O ano começa e as confusões ta



Capítulo I
O ano começa e as confusões também

Lílian Evans acenava para os pais distraidamente. “E pela última vez...” Ela pensou. Era uma garota de estatura média, de cabelos cor de fogo e olhos incrivelmente verdes. Sua mãe atirou um beijo que ela fingiu pegar no ar. Outra garota, pouco mais velha, piorou sua cara feia ao ver a alegria da irmã.

–Temos uma bruxa na família! – Exclamou a Sra. Evans novamente, como fizera há sete anos atrás. O marido abraçou-a carinhosamente enquanto o trem desaparecia levando a filha mais nova de volta para a escola. O Sr. Evans chamou a esposa e a primogênita, dizendo que deveria voltar ao trabalho. Petúnia deixou-se para trás e com um sorriso malicioso, exclamou baixinho:

–Finalmente ela foi de novo! – E depois atravessou a barreira que separava o mundo bruxo do Trouxa.


*~*~*~*~*~*~*~*~*~*


Lílian caminhou pelo corredor arrastando o pesado malão atrás de si, indo devagar até um dos últimos vagões do enorme trem. Alguém esbarrou nela e, sem querer, Lílian deixou cair a mala.

–Olha por onde anda! – Berrou com um mau-humor repentino. Virou-se para apanhar o malão, ignorando o aluno do quarto ano que corria na direção contrária rindo pela peraltice que havia feito, mas ele não estava mais no chão. Voltou rapidamente os olhos pouco pra cima e, tão logo olhou para os pés da pessoa que estava ali parada, já sabia dizer quem era. Fechou os olhos e rezou para que não fosse... Não fosse...

...Era. Lílian abriu os olhos cor de esmeralda, uma raiva desmotivada brilhando neles.

–Lírio! – Ele berrou, a felicidade dele transbordando por seus gestos, mas principalmente por seus olhos.

–É Evans, Potter! E devolve minha mala!

–Eu adoro quando você diz “É Evans Potter!” – Tiago respondeu, os olhos brilhando, apaixonados. – Evans Potter soa bem, você não acha?

–Cala a boca, seu idiota! – Ela respondeu. – E me dá minha mala!

–Evans Potter! Evans Potter! Evans Potter! Eu adoro ouvir isso, mas fica muito mais sonoro na sua voz, oh meu doce e lindo Lírio!

–É EVANS! – Ela berrou, tomando das mãos dele a mala pesada. Virou-se e, determinada a não olhar para trás, caminhou á passos firmes até o final do trem.

*~*~*~*~*~*~*~*~*~*


A porta se abriu de supetão quando uma garota ruiva entrou e sentou-se pesadamente ao lado de outro garoto da mesma idade dela.

–Oi, Lílian! – Ele a cumprimentou, sentindo a raiva dela a deduzindo o motivo na hora. – Como foram as férias?

Lílian respirou fundo, quase sete vezes antes de se acalmar. Mas pelo menos doze vezes antes de responder com um sorriso falso e estressado no rosto:

–Muito bem, Remo! E você? Espero que tenha passado melhor que eu. Ah! Claro que passou! Você não tem uma irmã mais velha pra te atormentar, um idiota orgulhoso pra mandar cartas toda semana e um vizinho cuja mãe vive berrando com ele. Você deve ter passado férias ótimas! – Respirou novamente, sentindo-se mais leve. Remo não tinha culpa do que havia passado nas férias, mas ele era a única pessoa que havia encontrado para desabafar. Ao invés de ficar bravo com ela, como Lílian esperava, ele sorriu compreensivo, enquanto dois alunos, um garoto e uma garota olhavam pra ela, aparvalhados.

–Eu sei o que você tem. Encontrou o Pontas de novo, não foi? – O rapaz observou. Continuou sem esperar resposta: – Você não pode se deixar abater por tudo o que ele diz, Lil. Tiago é assim e não vai mudar. Agora... Estes são Joey e Mayre. Os novos monitores.

–Prazer. – Ela disse mecanicamente, quase sem olhar pra eles. – Sou Lílian Evans. Como novos monitores vocês devem se comportar e fazer com que os outros o façam. Tirem pontos quando necessário e os dêem quando os alunos merecerem. Sejam justos e imparciais. E tragam à mim ou a Remo Lupin qualquer dúvida ou caso mais sério para que possamos encaminhá-lo ao diretor ou ao zelador. Obrigada. – Tomou fôlego depois do texto decorado e voltou-se para Remo: – Você viu Andy ou Marye?

–Estavam andando a última vez que as vi. E Régulo estava com elas. Pareciam muito aborrecidas. Principalmente Andrômeda. – Ele corou violentamente e soltou um sorriso tímido. Ela sorriu com o acanhamento dele. Era engraçado ver um garoto gostar de uma garota aos dezessete anos e ainda ter vergonha de chegar nela. Ainda mais sendo um “Maroto”.


