O natal

 -^- - Cançíµes de Natal


Os dias que faltavam para o natal passaram rapidamente. Era natal, Hermione foi a primeira a levantar, ajeitou a cozinha e pôs os ingredientes em cima da pia e com um aceno de varinha... Eles estavam se auto preparando enquanto ela colocava os presentes que havia comprado para Harry e para Rony em seus devidos lugares. Para Rony, comprou uma vassoura, a última lançada e um cartão que dizia

" Querido Ron,
Te desejo um ótimo natal, que nossos anos de amizade se prolonguem pra SEMPRE.
Te amo muito.
Beijos
Mi."

A letra cursiva da garota dava um toque de elegância.

Para Harry, havia comprado e uma vassoura rara, que só era encontrada na Bulgária e que era uma relíquia. E junto com a vassoura, deixou um cartão em forma de coração que dizia:

" Meu bebê... Ops, Harry.
Um feliz natal pra você, não é o primeiro que passamos juntos e nem o último, será um dos melhores, e espero que ainda tenhamos muitos anos de amizade, que ela se prolongue pra SEMPRE. Desculpa pela briga boba.
Eu te amo muito!
Beijos
Mi"

Depois do "beijos", ela beijou o papel que ficou com a forma de seus lábios estampados.

– Bom, acho que é só. Vou prepara o café deles. – e com outro aceno de varinhas, o café começou a se fazer – vou esperar lá na sala, precisamos de um elfo =P Esses trabalhos de casa me matam.

Ela se sentou na poltrona e acabou dormindo.

– Ótimo! – disse Harry que a espiava – agora posso colocar os presentes
E com mais um aceno de varinhas, dois embrulhos assumiram seus lugares. Para Hermione havia comprado uma coleção inteira de livros raríssimos. E junto com os livros, colocou um cartão vermelho com um ursinho na frente que dizia:

"Mi, minha gatinha (isso faz lembrar da vez que você virou uma gata, literalmente)
Eu te desejo um maravilhoso natal, que sua vida seja perfeita e tudo que você deseja se realize, e que a nossa amizade se torne cada vez mais forte e indestrutível. Desculpa pela briga, prometo que nunca mais vai acontecer.
Eu te amo, e não é pouco ok.
Muitos beijos
Harry"

Para Rony, Harry havia comprado um kit de quadribol oficial. E junto do embrulho pos um cartão que dizia:

"Rony, meu amigão
Você é o único amigo de verdade que eu tive, obrigado por estar sempre comigo, e me apoiar em minhas decisões, mesmo sendo contra. Te desejo um feliz natal e que esse seja apenas mais um de muitos outros que vamos passar juntos.
Abraços
Harry"

Harry observou os presentes que Hermione havia colocado lá a pouco, e foi para a cozinha, pegou um biscoito, voltou pro quarto e ficou observando o teto, e em poucos minutos caiu no sono novamente. Hermione acordou, ajeitou o cabelo.

Olhou ao redor da sala e percebeu uma diferença, mas não descobriu o que era, então foi tomar banho. Rony acordara com o barulho do chuveiro, então levantou correndo e pegou os presentes, colocou-os no lugar.

Para Hermione, ele tinha comprado uma coleção de DVD´s de séries trouxas, e um bracelete que apresentava um símbolo estranho, uma circunferência, cortada em linhas tortas e com 5 pontos em volta do mesmo. E colocou um cartão junto que dizia:

"Hermione Jane Granger, brincadeira, sei que você não gosta de ser chamada assim pela gente.
Feliz natal, tudo de bom pra você minha querida amiga, esse ano foi bem difícil, mas com certeza haverão melhores
Te amo muito
Beijos
Ron"

Para Harry, havia comprado alguns produtos da loja dos irmãos, e um colar de prata, também com um símbolo estranho, era outra circunferência, cortada em 6 partes, por linhas retas e em cada parte, um ponto. E junto, colocou o cartão que dizia:

"É amigão, o ano tá acabando, por isso te desejo um feliz natal, passamos anos sem nos vermos e sem conversar, mas ainda sim somo como irmãos!
Abraços
Ron"

Feito isso, ele se voltou para a porta do quarto e ouviu o barulho do chuveiro cessando. Correu até o quarto, se jogou na cama e fingiu roncar. Hermione saiu do banheiro de toalha, estava a procura de uma roupa.

– Que roupa eu visto? – falou ela consigo mesma – Já sei! – exclamou baixinho.

