o fim do começo



É, mas foi quando eu estava no elevador que eu comecei a pensar se valia a pena eu ter ido lá.

Vai que eu dou de cara com o Potter ?

Vai que eu dou de cara com o Weasley ??

Eu posso ter criado um pouco de coragem , e ter vindo até aqui, mas eu ainda nõa me tornei masoquista.

E quando o elevador abre as portinhas, eu descubro uma coisa.

Eu não tenho sorte.

Porque eu encontrei não um, mas TRÊS guarda costas, indo embora da casa de Virgínia.

O Potter.

A Granger.

E, obviamente, o Weasley.

Ai, não, pow!!

O trio maravilha INTEIRO pra me olhar com uma cara de 'cara, você é maluco, ou só fumou uma mesmo?'

- Malfoy?

-Não, Potter, uma galinha.- Virgínia sorri amarelo.

- O que você está fazendo aqui ??

- Eu vim...buscar minha cueca. - eu disse, erguendo uma sombrancelha.(N/A: tudo bem, ele tem amor a vida, ams nunca foi discreto)

Virgínia arregala os olhos e olha pra mim.

A veia do pescoço do Weasley salta.

- Então pode seguir em frente, porque no apartamento de Ginny é que ela não está.- ele diz, entredentes.

Ainda com aquela cara de 'sai daqui, cabeção', Virgínia resolve dizer:

- Calma, Ron, o doninha deve ter vindo visitar o cara novo que se mudou pro fim do corredor. Ele só tem um humor negro.

- Sei...mas eu vou ficar de olho, viu, Ginny ?

- Se esse idiota vier te importunar.. chame.

-Ok, Ronny...Vocês não estavam de saída ?

-Certo..

E quando os três passaram por mim, o Potter disse, baixo.

- Ele pode ter acreditado na besteira que ela disse. Eu não. Então, para o seu bem, não a use.

E eu dei uma pequena risada.

Até que ele nem é tão tapado.

Eu vi a porta do elevador se fechar atrás de mim, e Virgínia dizer:

- Eñtão, Malfoy, o que você quer ?

Eu olhei pra ela, pra cada pedaço dela.

A calça jeans que colava um pouco nas pernas, os sapatos de salto e a camniseta de malha cinza. Afinal, qual é o objetivo dessa ruiva ?? Me fazer odiar cinza de uma vez por todas ?? Eu realmente quero continuar gostando dessa cor.

- Bom, seria muito cliché se eu dissesse que quero você ?

Ela levantou uma sombrancelha. Incrivelmente sexy, foi tudo o que eu consegui pensar.

- Digamos que além de cliché, seria falsidade.Sério, Malfoy, o que tu quer ?

- Bom, - eu disse, me aproximando dela - eu quero...fazer uma declaração.

- Uma declaração, Malfoy? De quê ? Insanidade ?

- Bom, a parte da insanidade só durou duas semanas, até eu conseguir te ver de novo, hoje. Mas, bom...eu queri declarar, e queria que todos soubessem, que dormir com você, se é que pode se chamar aquilo de dormir, é perigoso.

- Que coincidência, Malfoy. Porque eu dormi com você e agora tudo o que eu tenho é um maluco no meu apartamento!

Ela disse, e foi pegar um copo de água.

- Mas você ainda não tem pânico de cinza, tem ?

Ela riu fracamente, e exclamou:

- Infelizmente, Malfoy.. É a cor dos seus olhos.

- Bom, então me deixe contar uma coisa. Bom, há duas semanas, eu queria só...sei lá, sabe aquela coisa de paixão carnal, não sabe, Virgínia?

Ela assentiu.

-Pois então. Era isso. Mas aí, quando você não consegue mais dormir direito, porque, diabos, Virgínia, o seu perfume é forte demais pra ir embora de um dia para o outro, e memórias duram muito pouco tempo, só pra te fazer querer ter mais do que lembrar, bom, Virgínia, é aí que você se declara louco. Porque, bom, ela é uma dos Weasleys. Eles não são bons o banstante, nunca foram.- e, ao contrário do que eu imaginava, ela não protestou, e me deixou falar. - mas aí suas memórias voltam e você lembra que , sim, eles são bons o bastante, ou, ao menos, ela é.

Ela deu um sorriso, doce, sentada no sofá.

- Mas, espere, isso ainda não é tudo - eu disse, como quem apresenta uma atração especial de circo - é aí que você percebe - eu disse, chegando mais perto da ruiva - que é muito, muito improvável que você vai esquecê-la, é praticamente impossível que você vai parar de querê-la. E aí, bem você descobre que, pela primeira vez na vida, primeira, primeira mesmo, e provavelmente última, você está apaixonado.

E como eu já estava muito perto dela, eu fiz o que parecia mais lógico.

Eu a beijei.

Quando nos separamos, ela sorria.

E eu disse:

-Sabe, não pense que sorrindo assim você vai me convencer. Eu ainda quero minha cueca.

- Bom, Drake, é meio difícil no momento, porque ela meio que está...em uso.

Eu fingi pensar por uns segundos.

- Bom, eu acho que posso desenvolver um método bem...proveitoso de recuperá-la.- eu disse, sorrindo de lado.

E nos beijamos mais e mais vezes, não pergunte quantas, e não é como se eu pudesse realmente descrever o que aconteceu.

Só saiba de uma coisa com certeza.

Nós estamos juntos agora, mais do que nunca.

E eu ainda espero ter que recuperar muitas cuecas.

"E ele percebeu a dádiva, declarou-se dela o súdito"

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