Capítulo II
O avião que vinha de Tucson pousou na pista do aeroporto Internacional de Calgary no momento em que Harry consultava nervosamente o relógio de pulso. Os trinta monutos de atraso já haviam se tornado cinquenta. Pelo alto-falante, uma voz feminina e impessoal informou o pouso.
Harry havia dobrado seu limite de resistência por várias vezes. Agora, sentia-se apenas cansado, ansioso para voltar para casa.
Cerca de quinze minutos depois, ele viu surgie um grupo de passageiros no saguão. Segurando a cartolina com os nomes Hermione Granger e Jamie Granger, deteve-se a observaruma mulher um tanto robusta, de cerca de trinta e cinco anos, que trazia pela mão um garotinho gorducho e corado. Ambos caminhavam em sua direção. E, qunado se aproximaram um pouco mais, Harry observou a mulher com atenção. Fitou-a nos olhos e não gostou do que viu: olhos frios, desprovidos de vivacidade e um tanto agressivos.
Seria Hermione Granger? Ele se pergntou.
No fundo, desejou que não... Embora não tivesse nenhuma intenção de travar relações amigáveis com Hermione Granger. O fato era que aquela mulher robusta havia lhe despertado uma inexplicavel antipatia. E isso só faria piorar as coisas.
- Veja, tia Emily!-exclamou o garoto apontando um grupo à direita.- Lá está mamãe! - E correu ao encontro de uma outra mulher, igualmente robusta, porém sorridente.
-Ainda bem- Harry murmurou, aliviado.
Continuou observando os passageiros que surgiam no saguão por mais alguns minutos. Mas Hermione Granger, e o pequeno Jamie Granger, não parecia estar entre eles.
“Só falta terem perdido o vôo”, Harry pensou, sentindo que a irritação anterior voltava, com redobrada intensidade.
De súbito, seus olhos recairam sobre uma mulher alta e esguia, que empurrava um carrinho lotado de bagagens, tendo ao lado um garotinho de carca de cinco anos, que carregava um ursinho de pelúcia.
“Não são eles”, concluiu, em pensamento. “A julgar pela imensa bagagem, devem estar se mudando para cá. Afinal, ninguém seria maluco o sificiente para carregar tudo isso, numa breve viagem de férias.”
Depois dessa dedução, Harry desviou o rosto. Mas logo, como se movido por um impulso maior que a própria vontade, voltou a observar a mulher. “Ainda bem que não é ela”, disse para si, ao vê-la aproximar-se.
Não que a mulher lhe causasse a mesma antipatia que a outra. Ao contrário: ela era bela, tinha um corpo de proporções perfeitas, longos cabelos castanhos cacheados, olhos da mesma cor dos cabelos e uma expressão quase angelical. O tipo de pessoa que se deveria evitar, Harry pensou, retesando o corpo. Mulheres assim eram perfeitamente capazer de cativar o coração de um homem, a ponto de fazê-lo cometer as maiores loucuras... e tudo porque elas despertavam um sentimento de ternura, de proteção, de entrega total. E disso, Harry já estava farto. Havia muito que trancara seu coração. Preferia mil vezes a solidão, ao sofrimento de um amor mal correspondido.
Mas por que cogitar sobre isso? Perguntou-se, um tanto surpreso com o fluxo dos próprios pensamentos. O cansaço o estava esgotando, deixando que sua mente lhe pregasse peças.
A mulher e o garotinho continuavam a se aproximar. Ela devia ser jovem, Harry concluiu. Talvez ainda não houvesse completado vinte e dois anos.
Vestia-se com elegância e simplicidade, uma combinação perfeita. Usava calça de lã azul-marinho e um suéter bege, com losangos do mesmo tom da calça. Por cima, um casaco também bege, entreaberto. O garotinho usava jeans e um agasalho vermelho, Harry reparou. E, naquele momento, os seus olhos e os da criança se encontratam.
O menino apressou o passo, com os olhos ainda fixos nos de Harry. Parou a apenas dois metros de distância e observou a cartolina, com uma expressão incrivemente séria, para sua pouca idade. Harry podria apostar que o menino ainda não aprendera a ler. Mas certametne saberia reconhecer seu nome, se o visse em letras de forma...
