The One
Capitulo VI - The One
Ela abriu os olhos vagarosamente, viu três cabeças ao seu redor, piscou mais uma vez e se deu conta que as cabeças pertenciam a Harry, Rony e Tonks. Sentou-se na cama depressa.
- O que aconteceu? – assustada.
- Nós que esperávamos essa resposta! – Tonks verificou a temperatura de Hermione.
- Ouvimos um barulho lá da cozinha e quando fomos ver você tinha caído da escada, desacordada. – Rony sentou-se na beirada de sua cama. Hermione passou a mão pela testa, se lembrando do sonho que acabara de ter. Sua cabeça confusa alternava entre a realidade e o que acabara de presenciar.
- Eu acho que me senti um pouco tonta quando fui descer... – os olhos de Hermione encontraram os de Harry e ela descobriu-se incapaz de ler seus pensamentos.
- Assim, do nada? – perguntou Tonks. – Hermione você tem se alimentado direito? – a mulher olhou-a desconfiada.
- Acho que é esse estresse todo... Não precisa se preocupar! – apressou-se a morena.
- É... – Tonks concordou vagamente. – Bem, eu vou falar com Lupin, mas tenho certeza de que Alberfort vai abrigá-los em Hogsmeade. – ela já se preparava pra sair, mas Hermione indagou:
- Hogsmeade? – a morena franziu testa.
- Ah! Esqueci que você não se lembra, querida... Hogsmeade é... – começou ela, mas Hermione balançou a cabeça.
- Na verdade... – ela deu uma rápida olhada para Rony, que assentiu. – Eu me lembro de Hogsmeade. – Tonks a olhou surpresa. E embora Hermione não conseguisse olhar diretamente para Harry, sentiu ele se mexer desconfortável do seu canto. – E não lembro só de Hogsmeade, eu lembro de tudo. - Tonks abriu o maior sorriso que pode e a abraçou.
- Menina, isso é maravilhoso! – Hermione deu um sorriso pra ela, viu o rosto de Harry aparentar mais do que surpresa. – Garotos! Essa não é a melhor noticia que poderíamos ter? – Tonks olhou para os dois. Rony sorrindo também, mas sem mencionar que já sabia, porém Harry a olhou desconfiado.
- Quando você recuperou a memória? – o moreno perguntou, Hermione o encarou, tentando entender a pergunta.
- É! – exclamou uma Tonks animada – desde quando a sua memória voltou?
- Acho que desde que eu caí da escada... – mentiu ela, mas Harry continuou encarando-a desconfiado.
- Hmm... Acho que esse desmaio deve ter despertado alguma coisa em seu cérebro. – conclui Tonks de modo pensativo.
- É deve ser... – concordou Hermione, passando a mão na cabeça de um modo nervoso.
- Mas você se lembra de quando estava sem a memória, não se lembra? – Hermione começou a se perguntar até onde ele queria chegar. Ela murmurou um sim abafado. E embora tivesse percebido no olhar de Harry certo brilho, seus pensamentos pareciam impenetráveis.
- De qualquer jeito, por que vamos a Hogsmeade? – voltou a perguntar. Tonks explicou a ela todo plano de resgate de Gina e sobre os passos de Voldemort. Quando terminou Hermione se sentiu com a cabeça cheia, Tonks já ia se levantar, mas ela lhe chamou a atenção. – Preciso contar mais uma coisa a vocês. – decidiu-se, ponderando se não a achariam maluca, mas teria que contar. Ao longo da conversa Harry e Rony iam se aproximando cada vez mais, de modo que quando ela terminou os dois estavam praticamente em cima dela. – Eu sei que não faz sentido, mas...
- Não faz sentido? É maluquice total! – Rony mal conseguiu mover o queixo quando falou.
- Eu não sei... – respondeu Tonks. – Em certa parte, faz sentido sim. Você-sabe-quem está quieto demais, e se não fosse esse seqüestro não teríamos descoberto sequer o paradeiro dele. E ele não é bobo, deve ter descoberto de uma forma ou de outra sobre esses elementos. – Tonks continuou com o ar pensativo, mas Rony balançava a cabeça negativamente.
- Mesmo considerando essa possibilidade, o que te faz ter certeza de que esses elementos somos nós? – Hermione começou a abrir a boca pra responder e Rony continuou. – E como você sabe que essa tal casa fica nos terrenos de Hogwarts? O castelo já é bem antigo, sabe. – Hermione o interrompeu:
- Eu não tenho certeza de nada! Foi o que eu vi! Sei que é Hogwarts porque reconheci pelo lago em que visitei em uma das vezes que fui parar lá. E sei muito bem que Hogwarts é antiga, mas onde eu estava era em 495, pelo menos uns 500 anos antes de Hogwarts ser construída! – Rony abriu a boca mais uma vez, mas tornou a fechá-la. – Escutem, esse é o nosso único palpite! O que mais explicaria essa ida até Hogwarts? O silêncio completo? O seqüestro de Gina? – Harry e Tonks pareceram pensativos.
