CAPÍTULO 3
CAP 3 – O primeiro dia
- Ei, ei, ei, calma aí Gi, não se desculpe, eu adorei que você tenha vindo, só não entendi o porquê.
- Ai Harry, desculpa. Olha, eu nunca, nunca esqueci aqueles bons momentos que nós passamos juntos em Hogwarts, eu ainda sou loucamente apaixonada por você. E aí, ontem, quando vi você com aquela garota no Valentino’s eu não sei o que me deu, e aí eu fiquei a noite inteira arquitetando isso, pra que fosse tudo perfeito, mas eu tava com medo que você me rejeitasse, que não me quisesse mais, que você já tivesse outra e tivesse me esquecido, então –
Harry beijou Gina novamente, calando-a. Seus olhos brilhavam por causa da quase declaração de amor da menina. Aproximou os lábios do ouvido dela e disse:
- Eu te amo, Gina Weasley.
Gina sorriu, deu em Harry outro beijo e eles ficaram ali, abraçados, até ouvirem a voz de Ron, falando ao telefone. Eles não haviam sequer notado que o rapaz havia acordado. Gina, ao ouvir a voz do irmão, sentou-se e disse:
- É melhor eu voltar pro meu quarto Harry.
- Ah não – disse o garoto manhoso, fazendo bico e puxando Gina de volta para a cama – fica aqui comigo.
-Harry! A gente pode continuar isso mais tarde, se você quiser. Agora eu preciso ir. E se Ron nos pega?
- Ou nós podemos continuar agora. Qual é o problema de Ron nos ver juntos? Nós somos namorados, não somos?
- Somos é? – perguntou Gina, com um sorriso, cedendo à vontade de Harry.
- Bem, é – disse ele, desconcertado – eu também estive planejando algo.
Ao dizer isto, Harry alcançou a gaveta da mesa de cabeceira e, de dentro dela, tirou uma caixinha preta de veludo, entregando-a à Gina. A ruiva apanhou a caixinha e, ao abrir, soltou um gritinho agudo e começou a chorar. Dentro haviam duas alianças de prata. Dentro da argola maior, estava gravado o nome de Gina, ao lado de um coração. Na aliança menor estava o nome de Harry, também acompanhado de um coração.
O moreno tirou a aliança menor da caixinha, ajoelhou-se ao lado de Gina na cama e perguntou:
- Virgínia Molly Weasley, aceita namorar comigo?
- Não sei se minha família te aprovaria – disse a ruivinha brincando – mas se for para o bem de todos e felicidade geral da nação, eu aceito! ♥
Harry, mais uma vez, beijou-a, apaixonadamente, sentindo-se mais feliz do que ficou na primeira vez que apanhou o pomo de ouro. Bem mais! Colocou a aliança no quarto dedo da mão direita da namorada e entregou-lhe a argola maior, para que ela fizesse o mesmo. Gina abraçou-o tão carinhosamente e feliz que achou que explodiria.
Eles deitaram-se na cama e ficaram encarando um ao outro, verdes nos castanhos, com sorrisos bobos nos lábios. Ouviram Hermione chegar e conversar com Ron, e ouviram quando os dois foram para a cozinha. Então resolveram aparecer. Gina saiu primeiro, destrancou a porta de seu quarto e foi para a cozinha.
- Não, Ron – disse Hermione rindo e revirando os olhos – é C.P.P.P., não tenho rolo, namoro, caso ou o que quer que seja com aquele infeliz. Ele só vai vir às duas.
- Quem virá às duas? – Perguntou Gina, fazendo os dois pularem de susto.
- Já te disse, é o Malfoy. Aquela doninha consegue me tirar do sério.
- Todo mundo te tira do sério Hermione, você tem que concordar – respondeu Ron.
Hermione o olhou com cara feia, buscando apoio nos olhos de Gina.
- O que? – continuou o rapaz – é a mais pura verdade!
- Desculpe Mione, mas eu vou ter que concordar – retrucou Gina, roubando uma fatia de bacon de um dos pratos que Hermione acabara de arrumar – mas o Malfoy ganha de todos os outros.
