A Audiência
CAPITULO 15 - A Audiência
N/A: Já vou lhes avisando antes de me criticarem que não sou muito boa em audiências, portando eu copiei algumas coisas do livro da ordem. Espero que gostem e deixem comentários.
Harry, Mione, Rony e Lili foram levados para o ministério da magia por meio de uma chave de portal. Limmie e Liak ficaram para pegarem as matérias daquela tarde. Lá eles se encontraram com Lupin e Tonks. Eles ficaram na sala da aurora, pois não poderiam comparecer a audiência de Sirius. Apenas Dumbledore o acompanhou. Mas Lili não ficaria ali sentada, tinha um plano para bolar.
Sirius estava em frente à porta da sala, Quim e Moody o seguravam pelo braço e Dumbledore vinha atrás. A grande masmorra que entrara trouxe péssimas lembranças de sua minúscula cela em Azkaban.
As paredes eram de pedra escura, fracamente iluminada por archotes. Havia arquibancadas vazias de cada lado dele, mas, à frente, as mais altas estavam ocupadas por muitos vultos escuros. Tinham estado conversando, mas quando a pesada porta se fechou à entrada de Sirius, dos dois aurores e de Dumbledore fez-se silêncio agourento.
Uma voz masculina cortante ecoou pelo tribunal:
- Sente-se no seu lugar.
O olhar de Sirius recaiu sobre a cadeira no centro da sala, cujos braços eram equipados com correntes. Seus passos ecoaram fortemente quando avançou pelo chão de pedra. No momento em que se sentou, pouco à vontade, na borda da cadeira, as correntes retiniram ameaçadoras, prenderam-se aos seus braços, puxando-o para o encosto da cadeira. Sentindo-se bastante desconfortável, ele olhou para as pessoas sentadas ao banco acima.
Havia umas cinqüenta, até onde sua vista alcançava, usavam vestes cor de ameixa com um W bordado em fio de prata do lado esquerdo do peito, e olhavam para ele com ar de superioridade, algumas com expressões bem austeras, outras, francamente desapontadas.
Bem no meio da primeira fila sentava-se Cornélio Fudge, Ministro da Magia. Uma bruxa de feições delicadas, cabelos loiros compridos, sentava-se à esquerda de Fudge. Do lado direito do ministro, havia outra bruxa, que encarava Sirius com desprezo.
Dumbledore sentou-se ao lado de Sirius, em uma confortável poltrona de chintz. Estava com as pontas dos longos dedos juntas, e olhava Fudge por cima do óculos de meia lua com extrema calma.
- Muito bem – disse Fudge. – O acusado tendo chegado, podemos começar. Os senhores estão prontos? – perguntou aos demais bruxos.
- Estamos sim, senhor – respondeu uma voz ansiosa. Sirius já ouvira aquela voz antes. Sim. O irmão de Rony, Percy, estava sentado em umas das extremidades do banco da frente. Sirius olhou Percy, este o olhava com certo teor de medo.
- Audiência de Acusação sobre o Assassinato do casal Potter e de mais treze pessoas, incluindo Pedro Pettigrew, do dia trinta e um de outubro de mil novecentos e oitenta e um – anunciou Fudge com voz ressonante, e Percy começou imediatamente a anotar – para apurar violações ao Decreto de Sigilo do Feitiço Fidelius, cometidos por Sirius Black. Inquisidores: Cornélio Oswaldo Fudge, Ministro da Magia; Emma Lionheart subsecretaria sênior do ministro. Escriba da corte, Percy Inácio Weasley…
- Bom, então. Portanto. As acusações. Sim. - repetiu Fudge, folheando suas anotações.
Ele retirou um pergaminho da pilha à sua frente, inspirou longamente e leu: - As acusações são as seguintes: Que ele intencionalmente, deliberadamente e com plena consciência da ilegalidade dos seus atos, entregou Lílian e Tiago Potter a Você-sabe-quem, por suma importância de conseguir poder. Assassinou doze trouxas e o bruxo Pedro Pettigrew, e há três anos fugiu de Azkaban para matar Harry Potter, o que constitui uma violação ao parágrafo B do Decreto de Sigilo do Feitiço Fidelius, de 1856, e também à Seção 11 do Estatuto de Sigilo da Confederação Internacional dos Bruxos. O senhor é Sirius Black? - perguntou Fudge, lançando a Sirius um olhar penetrante por cima do pergaminho.
- Sim – respondeu Sirius.
- O senhor foi preso pela morte de seus amigos?
- Sim.
- O senhor entregou a Você-sabe-quem o casal Potter? – perguntou Fudge
- Não.
- Como não. O senhor era o fiel do segredo deles.
- Não era.
- Matou Pedro Pettigrew em frente a doze trouxas, logo após explodindo a rua?
- Não.
- Então se explique senhor Black! – pediu calmamente a Srta. Lionheart.
