Na Sala Precisa
Capítulo nove – Na sala precisa
Gina entrou no colégio correndo, indo para a sala precisa.
“Preciso de um lugar para ficar sozinha” Ela pensou e rapidamente uma porta de madeira apareceu em sua frente. Gina, sem nem pensar, abriu-a e entrou, chorando.
Deslizou as costas abaixo na parede e sentou-se no chão, sem mais conter as lágrimas.
-Eu disse que não tinha que ser assim, Weasley – Gina ouviu uma voz terrivelmente conhecia dizer e então olhou para frente, sentindo o horror se instalar em seu peito. Não acreditava que ele estivera ali o tempo todo e simplesmente não dissera nada.
-Vá plantar batatas, Malfoy! Deixe-me em paz, não quero mais essa história de dinheiro, me sinto suja, me sinto usada, me sinto como se o estivesse obrigando a fingir que gosta de mim – Ela disse sem conseguir conter a enxurrada de palavras que saltou de sua boca antes que percebesse.
-Mas você sabe que fui eu que aceitei participar disso tudo. Se eu estou fingindo gostar de você é porque eu quero aquele dinheiro, você não tem nada com isso – Ele disse firmemente, sentado de costas para ela no outro lado da sala, sentado em uma poltrona que estava de frente para uma lareira.
-Mesmo assim, estou chantageando-o. Ou você finge ou não tem o dinheiro, que, pelo jeito, você precisa. Eu não quero fazer isso – Ela disse tentando conter as lágrimas, já que ele estava ali.
-Por chorar, pequena. Não é como se eu fosse contar algo á alguém ou fazer algo do gênero – Ele disse finalmente virando-se para ela, no que ela notou que a face dele tinha algo diferente.
-Seus olhos estão escuros – Ela disse infantilmente, observando os olhos dele, os quais ele fechou.
-Não tem nada para ver aqui, Weasley – Ele virou-se novamente para a lareira – E se eu te dissesse que quero fingir? – Draco perguntou repentinamente, mas Gina só suspirou.
-Eu diria que ou estou tendo um pesadelo, ou você está mentindo – Ela sentenciou seriamente e ele bufou.
-Por Merlin, garota, será que não dá para entender que eu quero te ajudar? – Ele perguntou virando-se novamente para ela.
-Pois eu não quero sua ajuda! – Ela disse indignada, levantando-se e saindo, batendo a porta.
-Diabos de garota! – Ele esbravejou e deu um soco no braço da poltrona, irritado. Mas logo passou as mãos pelos cabelos em um ato de nervosismo.
-Então ela que se ferre, agora. Eu não acredito nisso, mas quis ajudar. Se ela não quis, não vai ter nunca mais – Ele disse decidido e foi para as masmorras, deitando-se e dormindo.
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Hermione viu Gina lançar um olhar magoado á mesa da sonserina e sentar-se naquela manhã, com vestígios quase invisíveis de olheiras bem escondidas por magia e maquiagem.
-A Gin não está bem, Mione – Pansy disse ao lado da amiga juntamente com Luna.
-Eu sei... Mas acho melhor não perguntar agora, sabe. Se elas está mal não vai querer contar assim, do nada. Quando ela quiser, ela nos conta – Hermione disse baixinho e a amiga assentiu. Hermione então sentiu um beijo em seu pescoço e duas mãos enlaçando-a por trás, parando em sua barriga.
-Bom dia – Ela sorriu e deu um selinho em Harry, vendo Rony chegar por trás de Pansy e beijá-la, sentando-se.
-O que há com Gina? – Harry perguntou sentando-se ao seu lado, passando geléia em uma torrada.
-Acho que ela brigou com o Malfoy. Dessa vez foi sério – Hermione respondeu preocupada, observando a amiga brincar com a comida.
-Vou dar uma palavrinha com ele depois – Harry disse mordendo a torrada, deixando escorrer um pouco de geléia por sua boca.
-Tudo bem, mas se eu fosse você teria cuidado, ele parece estar exatamente como Gina: Perigoso – Ela disse passando um dedo pela face dele e recolhendo a geléia, levando-a até sua boca.
-Tudo bem, eu sei lidar com ele agora. Ele nem é tão mau quanto parecia, só tinha vontade de me provocar mesmo, sorte minha que acabou – Ele falou após terminar de mastigar a torrada, e então Hermione sorriu.
-Harry! Parece um porquinho comendo, se lambuzou tudo! – Ela disse apontando para a camisa dele, que agora estava suja de geléia.
-Quer que eu faça o que? Que eu a tire para que os elfos lavem? Porque, sabe, mesmo em meio ao salão principal eu posso fazer isso – Ele sorriu marotamente olhando em volta junto com Hermione, onde a maioria das meninas olhava para ele com expectativa.
-Nada disso. Eu gosto sujo – Ela disse e ele riu, beijando-a.
-Não se preocupe, senhorita Granger. Isso aqui é só seu – Ele disse apontando para o próprio corpo e ela riu.
-Por enquanto, né? Daqui a pouco, quando isso acabar, quando eu fizer o musical, outras virão e tomarão isso de mim e provavelmente de você também – Ela disse rindo e piscou para ele.
-Eu achei que tivéssemos um caso agora – Ele disse sem nenhum constrangimento, o que ela parecia também não ter.
-Nós temos. Mas você sabe que só vai durar até o musical, você vai enjoar de mim – Ela disse firmemente encarando-o, e ele riu.
-Bobinha – Harry beijou o pescoço de Hermione novamente, fazendo-a arrepiar-se – Se não enjoei esses anos todos, como é que enjoaria agora? – E então ele se levantou, saindo do salão.
Hermione ficou pensativa.
“Esses anos todos? Então aquilo não era brincadeira! Os selinhos, as provocações...
Não, pare Hermione. Ele não quis dizer isso.
Mas...
Nada de “mas”. É isso e pronto.”
E com isso ela maneou a cabeça, afastando aqueles pensamentos confusos de sua cabeça e voltando a observar Gina, que agora se levantava e saía do salão também.
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Nossa, com um guri desses me dizendo que não enjooou de mim por anos... {6} HOHO, {a}
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