O ataque de ciúmes
Os meses foram passando rapidamente. Logo, estavam em dezembro e o natal estava se aproximando e a senhora Weasley convidou o trio para comemorar essa data com um jantar na toca, que eles aceitaram com muita alegria.
Harry e Rony estavam na sala esperando Hermione terminar de se arrumar.
- Quanto tempo mais vamos ficar aqui esperando? – o ruivo perguntou – Daqui a pouco já vai ser meia noite e ainda estamos aqui.
- A Mione já deve estar vindo, sabe como ela demora para se arrumar! – o outro falou.
E ele estava certo, alguns minutos depois ela apareceu. Estava com uma calça preta, uma blusa branca de manga comprida que deixava a mostra sua barriga (que começava a aparecer, já que Hermione estava com 5 meses de gravidez) e carregava um casaco na mão, pois estava muito frio do lado de fora já que estava nevando.
- Ótimo, já podemos ir! – Rony falou. Há algum tempo, ele estava perdendo a paciência com a noiva.
- Mas e os presentes? – ela perguntou.
- Eu e o Rony já colocamos todos no carro! – o moreno respondeu.
A viagem de carro até A Toca demorava bastante, pois a casa ficava bem afastada da idade. Mas eles conseguiram chegar ao local com bastante antecedência. Assim que puseram os pés na cozinha, foram recebidos por uma senhora Weasley muito animada.
- Boa noite queridos! – ela disse, abraçando os três de uma vez só – Feliz natal.
- Feliz natal para a senhora também, senhora Weasley – Harry disse, assim que conseguiram sair de perto da mulher.
- E como está a minha neta? – ela perguntou, passando a mão pela barriga de Hermione – Você sabe, querida, mesmo esta criança não senda filha do Rony, a considero com minha neta. Até porque, vocês dois se casando ele vai criá-la como uma filha.
A garota concordou com a cabeça, mas não se sentia muito confortável ao ouvir isso, e sabia que os outros dois também não.
- Por que vocês não vão lá para sala! – a mulher ruiva voltou a falar – Só Gina está ai, mas logo o resto da família vai chegar.
Quando saíram da cozinha, encontraram a caçula da família Weasley sentada no sofá.
- Oi Gina! – Hermione falou, abraçando a amiga.
- Oi Mione! – a ruiva falou – Oi Rony! Oi Harry!
- Oi Gina! – eles responderam juntos.
- Mamãe tinha me contado as novidades, mas eu tinha que ver com os meus próprios olhos para acreditar – a garota voltou a falar, olhando, atentamente para a barriga da amiga – quer dizer que vou mesmo ser tia?
- É verdade Gina! – Hermione respondeu.
Harry se espantou com isso. Por um momento, esqueceu que Dumbledore tinha aconselhado que era melhor todos pensarem que o filho era do Rony.
- Ainda bem que vocês vão casar logo! – ela continuou a falar – Se não, coitada da Mione.
Todos se sentaram no sofá e começaram a conversar. O tema central continuava ser “o bebê do Rony e da Hermione”, o ruivo parecia muito a vontade, mas o outro não. Estava ficando cansado de ninguém saber que ele era o verdadeiro pai daquela criança, resolveu ir até a cozinha para ver se a senhora Weasley precisava de ajuda.
Logo, o restante da família chegou. Depois que todos jantaram, se sentaram na sala e começavam a abrir os presentes.
- Esse presente é para a Mione! – Jorge disse, entregando o embrulho para a morena – Ou melhor, para a nossa sobrinha!
- Obrigada! – ela disse tentando sorrir, na verdade, estava começando a ficar cansada dessa história toda. Queria poder contar toda a verdade – Uma chupeta! – disse, espantada, depois de abrir o presente.
- Mas não é uma chupeta qualquer, é um produto da Gemialidade Weasley – explicou o outro irmão – Ela muda de cor quando o bebê está com a fralda está suja! É muito útil!
- Realmente, bastante útil! – Harry disse, retirando o presente da mão da amiga.
