Nono Capítulo



Capítulo em homenagem a Andréa que faz aniversário hoje!


Harry estava sentado numa cadeira, apoiando a cabeça em seus braços. Estava no hospital há algumas horas, sempre ao lado de Hermione. Ela estava melhor, apesar de sonolenta, por causa dos remédios que teve que tomar.

Levantou a cabeça lentamente e viu através da janela da porta, que o pai de Hermione conversava com o médico dele. Suas feições não eram animadoras e Harry teve a impressão que as coisas estava piores do que ele imaginava.

Ainda olhando para o pastor, viu o momento que ele entrou no quarto e ficou do outro lado da cama de Hermione. Ele olhou tristemente para Harry e respirou fundo.

- Harry vá para casa, filho! – disse olhando o garoto.

Harry desviou os olhos de Hermione por um segundo e olhou para o homem na sua frente.

- Não estou cansado – ele voltou a olhar para Hermione. O pastor deu a volta na cama e botou a mão no ombro dele. Harry olhou para o senhor estranhando sua ação.

- Preciso de um minuto com ela – pedindo calmamente. Harry concordou e se virou para Hermione.

- Eu volto, esta bem? – ele se levantou da cadeira que estava e deu um leve beijo nos lábios da namorada.

- Ta – disse fracamente. Ela acompanhou Harry com os olhos, enquanto seu pai se sentava na cadeira onde estava Harry.

- Papai... – chamou ela. O homem levantou o rosto e a encarou - Tão sério – brincou ela. Ele deu um meio sorriso para a filha.

- Lembra quando você tinha... – começou, recordado-a de um momento na vida deles - Cinco ou seis anos. E disse que odiava a gravidade, que queria pular do telhado e voar? – terminou sorrindo para a filha.

- Eu fiquei com raiva, porque o senhor me fez descer – concluiu ela.

- Se te protegi demais, foi porque quis ficar mais tempo com você! – lágrimas começaram a escorrer dos olhos do velho homem. Com um esforço, Hermione se levantou e abarcou o pai.

- Pai...

- Sabe, quando eu perdi sua mãe, tive medo que meu coração não se abrisse nunca mais – ele se afastou dos braços dela e encarou seus olhos - Eu nem te olhei durante dias, mas depois... – ele trincou a boca, na esperança de impedir que chorasse na frente dela.

- Eu te amo tanto! – Hermione puxou o pai para mais um abraço, onde ele não resistiu mais e chorou no colo da filha.


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Harry tinha ido a casa apenas para tomar banho e já estava voltando para o hospital. Lílian tentou convencer o filho a dormir pelo menos uma vez em casa, mas ele ignorou seu conselho.

Tinha acabado de sair de dentro da casa, quando viu Gina se aproximando. Encurtou os passos, a fim de que, Gina chegasse ao seu encontro.

Eles nunca mais se falaram depois que Gina e Draco tinham espalhado as montagens de Hermione pelo colégio. Harry não tinha mais nada contra ela, porque uma coisa que aprendeu com Hermione ao longo dos meses, era perdoar.

- Oi – Harry cumprimentou ao ver a ruiva parar na sua frente. Gina estava receosa em como agir com ele, mas tomou coragem e disse o que tinha a trago até ali.

- Eu queria te dar isso – ela entregou um envelope para ele - As fotos da peça! – explicou ela - Desculpe pela brincadeira – pediu abaixando a cabeça envergonhada pela atitude que teve com Hermione.

- Não foi nada – tentou confortar a garota.

- Você esta com a pessoa certa, ela te escolheu! – afirmou levantando a cabeça e olhando o garoto nos olhos.

- E eu nem sei porque – disse sincero, sorrindo para ela.

- Eu sei! – ela olhou para o garoto com os olhos cheios de lágrimas e saiu correndo de perto dele.

Harry ficou olhando a ruiva se afastar. Sua intenção nunca foi magoar Gina. Só começou a gostar de Hermione depois que ele e Gina já tinham terminado, mas não podia deixar de se sentir um pouco culpado pelo modo que a ruiva estava se sentindo agora.


Harry saiu dali e foi direto para o hospital. Encontrou Hermione acordada, sentada na cama.

Sua aparência estava bem melhor, graças aos remédios que estava tomando. Também parecia bem disposta, ao contrario do dia seguinte, que Hermione ficou o dia inteiro com náuseas.