- Pedro Pettigrew era o verdadeiro fiel deles. Quando eu soube que aquele imundo havia entregado nossos amigos fui atrás dele com intuito de matá-lo…
- Então o senhor iria matá-lo a todo custo? – interrompei Fudge.
- O que ele fez não merecia perdão. – Sirius encarou Fudge com nojo – Quando eu finalmente consegui pegar Pedro, eu havia o encurralado. Nunca pensei que aquele imundo estava tramando contra mim. Ele simplesmente explodiu a rua inteira, cortou seu próprio dedo e fugiu como rato que é pelo esgoto.
- Muito interessante, mas nada convincente Sr. Black. - disse Fudge, com a expressão de grande superioridade no rosto.
- Eu estou dizendo a verdade. - disse Sirius em voz alta, abafando um surto de murmúrios entre os membros da corte. – Pedro não presta. Ele é um rato imundo.
- Se o Sr. Pettigrew fosse um animago o teríamos registrado. Ele teria que contar que ele, Pedro e Tiago viraram animagos clandestinamente para ajudar seu amigo, Remo.
- Eu, Tiago e Pedro somos… - mas ele não pode terminar de falar, pois a porta da masmorra se abre em soco. Parada a porta estava Lili, um sorriso de orelha a orelha estava estampado em seu rosto delicado.
- Fique de bico calado Sirius.
- Quem pensa que és para interromper esta audiência? – perguntou Fudge completamente alterado.
- Vim trazer as testemunhas. – ela andava calmamente até Sirius.
- Perguntei quem a Srta. é não o que veio fazer aqui.
- Lili Maifayr. Agora se excelentíssimo Ministro me permitir apresentar as testemunhas.
Ele deu de ombros e Lili andou até a porta. Por causa da má iluminação não deu para ver quem estava à porta. Quando finalmente a luz banhou o rosto dos dois é que ouve mais murmúrios entre os membros da corte.
- Que brincadeira é essa Srta. Maifayr? – perguntou um homem atrás de Fudge.
- Aqui estão as testemunhas capazes de absolver Sirius Black de ser o fiel do segredo dos Potter.
- Impossível. Tiago e Lílian Potter estão mortos. – indagou Fudge começando a ficar roxo de raiva.
- Bom – começou ela calmamente -, morto eles tão. Mas aqui presente está o espírito de ambos.
- Que lorota é essa Lili, como ele pode ser o Tiago? – Sirius estava serio.
- Sinto muito lhe causar essa dor em ver seus amigos novamente, Sirius, mas era preciso.
- Basta, basta! – Fudge deu um soco na mesa se levantando. – Retirem-se imediatamente. Temos uma audiência séria a terminar.
- Lhe provarei que estes são as almas de Tiago e Lílian Potter. Dumbledore, o senhor gostaria?
- Obrigado Srta. Maifayr. – Dumbledore põe-se ao lado de Lílian. – Sr. Potter teria o prazer de mostrar-lhes que é o verdadeiro Tiago?
Tiago olhou para Fudge sorrindo e se transformou em um cervo.
- Satisfeito, vossa excelência? – perguntou Lili ao lado do cervo.
- O ministério da magia não tem registrado que Tiago Potter é um animago, como pode ser o próprio?
- Sei que a palavra de um lobisomem não vale grande coisa, mas posso afirmar-lhe que Tiago se tornou um animago clandestinamente para me ajudar nas transformações durante o ano letivo. – Fudge olha pra ele com ar de descrença – Se quiseres eu falo a mesma coisa tendo tomado a poção da verdade.
- Não será necessário. – concluiu a Srta. Lionheart. – Acho que estamos a acreditar que estes são o Sr. e a Sra. Potter.
- Então podem contar a verdade. – Lili vai para o lado de Sirius e coloca a mão sobre seu ombro para confortá-lo.
- Ministro, e os demais aqui presentes, eu e minha esposa damos a nossa palavra de que Sirius Black é inocente.
- Quando Dumbledore nos avisou que teríamos que escolher um fiel, assim como os Longbotton por causa de Voldemort… - Lílian foi interrompida por Tiago.
- Escolhemos Sirius por saber que preferia morrer a nos entregar nas mãos de Voldemort.
- Voldemort descobriu sobre Sirius e mandou vários Comensais da Morte atrás de sua pessoa. – Lílian estava abraçada ao marido – Ficamos com medo de perdermos um amigo tão precioso e acabamos marcando um encontro com Sirius e Dumbledore para trocarmos de fiel.
- Agora nos arrependemos profundamente, mas na época o coração falou mais alto do que o juízo. – ouve uma pausa de poucos segundos – A primeira pessoa em quem pensamos foi Remo, mas ele estando fora do país, já tinha seus problemas.
