CAPITULO 05
Bem, eu não conversei com ele, se é o que vocês querem saber. Eu também não dei meia volta, ou me escondi. Apenas entrei, sentei-me ao seu lado e comecei a brincar com o jogo da memória da pequena Allie Sulivan. Ele sorriu tristemente, como um daqueles lindos passarinhos engaiolados, e eu senti um “tum” acelerado no peito. Nós brincamos de colorir com outras dez crianças que estavam lá, talvez esperando um coração novo, ou passando por um novo tratamento, mas nenhuma delas reclamou nem por um minuto. Eu entendi. Não são os dias da sua vida que realmente importam, é a vida de cada dia que te faz ser diferente, e feliz.
Quando eu voltei para casa, e eu vi minha família reunida em volta da mesa desfrutando de um, não tão saudável, mas sem dúvida, delicioso, jantar. Era pizza, e Coca. E eu não reclamei com mamãe por ela não ter feito o jantar porque estava envolvida em complicadíssimos cálculos para empresa, eu não briguei com o Ron por ter pedido 3 pizzas com pimentão, mesmo ele sabendo que eu odeio, eu não briguei com papai por estar ouvindo um velho disco com sinfonias russas que ele com certeza não compreende. Porque toda a minha vida pareceu extremamente vazia.
No domingo, e na semana que se seguiu, eu não troquei se quer, uma só palavra com Harry. Eu ouvi Padma tagarelar como sempre fazia, eu ri dos comentários sarcásticos e maliciosos, que ela soltava vez ou outra. Afinal, ela não era tão má. Eu achava que ela era má. Mas eu percebi que aquele era o seu jeito dela ser notada, e de ser, a sua maneira, simpática comigo. Ron pareceu se esquecer do vexame, ele e Draco eram grandes amigo, era como ele dissesse “Gina, tire suas mãozinhas do Draco. Você é só uma criança! ”.
Mas, de tudo, o que mais me impressionou, foi o senso pratico adquirido por mim. Na sexta, cansada de ver os olhares trocas por Ron e Mione eu sorri para mim mesma e a puxei num canto mais afastado.
“Hei Mione, o Ron está apaixonado por você.” Ela me olhou com se houvesse descoberto a cura para o câncer, o que era bem egoísta da parte dela.
“Eu...” Ela começou passando as mãos nos cabelos presos por um trança bem feita.
“Você gosta dele?” eu tentei ser direta, eu juro.
“Sim... Digo, eu acho...” Eu realmente me confundi. Você não pode achar que gosta de uma pessoa, ou você gosta ou não gosta, é tão simples... Mas eu não disse isso para ela, obvio.
“Eu entendo. Mas de qualquer maneira, seria bom você ter certeza logo. Ron estava querendo ir fazer faculdade nos EUA. Eu acho que ele pensa que isso vai ser melhor para ele, você sabe, tudo iria ser mais fácil. Afinal, ele não tem um motivo para ficar aqui, realmente...”
Ela me olhou assustada. “Parabéns Gina”, eu disse a mim mesma, você acabou de ganhar uma cunhada. O que não foi erro meu, já que a próxima vez que eu vi Hermione Granger ela estava beijando meu irmão, na dispensa da minha casa. O que foi bem nojento se você quer saber, já que eles estavam meio que em cima das tortilhas e dos chocolates franceses que mamãe esconde na caixa de azeite, e acredita cegamente que ninguém desconfia... Pobre mamãe, tão cética.
Então no sábado eu fui lá de novo, digo, no hospital, e eu mais uma vez brinquei com Allie, e também conheci Rock. Rock que se chama Rachel, mas que me contou orgulhosamente que ganhara aquele apelido quando deixou um olho roxo no seu irmão mais velho, o Mike.
Harry mais uma vez não conversou comigo, pelo menos não no hospital, e quando eu me levantei dando um abraço apertado em Allie, a bela, ele me disse “Eu estou esperando na recepção” e saiu. Allie sorriu com aquele ar de top model enquanto sussurrava para Rock “Eu acho que o H gosta dela.”.
É, eu acho que eu gosto disso.
