primeira tentativa



Ok.

Matar James Potter.

Logo...coisas a fazer:

- Dar um jeito de achar o endereço dele lá na faculdade.

- Descobrir de onde ele veio. A idéia da máfia francesa atrás de mim não me agrada.

- Achar a arma certa. Provavelmente a de cabo decorado que eu acho, e espero , que está no armário da cozinha.

- Parar de ter maus pressentimentos a respeito disso.

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Ok . Achar a arma perfeita foi fácil. Só que ela estava no armário do banheiro, e não no da cozinha. A que estava na cozinha era a do cabo de marfim.

O endereço foi mais fácil ainda. Cara, esses estagiários da secretaria são definitivamente ...bobos.

Família? O pai morreu quando ele era criança e a mãe se casou de novo com um milionário. Parece que tem uma irmã criança agora.

O difícil, se é que pode ser chamado assim, foi parar de sentir aquelas “coisas”. Mas, nada que um bom banho não resolva.

E agora, aqui estou eu...no portão da casa dele. E convenhamos, parece que a mãe casou muito bem. Uma casa branca, daquelas com bastante janelas. E meio afastada da cidade.O segundo andar parece menor. É no alto. Provavelmente ele tem uma vista magnífica. Dentro de pouco eu estarei admirando-a. É bom que seja afastada, Sem vizinhos, sem testemunhas.

Desci do carro.

Toquei a campainha.

-JÁ VAI !

Ouvi vindo lá de dentro, na voz de James.

Ele abriu a porta.

De toalha. (n/a:desmaia)

Ok Lily, você nunca teve problemas em se controlar. Não vai ser agora que vai insistir em seguir o caminho daquela gota que está descendo por aqueles músculos e ...

Tudo bem. Me controlei.

Mas, não posso deixar de comentar.

Esse cara é gostoso.

Só parece uma pena que eu não possa aproveitar um pouquinho antes de matá-lo. É quase um desperdício.

-Er...Oi Lily! Não esperava te ver aqui.

Ele aqueles 32 dentes brancos e franceses dele.

-Bom, desculpe pela “surpresa”...devo estar sendo inconveniente. Desculpe, não deveria mesmo ter vindo.

Fiz menção de ir embora. Ele segurou meu braço. Correntes elétricas no meu corpo só por isso ? Qualquer um que governe isso aqui não está sendo muito legal comigo.(N/B Porque seráá??só pq vc vai matar um cara muito gostoso?)(n/a: totalmente apoiado. Merece castigo)

-Não. Fique.

Há. A tática da menininha encabulada. Sempre funciona.

-Entre, eu só vou me trocar, e já volto.

E quando o moreno passou pelo sofá, o vi chutar algo para baixo . Me pareceu uma faca. Mas não uma faca normal. Facas como as minhas. Facas extremamente cortantes, que só se consegue no Japão e seu uso mais frequente é...matar.

Estranho. Muito estranho.

- Então, sem ofensas nem nada, mas...porque veio?

Ele disse, passando as mãos pelo cabelo.

Colocara uma calça jeans, mas, percebi muito, e destaco o muito, não se preocupara em por uma camisa.

Ele só pode ser mestre em tortura.

- Bom, ainda quer conhecer a cidade? Penso que fui muito mal educada hoje da manhã.

Parece que só agora ele resolveu reparar em mim.

Seus olhos me olharam de um modo...examinador, por assim dizer, demais.

Em outras palavras, ele me devorava com o olhos.É,não devia ter vindo com uma calça tão justa.

Quem estou querendo enganar?devia sim!!

Definitivamente eu estava vestida para matar.

Nos dois sentidos.

Sobretudo (como sempre) , dessa vez branco, com a costura em preto, que rodopiava levemente ao andar, uma calça de couro preta, justa. Uma blusa branca, simples. Cabelos presos em um coque. Não quero largar fios de cabelo por aí, certo?

- Com a sua companhia, acho que mesmo se morasse aqui há anos.

Tipo conquistador. Mas eu era obrigada a enrolá-lo pelo menos um pouco. Logo, sorri.

- Quer um vinho? Sente-se.

-Obrigada.- me sentei no sofá, vermelho. Contrastava. A sala era ampla, beeem ampla. Do ponto de vista da porta, se via apenas um enorme espaço, com uma bancada à esquerda que dividia a cozinha. Uma janela enorme de vidro no fundo. Uma escada de vidro á direita. Quanta amplitude meu Deus!

Ele me entregou a taça de vinho e se sentou ao meu lado.

-Então, você mora aqui há quanto tempo?

-Desde que nasci. Tá gostando da cidade?

- Muito. Mais ainda das pessoas. E da faculdade também.

- Você nasceu na França?

- É...Mas meu pai era daqui.

- Sua casa é linda – inclinei a cabeça pra trás, encostando no sofá.

- Você consegue ser muito mais.- ele me acompanhou no movimento.

Tipo, eu já sabia que franceses eram conquistadores e extremamente charmosos, mas esse cara é rápido.E gato.Já comentei?

E, no segundo seguinte, ele tava me beijando.

Mãos na minha cintura, mãos na minha nuca, calor, mãos no cabelo dele, calor, beijo bom elevado a 10000, calor, respiração descompassada, calor, calor, calor, sorriso entre beijo, testa na minha, calor, mãos nas minhas costas, mãos nele, mãos, calor, boca quente, meu pescoço, calor, mãos soltando meu cabelo, raciocínio me dando uma banana e indo embora, calor, uma ruiva em um colo, calor e...

PARA AÍ!!!!!!

Eu vim matar o cara com um tiro, não com...outras coisas.

-Acho que preciso de água.

Eu disse, com os lábios inchados.

Ele sorriu, um sorriso que eu descobri ser lindo, ainda mais quando era só pra mim.

Ele foi até a cozinha e eu me levantei , arrumando o coque e ajeitando as roupas.

Ele estava de costas.

Minhas mãos se fecharam contra o cabo do revólver, que estava , mais uma vez, preso a coxa.

Era só atirar.

Simples assim.

Só pegar a arma e puxar o gatilho.

Como eu tinha feito várias vezes.

Várias.

Eu sabia fazer aquilo, porque toda a hesitação?

Ele havia se virado de frente de novo.

Havia perdido a minha chance.

Só não sabia o porque.

Ele veio de novo em minha direção.

Não me entregou a água.

Me entregou sua boca, sedenta da minha.

Dessa vez minha consciência me deu um tchauzinho feliz e saiu correndo saltitante como uma cabrita.

Não voltou tão cedo.

Só tive tempo de escorregar a arma pro bolso interno do sobretudo antes de atirá-lo longe, e sentir o sofá sob as minhas costas, e o corpo dele sobre o meu.

Minha primeira falha.

E eu só queria saber porque.

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