar vocês! Muito obrigada!!!




*Mily se retira do local, deixando os fogos explodirem a vontade*

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