- E pra que ele iria querer somente Gina? Você não disse que pra esses... – Rony revirou os olhos. – elementos funcionarem teriam que ser os quatro? Ou melhor, cinco, se contarmos Malfoy. – Hermione se enfureceu:
- Olha aqui, eu também acho que seria melhor que eu não tivesse esses sonhos. Não gosto de perder os sentidos e ir parar em outro lugar há anos daqui. Não gosto de sermos os escolhidos para algo que não sei nem se existe, e gosto muito menos do fato de Malfoy estar envolvido. – disse ela de uma só vez. – Tudo que eu sei é isso. E essa maluquice total é a única coisa que temos. Mas claro, se você quiser ficar aqui de braços cruzados esperando Gina entrar pela porta da frente, à vontade. – dessa vez Rony ficou sem argumentos.
- Tonks avise Lupin pra falar com Alberfort, Hermione eu acredito em você. – falou Harry de seu canto em voz de comando. – Rony, você vem conosco?
Não era muita coisa, mas era algo. Três cômodos: dois quartos e uma minúscula saleta com uma lareira, sofá e uma mesa de madeira no canto. Se quisessem comer teriam que enfrentar os pratos sujos do Javali ou ir a outro pub. Rony fora o único a reclamar, Harry o ignorou completamente, esperava coisa pior, quem sabe o porão ou até mesmo a casinha do cachorro que estava completamente enterrada sob a neve, até achou que a saleta era uma gentileza de Alberfort, que estava mais bem educado, Hermione pensou que era coisa de Lupin, agradeceria a ele quando pudesse. Guardaram as malas, e durante o almoço encontraram os aurores que descobriram o esconderijo de Voldemort.
- Conseguiram arrancar mais alguma coisa do sujeito? – questionou Harry, referindo-se ao comensal que eles deram veritasserum.
- Nada. – respondeu Style, balançando a cabeça. – Ele não era um dos melhores. Sabia só de Gina e do esconderijo. Nem ao menos falava o nome do Lorde, ainda se referia como você-sabe-quem.
- Já o soltaram?
- Ainda não, mas a essa altura você-sabe-quem já deve saber. – continuou Style, o loiro mexeu no cabelo ensebado, apesar de ser atraente estava com grandes olheiras e parecia que não tomava banho há três dias. – Se vocês pretendem ir ao esconderijo sugiro que vão agora, posso até acompanhá-los, mas antes das três da tarde, porque o frio daquele rio nessa neve não é tão reconfortante. – eles terminaram o almoço e seguiram Style. Andaram muito até chegarem ao precipício, Style os ajudou a descer, um simples truque de levitação junto a certo buraco que tinha escondido entre algumas árvores, e mais alguns truquezinhos para escapar de algumas surpresas no caminho. O buraco dava em uma caverna, com água até ao joelho, somente encontravam a abertura pela luz que entrava, pois era completamente escondida.
- Droga! – exclamou Style quando chegaram à abertura. – Ele já descobriu. – falou ele, indo mais a frente.
- O que? – perguntou Harry, olhando para os lados. – Como já descobriu?
- A entrada! – e apontou para o meio do rio, onde um ganso nadava tranqüilamente. – A entrada sumiu! Era pra ter um movimento circular da água exatamente ali. Dando entrada no esconderijo dele. – Style xingou-se mais uma vez.
- Você quer dizer que viemos aqui pra nada? – perguntou Rony, cruzando os braços.
- Não exatamente... Isso só nos faz entender que estamos no caminho certo. – falou Hermione, tremendo de frio. – Provavelmente deve estar perto. Não poderia ter ido muito longe... Agora vamos sair daqui, estou congelando. – ela deu meia-volta para a caverna.
- Ou... – Rony disse de repente. – Isso pode ser um disfarce. – Style e Harry o olharam sem entender. – O esconderijo ainda pode existir só que não estamos enxergando-o.
- Weasley, o comensal disse que teríamos que utilizar o movimento circular da água para entrar no esconderijo, se não tem mais o movimento, não podemos entrar. – informou Style, mas Rony o ignorou e andou até onde Style apontara. – Ele é sempre assim?
- Sempre. – disse Hermione entre os dentes, abraçando a si mesma contra o frio.