Mal Harry acabou de formular essa suposição, um sorriso se estampou no rostinho da criança.
- É você!- o garotinho exclamou, diante da expressão surpresa de Harry, e então correu para ele, abraçando-lhe as pernas.- É você!- repetiu, com um misto de alívio e alegria.
- Jamie!- A mulher chamou-o, aproximando-se a passos largos e empurrando o carrinho lotado com certa dificuldade.
Agora já não restava dúvidas, Harry concluiu. Enfim estava diante de Hermione e Jamie Granger.
Mas não saberia dizer, com certeza, se isso era bom ou ruim... Afinal fazia muito tempo que ninguém o abraçava daquela maneira: com tanto calor humano e sincera alegria. E isso o desconcertava, para se dizer o mínimo.
Hermione havia visto o cowboy assim que entrara no saguão. Também, quem não repararia naquele homem de porte atlético e estatura elevada, que se destacava das pessoas que passavam não apenas por suas roupas estilo country, mas sobretudo porque parecia alheio à agitação em torno?
- Já estamos no Canadá?- Jamie havia perguntado.
- Sim, querido- ela repondera, num tom carinhoso. Sentia-se exausta, depois de uma viagem cheia de contratempos e atrasos.- Trate de ficar bem pertinho de mim, para não se perder.
No momento em que pisara o saguão, Hermione não tinha a menor idéia de como encontraria o Sr. Harry Potter, em meio àqela multidão. Nem imaginava qanto tempo ainda teria de viajar, antes de chegar à cabana para desfrutar, enfim, do descanso merecido. Havia se levantado às cinco horas da manhã e sentia o peso do cansaço,esclado a uma grande inquietação.
A viagem até o Canadá havia esgotado as poucas economias de que ela dispunha no banco. E naquela manhã, ao embarcar, Hermione se perguntou se não estaria comentendo uma grande tolice.
Mas, como sempre, ela pensara com o coração e não com a mente...
Quando Jamie lhe dera a cartinha para Papai Noel, ditada por ele e escrita pela professora do jardim de infância, Hermione sentira-se confusa. Por um lado, seu coração sensível se emocionara... Mas por outro, ela se pergunara o que deveria fazer, para que Papai Noel não decepcionasse o garotinho.
Claro que o primeiro pedido estava fora de questão. Jamie queria um papai como presente de Natal, e, quanto a isso, ela nada poderia fazer. Entretanto, talvez pudesse dar um jeito para que o segundo pedido de Jamie se realizasse: ele pedia a Papai Noel que lhe desse um Natal com muita neve. Mais do que um mero desejo infantil, a neve seria a confirmação de que sua mãe havia se transformado num anjo, que morava no céu e que olhava por ele... Como negar essa certeza a uma criança
Fora por esse motivo que Hermione resolvera encontrar, por mais que custasse, um lugar onde Jamie pudesse passar um Natal cheio de neve.
Abandonando as divagações, ela olhou para o homem que Jamie enlaçava, carinhosamente, pelas pernas. Estaba bem perto dele, agora. E, assim, podia observar-lhe o rosto de traços perfeitos, os lábios bem deliniados, o nariz afilado, os cabelos negro, e os olhos... Olhos luminosos e verdes como esmeraldas, que pareciam fitá-la como se a devassassem...
Mais do que um homem simplesmente belo, ele possuía uma aura de força e vigor... Além de um toque de virilidade que a intimidava.
Sim, Hermione pensou. Definitivamente, aquele homem era sexy, como os heróis dos filmes de faroeste que, quando menina adorava assistir.
Mas admirar um herói, na tela do cinema, era muito diferente de vê-lo tão próximo... E ao vivo. Diante dessa constatação, Hermione enrubeceu e abaixou os olhos.
Uma voz interior lhe dizia que era muito natural sentir-se assim, diante de um homem tão forte, belo e imponente. Afinal ela era uma mulher normal, saudável, passível de tais emoções. Mas uma outra voz lembrou-a de que ela estava proibida de ceder aos encantos daquele homem, ou qualquer outro.
