Hospital Sto. Mungus



Atenção: Essa fic foi reescrita após o sexto livro.
ps.: Não que faça a menor diferença se você a lê pela primeira vez, mas para os antigos leitores faz uma diferença enorme. ;)
Comentem!








Capitulo I - Hospital Sto. Mungus


− Por favor, Hermione. Acorde!
Uma voz ressoou no quarto extremamente branco. Um fiozinho de luz dourada penetrava no quarto iluminando o rosto pálido de Hermione, desacordada e cheia ferimentos. Harry que até aquele momento esteve longe com Rony e Hermione pesquisando eventuais notícias de Voldemort e das Horcruxes voltou para Londres, onde a Ordem esperava por essas informações. O que aconteceu na verdade foi muito rápido, quando chegaram no ministério havia gente esperando-os, mas não era bem a Ordem. Foram pegos de surpresa. Harry já tinha imaginado que aquilo ia acontecer uma hora, mas não tão rápido daquele jeito. Felizmente, a Ordem chegou no momento em que mais precisaram. Harry saiu ferido, mas recuperou-se depois de uma longa semana em repouso, Rony não teve tantos ferimentos, portanto nem fora internado, apesar de agora andar com uma bengala. Hermione tinha sido a mais afetada. Quando chegou em Sant Mungus os curandeiros fizeram o possível e impossível para deixá-la viva, e conseguiram, apesar de não fazerem ela acordar.E ainda havia uma grande probabilidade de ficar como os pais de Neville. Nesta tarde Harry fora visitá-la. Não tinha conseguido antes por estar internado, Rony o acompanhou, mas não conseguiu passar da porta, dissera a Harry que não ia conseguir ver Hermione daquele jeito. Não poderia suportar. Ele entendeu o amigo, que apesar de não estar mais namorando Hermione, ainda era apaixonado por ela, mas ele entrou, queria saber se aquilo tudo era um pesadelo. Foi um choque, quando deu por si que não era nenhum pesadelo e sim realidade. Hermione estava ali deitada pálida e cheia de ferimentos ainda em cicatrização. Desde então Harry estava sentado na cadeira próxima a ela.
− Não se atreva a me deixar aqui, não agora que eu mais preciso de você. – sussurrou ele, mesmo sabendo que Hermione não estava ouvindo.
− Meu Deus! – exclamou uma voz feminina. – O que fizeram a Hermione? – Gina entrou no quarto indo em direção a cama de Mione. Harry levantou a cabeça para encará-la. – Foi tão grave assim? – ele assentiu com a cabeça. Gina deixou lágrimas contornarem seu rosto. Há um tempo ele se acharia no dever de enxugá-las, mas aquilo que sentia por Gina hoje não passava apenas de um afeto carinhoso, quase protetor. – Como estão os pais dela?
− De que jeito poderiam estar? – ele voltou a olhar Hermione, era agonizante ver ela desse jeito. – Acham que sou culpado.
− O que? Por que? – indagou Gina, finalmente voltando seus olhos a ele.
− Hermione deve ter comentado sobre mim enquanto freqüentava Hogwarts, e eles chegaram a me conhecer um pouco, o suficiente porém pra saber que sou perigoso para qualquer um que se aproxime. Quem pode culpá-los por pensar assim? – respondeu ele, sem olhar para Gina. Afinal, não fora por esse motivo que tinham terminado?
− Então agora você é culpado por Voldemort ser um ambicioso cruel disposto a matar qualquer um que passe por ele? – ela soou grossa aos ouvidos de Harry.
− E como não? O bruxo mais poderoso atualmente esta me perseguindo aonde quer que eu vá e me torturando ao me fazer ver que meus amigos estão morrendo quanto mais próximos de mim ficam. – um sorriso triste e feio passou pelo rosto de Harry.
− Você não tem culpa Harry Potter, que ele seja um psicótico maluco com poderes em excesso. – ela o encarava séria, mas as lágrimas caiam por seu rosto livremente. Era um tanto quanto estranho vê-la chorar. O silêncio os envolveu. Não adiantava discutir sobre isso. – Ouvi dizer que o comensal que fez isso a ela acabou seriamente ferido. – Harry sorriu torto.
− Verdade... Mas quem consegue evitar um ataque de doze comensais ao mesmo tempo? – ele respondeu enquanto se lembrava de ter visto de relance Hermione tentando se livrar dos comensais enquanto alguém lhe atacou com um feitiço que o fez desmaiar.