“Você que ir à minha casa? Eu tenho o novo CD do Good Charlotte.” O que foi totalmente um convite, já que ele sabe, pelo menos eu espero que saiba, que eu adoro o Good Charlotte. Eu entrei no novo carro dele uma Pick Up 4x4, o que era uma coisa totalmente inesperada, porque garotos populares geralmente não compram Pick Up’s, pelos menos não os de onde eu venho; lá as Pick Up’s são os carros dos caipiras, vocês sabem, todos esses Texanos que se acham muito legais com suas Pick Up’s 4x4.
E quando eu me deparei com a mansão do Harry, puxa, aquilo sim era casa! Era tipo a casa branca, tudo bem, talvez um pouco menos, mas mesmo assim era grande. Se parecia um pouco com aquelas casas dos Reality Show’s dos super ricos e famosos. Eu entrei e vi que por dentro ela era tão bonita quanto por fora, então eu notei. Eu notei que a casa toda era em tons pastel, e que ela tinha muito vidro, tipo a casa do filme “A casa de vidro”, só que duas vezes maior e duas vezes mais assustadora. Não havia uma única planta, ou uma única coisa fora do lugar. A casa era toda tão grande, chique e elegante, com estatuas nuas e coisas de mármore e prata, que parecia vazia. Digo, não era como se fosse realmente um lar de alguém, porque lá em casa por mais que mamãe tente arrumar você sempre vai achar uma coisinha fora do lugar, e quando eu digo coisinha eu estou sendo educada, já que minha casa parece estar sempre tão cheia de gente e bagunçada.
Harry me levou para o quarto dele, lá sim, havia um sinal de vida, as paredes, elas estavam cheias de fotos e pôsteres. O quarto tinha um velho papel de parede de um time de futebol brasileiro que eu nunca ouvi falar. Havia uma cama de madeira fina, e vários livros espalhados.
“Sente-se” Harry sorriu empurrando algumas roupas em baixo da cama. “Não está exatamente arrumado, é que eu não gosto que as empregadas arrumem meu quarto.” Eu ergui as sobrancelhas. Que tipo de pessoa não gosta que arrumem seu quarto? Digo, tudo o que eu queria era que arrumassem o meu quarto para mim.
“Não me olhe assim, o meu quarto é algo muito pessoal para compartilhar com alguém.” Eu senti minhas bochechas queimarem, ele estava me mandando um recado. Do tipo, eu confio em você Gina Weasley, não me decepcione.
E nós não ouvimos Good Charlotte, se você bem me entende...
Não! Nós não fomos para a cama. Que tipo de pessoa eu seria? Harry me mostrou seu PlayStaton e nós jogamos Guerra nas estrelas, e quando eu perdi pela quinta vez, meu premio de consolação foi um delicioso e esperado beijo. Foi diferente de tudo que eu já tinha provado. Sabe, ele tinha “aquilo”.
“Você tem aquilo” eu disse quando ele me soltou.
“Aquilo” ele sorriu. “Aquilo o que?” Eu fiz essa mesma pergunta a mim mesma.
“Não sei, você simplesmente tem. Você pode não saber o que é, mais isso não impede que você tenha.” Ele me olhou como seu eu fosse a ultima lunática da terra.
“Bem, seja o que for, eu acho que você tem”, então ele me beijou, e ponto, cada um por si tinha uma vida, mas juntos, nos tínhamos aquilo.
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No proximo capitulo...
Afinal, Gine era quase uma criança, era praticamente sua irmã, como ele pode? A irmã do seu melhor amigo.
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Obrigadão a:
Guta Weasley Potter : Sabe, não há nada como aluns comentarios para soltar a inspiração. E estou encantada com todos os eloios, espero que oste desse aqui, e dos proximos! BJKAS!
Tatiane Evans: Sem problemas, o importante é que você disse que está lendo, assim eu sei que posso escrever, que alguem vai ler! BJkas!
Fl4v1nh4: acho que esse capitulo já diz tudo, o Harry é o doente, mas não vai ser o unico, (pobre Harry, porque as pessoas continuam tentando mata-lo mesmo em UA?). BJKAS!
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É isso alera, continua ai, firme e forte ok? BJUS!
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