- Rony, volte aqui! – gritou Harry para o ruivo, mas ele continuou nadando, agora a água o cobria até o peito. – Não tem nada aí! – Harry parou de gritar e olhou atentamente para o ganso, agora completamente imóvel, e antes que Rony desse mais um passo o ganso abriu as asas, Hermione entendendo tudo puxou a varinha e antes que o ganso se transformasse ela jogou-lhe um feitiço, atingindo-o em cheio. Rony afastou-se do corpo que agora boiava inerte a sua frente. Harry nadou até Rony.
- Seu idiota! – o pegou pelo braço e antes que os dois saíssem de lá, um redemoinho se deu no meio do rio. O ar agora ficou mais pesado e os arrastava para o redemoinho.
- E agora o que...? – Style pegou Hermione pelos braços arrastando-a até a caverna.
- Não! Nós temos que ajudá-los! – gritou ela, tentando se desvencilhar.
- Ta maluca? Não dá pra ir contra a natureza! – respondeu ele a puxando com força.
- Mas temos que chegar até eles! – ela conseguiu se livrar de Style, mas ele a puxou de volta.
- Não tem como, a tempestade está piorando – e indicou o céu, as nuvens escuras acima. Hermione tentou pegar a varinha, mas Style a segurou com mais força. Uma árvore agora passou do lado deles, tinha sido arrancada pelo vento, e bloqueou a entrada da caverna. Style e Hermione agora lutavam entre si e contra o vento. Hermione viu Harry e Rony sendo levados pela correnteza, queria chegar até eles, mas Style ainda a segurava. O ventou piorou, Style conseguiu pegar um galho da árvore que tinha voado sobre eles e a prendeu contra o tronco, Hermione pegou a varinha e o estuporou, lançou um feitiço e o amarrou no tronco da árvore. Tentou nadar inutilmente até Harry e Rony, mas o vento tornava cada braçada impossível. Viu uma árvore atingir em cheio o rosto de Rony e ele parecer desmaiar, Harry conseguiu pegar o amigo e tentava segurá-lo e ainda nadar contra a correnteza. Hermione viu mais uma árvore arrancada ir à direção de Harry, ele que tentava acordar Rony não percebeu.
- HARRY! – conseguiu gritar, ele virou para frente e viu a árvore em sua direção, em um gesto automático levou a mão a sua frente, como se isso parasse a árvore. E parou. Um silêncio teve-se a sua volta e levou dois segundos para Hermione registrar a cena. Tudo tinha parado: o vento, a água, as árvores arrancadas e a correnteza, ela olhou para Harry e ele pareceu se dar conta da mesma coisa. Os dois olharam um para o outro, não entendendo. Não tinha parado o tempo por que os dois ainda se movimentavam.
- Cara! – exclamou um Rony, que agora acordava e via a cena. – O que você fez? – perguntou ele, olhando Harry com a mão parada no ar.
- Eu não sei... Eu só... Estendi a mão... – gaguejou Harry, olhando para a árvore na sua frente, estática. Hermione olhou a sua volta dando-se conta.
- Harry, você parou o vento! – gritou ela, Rony olhou assustado para a mão de Harry.
- Mas isso é impossível! Nenhuma magia consegue fazer isso. E sem varinha! – exclamou Rony.
- Se não é possível então me explica o que está acontecendo?! – berrou Hermione, e Rony deu mais uma olhada a sua volta. Ela voltou a sua atenção ao moreno. – Harry, você consegue mover a árvore?
- Como assim? – gritou ele pra ela.
- Mudar ela de lugar! – Harry revirou os olhos.
- Eu entendi, só não sei como fazer isso. – Hermione juntou as mãos para gritar de novo pra ele, mas Rony a interrompeu.
- Assim! – e puxou a mão de Harry para o lado. A árvore acompanhou o movimento, Hermione sentiu ser puxada pelo vento na mesma direção, como todas as coisas que dependiam do vento. Então ela entendeu...
- Cara, nós vamos ter muita história pra contar aos nossos netos. – riu Rony, com o copo de cerveja amanteigada na mão. Harry e Hermione riram do comentário. Tinham conseguido sair do precipício, com a ajuda de Harry, claro. Ele conseguiu um jeito de movimentar as árvores e os demais obstáculos até a caverna, conseguiu fazer o vento parar e fizeram um feitiço para subirem pelo buraco, levando Style, ainda desacordado para cima.
- Pelo menos agora você acredita! – falou Hermione, brava, mas ainda assim exibindo um sorriso.