*~*~*~*~*~*~*~*~*~*


–Fora! Ih! Fora! Ih! Fora! – Sirius berrou diversas vezes seguidas. Tiago passou as mãos nervosamente pelos cabelos negros e ajeitou os óculos. Largou-se com uma raiva sonhadora no banco, ainda cantarolando “Evans Potter! Evans Potter!”. – Tá me ouvindo, Pontas?

–Evans Potter! – O amigo respondeu. Tiago era de estatura mediana, embora possuísse uma força que seu corpo não mostrava. Apanhador do time da Grifinória fizera questão de nunca perder nenhuma partida, ainda mais contra o time da Sonserina. Os cabelos pretos contrastavam com a pele branca. As feições marcadas conquistavam qualquer garota. Ou talvez fosse o sorriso maroto de cachorrinho carente. Tiago era, no mal sentido, um galinha.

Sirius não contrastava com o amigo. Tinha cabelos pretos e pele morena, bronzeada. Os cabelos eram ligeiramente compridos, mas bem ajeitados. Tinha um rosto bonito. Um rosto que, como sua tia Marian dizia, era uma cara tipicamente Black. Apesar de relutante, Sirius concordava com isso. Régulo, seu irmão, era tão bonito quanto ele, mas de jeito algum tão rebelde ou conquistador. Se houvesse, nos quatro últimos anos Hogwarts, dez garotas que não haviam “passado por suas mãos”, isso era muito. E Sirius faria de tudo para conquistar pelo menos uma delas.

–Pontas dormiu em um de seus devaneios. – Um garoto atarracado, cabelos loiro-castanhos (ou entre os dois) e com dois dentes muito salientes (justo os dois da frente) avisou. Pedro Pettigrew era um Maroto por que, uma vez, Tiago e Sirius o salvaram uma vez, logo no primeiro ano de dois quartanistas que queriam bater nele. Tudo porque Pedro comera os bolinhos “abandonados” que achara no banco quando entrara na cabine vazia. Só que os bolinhos pertenciam aos garotos. E eles ficaram realmente muito indignados com a gulodice de Pedro. Então Tiago e Sirius o salvaram.

Sirius levantou do banco de um lado da cabine e tentou se equilibrar em pé no trem em movimento. Quando conseguiu, andou com dificuldade até onde o amigo divagante estava e, sem piedade, bateu no rosto bonito de Tiago. Ele berrou, levando de repente as mãos ao rosto, os óculos tortos, pendurado na orelha.

–Se quer fazer carinho faz com mais cuidado! – Berrou, olhando direto para o amigo. – Você merece um chute no... – Mas Tiago não pode terminar. A porta da cabine onde estavam se abriu, exibindo duas garotas. Uma loira e alta, de olhos tão verdes quanto os de Lílian. A outra, de cabelos castanho-escuros e olhos negros. Ambas estavam aborrecidas. E atrás das duas, um rapazinho de 14 ou 15 anos de idade, rindo deslavadamente.

–SIRIUS!!! – A loira berrou, segurando a porta para que não tornasse a fechar. – Dá pra tirar essa praga do teu irmão da nossa cola? Eu não agüento mais ele!

–Bem vinda ao clube. – Ele respondeu, com sarcasmo. – Eu também não agüento mais ele. E olha que tenho que viver com ele 24 horas por dia quando estou de férias. Você pelo menos só tem que agüentar ele quando vai lá em casa. Oi Andy!

–Olá Sirius! – Andrômeda respondeu. Marian fechou a cara mais ainda. Voltou-se para o outro lado, pronta para falar. Mas deu de cara com Tiago Potter, que a encarava de um modo tão horrível quanto o que ela o encarava.

–Tá saindo raios dos olhos dos dois. – Sirius disse, depois de um tempo de silêncio avassalador.

*~*~*~* FLASHBACK *~*~*~*~*


Quinto ano. Ida á Hogwarts. No trem. Marian senta ao lado de Sirius realmente aborrecida e conta a ele que brigou com Belatriz e Narcisa. Sirius a abraça, como consolo. Tiago fica apavorado com a beleza da garota à sua frente. Depois de um tempo, inclina-se pra frente e pergunta a Sirius:

–Namorada nova? – Sirius olhou para Marye e riu descontroladamente.

–Namorada??? – Ele berrou entre risos. – Ela é minha tia!!!

–Que história é essa de tia? – Remo perguntou, abrindo novamente a porta. – Ah, olá, Marian!

Marye murmurou um olá com descaso. Observou Tiago de cima abaixo, parecendo que finalmente havia percebido sua presença.

–Então você é o tão famoso Tiago Potter? – Ela disse. – Sirius fala muito de você. Na verdade, ele fala tanto que eu achei, sinceramente, que vocês estavam namorando. – Sirius parou de repente de rir. Adorava Marian e tudo mais, mas odiava quando ela bancava a sonserina corretinha. Tiago respondeu à altura:

–Pois é... Estranho. Sirius nunca me falou de você. Talvez eu seja mais importante pra ele do que você. – “Jogo de sentimentos, é?” Sirius pensou. Ele adorava Marian e Tiago era seu melhor amigo. É claro que já havia falado de Marye para Tiago. Aquele cabeça dura é que não havia prestado atenção. Marian bufou ao seu lado e se levantou:

–Vou procurar melhor companhia pra viajar. – Disse, olhando para Sirius, Andy ao seu lado. _ Assim que você se desfizer dessas companhias me procura. – E, virando-se para Tiago, comentou com um sorriso cínico: – Foi realmente um desprazer conhecer você. Não me admira que a Evans simplesmente o despreze. – E a porta se fechou atrás das duas garotas.