Afinal, Jamie era a prioridade de sua vida. Isso Hermione já decidira, quando o ex-namorado, Draco, a questionara duramente:
- Você mima demais esse garoto- Draco lhe dissera alguns meses atrás.- Deveria ser mais dura com ele.
- Por que eu faria isso?- Hermione retrucara, chocada.
- Porque as crianças precisam de um pouco de severidade para aprender as coisas mais básicas da vida.
- Creio que a severidade seja necessária, às vezes. Mas, em geral, prefiro o caminho do carinho e da comprensão, para ensinar.
- Pois então você está ensinando muito mal, querida.
- Como assim?- ela indagara, um tanto confusa.
- Ora, não se faça de desentendida. Você sem dúvida já percebeu que jamie não me trata com o respeito que deveria.
- Também, você não faz nada para cativá-lo.- Hermione protestara.
- Como não? Já tentei brincar com ele, já o convidei para assistir uma partida de beisebol.. Mas jamie simplesmente me rejeita. Aliás, esse menino não parece normal. É cheio de manias... Decidamente, você o mima demais.
- Jamie é um garotinho sensível, que merece todo meu apoio e amor.
- Certo.- Draco a fitara com ar de desdém.- Vá em frente... Mas se ele tiver problemas, mais tarde, não diga que não a avisei.- Após uma pausa, Draco acrescentara:- Aliás Jamie acabará aprendendo a ser gente... Quando nos casarmos.
- O que quer dizer com isso, Draco?- Hermione perguntara, intrigada.
- Bem, querida, você não pretende ficar com esse menino na barra da sua saia para sempre...
- Não estou entendendo, Draco.- Ela o fitara, franzindo o cenho.- Seja mais claro, por favor.
- Quer uma resposta simples e direta?
- Naturalmente que sim.
- Então, ouça: estive fazendo alguns planos para Jamie...
- Que tipo de planos?
- Digamos que seja algo relativo à escola...
- Ele já vai à escola, Draco.
- Mas tem uma professora que só se preocupa em adulá-lo assim como você.
- A Srta. McGonagall é muito competente, além de carinhosa com os alunos.
- Mas aposto que Jamie se tornaria gente com muito mais rapidez, se fosse colocado num colégio interno. Lá ele aprederia a se defender, a ser mais agressivo, como convém a um menino, em vez de esperar que sempre suas titias resolvam os problemas.
- Draco!- ela exclamara, horrorizada.- Como pode ser tão cruel?
- Confie em mim, querida. Sei o que é melhor para esse garoto. E o farei, com a devida severidade, assim que nos casarmos.
Tomada por um sentimento de revolta e mágoa, Hermione reagira à altura.
- Espere um momento... Você está tentando me dizer que, quando nos casarmos, Jamie irá para um colegio interno?
- Sim. Meu cunhado pode conseguir-lhe uma bolsa, numa instituição bastante...
- Esqueça- ela o interrompeu, com firmeza.- Jamais farei isso com Jamie.
- Então você pretende prejudicar nossa vida a dois em funcão desse menino?
- Vou lhe contar uma coisa, Draco.. E é bom que você preste muita atenção: se você realmente me ama, e se pretende construir uma vida a meu lado, saiba que Jamie fará parte dela.
- Claro que fará. Mas quero que tenhamos nossos próprios filhos, querida.
- Jamie é meu filho...- ela sentenciara.- Filho de coração, se é que você me entende.
- Entendo, sim. Mas não permitirei que nem ele, nem ninguém, interfira em nossa vida a dois.
- Estou compreendendo bem, ou você acaba de me colocar em xeque, Draco?- ela indagara, com a voz trêmula pela indignação.
-Se você pretende ver as coisas assim, está bem escolha Hermione: ou Jamie ou eu.
- Jamie.- ela respondera, sem pestanejar. E, com isso, o romance com Draco chegara ao fim.
