Tá na hora de parar...
Música: Até a hora de parar – Acústicos e Valvulados
Pode me dizer, fala agora de uma vez
Pode me explicar o que eu tenho que fazer
Só pra variar não consigo escutar
Só pra variar não me esforço pra entender
Andy entrou no quarto, depois de muito bater. Assim que abriu a porta, foi recebida por uma música alta, um rock, que vinha de um pequeno aparelho de som. Ela ficou pensando quantos tipos de feitiços diferentes ele tivera que lançar naquele aparelho para que ele atingisse um volume exorbitante como aquele. E quantos outros ele tivera que realizar para que nada se ouvisse fora do quarto.
Sirius dançava em cima da cama. Atordoada, Andrômeda ficou observando o primo por alguns intentes, até que ele a percebesse. Sirius sorriu, desceu da cama e puxou-a pela mão. Com um aceno da varinha, reduziu drasticamente o volume do som.
–Oi! – Cumprimentou-a jovialmente.
–Olá. Quanto tempo, não? – Ela observou, lembrando-se que a meia hora eles haviam se visto. Sirius riu.
–Uma eternidade pra ficar sem ver uma garota maravilhosa como a minha prima Andrômeda. Então diga lá, srta. Black, por que está aqui?
–Bem, Sr. Black. Estou aqui por que sua mãe disse que o jantar está pronto e que o senhor tem que descer.
–O que??? – Ele berrou, o som voltando a elevar-se. – Eu não consigo escutar!!! – E subiu na cama e começou novamente a dançar, arrastando-a com ele.
Se eu quero me estragar
Me estrago muito bem
Se eu quero descansar
Descanso, o que é que tem?
Se eu quero me quebrar
Me quebro até cansar
Se eu quero me mexer
Me mexo até a hora de parar
–Sirius! – Ela anunciou. – Nós temos que parar! Eu vou desmaiar!
Ele se atirou no chão. Caiu de joelhos, e ela reprimiu um grito. No lugar onde ele se batera, um corte sangrava.
–O que? Isso? – Ele apontou pra corte. – Isso é “fichinha”. – E se atirou na cama, manchando os lençóis com um pouco de sangue. – Oho... Mamãe não vai gostar disso...
– Anunciou, e riu.
–Ela tinha nos chamado pra jantar... – Andy murmurou baixinho.
Pode me dizer, me mostrar ou escrever;
Pode me avisar o que vai acontecer
Só pra variar eu esqueço sem notar
Só pra variar eu prefiro não saber
–Sirius!!! Já faz quase meia hora que nos chamaram pra jantar! – Ela berrou, mas sua voz não foi mais alta que a música. Puxou um papel rasgado de cima da mesa de cabeceira e escreveu o que acabara de dizer. Depois, com o lápis que usara, bateu no papel, mostrando-o a ele. – Vão nos matar se não descermos! – ele deu de ombros. – Ok... Então vamos descer em quinze minutos, certo? – Ele acenou com a cabeça, desceu da cama e a puxou pra dançar com ele.
Se eu quero me estragar
Me estrago muito bem
Se eu quero descansar
Descanso, o que é que tem?
Se eu quero me quebrar
Me quebro até cansar
Se eu quero me mexer
Me mexo até a hora de parar
–Hora de parar, queridinhos. – Bellatriz avisou, adentrando o quarto e acenando com a varinha para o rádio. – E jantar. – Anunciou, fazendo o rádio explodir em mil pedacinhos que se espalharam pelo quarto, antes de sair do quarto. Sirius desceu da cama e sentou-se numa poltrona. Andy deitou na cama, de bruços, olhando para ele.
–Andrômeda Black. Não me provoque. – Ele avisou, olhando para ela com um olhar consumista.
–Sirius, se não quer, não olhe. – Ela sentenciou, rindo, e sentou-se normalmente. – Vamos descer?
–Quando eu tiver fome, vou preparar o meu próprio jantar. Quem é que não sabe que a minha querida mãe e sua adorada tia não tem um prato especial separado pra mim e muito bem temperado com veneno? – Ele perguntou, olhando-a, amargurado.
–Como se você já não fosse imune a maioria dos venenos, não é, senhor Super-herói? – E Sirius riu, alegre.
Pode insistir no assunto, é só querer;
Pode repetir, só depende de você;
Diz mais uma vez, pode ser que eu pense mais;
Diz mais uma vez, pra eu dizer que tanto faz.
–Sirius! Chamaram-nos pra jantar! – Ela anunciou, mais uma vez, começando a impacientar-se. Ele olhou-a de olhar vago, e ela pode ver a boca dele articular um “o que??”. A música estava alta de novo, num rádio que Sirius tinha de reserva. –Chamaram-nos pra jantar! – Ela repetiu, alterando a voz.
–Como, Andy? – Ele perguntou, baixando o volume do sm com um aceno da varinha. Ela soltou um murmúrio de irritação.
–Eu disse que nos chamaram pra jantar! Isso já faz mais de hora!!! – Ela berrou. – Você não está com fome?
Ele levou a mão até o queixo. Coçou-o por um instante antes de responder: –Não.
–Sirius! Vamos jantar de uma vez... – Ela pediu. – É a última vez que vou te chamar.
Se eu quero me estragar
Me estrago muito bem
Se eu quero descansar
Descanso, o que é que tem?
Se eu quero me quebrar
Me quebro até cansar
Se eu quero me mexer
Me mexo até a hora de parar
–Ok, Andy... Você me convenceu. Vamos jantar, agora que todos já foram dormir mesmo... – Ele cedeu, e riu da irritação evidente da prima.
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