- Desculpem-me, mas precisam sair do quarto. – um jovem curandeiro entrava no quarto e aproximando-se de Hermione, tirou o lençol que a cobria. Harry e Gina saíram do quarto. Ela subiu as escadas para ir pro refeitório, enquanto ele sentou-se na poltrona ao lado do quarto de Hermione.
− Há quanto tempo não dorme? – Harry virou-se para o lado e encontrou um senhor de uma idade já avançada, quase careca, os olhos penetrantementes verdes, mas o que mais lhe chamava a atenção era uma cicatriz na testa igualzinha a de Harry.
− U-uns dois dias. – respondeu, assustado.
− Não acredito que ficar acordado durante tanto tempo irá salvá-la.- disse ele. Harry não sabia dizer, mas havia algo estranhamente familiar no jeito que aquele senhor o olhava.
− Quem é o senhor? – perguntou rudemente. Não gostava que lhe dessem opiniões sobre o que fazer. E como ele sabia sobre Hermione?
- Um amigo. – agora já não mais o encarava, e isso deixou Harry irritado, queria que continuasse a olhá-lo, pois sabia que havia algo naquele senhor extremamente estranho.
− E se eu não quiser amigos? – queria chamar a atenção do velho para ele.
− Não disse que era seu. – seus olhos voltaram a fitá-lo e Harry sentiu uma sensação acalmante e familiar naquele olhar.
− Harry? – a voz de Tonks o fez virar a cabeça para ela. – Que bom ver você. Gina me disse que você não quis ir comer. – ela chegou mais perto, e ele voltou a cabeça para o velhote que tinha sumido. Olhou para os lados mesmo sabendo que não ia mais encontrá-lo.Sentiu um certo vazio, apesar de não ter ido muito com a cara do velho, seu coração parecia estranhamente leve na presença dele.
− Estou sem fome. – respondeu ele, reenconstando na poltrona.
− Precisa se alimentar, sabia? – insistiu ela.
− Sim, eu sabia. – Por que todo mundo continuava a tratá-lo como criança?
- E sabe que ela não gostaria de lhe ver assim, não é? – ela pareceu ser mais seca diante da resposta dele, mas mesmo assim, simpática.
- Se não fosse por minha culpa, ela própria poderia me falar isso, não é verdade? – Harry sabia ser grosso, mas de que forma poderia se fazer mais claro, que não queria ninguém o incomodando?
- Não poderia ter falado melhor. – disse ela, tentando fazer com que Harry a encarasse. – Ela escolheu estar ao seu lado Harry, não importando o que acontecesse, uma escolha dela, e não sua. Ela sabia dos riscos, talvez até mais do que você. Espero que você saiba agora o que estou tentando te dizer. – e dizendo isso lhe deu as costas. Harry olhou para o vazio deixado por Tonks. Aquilo fizera sentido, mas ele não queria pensar sobre isso. Descansou a cabeça, e pensando no velhote estranho, adormeceu.

− Harry! Harry acorda! – alguém lhe chacoalhava.Ele se ajeitou desengonçadamente na poltrona e abriu os olhos, piscando várias vezes contra luminosidade da manhã que entrava por uma das janelas. Então viu que o que chacoalhava era um ser de cabelos vermelhos a sua frente. Rony parecia definitivamente alegre. – Ela acordou! – disse ele dando um sorriso de orelha a orelha. Harry levantou de um pulo só.
− Como você sabe? – sorrindo junto com o amigo.
− Um curandeiro veio me informar. E melhor, aparentemente sem seqüelas. – disse ele, quase pulando. – Vamos vê-la. – e abriu a porta do quarto junto de Harry. Hermione estava sentada na cama, com o rosto um pouco mais corado e os ferimentos quase sem aparecer. Um curandeiro alto lhe fazia perguntas com uma prancheta em seus braços.
- E como você está se sentindo fisicamente? Alguma dor especifica? – ele anotava tudo depressa. Harry e Rony foram chegando perto dela.
- Acho que não... – disse ela, meio perdida, virando-se para os dois.
- Como ela está? – Rony se dirigiu ao curandeiro, que agora estava virando algumas folhas da prancheta.
- Ainda não vi nada que não fosse normal. – disse ele.
- Ainda bem que você acordou Mione! Pensei que tinha nos deixado de vez. – Ela olhou de Rony para Harry, que sorria igualmente, e baixou os olhos.