Hermione pegou uma calça comprida branca, uma blusa de manga comprida também branca, um cinto lilás com uma fivela gigante de soco inglês torneado de pedrinhas, e uma bota de cano alto, bico e salto finos, igualmente branca. Ela parecia estar se arrumando para o reveillon.

Rony olhava todos os movimentos dela, ele secou tanto que a toalha caiu.

– Droga! – ela praguejou baixinho e olhou para trás, pareciam anjos "dormindo" – Ufa! Suspirou ela.

" Ahá! Eu vi ela pelada, de costas, mas vi!" pensava Rony. Que mal sabia que Harry também tinha visto, e de um ângulo melhor, tinha visto graças a Rony, afinal, acordou com todo o barulho que o ruivo fez ao entrar no quarto. " Por Merlin! Essa mulher não existe, como ela é perfeita. Um dia ainda me caso com ela" pensava Harry.

Hermione pegou suas roupas e voltou para o banheiro. 10 minutos depois ela voltou para o quarto.

– Agora, o que eu faço no cabelo? – murmurou.

Sorriu, havia encontrado o penteado perfeito. Ela revirou sua bolsa, (sim, agora ela tinha colocado algumas coisas em uma bolsa) pegou alguns grampos, algumas presilhas, uns pontos de luz e um secador. Voltou para o banheiro. Se olhou no espelho e viu que teria trabalho porque o secador fazia barulho. Então abriu a porta.

– Accio varinha! – e com a varinha na mão ela transformou um simples banheiro em um banheiro a prova de som.

– Bom, agora o show começa – falou ela com o secador na mão.

Depois de secar, ela dividiu o cabelo em três partes, uma ela prendeu e as outras ela foi fazendo mechas que depois de enroladas eram presas perto do rabo central. Depois que prendeu todo o cabelo que havia separado, separou o rabo em algumas partes e foi fazendo o mesmo que fez com as outras mechas, mas prendendo no espaço que havia entre o rabo e as outras mechas.

– Terminei – disse ela passando o fixador e pondo os pontos de luz. Estava simplesmente linda. Fez uma maquiagem leve porem significativa. Saiu do banheiro de fininho e largou o resto do material em sua bolsa.

– Dormem feito anjos, olha só! Vamos dar um jeito nisso! – disse ela abrindo a cortina e a janela permitindo que a claridade do dia invadisse o ambiente.

Harry "acordou" primeiro, se sentou na cama, coçou os olhos e bocejou.

– Ah Hermione! Queria dormir mais! – reclamou ele. E enquanto ele
reclamava, ela se aproximava.

– Feliz natal! – sussurrou ela no ouvido dele fazendo com que os pêlos dele se eriçassem

Harry a olhava meio assustado. Então ele puxou o braço dela para responder no mesmo tom

– Feliz natal – sussurrou ele também.

Os pêlos da nuca de Hermione se rebelaram e ele notou isso, já que seu cabelo estava preso. Ela se sentou ao lado dele.

– Vamos! Levanta! Vai tomar banho, é natal! – disse ela dando um tapinha no peito de Harry que agora a observava com a cabeça apoiada nas mãos.

Teve várias fantasias sexuais com ela. Então... Algo inesperado aconteceu. Mais alguém havia acordado. Não, não foi o Rony, ele estava excitado mesmo. Hermione olhou para baixo...

– Harry! – repreendeu– o fazendo com que ele acordasse de seus devaneios – o que é isso?

– Bem... É que ... É... – já estava ficando roxo quando foi interrompido por Hermione que agora colocava o dedo indicador na boca dele como sinal de silêncio.

– Tudo bem, eu sei que sou linda – disse ela rindo do próprio comentário.

– E modesta né! – disse ele ainda vermelho.

– Agora vai logo tomar banho que eu vou acordar o Rony!

– Ok!

Harry entrou no banheiro e Hermione pulou em cima de Rony

– Acorda Rony!

– Calma, calma, tô acordado! – falou Rony em sinal de rendição.

– Ah bom! Vai pro outro banheiro vai! Vai tomar banho logo! Hoje é natal! A propósito... Feliz natal! – disse ela pulando no pescoço do amigo.

– Feliz natal Mi! – disse ele retribuindo a abraço. – vou tomar banho, já volto.

Rony ia se encaminhando para o banheiro, mas voltou de ré.

– Hermione, o que foi aquela conversa com o Harry? O que aconteceu?