Harry bateu na porta, segurando um pequeno buquê na outra mão. Hermione olhou para a porta e sorriu ao ver o namorado. Harry deu a volta na cama e se sentou ao lado dela. Hermione tentou ajeitar o cabelo, mas desistiu ao ver que não ia conseguir melhorar muita coisa.

- Como esta se sentindo? – perguntou o garoto, depois de beijar Hermione.

- Bem, e você? – respondeu sorrindo.

- Ótimo – ele ficou olhando para ela. Hermione estava tão diferente comparando com o dia que a conheceu com o dia atual. Mas isso não o fazia ama-la menos, pelo contrario, admirava sua força de vontade mesmo diante da situação dela.

- Eu tenho uma coisa para você.

- O que?


Hermione se inclinou um pouco para o lado e pegou um pequeno livro que estava em cima do criado mudo. O segurou firme no peito e sorriu para Harry. Ele a olhou sem entender quando ela lhe deu o livro.

- Não se preocupe, não é a bíblia – brincou ao ver a cara de Harry. Ele sorriu para ela, antes de abrir o livro - Era da minha mãe, tem frases dos seus livros preferidos e frases de pessoas famosas – ele levantou o rosto e olhou para ela - Seus pensamentos!

Harry folheou o livro mais uma vez e parou numa pagina. Passando os dedos nas frases que estavam escritas, escolheu um e leu em voz alta.

- “O que é um amigo? É só uma alma vivendo em dois corpos.” Aristóteles – ele acabou de ler e ficou pensando na frase. Hermione se inclinou e virou algumas páginas.

- Aqui – indicou ela.

- “Descubra quem você é e faça disso m propósito.” Dolly Parton – ele riu ao ver de quem era a frase.

- Eu sempre a achei inteligente! – comentou sorrindo para o namorado.

Harry novamente desviou a atenção dos olhos de Hermione e olhou um texto que tinha chamado sua atenção logo abaixo.

- “O amor é paciente e benigno, não arde em ciúmes” – Hermione começou a citar a frase, mostrando para Harry que ela sabia de cor. Ele deu uma olhada para ela, e continuou a ler junto com ela – “O amor não se ufana, não se ensoberbece, o amor não é rude, nem egoísta, não se exaspera e não se ressente do mal.” – ele fechou o livro e observou Hermione sorrir contente. Ela voltou a se deitar na cama e Harry guardou o livro perto de si.

- Sabe o que eu descobri hoje? – disse fechando os olhos por um segundo e voltando a sorrir para o namorado.

- O que? – perguntou curioso.

- Talvez Deus, tenha um plano maior para mim do que eu mesma tenho. É como se esta jornada não terminasse! – ela dizia aquelas palavras sorrindo para Harry e ele não pode deixar de sorrir também - Como se você tivesse sido enviado a mim porque estou doente para me ajudar a passar por tudo isso. Você é o meu anjo! – concluiu ela ainda sorrindo. Harry se inclinou e a beijou apaixonadamente.


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No dia seguinte, assim que acordou, Harry se arrumou, comeu alguma coisa e saiu de casa em direção ao hospital.

Estava no corredor do quarto de Hermione, quando a viu ser carregada por uma cadeira de rodas junto com o pai dela e um enfermeiro.

Ficou nervoso, pois pensou que Hermione tinha tido alguma complicação e a estavam mudando de sala. Correu até a namorada e se ajoelhou na sua frente.

Ao vê-lo, Hermione sorriu, mas percebeu que ele estava preocupado.

- O que houve? – perguntou rápido olhando para o enfermeiro. Hermione pegou em suas mãos e o forçou para que olhasse para ela.

- Eu vou para casa – disse sorrindo - Agradeça ao seu pai por mim! – ele se levantou do chão, surpreso com o que ela tinha dito, enquanto o enfermeiro a levava para a saída do hospital.

- Como assim? – perguntou depois de algum tempo, andando ao lado do pai de Hermione.

- Seu pai esta te procurando – respondeu o pastor se virando - Ele vai pagar pelo tratamento em casa!

Harry parou de andar e os observou se afastarem. Depois do ultimo encontro que teve com seu pai, nunca podia esperar que ele fizesse alguma coisa do tipo para ele.


Ainda surpreso com a atitude do pai, disse para Hermione que a encontraria mais tarde na casa dela, mas que naquele momento ele tinha que fazer uma coisa.