− Mione... – repetiu ela em voz baixa.Voltou então com o olhar para os dois. O curandeiro agora a observava atentamente.
- Seus amigos estavam realmente preocupados com você. – disse ele, ainda a observando de um jeito estranho.
− Eu... Conheço vocês? – perguntou ela para os dois bobos que a encaravam sorrindo. Rony deu um passou pra trás ao mesmo tempo em que se desfazia do sorriso. Harry sentou-se na cadeira atrás de si. Na verdade se deixou cair.
− Do que exatamente você lembra? – perguntou o curandeiro. Hermione pareceu pensar um pouco enquanto franzia a testa.
- De um fleche verde... E desta manhã. – disse ela.
− Certo, parece que você ficou com algumas seqüelas. – ele voltou-se para a prancheta. – Qual o seu nome?
− Hum... Não sei. – respondeu ela, insegura.
- Você não se lembra de nada além do fleche verde? – ele anotava rapidamente na prancheta.
− Não.
− Tente se esforçar. – insistiu.
− Eu já disse que não me lembro! – ela repetiu, o curandeiro sequer a encarava.
− Tente mais uma vez. – respondeu ele, sequer se importando do olhar irritado que ela lhe dava.
- Qual parte do “eu não lembro” você não entendeu? – ela levantou a voz, o curandeiro parecia alheio a isso, só anotava na prancheta sem parar.
− Eu sei que você consegue, Hermione. Se esforce mais.
− Eu-não-me-lembro. – respondeu evidentemente irritada com a ignoração que ele estava lhe dando. – Nem sei porque me chamam de Hermione!
− Esse é seu nome. Agora tente pensar no que aconteceu antes do fleche verde. – ele não parava de escrever em sua prancheta. Hermione estreitou os olhos para ele.
− Olha aqui... – começou ela, aumentando o tom de voz.
− Ela não se lembra ok?! – interrompeu Harry. O curandeiro finalmente parou de escrever na prancheta e virou-se para Harry.
− Certo, vou deixar vocês ficarem aqui por uma hora mais ou menos, se ela não voltar com a memória, avisem a alguém. – e saiu do quarto deixando os três silenciosos. Rony havia sentado e as mãos cobriam o rosto.
− Quem são vocês? – perguntou ela revezando o olhar em cada um.
− Er... Eu sou Harry, e este é Rony. Nos conhecemos em Hogwarts. – disse ele, sem saber o que dizer.
− Hogwarts? – Hermione franziu o cenho. Mas antes que Harry pudesse pensar em como explicar o que era Hogwarts a porta do quarto se abriu novamente.
− Hermione! – eram os pais dela. – Ficamos tão preocupados! – e a Sra. Granger abraçou a garota, que deu um gemido de dor. – Desculpa, querida!
− Hã... Sr. e Sra. Granger, posso falar com vocês um minuto? – Rony tinha se levantado, e encaminhava os pais de Hermione para fora do quarto.
− Eles são os meus pais? – perguntou ela, encarando Harry, que agora só conseguia encarar suas mãos.
- São... – respondeu ele vagamente, ela pareceu meio sem graça.
− Mas... O que aconteceu comigo? – dessa vez Harry a fitou. Como explicar pra ela que ele era o culpado? Mas mais uma vez a porta do quarto abriu interrompendo-os. Era Lupin.
− Harry, Hermione. – cumprimentou ele. Harry ia começar a falar quando Lupin o encarou. – Sim, eu já soube Harry. Não se preocupe. Vou conversar com Hermione agora, pode me dar licença? – Harry, que estava perdido, o obedeceu. Subiu ao refeitório e encontrou a Sra. Weasley e Tonks conversando com os pais de Hermione, que agora exibiam grossas lágrimas. Rony e Gina estavam sentados em uma mesa distante, no fundo do refeitório. Gina estava pálida e Rony com o olhar vago, pensativo. Harry se encaminhou para perto dos amigos.
− Você já... – começou Harry para Gina.
− Sim... – respondeu ela, ainda pálida. – Tomara que seja temporário.
− É... – passaram o resto da manhã quietos.Quando já era quase a hora do almoço e o estômago de Harry urrava de fome, os pais de Hermione se foram e Tonks e a Sra. Weasley juntaram-se aos meninos.
− Comeram alguma coisa? – perguntou a Sra. Weasley, os três responderam que não. Ela pediu um grande almoço e mais ninguém falou nada. Não demorou muito e Lupin chegou também.