– Que conversa Rony? – perguntou ela se fazendo de desentendida.

– Hermione, num me enrola, o que você fez que ele ficou excitado?

– Eu...? Nada... E que coisa feia Ronald Weasley! Fica ouvindo a conversa dos outros! – repreendeu-o

– Sei... Fizeram as pazes pelo jeito né...

– Fizemos Rony, vai logo pro banho...

– Ok.

Hermione terminou de arrumar a cama de Harry e juntar a bagunça que Rony havia deixado no quarto e foi esperar os dois na sala.

Rony refletia sobre o que Hermione o dissera na noite anterior.

– Isso tá ficando sério – disse ele fechando os olhos e deixando a água cair em seu rosto.

Rony terminou o banho e se trocou. Foi para a sala.

– Cadê o Harry?

– Tomando banho ainda – respondeu ela revirando os olhos.

– Sei que ele tá só tomando banho... Tá fazendo é outra coisa, ninguém mandou você mexer com ele.

– Rony!

– Mas num é?

– Não sei

– Mas devia saber, sabe, ele tá apaixonadinho por você!

– Quem disse?

– Ele

– Quando?

– Naquele dia no Beco.

– Ce tá escutando coisas então porque eu não ouvi nada!

– Claro, você tava desmaiada. Ah Hermione! Não se faze de tonta vai! Você sabe muito bem que vocês se amam!

– Quem dera ele me amasse!

Harry entrou na sala só com uma calça armani, sapatos italianos, uma toalha no pescoço e cabelos desalinhados e molhados. Hermione quase teve um ataque do coração. "Por Merlin, como ele está perfeito!" foi a única coisa que Hermione conseguia pensar.

– Ele quem? – perguntou Harry se intrometendo.

– Err... Ninguém! – mentiu Hermione se recompondo

– Você não me engana Srta. Granger! – falou Harry

– Ninguém Harry, esquece

– Tá, tá! Chega, antes que vire briga em pleno natal! – disse Rony

– Você tem que voltar pra sua casa Ron, a Lilá deve estar com saudade. Você não dá nem sinal de vida há dias! – comentou Hermione indo em direção a cozinha sendo seguida por Rony e Harry.

– Você está me expulsando?

– Claro que não Ron, a casa nem é minha, só estou avisando pra não virar briguinha de casal.

– Ok, ok, é melhor obedecer a Sra. Certinha, porque ela sempre tem razão. – falou Rony de mal gosto. Estava adorando ficar ali com os amigos.

– Vejo que a Srta. Granger é eficiente, já preparou o almoço! – falou Harry divertido

– Pode parar de me chamar de Srta. Granger? Isso irrita – disse ela entre os dentes – mas sim, já preparei o almoço de natal enquanto vocês dormiam. Mas antes, vamos abrir os presentes!

Harry e Rony sairam correndo em direção á árvore

– Vai Mi, primeiro as damas! – falou harry num tom muito cavalheiro.

Hermione sorriu e pegou um embrulho gigantesco e pos em cima da mesa.

– Caramba! Harry, como você conseguiu esses livros? Eu procurei por séculos! – falou ela toda sorridente.

– Tenho minhas fontes! – falou Harry galante.

– Convencido! – falou Rony ao perceber a felicidade de Hermione diante do presente dele.

– Lê o cartão Mi! – falou Harry esperando uma resposta.

Hermione pegou o cartão, sorriu e abriu. Os olhos dela começaram a se encher de lágrimas. Harry sorriu, sabia que causava esse efeito nela.
"que sua vida seja perfeita e tudo que você deseja se realize" "Seria mais perfeita se você me amasse e você nem sabe que o que eu mais desejo é você." Pensou ela em resposta "e que a nossa amizade se torne cada vez mais forte e indestrutível" " Pena que jamais passe de uma simples e pura amizade" "Eu te amo, e não é pouco ok" "Eu também te amo, e você nem imagina o quanto" "Muitos beijos" " Bem que podiam ser na boca né?"

Hermione fechou os olhos e abraçou o cartão. Por um instante esqueceu de que ele esperava sua resposta e que eles estavam lá, distantes um do outro. Por um instante pensou beijá-lo com ardor, e aliviar o desejo reprimido há anos...

– Mi? – perguntou Harry a acordando do transe.

– Oi?

– Então?

– A Harry, você não existe sabia! – disse ela com um sorriso enorme no rosto – eu simplesmente amei. Obrigada! – disse ela se jogando no pescoço do garoto que ficou sem reação.