Os três riram, mas pararam abruptamente quando Harry entrou na sala, segurou Gina pela cintura e beijou o pescoço dela. Ron e Hermione olharam, abobalhados para os dois, mas foi Ron que acabou com o clima quando viu as alianças nos dedos de ambos:
- O que é isto?
- Isto – respondeu Harry – é um casal de namorados super felizes e apaixonados se beijando na mesa do café da manhã.
- Namorados! Desde quando?
- Desde dez – Harry começou, mas calou-se ao levar uma cotovelada da namorada nas costelas.
- De madrugada. Desde madrugada quando você acordou. A gente estava se acertando naquele exato momento – completou a ruivinha, e Harry apenas concordou.
- Bem – disse Hermione, visivelmente feliz pelos amigos – vamos nos sentar, comer e comemorar. – E os quatro se sentaram para tomar café.
Hermione estava na escrivaninha em seu quarto, olhando para o relógio a cada minuto. Ela estava tentando ler “C.P.P.P. – técnicas de defesa, de Damian Norman”, mas não conseguia se concentrar. Ela já havia lido quatro vezes o mesmo parágrafo , mas insistia em checar os ponteiros do seu relógio barulhento que marcava uma e cinquenta e sete.
- Não sei pra que me preocupar tanto, ele vai chegar atrasado de qualquer maneira.
Voltou sua atenção ao livro, e releu pela quinta vez o mesmo trecho. Olhou novamente para o relógio: duas horas e trinta segundos, mas novamente desviou sua atenção. A campainha acabara de tocar. Ela levantou-se de um pulo, ajeitou as vestes e foi até a sala, onde Harry, Ron e Gina conversavam sobre quadribol.
Hermione lançou um olhar de súplica, pedindo pra que eles não fossem tão maus e abriu a porta.
- Granger – disse Draco com um sorriso irônico já se formando em seus lábios – que prazer em revê-la.
- Entra!
- Potter – disse ainda o loiro, examinando Harry de cima a baixo, fazendo o mesmo com Ron e Gina – Weasleys.
- Malfoy. – responderam os três em uníssono – Bem, estamos de saída Mione, se precisar de alguma coisa – disse Harry, avaliando Draco – já sabe como me encontrar.
E sem mais palavras, os três foram embora.
- Aqui estão, chefe. – disse Draco, estendendo uma mão muito branca em direção à Hermione, segurando vários pergaminhos. Hermione apanhou-os sem tocar em Draco, jogando os papéis na mesa de centro.
Hermione então parou para observá-lo. O loiro usava uma camisa preta de manga comprida, calça jeans escura e justa e um tênis. Seu cabelo loiro platinados lhe caía sobre os olhos. Hermione também foi examinada meticulosamente pelos olhos de um azul profundo e carnívoro de Draco Malfoy. Ela usava um short jeans na altura dos joelhos e uma blusinha branca, com uma sandália baixa.
- Bem, ãh – começou Hermione, sem saber muito bem o que falar. Depois pigarreou e continuou – bem, como você já sabe, o Ministro me confiou a tarefa de dar lhe lições de C.P.P.P.
- Ah, Granger, corta essa. Você sabe muito bem que eu sei muito bem tudo sobre C.P.P.P.
- Então porque você fez o que fez?
- Eu... Eu queria me divertir, ok? – disse Draco um pouco hesitante.
- Não Malfoy, não tem nada ok aqui. Você sabe por acaso pelo que você me fez passar nas últimas dezesseis horas? Você –
- Granger, eu –
- por acaso imagina se todos os aurores daquele departamento começam a se rebelar, como –
- Granger –
- você? Se eu perder o controle naquele quartel, o que vai acontecer com o mundo mágico? VOCÊ –
- Granger –
- QUASE PÔS TUDO A PERDER: A MISSÃO, O SEU EMPREGO, -
- GRANGER. EU ESTOU TENTANDO DIZER QUE –
- O MEU EMPREGO, TODO O QUARTEL, MALFOY! ESTA MISSÃO ERA DA MAIS EXTREMA IMPORTÂNCIA. DESSA VEZ ERAM TROUXAS, INDEFESOS TROUXAS OS ALVOS E –
Draco não podia mais agüentar aquilo. Hermione não parava de falar e ele precisava esclarecer e o que ele havia feito. Só havia um jeito, e foi o que ele fez. Num único impulso, ele segurou-a pela cintura, prensou a na parede e beijou-a. Hermione tentou desvencilhar-se dos braços fortes de Draco, mas seu esforço foi em vão, o garoto não a soltou. Aos poucos, Hermione cedeu, aprofundando o beijo. Quando ela já estava ficando sem fôlego, Draco pausou o beijo, mantendo sua testa colada na dela. Ele disse ofegante:
- Só estou tentando dizer que eu dei um jeito em tudo.