- Harry, Rony, posso falar com vocês? – eles deixaram a mesa e acompanharam Lupin. – Eu falei com os curandeiros e eles disseram que não há previsão para que a memória de Hermione volte.
− Então quer dizer que ela nunca se lembrará da gente? – Rony perguntou com a voz rouca.
− Talvez. Pelo que os curandeiros me disseram, pode demorar um dia ou uma vida toda. – ele respirou fundo. – Agora olhem meninos, eu já contei a ela tudo que ela precisa saber. Sobre ser bruxa e o que estamos vivendo. Ela está assimilando ainda. Enquanto isso, eu quero que vocês sejam fortes com ela. Que tentem fazê-la se lembrar, mas não a pressionem. Ensinem a ela tudo que ela tem que aprender. Não acredito que a falta de memória dela tenha afetado a inteligência também. E não podemos nos dar o luxo de perder alguém da Ordem, principalmente ela. – ele olhou de Rony, que estava mais pálido, para Harry que tinha certeza não estar melhor do que ele. – Entendem o que quero dizer garotos? Vocês devem protegê-la.Hermione está mais do que vulnerável. Eu sei que é difícil, ainda que estamos mais adiantados que Voldemort, não podemos perder ninguém agora. – o rosto de Lupin demonstrava que ele estava cansado.
− Não se preocupe, nós vamos cuidar de Hermione. – respondeu Rony.
− Garotos, eu andei conversando com Minerva, e bem... – Lupin pareceu receoso. – Vocês ainda não têm idade para serem aurores, nem que tentassem entrar no curso, mas sei o quanto são fortes, para a Ordem, e pra o que vocês estão fazendo lá fora. – Harry contara a Ordem sobre as Horcruxes, mas só eles três que saíram para pesquisar sobre elas, o resto cuidava da sede da Ordem, e de todos os outros acontecimentos. – Mas, eu e Minerva estivemos decidindo que já está mais do que na hora de vocês se aprofundarem na magia de verdade. Nos combates e outras coisas que nós provavelmente iremos enfrentar.
- Como assim nos aprofundar? O que está querendo dizer? – perguntou Rony, extremamente confuso.
- Bem, vocês serão treinados. Não por professores ou aurores. – disse ele. – Por uma pessoa só pra falar a verdade. Essa pessoa é da Ordem, não se preocupem. – disse ele, vendo as feições de Harry e Rony mudarem. – Vocês serão treinados por Alberfort. Irmão de Dumbledore. – disse Lupin por fim.
- Dumbledore tinha um irmão? – exclamou Rony surpreso.
- Sim. Nunca foi de muito público mesmo. Muito diferente de Dumbledore, ainda que poderoso, mas antipático ao extremo. Já falamos com ele, e vocês poderão o encontrar no Caldeirão Furado, quando quiserem. – disse Lupin, parecendo querer fazê-los aceitar a idéia. Harry pareceu pensativo.
- Nós o encontraremos na semana que vem. – disse Harry por fim. Rony o olhou com uma cara surpresa. Lupin sorriu.
- Não irão se arrepender. Ainda tenho muita coisa pra fazer garotos. Até mais. – e aparatou. Rony virou-se para Harry com o olhar duvidoso.
- Por que aceitou? Não que nós saibamos tudo, mas acha mesmo que precisemos de treino? Quero dizer, depois de tudo que a gente fez... – perguntou Rony.
- Depois de tudo que aprendemos ainda fomos parar no hospital, e veja o estado de Hermione. Aprofundar esse tipo de coisa nunca é demais. De qualquer forma não descobrimos muita coisa na nossa procura. – deu por fim no assunto.