Rony revirou os olhos, morria de ciúme de Hermione.

– Vai Mi, abre o meu – interrompeu Rony

Harry o fuzilou com o olhar mas ele nem percebeu.

– Ok. – disse Hermione também detestando Rony naquele momento

Ela colocou o presente de Harry em cima do sofá e colocou o cartão dentro de um dos livros, como se fosse uma flor que ela gostaria de guardar pelo resto da vida. Pegou os embrulhos das mãos de Rony.

– Dois Ron? Não precisava – falou Hermione meio sem jeito pelo que acabara de acontecer

– Achei que combinava com você... – falou ele ficando vermelhinho.
Hermione abriu os dois, sorriu.

– Como você sabia que eu gosto de séries trouxas? – falou ela observando os DVD's

– Intuição – mentiu ele, já a vira assistindo um desses seriados de madrugada.

– Adorei – disse ela pegando o cartão

– Você não vai abrir o outro?

– Vou, calma – falou Hermione pegando o outro embrulho.

Ela abriu e deu de cara com um bracelete com um símbolo estranho. Sorriu, mas no fundo ficara intrigada com aquele símbolo. Abriu o cartão, olhou para Rony que esperava esperançoso que ela tivesse a mesma reação que teve com o de Harry.

– Own, que lindo Ron, eu também te amo muito tá? – disse ela sorrindo e dando um beijo na bochecha grande do amigo.

– Sua vez de abrir os presentes Harry – falou Rony não tão satisfeito quanto Harry.

– Ok – disse Harry sorrindo ainda.

Hermione logo estendeu o presente pra ele, era uma caixa gigante. Harry pegou a caixa, abriu e seus olhos brilharam.

– Her... Her... Hermione... Como você conseguiu essa vassoura? – disse Harry gaguejando.

– Tenho minhas fontes – disse ela rindo.

– Eu... Eu... Adorei! – falou ele sorrindo que nem bobo

Rony fechou a cara, sabia que Harry sempre estaria acima dele.

– Abre logo os meus! – disse Rony tentando esconder a raiva e tentando apressar logo isso

– Calma, vou ler o cartão da Mi

Ele pegou o cartão em forma de coração. Rony torceu a cara "Pra mim ela colocou um cartão quadrado..."

" Meu bebê" "Quem dera eu fosse mesmo..." " será um dos melhores" " Não Hermione, não vai ser tão bom assim, você não está do meu lado" " e espero que ainda tenhamos muitos anos de amizade, que ela se prolongue pra SEMPRE" " Amizade? Eu não quero só isso, quero mais, quero você. Eu ainda vou fazer você desistir desse papo de amizade ou não me chamo Harry Potter" "Eu te amo muito!" " Não tanto quanto eu" "Beijos" "Não vejo a hora deles serem na minha boca porque essa boquinha estampada aqui tá me dando mais vontade"
Harry pegou o cartão, fechou os olhos e cheirou o mesmo. Aquele perfume doce invadia suas narinas com uma voracidade incontrolável. Hermione sorriu, sabia que isso não era normal.

– Vai logo Harry, abre o meu – falou Rony interrompendo o momento de novo.

Harry corou. "Ronald Weasley, eu ainda te mato" pensou Harry o fuzilando com o olhar novamente.

Harry pegou os dois embrulhos e abriu-os de uma vez. Rony se assustou. Harry olhou os presentes.

– Obrigado Rony, eu adorei – disse ele forçando um sorriso e estranhando a origem do símbolo.

– Sabe que não parece... – falou Rony

Hermione pisou em seu pé. E então Rony se calou. Harry guardou o cartão no bolso e ficou olhando para Rony com um olhar significativo

– Vai Ron, abre os seus presentes – disse Hermione quebrando o gelo do momento.

Rony pegou o presente de Hermione, abriu e sorriu de orelha a orelha

– Caramba Hermione, quando eu dizia que você não existia era brincadeira tá! – comentou Rony ainda sorrindo.

Hermione retribuiu o sorriso. Rony não fez muita questão de pensar algo sobre o cartão de Hermione, achou melhor aproveitar depois. Então Harry o ofereceu uma caixa grande. Rony pegou, forçou um sorriso e abriu

– Harry, você ficou louco? Isso é caro pra caramba! – falou Rony com um sorriso estampado na cara.