- Concorda que ficava um pouco difícil de acreditar nessa história de elementos, não? – contestou. – De qualquer jeito, - ele mudou o tom de voz. – aposto que eu sou o fogo, sempre tive certa habilidade pra lidar com ele. – os olhos de Rony refletiam as chamas da lareira a sua frente. Harry riu da cara do amigo.
- Como quando você tentou cozinhar e o fogo tomou conta da cozinha inteira? – lembrou ele, em certa ocasião em que ainda não tinham os elfos. Hermione deu risadas abafadas e Rony fechou a cara.
- Com um pouco de pratica tudo se acerta. – resmungou ele. – Mas você também não lida muito bem com o ar. O vento quase venceu você duas vezes naquele rio. – Harry continuou rindo de Rony e Hermione deu um grande gole na cerveja amanteigada.
- Amanhã vamos ter que procurar Voldemort novamente. – falou ela, uma tensão tomou conta da felicidade dos três. – E acho que não teremos tanta sorte de encontrar um outro velhinho que more em algum outro esconderijo. – Harry de repente tomou um ar sério. – Que foi? – perguntou Hermione.
- Esse velhinho... – falou pensativo. – Alguém sabe o nome dele? – Rony e Hermione balançaram a cabeça negativamente. – Vocês não acham estranho um velhinho aparecer do nada e falar que morava em um precipício? – articulou se aproximando dos dois na mesa.
- Style disse que ele morava do outro lado do precipício, e tinha que passar pelo rio pra chegar lá. – respondeu Rony, não dando importância.
- Não seria mais fácil aparatar? – indagou Harry, desconfiado.
- Vai ver tinha alguma proteção anti-aparatação. Um cara que mora longe de todo mundo e perto de um precipício provavelmente é porque não gosta de visitas. – respondeu o amigo, mas Harry ainda não pareceu concordar.
- Eu não sei, tem alguma coisa errada ai. – Harry se encostou novamente na cadeira.
- Há não ser que ele apareça novamente, não teremos como encontrá-lo. Deu pra entender que ele não morava mais lá. – Hermione olhou para o relógio de pulso.
- Bem, eu não sei vocês, mas por mais que este lugar seja pequeno e essa lareira esteja acesa, eu simplesmente não consigo me esquentar. – disse Rony por fim, levantando-se do chão. – Vou tomar um banho e tentar dormir com esse frio... Mamãe não devia ter parado de tricotar os casacos. – seu rosto ficara levemente avermelhado e ele resmungou alguma coisa quando fechava a porta do quarto. Levou dois segundos para Hermione perceber que Harry a olhava atentamente, levou mais dois pra descobrir que estava sozinha com ele.
- Ele tem razão sabe... Essa lareira não esquenta nada. – ela se levantou da poltrona e se virou para a porta de seu quarto. Antes que desse um passo uma mão pegou com firmeza seu pulso a fazendo virar.
- Acho que precisamos conversar.
Ela olhou para os lados e percebeu que mesmo que desse qualquer desculpa, ele não desistiria.
- Hm certo... – sentou-se novamente, Harry do seu lado. – Sobre o que? – ‘Pergunta idiota! Eu sou uma idiota!’ pensou Hermione.
- Acho que você sabe sobre o que é... – disse ele, Hermione imaginou ter visto um sorriso de canto em seus lábios, mas rejeitou essa idéia. Estava muito mais aflita em não ficar tão corada. E notou que não era a única nervosa. Harry pareceu absorver todo o ar em sua volta.
- Eu acho... Não, eu não acho. – começou ele. – Eu tenho certeza... Não, eu também não tenho certeza. – Harry começou a se embaralhar – Eu posso... Não, eu não posso. – Ele passou a mão pelo cabelo e Hermione não sabia se era para ajeitar ou desarrumar. – O que eu quero dizer... – Harry não sabia pra onde olhar – Droga! – murmurou ele, então fez um gesto inesperado, pegou as mãos de Hermione como se aquilo fosse lhe dar forças e a olhou nos olhos. – Eu gosto de você Hermione. Muito. – Hermione pareceu prender o ar. Ela lutava contra a felicidade de estar ouvindo tudo aquilo de Harry e contra a razão. Na verdade ela não sabia se atirava nos braços de Harry ou saia correndo. Talvez se afundar na cadeira. Ou então tropeçar e cair com a cabeça em algum lugar e ter uma nova amnésia. Mas ela sentia que no fundo ela nunca iria querer esquecer daquilo. O jeito que ele a olhava. Ansioso, nervoso e... Confuso.
– Por favor, não vai dizer nada? – disse ele, apertando sua mão um pouco mais forte.