Algumas horas depois...

No banquete do início do ano:

–Eu amo essa comida! – O garoto declarou, tendo em uma das mãos uma coxa de sabe-se lá o que e na outra o próprio garfo. Mordeu vorazmente a coxa e Tiago fez uma careta.

–Eu juro que vou vomitar se continuar a vê-lo comer.

–Ele é nojento! – Remo concordou. Sirius estava distraído observando as mesas. No momento, seus olhos estavam fixos em algo (ou alguém).

–Escutem! – Exclamou de repente. – Eu já achei minha primeira vítima! Agora é a sua vez, Pontas!

Tiago perdeu os olhos no grande salão. Alguns minutos depois seus olhos pararam em um ponto fixo e um sorriso amarotado surgiu em seu rosto charmoso.

–Nome? – Ele pediu. Sirius sorriu e respondeu:

–Tammy McLaner. Nome? – O sorriso de Tiago alargou-se mais ainda quando ele respondeu:

–Marian Black.

Só que Marian simplesmente humilhou Tiago em público quando ele tentou passar-lhe uma cantada e o deixou com um hematoma você sabe onde que ele só esqueceu da dor dois anos depois, por que quando ele acordou na cama da enfermaria ele atesta que ainda doía muito. Ninguém sabe o que ficou doendo... O orgulho ou...


*~*~*~*~*FIM DO FLASCHBACK 1!*~*~*~*~*~*


–Onde está Remo? – Andy perguntou encabulada. Marian riu debochadamente da sobrinha.

–Por que você não fala pra ele que o ama de uma vez? – A loira perguntou, rindo. Andy enrubesceu violentamente.

–Eu não amo ele! – Defendeu-se ela. – Era, vamos! Eu ainda tenho milhares de coisas pra te contar antes de chegar à Hogwarts. – Marye abriu a porta. Régulo levantou-se no mesmo instante, com um sorriso maroto e incômodo. Marian virou-se para ele, vermelha de raiva, a varinha apontada direto pro rosto do sobrinho.

–E ai de você se vier atrás da gente! – E sentou abobalhado. – Agora volta pra tua cabine com a Cissa!

–Não! – Ele respondeu. – Ela e o Malfoy estão fazendo o que ela disse ser “uma respiração boca-a-boca”. Se bem que ela não tinha se afogado e muito menos ele. Estava nojento!

–Então ache teus colegas e fique com eles. Ninguém quer você aqui! – Sirius disse, empurrando-o pra fora. Marian e Andrômeda haviam saído de fininho.

–Eita, Sirius! – Régulo berrou, fazendo-se ofendido. – Assim eu até acho que você não me ama! – E, rindo, abandonou a cabine e o irmão, roxo de raiva. Tiago encarou Sirius por um momento, sem expressão alguma. Pedro encolheu-se, temendo que o colega pudesse explodir. Sirius passou do roxo para o vermelho e depois para sua cor normal.

–Eu o odeio. – Disse, simplesmente. Tiago fitou-o com a mesma expressão vazia com a qual estava já a um bom tempo.

–Sabe... – Falou de repente. – nós saímos de Hogwarts o ano que vem.

Sirius olhou-o como se Tiago fosse um louco. Sorriu com o canto da boca e levantou uma sobrancelha, o que lhe deu um aspecto meio patético.

–Descobriu sozinho ou o Rabicho ajudou? – Tiago passou a mãos pelos cabelos, deixando-os ainda mais desregrados. Devolveu o olhar á Sirius de um jeito quase grosso. Sustentaram o encontro por uns instantes, mas no fim ambos desviaram os olhos.

–Não é isso. Nós saímos de Hogwarts no ano que vem, mas não deixamos nenhum marotinho pra continuar nossa história. – Disse isso de um jeito tão triste e melancólico que fez Sirius pensar e permanecer em silêncio. O mesmo silêncio que durou o resto da viagem.

*~*~*~*~*~*~*~*~*~*


N/B:

Olá, gente!

É com muito orgulho que eu anuncio que a partir de agora estarei betando a fic dessa autora maravilhosa *-*
Sim, sim! Vocês também não gostaram? E, deixa eu contar um segredinho pra vocês, ela achava que ninguém ia gostar! Vê se pode?! Do jeito que ela escreve bem, né?!

Acho que nem precisava de beta xP~

Ah...Mas agora não volto atrás, não, Emy! Hauiahiuahuiha...
Viciei na sua fic ^^

Parabéns viu, migah? E continue escrevendo bem assim! =D

Aguardo ansiosamente o capítulo 2!!!

Beijos!!

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