– Não foi nada – disse Harry sorrindo, já havia esquecido a vontade de matar Rony

Rony sorriu meio sem graça, não costumava ganhar presentes assim.

Os três se olharam por um tempo. Sorriram e se abraçaram como nunca haviam feito.

– Obrigada, não sei o que faria sem vocês – disse Hermione já chorando.

– Ah Mi, não chora que eu também choro! – disse Harry todo sensível – Obrigado por tudo!

– Ah, vocês dois vão me fazer chorar! – disse Rony fazendo careta – Obrigado por existirem na minha vida.

– Poderia passar o dia inteiro aqui, mas minha barriga não deixa – disse Hermione mandona como sempre.

– Tá pronto? – perguntou Rony se esquecendo do comentário de Harry sobre "a menina eficiente"

– Tá, faz tempo! – respondeu Hermione

– Ok, também tô com fome! – disse Rony como se fosse novidade que ele estava com fome.

Eles se sentaram na mesa da sala e Hermione bateu palmas, então toda comida apareceu na mesa, como em Hogwarts. Eles começaram a almoçar.

– Rony, você viu as últimas notícias do profeta diário? – perguntou Hermione

– Eu não Hermione, eu lá tenho cara de quem lê jornal? – perguntou Rony mais interessado em sua comida do que no que Hermione dizia – isso aqui tá realmente delicioso – falou ele de boca cheia

– Seu pai saiu na capa – respondeu ela

– Meu pai? Por quê?

– Não sei, depois você lê. Agora termina logo de almoçar que ainda tem a sobremesa.

Eles terminaram de comer e Hermione bateu palmas novamente e a sobremesa apareceu na mesa

– Isso tá bom! – falou Rony que parecia um hamster com as bochechas cheias.

– Eu sei – disse Hermione sorrindo – Vamos logo que eu quero entregar os outros presentes.

– Ok, eu também – concordou Harry

– Então vamos porque eu já terminei – falou Rony

Os três tiraram a mesa, escovaram os dentes e estavam indo em direção a lareira, mas Rony os interrompeu

– Acabou o pó!

– Vamos ter que aparatar! – afirmou Hermione

– Odeio isso! – reclamou Rony

– Eu sei, mas é mais seguro que ir de vassoura se você mora em uma cidade trouxa. E lembre-me de comprar mais pó. – falou Harry convicto.

– É verdade – disse Rony

– Bom vamos logo! – disse Hermione encerrando a discussão

– Isso! Se não a gente perde o almoço! – falou Rony se importando apenas com sua barriga

– Rony! Você acabou de comer que nem um porco! – reclamou Harry

– Mas eu ainda tô com fome! – retrucou Rony

– Por Merlin! – falou Harry – Anda, vamos!

E em alguns segundos estavam n'A Toca. Rony bateu na porta e Sra. Weasley abriu.

– Oi meu querido! – disse ela num tom maternal e abraçando o filho. – Harry! – ela o abraçou forte – Hermione! Minha querida, eu não me lembro de você estar tão linda assim há 4 anos atrás! – disse ela abraçando a menina e a olhando de cima a baixo.

– Vamos, vamos entrem!

Eles obedeceram. Todos ainda almoçavam.

– Vocês não querem almoçar?

– Não Sra. Weasley – respondeu Harry

– Harry, querido, já te falei pra me chamar de Molly.

– Ok Sra... Opa, Molly. Mas nós já almoçamos.

– Mas eu quero – disse Rony observando a mesa de longe.

– Vocês têm certeza? – perguntou Sra. Weasley para Harry e Hermione

– Uhum – confirmaram os dois.

Eles foram para a cozinha onde todos almoçavam em uma mesa pequena, na mesma bagunça que sempre fora a cozinha dos Weasley.

– Hermione! – gritou Gina correndo na direção da morena

– Oi Gina! – disse Hermione abraçando a amiga

– Oi Harry! – disse ela o abraçando " nossa, como eu pude perder esse pedaço de mal caminho?"

– Oi! – foi somente o que Harry respondeu

– Harry! Hermione! – disseram Fred e Jorge juntos

Rony recebia abraços de todos

– Cadê o papai? – perguntou Rony afim de confirmar a matéria do jornal

– Er... Bom... Ele foi preso! – respondeu Molly com o "quê" de preocupação

– Preso? Por quê?