- Então Sirius nos indicou Pedro. Ele sempre fora um bom amigo. Era fã numero um de Tiago, nunca pensávamos que ele seria capaz de nos entregar por um pouco de poder. Que creio eu não conseguiu ainda.
- Na noite de nossa morte, uma hora antes de Voldemort entrar em nossa casa, recebemos uma carta anônima. Onde havia escrito que deveríamos sair daquela casa o mais urgente possível.
- De cara achamos que fosse uma armadilha, por isso ficamos e acabamos morrendo dali à uma hora. Quer dizer, apenas eu e meu marido, pois consegui salvar meu bebê antes.
- Que mal lhe pergunte Sra. Potter, como conseguiu salva-lo? – Fudge estava envolvido pela história.
- Desculpe desapontá-lo ministro, mas isto eu carreguei para o tumulo e não será agora que revelarei. Mas um dia, será revelado. – ela sorri meigamente.
- Voltando à audiência… O senhor confirma a história relatada? – perguntou Fudge voltando-se para Sirius.
Ele apenas balançou a cabeça positivamente. Não estava conseguindo falar, ver seus amigos ali era horrível, mas ao mesmo tempo gratificante.
- Então acho que todos aqui concordam que Black não era o fiel do segredo dos Potter? – perguntou Dumbledore.
Murmúrios e várias concordâncias dos membros da corte.
- Temos ainda o assunto do assassinato de Pedro Pettigrew. – continuou Fudge com voz altiva.
- Desculpe Sirius não consegui encontrar rabicho em nenhum canto. – ciciou Lili para o acusado.
- O que a senhorita disse? – perguntou Fudge.
- Disse que não havia encontrado o Sr. Pettigrew. Simplesmente sumiu do país.
- Gostaria de informar-lhe de o Sr. Pettigrew está morto.
- Abaixe a crista Sr. Fudge e me ouça. Pedro Pettigrew está vivo e eu vou trazê-lo aqui, vivo ou morto. – bradou Lili.
- Não fale neste tom comigo mocinha.
- Não tenho medo do senhor. Agora com licença que minhas forças estão se esgotando.
Ela se retirou com Lílian, Tiago e Remo.
- Garotinha sem respeito. – falou pra si mesmo.
- Ministro?
- Sim. Srta. Lionheart?
- Temos que dar a sentença de Sirius Black.
- Sobre ser o fiel do segredo dos Potter eu considero Sirius Black inocente.
- E Pedro? – perguntou Sirius. Tentando se soltar.
- Sobre o caso de ter assassinado treze pessoas, o senhor estará livre até que se tenha alguma prova.
As correntes que prendiam Sirius se soltaram imediatamente. Ele levantou e esperou Fudge continuar.
- O senhor receberá a sua varinha de volta e pelos anos presos em Azkaban, recebera certa quantia em dinheiro. Pode retirar-se Sr. Black. O senhor agora é um homem livre, temporariamente.
- Lili como é que você fez isso? - Perguntou Sirius quando saiu da sala.
- Segredinho meu, Sirius – ela sorri e olha para Tiago e Lílian conversando com Remo – Aproveite agora Sirius. Daqui a algumas horas eles terão que partir.
- Não sei como lhe agradecer. – ele abraçara Lili.
- Apenas gostaria que você abrisse os olhos.
- Como?
- Nada não. Agora vamos.
Eles vão para a sala de Tonks, onde entraram apenas Lili, Sirius e Remo, Tiago e Lílian ficaram esperando do lado de fora.
- Eu tenho uma surpresa para você Harry. – Lili fica ao lado da porta.
- O que pode ser melhor que saber que poderei sair finalmente da casa dos Dursley e morar com Sirius?
- Isto! – Lili puxa o casal para dentro da sala.
Todos que ainda não haviam visto o casal ficaram boquiabertos.
- Olá querido. – disse Lílian sorrindo. – Não vai me dar um abraço?
- Mãe? Mas…
- Aproveite o momento Harry, pois não durará muito tempo. – Lili sentara-se em uma cadeira exausta.
As poucas quatro horas que restaram ao casal Potter foram gastas na companhia do filho e dos amigos. Eles voltaram para Hogwarts, onde Harry jogou quadribol com o pai pela primeira e ultima vez na vida. Lílian ficara o bajulando o tempo inteiro. Despenteava o cabelo do filho toda hora.
Sirius e Remo jogaram juntos, mas depois de duas horas juntos se despediram, pois o restante do tempo era de Harry. Ele nunca tivera tempo com os pais, e não seria justo Sirius e Remo, que conviveram a infância inteira com o casal ficar com ele esse tempo.
- Aproveite bastante Harry. – falava Remo – Porque alguém sofre enquanto você está feliz.
- Mas como…
- Vá lá com eles. Não perca tempo.
Harry passou às duas horas mais felizes da sua vida aquele dia. Finalmente poderá dizer que conheceu seus pais.
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