- Malfoy – começou Hermione, tentando recuperar o fôlego -, mandar Suzana e Valéria no seu lugar não foi a coisa mais inteligente que você já fez. Elas são excelentes aurores, mas você sabe que – mais uma vez, Hermione foi interrompida. Seus lábios estavam novamente colados aos de Draco. Desta vez, o beijo era feroz e cheio de desejo, de ambas as partes. Depois de um tempo, Hermione empurrou Draco de novo, mais uma vez ele não cedeu.
Hermione tinha ambas as mãos no peito de Draco, e o loiro acariciava suas costas e o cabelo. Os dois pareciam ter perdido completamente a noção do perigo, tempo e espaço, mas ao recuperar seu senso, Draco finalmente afastou-se duramente da morena. Sua expressão estava indecifrável, mas Hermione pensou ter visto uma sombra de arrependimento. A garota passou a mãos nos lábios, ainda sentindo os lábios quentes de Draco nos dela, mas limpando todos os vestígios de que acontecera algo ali.
- O que você pensa que está fazendo? – perguntou finalmente Hermione, com um misto de aversão e asco, tirando a varinha do bolso do short e apontando-a para Draco.
- Calminha aí, Granger, eu não fiz isto sozinho.
-Ah, seu ca – ma ela parou no meio da frase – Como eu ia dizendo, você sabe que esta missão era SUA. Você acha mesmo que seus amiguinhos comensais da morte vão dar mole com aquelas duas no seu lugar?
Hermione agora cutucara a ferida. Ela sabia que desde a queda de Voldemort, quando os pais de Draco ajudaram Harry pra salvar a vida do filho, ele havia deixado às artes das trevas; mas ela sabia também que os comensais acreditavam que Draco estava do lado deles. Por isso era crucial que ELE estivesse executando esta missão.
- Não Granger, como bom auror que sou eu jamais abandonaria o meu posto e deixaria Bury e Weber à mercê dos meus amigos comensais. – Hermione viu, pela primeira vez desde que Draco chegara, a fúria transbordar em seus olhos. Ele voltou a falar, frio. Ela havia ido longe demais – e é exatamente por isto que eu as acompanhei, é por isto que nós viajamos no dia anterior ao previsto; é por isto que eu fiquei lá até sexta feira à tarde. Deixei-as cuidar dos últimos pontos e voltei, ontem à noite, quando encontrei você e seus amiguinhos no Valentino’s.
Hermione estava incrédula, e Draco notou, respondendo antecipadamente a pergunta que se formava nos lábios da garota.
- Cheque os relatórios, se não acredita em mim. Está tudo aí, assinado por nós três.
Hermione apanhou s pergaminhos do relatório e confirmou, para sua decepção, que o loiro falara a verdade.
Enquanto a garota folheava os papéis, Draco foi até a porta. Virou-se para Hermione e perguntou, com o seu comum sorriso irônico:
- Satisfeita, sangue-ruim?
Hermione caminhou até onde o garoto estava, agora eram seus olhos que expressavam raiva e humilhação. Antes que o rapaz pudesse fechar a porta, ela puxou com força a maçaneta, prostrou-se bem em frente a ele e, como no terceiro ano, deu-lhe um belo soco na cara:
- Agora estou – disse ela, triunfante – muito!
E fechou a porta na cara dele.
N/A: Então, o que acharaam? Por favor, preciso de coments pra continuar escrevendo. Se gostaram, postem. Se não gostaram, postem também. Preciso da ajuda de vocês, pleease! E vou ver se posto mais um capitulo logo. Bjo! Obrigado :D
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