Confusões Amorosas
Ao ver Lílian correndo, Tiago ficou sem ação. Quis ir atrás dela, gritar com ela, fazê-la entender que ele a amava. Mas tudo o que conseguiu fazer foi virar para Mary e, com os olhos marejados, dizer:
- Vá ver como ela está, por favor. Diga que se o que ela quer é que eu nunca mais apareça na frente dela, eu faço isso.
Mary fez que sim com a cabeça e seguiu o mesmo caminho de Lílian. Sirius e Remo se entreolharam. Pedro abraçou Tiago.
- Rabicho, o que é isso? – perguntou o rapaz. Que coisa de...
- Eu sou gay. – Sirius começou a gargalhar. Remo levantou a sobrancelha. Tiago fez uma careta e empurrou Pedro. Pedro corou furiosamente e saiu correndo.
- Por essa eu não esperava. – limitou-se a dizer Remo.
- Mas eu sim. Vocês já reparam como o Rabicho olha para o Pontas? – Sirius ria mais do que nunca. – Agora que a Evans deixou claro que não te quer, por que você não dá para o Rabicho uma chance?
- Almofadinhas, isso é sério. – Tiago olhava para o nada. A garota que eu amo me odeia. Um dos meus melhore amigos é gay e, aparentemente, gosta de mim. O que é que eu faço?
- Tiago... Acho que você deveria falar com o Pedro. – disse Remo. Tiago o fitou por um instante. – Ele ainda é nosso amigo. Ainda somos os Marotos, certo?
- Certo. Mas, cuidado... O nosso amigo Rabicho pode não conseguir se conter, Tiaguito, amor... – disse Sirius, fazendo poses engraçadas e mandando beijos para Tiago.
- Sirius Black. – era McGonagal. Sirius parou no mesmo instante. – Posso saber o que exatamente significa aqueles...
- Nada. – Sirius estava vermelho. – Estava só brincando, professora.
- Que brincadeira mais ridícula... – comentou ela, antes de continuar seu caminho.
Pedro, Lílian e Mary não apareceram nas próximas aulas. Lucy também não, ainda estava na Ala Hospitalar, se recuperando. Não estava acostumada a se transformar.
No almoço, Tiago viu Pedro. Por acaso, Lílian e Mary vinham logo atrás dele. As duas, ao verem Tiago correndo na direção delas, já se prepararam.
- Rabicho. Precisamos conversar. – Tiago empurrou Pedro para fora do Salão Principal, o que fez Mary ficar intrigada e Lílian se sentir ignorada.
- Olá. – cumprimentou Remo, quando Mary e Lílian se sentaram.
- O Pontas acabou de sair. – informou Sirius.
- Nós sabemos. Ele passou por nós. Com o Pedro. – respondeu Mary. Lílian se moveu, estava se sentindo desconfortável. Por que eles insistem em falar sobre o Tiago? Mas seus pensamentos foram interrompidos por Sirius, que ria como se tivesse ouvido a melhor piada do mundo.
- Pontas. – disse Pedro.
- Não. – interrompeu Tiago. – Eu primeiro. Você tem certeza?
- Tenho. – Pedro falou, num guincho.
- Você gosta de... – Tiago não se sentiu confortável para perguntar se era dele. – Alguém?
- S-Sim. – respondeu Pedro. Ai... Aonde eu fui me meter? Era só o que me faltava... Meu amigo... Gay...
- Você quer me contar quem é? – Tiago tentava não ficar vermelho. Pedro, que não tinha como ficar mais do que já estava, apontou para o amigo. Por que eu fui perguntar? - Olha, Pedro... Vou deixar bem claro... Não rola nada, mas relaxa que isso não pega a nossa amizade.
- Obrigado. – Pedro abraçou Tiago. Será que esse abraço era mesmo necessário?
- Vamos almoçar? - Pedro fez que sim, feliz.
Ao ver Tiago e Pedro se sentando, Sirius começou a rir de novo.
- Almofadinhas... – Pedro estava muito vermelho. – Por que você faz isso?
- Porque era óbvio! – Sirius se contorcia de tanto rir. – Como é que nós não percebemos antes?
- Perceberam o que? – Mary entrara na conversa. Pedro começou a choramingar.
- O nosso caro amigo Rabicho...
- Sirius. Já chega. – interrompeu Tiago. Ele estava sério. Pedro pareceu extremamente aliviado e agradecido. Mary e Lílian olharam para Sirius. Este apontou para Pedro, levantou o braço direito e quebrou a munheca. As duas entenderam e colocaram comida na boca para não rir.
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