Agora, passados vários meses desde o rompimento, Hermione havia tido tempo de superar a crise da separação. E embora tivesse sido apaixonada por Draco, compreendia que ele jamais poderia fazê-la feliz.
“Mas por que estou pensando em Draco, neste momento?”, perguntou-se, voltando a fitar nos olhos o homem a sua frente. Ali estava ela, numa cidade estranha, diante de um desconhecido, para realizar um desejo expresso por Jamie em sua cartinha para o Papai Noel. Era apenas isso que deveria se concentrar.
Mas tudo seria tão mais fácil, se a doce Sra. Lílian Potter estivesse ali, para recebê-la... Afinal, Hermione se preparara para conhecer a mulher que a ouvira com tanta bondade, ao telefone... Que compreendera a delicadeza da situação em que ela se encontrava. E que, finalmete, alugara-lhe uma cabana nas montanhas por um preço bem abaixo da tabela.
Dois dias atrás, a Sra. Lílian Potter lhe telefonara, dizendo que ocorrera uam mudança de planos. E que seu filho, Harry iria recebê-la no Aeroporto de Calgary.
A princípio, Hermione lamentara o fato de não poder conhecer, pessoalemte, a pessoa que a tratara com tanta amabilidade ao telefone. Depois, tentara se consolar, pensando que talvez o filho da Sra. Potter fosse tão maravilhoso quanto ela.
Agora, fitando o cowboy a sua frente, Herione compreendia o quanto havia errado, em seu prognóstico.
Aquele homem, apesar da beleza e do porte imponente, nào parecia nada gentil. Olhava-a com uma severidade quase agressiva, como se não sentisse o menor prazer em conhecê-la. “Mas isso não deveria me preocupar”. Hermione disse para si mesma. ”Afinal, não vou ficar na casa dele e sim na cabana da Sra. Potter”.
De súbito, pensou que talvez estivesse sendo precipitada ao julgar aquele homem. Talvez, no fundo, ele fosse gentil... Quem poderia dizer?
De qualquer forma, era melhor apostar nas boas possibilidades, em vez de entregar ao pessimismo.
- Srta. Hermione Granger...- ele disse, num tom de voz grave e pausado.- Sou Harry Potter, filho de Lílian Potter, com que a senhorita já falou por telefone. Minha mãe teve de se ausentar...
-Oh,sim, ela me ligou há dois dias, explicando que teria de fazer uma viagem de última hora- Hermione aparteou, num tom amável.
- Certo. Então, a senhorita já sabe que sou eu que a levará até a cabana.
- Sim. E lhe agradeço muito por isso, Sr.Potter. – Tocando delicadamente a cabeça do sobrinho, Hermione afirmou:- Este é Jamie, como o senhor também já sabe...
- Muito prazer, Sr. Potter- disse Jamie, estendendo a mãozinha, num cumprimento.
- Prazer- ele repetiu,tocando rapidamente a mão do garotinho, num gesto que a Hermione pareceu frio, quase ríspido.
Felizmente, Jamie estava empenhado demais em admirar as roupas do cowboy, para se importar com isso.
- O senhor é um cowboy de verdade?- Jamie perguntou.
- É o que dizem, garoto- ele respondeu, sem querer olhar para Jamie. Em seguida, apontou o carrinho cheio de bagagem.- Isso é tudo?
- Sim, senhor- Hermione respondeu, sentindo-se ainda mais intimidada pelo tratamento seco que o homem estava dispensando ao menino.
Em geral, as pessoas se encantavam com Jamie, logo à primeira vista. Com excessão de Draco, que nunca tivera muito carinho por crianças, Jamie sempre conquistara a simpatia dos adultos, com seu sorriso de anjo. Mesmo sendo um garotinho reservado, até mesmo tímido e problematico, Jamie cativava as pessoas.
Mas o cowboy parecia imune a tais encantos, Hermione pensou com certa tristeza.
Decididamente, a chegada ao Canadá não estava sendo muito promissora... Mas talvez as coisas ficassem melhores, nos próximos dias.
