Geléia
Gina acordou cedo e foi tomar café da manhã. Aproveitou que ninguém havia acordado e foi dar uma volta no jardim da casa. Era muito bonito, as rosas brancas estavam se abrindo e tinham um leve perfume, maiss no fundo várias árvores, uma de cada tipo e fruta diferente. Parou e pegou uma fruta, limpou-a na roupa e lhe deu uma mordida. Era uma coisa maravilhosa, nunca comeu fruta melhor, o suco escorria-lhe pelo pescoço e quando acabou, jogou o caroço no chão. Continuou seu caminho, no meio do jardiml tinha uma fonte, a água caia e o barulho que fazia deixava Gina calma. Aquele lugar era muito lindo e grande também. Então ela deixou o lugar para mais tarde e foi tomar café, antes que seu patrão ficasse brabo pela demora.
Ao chegar no salão, sentou-se a mesa, ainda era cedo. Draco já estava lá.
- Bom dia! Está se sentindo bem senhor Malfoy?Está tão cedo aqui, em Hogwarts você odiava acorda cedo, e essa hora para você era madrugada – disse Gina sinicamente.
Draco Malfoy ficou quieto, fingiu que a moça não estava ali falando com ele.
- Se passou mal durante a noite era para ter me chamado! - repreendeu Malfoy muito séria. - Estou aqui para isso.
- Não vou ficar implorando cuidados Weasley. - disse um Malfoy abatidíssimo.
- Problema seu então, teimoso. - ela também não iria ficar cuidando de um orgulhoso.
- Só uma pergunta: Por que, afinal não posso dizer nem a minha família quem você é ou onde mora? - disse se sentando e passando geléia de framboesa "minha favorita" em uma torrada.
- Simplesmente porque seu irmão me mataria sem pensar duas vezes. - tomava calmamente seu chá.
- Tem razão. Por que você me contratou? - mordia a torrada "essa é a mesma geléia que ele me comprou uma vez em um piquenique que fizemos no jardim de Hogwarts, o que ele quer com isso? Não vou comer mais."
Gina se lembrou da surpresa que Draco tinha feito para ela nos tempos de Hogwarts. Ela não poderia esquecer, tinha sido tão bom, tão... carinhoso. Enquanto ela ia pensando nesse dia as cenas iam passando em sua mente rapidamente, tudo que draco havia falado naquele dia. Ele vendou ela e levou-a para um outro lugar, tinha preparado um piquinique. Draco tinha levado a geléia preferida de Gina: geléia de framboesa. Naquele dia ele tinha um sorriso no rosto, como se mostrasse à garota que os dois ficariam juntos para sempre, pena que não deu certo.
Os pensamentos de Gina foram perdidos ao escutar a resposta de seu patrão
- Te contratei porque é uma boa profissional. - se levantou com dificuldade e o auxilio da bengala que usava. - Com licença.
- Onde você vai? - "vai fugir da conversa!" pensava gina
- Não se pode nem ir ao banheiro em paz? - parecia irritado.
- Desculpe. - ficou envergonhada.
Gina ficou sozinha, e terminou sua refeição. Foi procurar Malfoy, precisava examiná-lo para saber que doença ele tinha, mas não o encontrara a manhã toda.
- Senhor Brian, onde está o Malfoy? - ele tinha que saber onde se encontrava seu patrão.
- Todas terças ele sai, vai dar uma volta no jardim.
- Mas ele se locomove com tanta dificuldade, como "passeia por aí"? - disse deixando o homem alto e esquelético sozinho e se dirigindo ao jardim.
- Espere! Ele volta para o almoço.
Mas Gina não distinguiu as falas do homem e saiu pelo jardim procurando, andou muito e não o encontrou. "Que estranho, era para ele estar por aqui."
Resolveu voltar para casa, foi para seu quarto. Lá encontrou Pichitinho com uma carta amarrada a patinha.
- Você me encontrou Pichitinho! De quem é a carta? - disse fazendo carinho nele, que estava orgulhosíssimo por encontrá-la, e voava alegre de um lado para outro.
Gina desamarrou a carta e começou a ler:
Virgínia Weasley!
Aonde você está? Foi te visitar e levar mais dinheiro no apartamento, quando chego não te encontro, perguntei à dona do prédio e ela me disse que você entregou o apartamento!!!!
Como você sai de lá e não me avisa! Eu e Hermione estamos seriamente preocupados, fora ela, você é minha família Gina!!! Só restamos nós dois e devemos nos ajudar proteger.
Se você está lendo é porque Pichitinho te encontrou, confiei a ele a carta já que gosta tanto de você e te encontraria em qualquer lugar.
Me responda logo.
Seu irmão que te ama
Rony
Gina ficou emocionada ao ler a carta. Tinha esquecido de avisar Rony na euforia do emprego conseguido. Pegou papel e pena que estavam em cima da escrivaninha do quarto.
Queridos Rony e Hermione
Me desculpem por não avisar que sairia do apartamento. Mas é que foi tão de repente!
Richard conseguiu uma entrevista de emprego para mim, e depois de um tempo fui contratada. Estou na casa do doente, sou enfermeira dele, mas não posso dizer quem ele é nem onde mora, senão serei despedida. Você entende né?
Beijinhos
Gina
Enquanto escrevia Pichitinho descansava. Depois que terminou, Gina desceu para pegar algo para ele comer, foi quando viu que Malfoy tinha voltado.
- Onde você estava? - Perguntou uma Gina muito irada.
- Preocupada comigo agora é? - disse cambaleando e se apoiando mais na bengala.
- Olha o seu estado. Está doente, eu nem fiz o seu exame geral ainda
- E nem vai fazer. - sustentava um olhar arrogante.
- Como não? Como vou saber o que você tem?
- Não quero ser examinado com esses feitiços que vocês medi-bruxos usam!
- Mas vai! Ou vou embora, pois sem os exames não tem como cuidar de você. - "O que ele está querendo esconder de mim?"
- Vamos ver! - disse saindo da sala.
- Teimoso! - "Não sei como um dia pude te amar."
Foi até a cozinha e encontrou comida para Pichitinho. Subiu para o seu quarto e o alimentou.
- Você já descansou? Já quer ir embora? - perguntou docemente a Pichitinho, que voava novamente de um lado a outro.
Gina amarrou a carta e abriu a janela que havia fechado. Deu um beijinho em Pichitinho e ele saiu pela janela indo embora. Ela ficou observando a pequenina coruja desaparecer no horizonte e resolveu ir almoçar, mais tarde teria trabalho. Convenceria Malfoy a fazer os exames de qualquer maneira.
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