Como se ela soubesse o que era, Hermione apenas sorriu e disse que o amava. Harry se despediu dela e entrou no carro.

Quando chegou na casa do pai, apertou a campainha uma vez e esperou o homem aparecer. Quando ele abriu a porta e Harry pode ver seu pai, ele não agüentou.

O homem estendeu os braços e Harry os aceitou, abraçando o homem e chorando ao mesmo tempo.


- Obrigado – disse entre o choro – Desculpe!

- Não tem problema – respondeu o homem com os olhos marejados, esfregando as costas do filho.


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De noite, Harry já se encontrava nos jardins da casa de Hermione. Tinha que terminar de fazer o telescópio, pois o cometa ia passar no dia seguinte.

Por conta das horas que ficou no hospital fazendo companhia a Hermione, ele tinha perdido horas preciosas de trabalho, mas ele não se arrependia disso. E se Harry precisasse passar a noite em claro para terminar o aparelho, ele passaria!

- Preciso terminar hoje – disse o pastor parando ao lado dele, trazendo uma grande caneca de chocolate quente - Tome, esta quente! – Harry pegou da mão dele e deu um gole.

- Quase terminei o tambor – comentou. Ele colocou a caneca em cima da mesa e foi para o galpão que estava guardando alguns materiais. O homem o seguiu - Ela pediu os espelhos?

- Sim, estão lá dentro – apontou para o galpão - O que usou como mancal? Tentou puxar assunto.

- Um velho toca-discos – comentou procurando os espelhos.

- Acha que vai terminar amanha? – perguntou duvidoso.

- Sim – Harry pegou o que queria e voltou para a mesa de trabalho. O pastor deu uma ultima olhada nele, antes de entrar dentro de casa para ir dormir.


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A noite passou e Harry continuou seu trabalho. Terminou de montar o telescópio quando o sol estava nascendo. Estava cansado, mas satisfeito com o resultado final de todo seu esforço.

Foi para casa e sob ordens de Lílian, subiu para seu quarto e dormiu algumas horas. Acordou de tarde e tomou um longo banho.

Tinha um grande plano para aquela noite e queria que fosse muito especial. Desligou o chuveiro, se arrumou e desceu para comer alguma coisa.

Despediu-se de sua mãe e avisou que iria chegar tarde aquela noite. Ela deu um beijo e desejou boa sorte ao filho. Ficou observando da varanda Harry entrar no carro. Nunca pensou que o filho pudesse mudar tanto por uma garota, mas agora via que sempre esteve enganada.

Harry chegou na casa de Hermione e logo pegou o telescópio e posicionou na sacada do quarto dela.

Hermione foi com Harry até a sacada e se sentaram no balanço que tinha ali. Ficaram conversando até anoitecer.

- Obrigada – agradeceu Hermione quando Harry a ajudou a sentar depois de terem ido a sala lanchar.

- De nada – ele se sentou ao seu lado e ficaram admirando o novo telescópio dela.

- Ficou bonito – Hermione elogiou.

Harry olhou para o relógio em seu pulso e viu que pela hora, o cometa ia passar.

- Esta na hora – comentou se levantando e pegando na mão de Hermione - Vai dar uma olhada.

Hermione se levantou com a ajuda de Harry porque ainda sentia seu corpo fraco. Caminhou até o telescópio e colocou o olho direito no ocular.

Sorriu ao localizar o cometa. Há muitos meses esperava por aquele momento e ficou feliz em saber que estava compartilhando-o com Harry.

- Vem cá, venha olhar – chamou Hermione. Harry se levantou e foi até ela – Rápido!

Harry sorriu para ela antes de olhar o cometa. Nunca tinha visto um. Era uma cena muito bonita de ficar observando, isso ele não podia negar.

- Que legal! – exclamou. Harry se virou e viu que Hermione tinha sentado no balanço novamente. Foi até ela e pegou em suas mãos - Você me ama? – Hermione sorriu e disse que sim - Faz uma coisa por mim então?

- Qualquer coisa – disse cansada.

- Você se casa comigo? – perguntou ansioso. Hermione ficou olhando para ele achando que era alguma brincadeira, mas Harry continuou sério. Seus olhos começaram a se encher de lágrimas e antes que começasse a chorar, beijou Harry com todo o amor que sentia por ele.