- Para quem vai passar apenas alguns dias em Kananaskia, você trouxe uma verdadeira mudança- ele comentou, interrompendo-lhe os pensamentos.- Imagine o que traria, se fosse passar um mês.
Hermione fitou-o com espanto. Com que rapidez o homem havia deixado de lado as formalidades... Um momento atrás ele a tratara como Srta. Hermione Granger. Agora, já a chamara simplesmente de você. Mas com certeza não o fazia por amabilidade... Pois continuava tão ou mais carrancudo que antes.
Pois bem, Hermione decidiu, em pensamento,. Se ele queria assim, que fosse...
Imprimento à voz uma calma que estava longe de sentir, ela esclareceu:
- Tive de empacotar todas as minhas coisas de Natal. Por isso a bagagem ficou tão grande.
- E o que você chama de coisas de Natal?- ele indagou com um toque de desafio na voz grave e pausada.
- Refiro-me à árvore, enfeites..- Interrompendo-se ela acrescentou:- Quero criar um clima bem festivo, na cabana que ocuparei com Jamie.
Ele fez um gesto de ombros, como se a explicação dela não tivesse a menor importância.
- Bem, já podemos ir-disse, começano a empurrar o carrinho.
Hermione murmurou um agradecimento. Agora, já não tinho dúvidas. Aquele homem antipatizara com ela, à primeira vista. E isso só serviria para dificultar ainda mais a situação de fragilidade em que se encontrava.
Mas, por outro lado, ela não viera até o Canadá para se aborrecer com Harry Potter e sim para desfrutar de um Natal cheio de neve, numa adorável cabana.
Caminhando ao lado dele, de mãos dadas com Jamie, Hermione prometeu a si mesma que não deixaria que nada estragasse seu Natal com o sobrinho... Nada, nem ninguém... Nem mesmo Harry Potter e sua beleza estonteante.
Ao saírem do saguão para o estacionamento do aeroporto, uma nova surpresa a aguardava. Apertando-lhe a mão, Jamie perguntou:
- Mas, titia, cadê a neve?
De fato, o clima em Calgary era frio ao extremo, com um céu cinzento e carregado de nuvens cor de chumbo que pairavam sobre a cidade. Mas não havia, de fato, nem sinal de neve.cadê a neve
- Sr. Potter? – o menino indagou, voltando-se para Harry.
- Talvez tenhamos neve, amanhã ou depois, querido.- Hermione tentou consolá-lo. Olhando para Harry, pediu sua aquiscência.- Não é mesmo?
- Há um antigo provérbio, típico desta região, que diz: “Se você não tem idéia de como será o clima, espere cino minutos.”- Foi aresposta lacónica do cowboy.
- E o que isso significa?- Jamie perguntou.
- O clima por aqui muda com frequência, garoto- ele explicou, naquele tom severo que beirava a agressividade.- Portanto, espere para ver.
O menino voltou-se para Hermione, com uma expressão inquieta. Era óbvio que a resposta do cowboy não o havia tranquilizado.
- Bem, façamos o que o Sr. Harry Potter nos diz, querido- Hermione propôs, num tom carinhoso.- Vamos esperar que Papai Noel nos mande um Natal cheio de neve.
- Foi isso que pedi a ele, em minha cartinha- Jamie afirmou, com um sorriso.- Se tivermos um Natal com neve, é porque mamãe virou um anjo de verdade e está lá em cima, no céu, olhando por mim.
Hermione sorriu, com um misto de tristeza e ternura. Em seguida voltou-se para Harry, esperando ver um sinal de que as palavras do menino o haviam tocado. Afinal, só mesmo um coração de pedra conseguirria se manter indiferente a tanta pureza.
Mas Harry Potter havia se adiantado alguns pas em, naturalmente, não tinha ouvido as palavras de Jamie. Mesmo que tivesse, e que se sentisse emocionado, Hermione não poderia saber... Já que estava de costas para ela.
“Começamos mal”, Hermione pensou, com um suspiro.
Mas, de qualquer forma, agora era tarde para voltar atrás.
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Desculpa a demora, mais ta aí o 2º capítulo..
Mas cade os comentários????
bjinhusssss
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