– Acusado de uso ilegal de magia – disse Molly

– Mas o que ele fez? – perguntou Rony interessado e preocupado

– Usou magia na frente dos colegas de trabalho, são trouxas. – respondeu Molly

– E o Gui, o Carlinhos e o Percy? – perguntou Rony

– Gui tá na lua de mel com a Fleur, Carlinhos tá na Suíça estudando os dragões de lá e o Percy descobriu um novo talento, ele tá jogando quadribol na Bélgica.

– Nossa, que inesperado.

– Bom Sra. Weasley, eu vou esperar vocês terminarem de comer para entregar os presentes – comentou Hermione

– Ok querida, pode esperar na sala com o Harry, logo a Lilá chega e faz companhia para vocês – respondeu Molly com um sorrisinho malicioso nos lábios.

– A Lilá? A não! – protestou Rony.

– Ela é sua namorada querido! – falou Molly como se explicasse algo para um criança.

– Eu sei, mas ahhhh... – reclamou Rony

Harry e Hermione estavam sem graça de estarem ali, sozinhos. Eles se encararam por alguns instantes e enrubesceram. Pareciam dois adolescentes.

– Hermione... – disse Harry quebrando o silêncio.

– O que? – perguntou ela interessada.

– Porque você não conta sobre a sua cópia para alguém da ordem, sei lá, acho que eles podem te ajudar... – comentou Harry

– É, eu vou tentar, semana que vem – afirmou ela.

– Quem sabe não ajuda...? – falou Harry

– Uhum, obrigada pela dica – falou Hermione por fim deixando que o silêncio reinasse novamente.

"Porque eles não terminam logo de almoçar?" pensava Hermione inquieta. A campainha soou por toda casa "Salvo pela campainha" pensou Harry.

Sra. Weasley se levantou e abriu a porta.

– Lilá! Tudo bom com você querida? – falou Sra. Weasley num tom maternal.

– Tudo e com a Sra.? – respondeu ela educada.

– Tudo bem apesar do Artur estar preso.

– É, eu fiquei sabendo

– Você quer almoçar?

– Não, obrigada, já almocei

– Então espere ai com o Harry e a Hermione

– Ok! – disse ela se voltando pros dois. – Harry? Como você mudou... Tá mais... Sexy.

Hermione a olhou feio

– Ah, desculpa, não sabia que vocês estão namorando.

– Nós não estamos namorando – falou Hermione exaltada – Mas bem que queria – falou de modo que apenas ela ouvisse.

– Então porque estão de mãos dadas? – perguntou Lilá implicante

Hermione olhou pra baixo, seguida de Harry. Estavam mesmo de mãos dadas e nem tinham percebido. Eles soltaram como de reflexo e enrubesceram furiosamente.

– Er.. Nada, ou será que melhores amigos não podem dar as mãos? – Hermione tentava achar palavras pra explicar o ocorrido.

– Sei...

Harry suava frio

– A Lilá! Sossega vai! – falou Hermione ignorante " Céus, como essa menina é insuportável, agora entendo o Ron " – mas, porque você falou que o Harry tá sexy se nós já estávamos de mãos dadas?

– Porque vocês NÃO ESTAVAM. Vocês deram as mãos quando eu falei que ele tava sexy e você me olhou feio.

Hermione a fuzilou com o olhar, ela não devia ter falado isso. Lilá entendeu o recado e mudou de assunto.

– Ahn... cadê o Ron?

– Não sei – respondeu Hermione seca

Logo Gina apareceu na sala, seguida de Fred, Jorge, Rony e Sra. Weasley, cheios de pacotes nas mãos.

– Ok! Vamos ao que interessa! – disse Sra. Weasley fazendo todos os presentes voarem até seus respectivos donos – me desculpem pelo jeito, mas estou realmente atrasada, é hoje o julgamento.
Todos abriram e agradeceram.

– Feliz natal para todos – disse Sra. Weasley – tantos dias para marcar um julgamento e marcam logo no natal – murmurou antes de desaparecer em meio as chamas esmeraldas.

Antes de ela desaparecer, todos repetiram em coro um " feliz natal Sra. Weasley" que rendeu um sorriso maternal da ruiva.

Logo que ela sumiu em meio as chamas, a casa virou uma baderna, Lilá puxou Rony lá pra cima, queria mais privacidade. Harry e Gina conversavam em um canto da sala e Hermione, Fred e Jorge, em outro.

– Hermione, como você está linda! O que aconteceu? – comentou Fred querendo atropelar o irmão

– Eu não fiz nada – respondeu ela sem graça

– Alguma coisa você tem que ter feito – falou Jorge empurrando o irmão

– Não fiz nada, apenas... Cresci – falou ela sem graça

Harry observava cada movimento deles.