- Tudo para a nossa a sobrinha querida! – o primeiro irmão falou – Mas agora, falando sério, vocês dois sabem enganar direitinho.
- Como assim? – Rony perguntou.
- Quando você pediu a Mione em casamento, lembro que ela falou que vocês nunca tinham dormido juntos! – Fred explica – E duas semanas depois, ficamos sabendo que ela está grávida.
- Se a Mione não mentiu daquela vez, vocês dois não perderam tempo depois que anunciaram o noivado! – o outro falou, com um sorriso malicioso.
- Já chega! – ele começou a gritar, suas orelhas começaram a ficar vermelhas (sinal de que está irritado) – Eu não agüento mais ficar fazendo papel de bobo – continuou – Todo mundo achando que a culpa é minha, quando eu e a Mione nunca dormimos juntos!
- Então como ela está grávida? – Gina perguntou, com ironia.
- Como? Eu vou dizer como! – começou a gritar mais uma vez – É filha do Harry!
Todos na sala (com exceção dos que já sabiam a verdade) ficaram em estado de choque.
- Isso é verdade Mione? – a caçula da família perguntou.
- Sim! – a morena respondeu.
- Estão vendo! – Rony falou – Eu não agüento mais ter que mentir isso! Para mim já chega! – completou, antes de aparatar.
Hermione chorava bem baixinho no ombro do amigo e o restante das pessoas na sala, permaneciam em silêncio.
- Vamos continuar a abrir os presentes! – a senhora Weasley disse, tentando animar o local.
- Acho que eu já vou embora! – a garota disse – Se você quiser ficar Harry, tudo bem. Eu posso aparatar em casa.
- Eu vou com você! – ele disse, se levantado do sofá e ajudando a amiga.
- Está certo! Obrigada por terem vindo, queridos! – a mulher falou, os acompanhando até onde o carro estava estacionado.
Durante o percurso até em casa, os dois permaneceram em silêncio. A morena olhava para o lado de fora da janela e deixava algumas lágrimas escaparem de seu rosto.
- Não entendo, como ele pode fazer uma coisa dessas! – ela falou – Dumbledore falou que isso era o melhor para a criança.
- Eu sei, mas acho que o Rony não agüentou a provocação dos gêmeos – Harry disse.
- Uma criancice a dele! – respondeu, passando a mão pela barriga – Você acha que a nossa filha está correndo algum risco?
- Acredito que não! – o moreno respondeu – Só os Weasley ficaram sabem, não tem como chegar aos ouvidos dos comensais.
Não demorou muito para chegarem em casa. Quando abriram a porta da sala, estava tudo escuro. A medida que iam andando mais por dentro da casa, foram descobrindo vários objetos quebrados, inclusive alguns porta-retratos que tinham com a foto dos três.
- Ele já deve estar dormindo! – Harry falou.
- Acho melhor nós fazermos o mesmo – a morena disse, começando a subir as escadas.
Cada um foi para o seu quarto. Dormiram profundamente naquela noite.
No dia seguinte, os dois morenos acordaram bem cedo. Estavam na cozinha tomando café da manhã.
- Daqui a pouco o Rony vai acordar! – ela disse, tomando um gole do seu chá.
- Você tem certeza de que quer falar com ele sozinha? – o moreno perguntou, preocupado.
- Sim! – simplesmente respondeu.
Não demorou muito Rony aparecer na cozinha. Quando se sentou não deu bom dia aos outros dois, parecia que a raiva da noite anterior ainda não tinha passado.
- Vou dar uma volta por ai! – Harry disse, dando um beijo na testa da amiga.
- Agora nós dois podemos conversar! – a garota falou, encarando o noivo.
- Nós não temos nada para conversar! – ele disse, comendo um pouco do seu cereal.
- Como não, e aquele papelão que você fez ontem à noite! – disse, começando a elevar o tom de voz – Você, pois tudo a perder! Minha filha pode estar correndo perigo por causa dessa sua infantilidade!