- Harry, eu acho que acabamos nos confundindo. Eu e você. Eu acho que essa nova Hermione o confundiu tanto quanto confundiu a mim. – as palavras que saíram da boca de Hermione não pareciam lhe pertencer. Seu próprio coração pareceu despedaçar quando ouviu a si mesma. E pela primeira vez viu que não conseguia ler através de Harry. Foi como uma água gelada correndo por seu corpo a tirando daquela realidade. Ele afastou lentamente as suas mãos das dela.
- Eu não tenho essa opinião. Eu acho que nunca tive tanta certeza quanto estou tendo agora. – disse ele surpreendendo a Hermione e a ele mesmo.
- Não Harry. Você está enganado. – disse ela, sentindo se afundar novamente na cadeira. Harry abaixou a cabeça.
- O que você quer dizer Hermione? – perguntou ele, agora olhando para qualquer lugar menos para ela.
- Harry. O que eu quero dizer é que... – ela sabia o que queria dizer? Ela queria saber o que dizer? A única pergunta que vinha a sua mente era “Por que demorou tanto?” – Eu não vejo uma forma mais fácil de te explicar. Já parou pra pensar que você talvez esteja gostando dessa outra Hermione? E não de mim? – Harry finalmente olhou para ela. Parecia surpreso. Hermione sabia que ele realmente não havia pensado nisso.
- Não! Hermione, como você pode pensar nisso? – disse ele, estagnado.
- Sim Harry. Porque só agora você veio falar que gosta de mim? – Hermione sentia uma imensa vontade de chorar. – E eu sei te responder. Você está encantado com essa nova Hermione. Com o que ela tinha para te oferecer. Você nunca sentiu o que sente agora pela velha Hermione, sentiu? – ela sabia que fundo não queria ouvir a resposta. Ele não falou nada. “Por favor! Me fala que você era apaixonado por mim. Que pensava em mim toda hora do mesmo jeito que eu pensava. Por favor, não me faça chorar” Mas ele não falava nada. Parecia absorver cada palavra de Hermione.
- Hermione... Eu... – começou ele. – Eu não sei o que te dizer. – Hermione abaixou a cabeça involuntariamente. Sentia vontade de chorar, mas aquela não era a hora. – Você me culpa por isso? - perguntou ele.
- Te culpar? – disse ela confusa.
- Hermione, eu nunca tinha percebido o quão maravilhosa você era pra mim. Mas agora eu consigo enxergar. – disse ele.
- É exatamente disso que eu estou falando Harry. Você nunca me percebeu antes, só agora. Você se apaixonou... Não... Você se encantou por essa nova Hermione e não por mim. – Hermione levantou-se encerrando o assunto. Quando ia dar as costas para Harry, ela olhou bem nos olhos dele e disse. – Por favor... Não quero perder a nossa amizade por uma bobagem dessas. Eu vou entender se você não quiser nunca mais olhar na minha cara. Mas saiba que eu sempre vou estar aqui. Como a sua amiga. E por nada nessa vida eu quero te perder. Entenda Harry... Você foi à pessoa mais especial que apareceu na minha vida. – E virou de costas sentindo um buraco negro dentro de si, sabia que tudo o que queria era que Harry viesse correndo atrás dela e se declarasse, dissesse que não importava com o que ela pensava que ele realmente gostava dela. Mas sentiu que esperaria isso pela eternidade.
Siim, podem me bater. Mas eu tive um pouco de dificuldade nesse capitulo.
=/
Não ficou do jeito que eu queria e ainda ficou pequeno. (por favor, não comparem nenhum dos meus capitulos com o quinto capitulo, senão vou ser obrigada a fazer capitulos enoooormes)
Nem sei se vão gostar...
Beeeeeem... encurtando a história, não sei quando postarei o próximo.
Confesso que ele está sendo um pouco trabalhoso, é muita coisa pra escrever em 6 páginas por capitulo e eu não quero que a minha fic fique com 30 mil capitulos (porque existem fics que realmente são grandes demais) então eu estou tentando escrever de uma forma compacta. Acredito que não terão que se preocupar muito com os sonhos de Hermione, talvez ela pare de tê-los, e vcs saberão o porque no próximo capitulo.
sy_ : Hahahahaha! Acho que deu pra dar uma entendida né? Se tiver muito confuso é só falar ;) ... Não sei se você chegou a ler a conversa que eles tiveram antes da minha fic ser reatulizada, se leu, sabe que a conversa é a mesma, se não leu... bom divertimento hahha, eu me lembro de ter me divirtido muito escrevendo a cena.
É isso!!! COMENTEEEEM!
(É uma vergonha... aqui, que a maioria das pessoas leem, ninguém comenta, no fanfiction.net que tem poucas pessoas, tem mais comentários que aqui. =/ )
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!