– Você não quer ir lá no jardim com a gente? Mamãe plantou algumas rosas – falou Fred puxando Hermione

– Claro, rosas são minhas preferidas.

Foram para o jardim. Harry abandonou Gina no meio da conversa e subiu as escadas correndo, abriu a porta com tudo e se deparou com Rony descabelado, Lilá quase pelada.

– Desculpem mas é urgente, Rony você tem aquelas orelhas extensíveis?

– Tenho, mas porque você quer? – perguntou Rony abrindo um armário e pegando as orelhas

– Quero ouvir a conversa da Mi com seus irmãos, eles estão meio estranhos.

– Tá, mas onde você pretende prender as orelhas?

– Janela, assim vejo e ouço o que acontece.

– Torça pra que eles não vejam

Harry pegou as orelhas e correu para o quarto de Gina, que era o único que dava para o jardim. Pendurou a orelha.

– Então Hermione, o que tem feito desde que saiu de Hogwarts? – perguntou Fred a observando com desejo

Hermione ignorou o olhar e respondeu

– Sou aurora e espiã do governo, nem devia tá te contando isso mas fazer o que.

– Nossa! Que máximo! – exclamou Fred.

– E vocês?

– Apenas na loja – respondeu Jorge vagamente

– E você e o Harry? Tão namorando? – perguntou Fred sorrindo de canto.

– Não, porque? "bem que eu queria" – pensou ela.

– Ah, vocês andam tão grudados, não é novidade pra ninguém que ele te ama – falou Jorge ainda em sua sã consciência.

– Vocês estão é ficando loucos! O Harry jamais olharia pra mim! – falou ela se desanimando.

– Ah Hermione, você é linda, porque ele não olharia? – animou Fred

– Não sei...

– Bom, se você não tá namorando... Tem alguém no seu coração? – perguntou Jorge.

Fred o cutucou.

– Que foi? – respondeu Jorge duramente

– Seu idiota, é claro que é o Harry, você não vê o jeito que ela reage quando a gente fala dele?

Isso só fez Hermione piorar.

– Ah, Mi, desculpa – disse Jorge se aproximando e pondo a mão na coxa de Hermione.

– Hey! O que você pensa que está fazendo? – gritou Hermione o empurrando

– Nada demais, apenas conversando – respondeu Fred se aproximando de Hermione e repetindo o gesto do irmão

– Sai de perto de mim! – exigiu Hermione

– Não Mi! Não precisa ter medo da gente! – falaram os dois juntos

Harry fumegava de raiva, ciúme, possessão, ódio, tudo que tivesse direito.
Ela estava se levantando para sair daquele lugar e se sentir melhor, mas Jorge a puxou pelo braço

– Me larga!

– Fica aqui com a gente! – repetiram os dois juntos. Eles pareciam zumbis

– Estupefaça! – gritou Hermione

Fred voou e Jorge ainda segurava Hermione.

– Petrificus Totallus!

Jorge ficou duro como pedra, mas ainda segurava o pulso de Hermione. Hermione espremeu as mãos e esta deslizou em meio as mãos grandes do ruivo. Entrou correndo em casa antes mesmo que Fred pudesse recuperar as forças. Harry largou as orelhas e desceu as escadas correndo. Trombou com Hermione.

– Hermione! – chamou Harry sem sucesso.

Hermione nem olhou na cara dele, continuou subindo as escadas e abriu o primeiro quarto que achou, e se trancou lá para chorar. Harry foi atrás dela.

– Hermione! Abre a porta!

Rony e Lilá haviam descido para a sala, Gina continuava lá e Fred se recompunha segurando o irmão nos ombros. Todos olhavam assustados para Harry.

– Quem é? – perguntou uma voz rouca de dentro do quarto

– Harry!

– Não!

– Porque isso agora Mi?

– Nada Harry, me deixa sozinha!

– Não! Eu vi o que aconteceu!

– Você... Você viu?

– Vi e ouvi, agora me deixa entrar! Quero falar com você

– Não

– Ok. Alohomora

Harry abriu a porta e entrou no quarto. Todos na sala ainda estavam petrificados, o que havia acontecido afinal? Gina começou a entender, desde a semana passada Fred e Jorge não estavam bem, foram testar um novo experimento, poção da sorte, a poção não deu certo e acabou dando nisso, dois homens fora de controle e sem consciência nenhuma.