- É só com isso que você está preocupada, com a sua preciosa filha! – disse, se levantado e gritando mais alto que ela – Você não está nem um pouco preocupada comigo ou com tudo que eu tenho passado por causa dessa bastardinha que eu ainda tenho que fingir que é minha filha!
Ele recebeu um tapa direto no rosto.
- Nunca mais fala assim da minha filha! – ela disse, deixando algumas lágrimas rolarem pelo seu rosto – Graças a Merlim que ela não é sua filha. Porque você não tem maturidade para ser pai!
- Tenho certeza de que você deve ter adorado essa profecia, assim pode dormir com o Potter! – continuou a gritar – Você sempre o amou, não verdade?
- E se for? O que você vai fazer? – Hermione estava gritando com todas as suas forças naquele momento – Quer saber de uma coisa, para mim chega! Eu sou apaixonada pelo Harry sim, desde o primeiro ano, quando eu vi vocês dois no expresso Hogwarts! Só aceitei o seu pedido de namoro porque fiquei com pena de você!
Dessa vez foi ela quem recebeu um tapa na cara. Quando voltou a encará-lo, estava sorrido.
- Você não gostou de ouvir a verdade; - recebeu outro tapa – Acabou! Nosso noivado acabou! Não posso me casar com alguém que eu não amo e que não aceita a minha filha – completou retirando o anel e jogando em cima de Rony.
A morena saiu rapidamente da cozinha e se jogou no sofá da sala. Começou a chorar, mas não de tristeza, de raiva! Perderá tanto tempo com o ruivo e tudo acabou daquela maneira. Não só o relacionamento, mais a amizade ente os dois ficaria muito abalada depois daquele momento.
Ouviu Rony subindo as escadas, rapidamente. Alguns minutos depois ele retornou com uma mala.
- Aonde você vai? – ela perguntou, enxugando as lágrimas do rosto.
- Vou para a casa da Luna! – respondeu, com um sorriso vingativo nos lábios – Agora você pode saber! Como você me traiu com o Potter, achei que também deveria aproveitar. Descobri que amo a Luna e não preciso mais da sua caridade.
- Você é desprezível! – respondeu, andando em direção as escadas.
Assim que o ruivo abriu a porta, encontrou o amigo. Parecia que ele tinha acabado de chegar.
- Pelo visto a briga foi feia dessa vez! – disse, entrando na casa.
- Pode apostar que sim, Potter! – respondeu, secamente – Divirta-se, ela é tudo sua agora. Já que vocês se amam tanto.
Harry resolveu ir até o quarto da amiga, para saber se ele estava bem. Quanto abriu a porta, a encontrou deitada na cama lendo um livro.
- Eu e Rony terminamos! – ela, simplesmente, disse – Eu confessei que era apaixonada por você e ele confessou que estava me traindo com a Luna.
- Você está bem? – ele perguntou, sentando-se na cama.
- Até demais! – disse – Sempre achei que se um dia eu e o Rony terminássemos, eu ia me trancar no quarto e ficaria chorando durante uma semana sem querer comer. Mas eu estou me sentindo aliviada.
- Acho que você tirou a culpa de estar enganando ele – disse, aproximando-se do rosto dela.
Eles começaram a se beijar. Um beijo cheio de paixão, que os dois estavam precisando trocar desde aquela noite. Foram se separando lentamente.
- Acho que é melhor esperarmos até a nossa filha nascer! – ela disse – Sei que não a mais nada nos impedindo se sermos felizes. Mas assumirmos um relacionamento agora, poderá fazer com que os comensais descubram toda a verdade.
- Você sempre está certa! – respondeu dando um selinho na morena – Eu vou lá em baixo.
Estava andando para fora do aposento, quando Hermione segurou a sua mão.
- Espera! Não vai agora! – ela disse – Sei que não podemos assumir um relacionamento agora. Mas não significa que não podemos namorar um pouquinho – completou, antes de beijá-lo.
Foram deitando, lentamente, na cama. Entregaram-se um ao outro mais uma vez. Só que agora, na se sentiam culpados, apenas curtiram aquele momento juntos.
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