A semana que se passou fora bem agitada pra falar a verdade. Eles passaram a maior parte do tempo no Hospital, mas volta e meia iam para a sede da Ordem, que continuava a ser na casa de Sirius, agora de Harry. Ele não se sentia nem um pouco confortável ali, mas nada podia fazer, era necessário. Dobby e Monstro agora ficavam na sede ajudando-os. Monstro tentava atrapalhar, mas por ordens diretas de Harry, não podia fazer muita coisa há não ser resmungar pelos cantos. E também não podia tentar alguma coisa, pois Harry mandara Dobby ficar na cola dele. Wink também estava na casa, apesar de ficar a maior parte do tempo chorando pelos cantos e na outra parte bebendo. Alguns elfos de Hogwarts também foram para a sede depois que a escola fechou. Muitos ficaram sem lugar para ir. Os elfos ajudavam bastante a ordem, e também redecoraram a sede. Era sábado o dia que Hermione teve alta. Tonks que a pegou no hospital e levou-a para a sede. A memória dela ainda não tinha voltado. Ela parecia totalmente perdida. Mas fizeram o que podiam pra que ela se sentisse confortável. E talvez fosse a lembrança de Hermione voltando, ou apenas a sua personalidade falando mais alto, mas ela não gostou nem um pouquinho que os elfos a servissem. Preferia fazer tudo sozinha. Rony parecia se sentir um pouquinho mais alegre toda vez que isso acontecia. Harry o pegara várias vezes admirando Hermione, e ela, completamente alheia a isso, continuava o que estava fazendo. Harry se perguntava se Rony pensava em voltar com Hermione. Era claro que Rony continuava apaixonado por ela. Na madrugada de domingo Harry levantou da sua cama e desceu as escadas. Desde que voltou para a sede não conseguia pregar os olhos, ficava apenas se revirando na cama. Quando chegou na sala esperava não encontrar ninguém, mas se surpreendeu ao ver uma vela acesa do lado de um dos sofás. Ele se aproximou mais e viu que era Hermione, estava concentrada em algum tipo de livro sobre suas mãos. Ela percebeu Harry e virou a cabeça para olhá-lo.
− Desculpa, não queria interromper. – disse ele virando-se pra subir as escadas. Ultimamente não conseguiu ficar na presença da amiga. Era quase insuportável vê-la daquele jeito. Mas sempre se arrependia de estar fugindo dela na hora em que mais precisava.
− Não vá... – pediu ela. Harry viu que não teria jeito de evitar ela agora. – É Harry, certo? – ele tinha voltado a encará-la, balançou a cabeça dizendo que sim. – Não consegue dormir, não é? – perguntou ela se ajeitando.- Senta aqui. – convidou ela. Harry se aproximou e sentou-se do lado dela.
− O que você está vendo? – disse ele indicando o livro em suas mãos.
− Ah... É um álbum que aquela menina ruivinha me emprestou. – respondeu Hermione que abria de novo o álbum.
− A Gina você quer dizer?
− É.. Ela sim... – Hermione respirou fundo. – Ainda não consegui lembrar o nome de todo mundo. – Harry olhou para o álbum e indicou com o dedo a foto seguinte.
− E estes dois, você reconhece? – Hermione observou atentamente a foto em que estava Fred, Jorge e Gina. Eles acenavam para Hermione.
− Um dos Weasley? – ela tentou.
− Assim fica muito fácil! – riu ele. – Todos têm cabelo vermelho, não é difícil saber qual família é. – ela riu também com Harry e voltou seu olhar para o álbum. Inesperadamente fechou o álbum com força.
− Ficar vendo fotos não vai adiantar nada. – disse ela, virando-se para encarar Harry melhor. – Me conte a minha história. – falou ela.
− Sua história? – perguntou ele confuso.
− É. Como foi que nos conhecemos, o que faço da vida, essas coisas. Conte-me tudo desde do momento em que nos conhecemos. – o olhar de Hermione esperava que ele começasse a falar.
- Bem... – começou Harry olhando para Hermione.
Pareceu passar metade da noite enquanto Harry contava a Hermione tudo que ele conseguia se lembrar dela. Ela ouvia atentamente ele, e às vezes perguntava uma coisa ou outra.
− Então quer dizer que eu tiro notas boas? - concluiu ela.
− Eu não diria boas... Diria ótimas! – Hermione sorriu para ele.
− Será que vou ser capaz de aprender tudo isso de novo? – ela comentou, olhando para o chão.
− Claro que vai Mione, não existe um só feitiço que eu conheça que você não saiba realizá-lo. – encorajou Harry.
− Eu sei que deve estar sendo difícil pra vocês... Mas obrigada por tentarem me ajudar. – Ela estava sorrindo. – Principalmente você. – terminou ela.
− Você não sabe como é difícil você me olhar como se não me conhecesse. Era você que me conhecia melhor. – disse ele sem pensar. Hermione olhou nos olhos dele e estreitou um pouco o olhar.
− Eu preciso saber... – seu rosto ficara meio corado. – Nós éramos apaixonados?






Eu reescrevi com muito carinho e prometo a vocês que a fic não será longa e terá um fim! =D
Que alias, já está tendo. Só falta eu conseguir localizar minha beta! ;)

Com muito carinho
Sarah.

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