– Harry! – repreendeu Hermione

– Hermione, calma to aqui com você

Ele a abraçou, ela já estava chorando. Era no fundo, sensível. Ele a afastou e apontou para cama, eles se sentaram e Hermione tornou a trancar a porta e o abraçou de novo. Ela não sabia bem o porque, mas o abraço de Harry lhe transmitia uma segurança sem igual, segurança que nem um exército inteiro seria capaz de lhe mostrar.

– Mi, calma, deve ter algo de errado com eles.

Ela soluçou, nunca tinha visto Fred e Jorge agirem assim, deviam estar enfeitiçados, estavam com um brilho estranho nos olhos, brilho que Hermione desconheceu.

– Eu vou descobrir o que há com eles tá?

Ela apenas consentiu. Então Harry limpou as lágrimas do rosto dela com os dedos.

– Agora não chore mais ok? E vamos descer senão vão pensar besteira – disse Harry sorrindo.

– Ok! – disse ela terminando de enxugar os olhos e refazendo a maquiagem de frente com o espelho.

Eles desceram, Hermione estava com o nariz vermelho, que nem o pó compacto conseguiu disfarçar, mas justificou como uma irritação no nariz. Fred estava sentando no sofá levando uma bronca de Gina que entendia completamente o que havia acontecido. E Jorge ainda estava paralisado, demoraria um pouco para ele voltar ao normal.

– Hermione? Você tá bem? – perguntou Gina preocupada ao ver que a amiga descera as escadas.

– To sim Gina, é só uma irritação.

– Ah, essas doenças de trouxas só trazem problemas.

Todos riram. Rony olhou para o pescoço de Harry, lá estava o colar que havia dado. E verificou o braço de Hermione, ela também carregava o bracelete. Por um instante um brilho diferente tomou conta de seus olhos e ele se sentiu mais poderoso. Coisa de segundos. Harry achou aquilo assustador, Rony nunca fora assim. E nunca teve um brilho nos olhos tão maldoso como aquele.

– Rony, você tá bem?

– Hã? Que foi? – perguntou ele como se nada tivesse acontecido

– Você está se sentindo bem?

– Normal! Ah, que legal, você tá usando o colar que eu te dei!

– É, eu coloquei pra experimentar e num consegui tirar, pretendia usar no reveillon.

– Ah, mas ficou bom

– É, eu sei, mas ela machuca um pouco

– É? Deixa eu ver... Harry, esse negócio tá ficando marcado no seu pescoço.

– Como?

– Tá ficando a marca do símbolo, sua pele tá queimando.

– O que? Queimando? Como se não bastasse essa merda de cicatriz eu ainda vou ganhar outra? Porque sempre eu?

– Não sei Harry, não sei o que é isso.

– É, nem eu, pega lá um esparadrapo, não vou deixar isso aqui ficar me queimando.

– Ok, já volto.

Harry ficou preocupado, Hermione ganhara coisa semelhante, será que tinha a mesma função, será que a dela também ficaria marcada? Depois ele resolveria isso. Rony estava voltando com o esparadrapo. Harry colocou o esparadrapo no pescoço e um pedaço atrás do pingente para impedir o contato com os outros locais do pescoço.

Gina explicava para Hermione sobre o efeito que a poção causara nos gêmeos, os habitantes daquela casa ainda não sabia de sua cópia malvadinha. Hermione interrompeu a conversa com Gina e chamou Harry de canto

– Harry, vamos embora, eu to ficando incomodada com a presença do Fred e do Jorge, mesmo que a Gina já tenha me explicado.

– Ok amor!

Hermione repetiu para sim mesma "amor?"

– Tchau pessoal, eu e a Mi estamos indo, temos assuntos a resolver.

– Sei esse assunto heim – disse Gina antes de se despedir fazendo ambos corarem. E arrancando risadas de todos.

– Tchau! – responderam quase que em coro.

"Hermione sua idiota, ele te chamou de amor! Acorda!"
Eles pegaram uma vassoura que estava encostada lá e rumaram para casa. Hermione estava sempre muito atenta aos trouxas. Chegaram em casa em segurança.

– Harry! Obrigada por tudo! Eu nem sei o que faria sem você! – disse Hermione o abraçando de novo.


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No próximo capítulo tem beijo H² com recomendação de músicaaa
SAHSHAIHSAUIHSA
Beijão