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- “O amor é paciente e benigno, não arde em ciúmes, o amor não se ufana, não se ensoberbece, o amor não é rude, nem egoísta, não se exaspera e não se ressente do mal. O amor não se alegra com a injustiça, mas regojiza-se com a verdade. Este sempre pronto para perdoar, crer esperar e suportar o que vier”.

Harry olhou para Hermione. Ela estava linda vestida de noiva e felicidade irradiava de seus olhos.

Passou-se duas semanas e o dia do casamento deles finalmente chegou. Ao contrário do que Harry achava, o pai de Hermione aceitou a união deles com alegria e se disse feliz por ver Hermione com um homem como Harry.


- Eu, Hermione Granger tomo Harry Potter, como esposo para ama-lo e respeito todos os dias da minha vida – terminou emocionada.

- Eu, Harry Potter tomo Hermione Granger, como esposa para ama-la e respeita todos os dias da minha vida – Harry colocou a aliança no dedo de Hermione e sorriu para ela.

- Eu vos declaro marido e mulher – ele se virou para Harry – Pode beijar a noiva!

Harry sorriu para o agora sogro e beijou Hermione. Ele era feliz e completo ao lado de Hermione e queria aproveitar cada momento que tinha com ela.



Eu não sabia quanto tempo tínhamos, nem quando seriam as recaídas dela, mas não me importava com isso.

Hermione e eu tivemos um verão perfeito juntos. Com mais amor que muitas pessoas tem numa vida toda...

E depois ela partiu. Com sua fé inquebrável.


Quatro anos já se passaram, mas a visão de Hermione caminhando em minha direção ficara comigo para sempre.




Harry estacionou o carro e subiu os degraus que davam acesso a varanda da casa. Bateu na porta uma vez e esperou que alguém aparecesse.

Estar ali novamente lhe traziam muitas lembranças, mas ele não se permitia ficar triste com elas.

- Olá senhor Potter – cumprimentou a enfermeira ao abrir a porta – Entre – eles foram até a sala e ela indicou o sofá - Sente-se, por favor.

- Obrigado

Harry deu uma olhada na casa. Ela não tinha mudado muita coisa desde a ultima vez que esteve ali. Viu um senhor entrar na sala e se levantou sorrindo.

- Harry! – cumprimentou o velho pastor se aproximando e dando um abraço nele - Você esta ótimo – disse se afastando.

- Obrigado, o senhor também.

- E as novidades? – perguntou se sentando. Harry se sentou também e pegou a xícara de café que a enfermeira tinha acabado de deixar ali.

- Bem, eu entrei para medicina – comentou.

- Sua mãe me falou – disse sorrindo - Temos muito orgulho de você – admitiu - Hermione teria muito orgulho de você!

Harry ficou olhando para o homem. Ele tinha sofrido muito com a morte da filha, mas com o tempo acabou aceitando o fato de não ter mais Hermione perto de si.

- Eu queria que o senhor ficasse com isso – disse pegando o velho livro de Hermione. O pastor se inclinou para pegar o objeto e se emocionou ao reconhecer o livro que a filha tanto adorava ler.

- Harry...- seus olhos estavam marejados – Obrigado! – ele segurou o livro contra o peito.

- Eu sinto muito que ela não tenha visto um milagre – lamentou Harry se lembrando do que Hermione tinha escrito no anuário dela.

- Ela viu – Harry olhou para ele confuso e o pastor sorriu - Foi você!


Hermione salvou minha vida!
Ela me ensinou tudo sobre a vida, esperança e a longa jornada adiante. Sempre sentirei saudades dela!
Mas nosso amor é como o vento...
Não posso ver, mas posso sentir!





Hey, mais uma fic terminada! Uhhh
To tão feliz por ter conseguido fazer essa adaptação!
Ganhei o DVD desse filme no Natal e quando vi a história, achei tão linda que na mesma hora eu imaginei uma fic H²!
Não vou dizer que foi fácil fazer essa fic, porque não foi! Por ser uma adaptação E de um filme, tive alguns probleminhas durante esses meses.
Mas fico feliz por ter feito isso, pois assim passei por mais um obstáculo e descobri que posso fazer várias coisas diferentes.
Agradeço a todos que acompanharam e leram essa fic e gostaram! Muito obrigado a todos!
Ah, não deixem de ler minhas outras fics: Tudo ou Nada e Conhecendo o Amor! Tenho certeza que vocês iram gostar!
Bjs para todos






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