CAPITULO 04
Por quase um mês inteiro eu não consegui andar com a cabeça erguida, também, quem conseguiria. O “pequeno show do jovem Weasley” foi capa do jornal escolar da semana. Em todos os lugares eu podia ouvir os cruéis comentários, as pequenas risadinhas, os olhares atravessados, o que eu não pude entender foi o rápido afastamento do meu quase-novo-amigo, Harry Potter.
“Eu soube que ele vive numa mansão... e sozinho!” disse Padma certa vez.
“Porque ele viveria sozinho?” eu perguntei enquanto enchia meu prato com pizza de queijo. “Ele não me parece ser do tipo que vive só.”
“Veja bem, Gina, tem tipo que.. sei lá, uns quinze anos que eu o conheço, digo, eu me lembro de quando ele e o Malfoy jogavam lama na cabeça das meninas no jardim, sabe, eu não me lembro dos pais dele.”
Padma me disse uma coisa bem interessante, por mais que o Rony falasse sobre o Harry, por mais que o próprio Harry tagarelasse vez ou outra sobre a ineficiência do estado, e das crianças abandonadas nos orfanatos, ele nunca, em nenhuma vez se quer falou sobre seus próprios pais.
“Ron,” eu comecei enquanto voltávamos para casa, “o Harry, eu nunca vi os pais dele...”
Rony me olhou apreensivo, como se estivesse com uma cruel dúvida, o que poderia não ser muita coisa, já que a família Weasley em especial tem um sério problema em achar problemas... Mas o que Rony disse, foi algo tão inesperado quanto qualquer outra coisa, mesmo.
“Gina, eu vou te dizer, mas você tem que prometer não contar a ninguém.” Eu afirmei com a cabeça. “mindinho?” ele disse me mostrando o dedo mindinho dele.
É uma coisa bem Weasley, um pacto de segredo, que só é usado em casos muito especiais. Como na vez em que nós quebramos o vazo de “Catarina, a Grande”, que mamãe comprou em um leilão, a uma pequena fortuna, diga-se de passagem, e que até hoje ela não percebeu a marca de super-bonder na alça esquerda.
Eu estiquei meu mindinho e depois nos cuspimos no chão ao mesmo tempo, nojento, eu sei, mas nós inventamos quando o Rony tinha sete e eu seis anos.
-Os pais dele... Estão desaparecidos.
-O que?
-Desde que o Harry tinha dois anos, os pais dele eram executivos, e estavam viajando para Ohio, quando o avião desapareceu.
-Desapareceu? Como assim? Nada desaparece assim, do nada.
-Eu não sei. Ele me disse que o avião nunca chegou ao destino...
-Explodiu?
-Eu não sei, ninguém sabe...
-Então.. ele realmente vive só?
-Não. Ele vive com um tutor, Sirius Black, gente boa. Mas, digamos que o Harry é o responsável, e não ele.
Depois dessa conversa, eu realmente ao menos consegui começar a entender, porque o Harry, um garoto tão legal e popular, tira cinco horas por dia para ajudar os outros. Não que isso seja errado, mas, você sabe, tem tanta gente com tudo que não ajuda ninguém, e ele que tinha tudo para ser um cara revoltado, e tão legal e tudo mais...
Eu fiquei um bom tempo pensando, no quanto eu era egoísta, e que não me ia custar nada, você sabe, doar um tempo para os outros. Então, assim que eu abri os olhos, no sábado pela manhã, a primeira coisa que eu fiz, depois de me arrumar, foi procurar um lugar para ajudar...
“Mamãe” eu disse despejando uma colher de cereal na boca. “Você sabe aonde eu posso ajudar?”
Molly, minha mãe, parou com a colher de chá a altura da boca. “O quê?”
“Eu quero saber, aonde eu posso ser voluntária, você sabe, ajudar os outros.” Eu disse devorando um brioche.
“Eu.. Bem, isso é bem legal Gininha. Você faz bem em tentar ajudar os outros...” ela sorriu amável. “Sebe, tem um hospital que ajuda crianças com problemas no coração à três ruas daqui. É um lugar muito bonito, e você também pode levar algumas coisas, você sabe, um brinquedo daqueles que você nunca tirou da caixa.”
Eu sorri amarelo, porque como já disse certa vez, eu sou bem egoísta com as minhas coisas, e mesmo eu tendo uma coleção com quase cinqüenta exemplares da “Barbie pelo mundo”. Foi muito difícil eu pegar a linda Barbie Advogada e a Barbie Veterinária, porque afinal de contas, era uma coleção, que inclusive valeu dois olhos roxos quando Fred e Jorge se atreveram a tirá-las da caixa. Mas, enfim, era por uma boa causa.
O hospital era bonito, rosa, com grandes janelas de vidro e um jardim cheio de lírios e margaridas. Na entrada o chão era todo de madeira e as pessoas pereciam estar eternamente sorridentes.
“Oi” eu disse para uma moça loira na recepção. “Eu sou Gina Weasley.”
“Margô” ela sorriu.
“Eu queria saber, como eu posso ser voluntária?”
A loira pareceu-me ainda mais sorridente, me puxando para dentro do hospital enquanto me contava cada detalhe que pudesse se lembra. O hospital era recente e fora fundado por uma empresa multinacional, a JP. Enterprises. Lá os médicos era especializados em vários tipos de Insuficiências cardíacas, Cardiomegalia, Hipertrofia ventricular e ainda faziam pesquisas para tratamentos. Eu não perguntei sobre cada doença, talvez por medo ou vergonha por me importar tão pouco com os outros e ficar tão ligada ao meu umbigo.
Nós andamos mais dez ou quinze minutos até chegar-mos á ala infantil, aonde a maiorias dos voluntários trabalha divertindo e entretendo crianças... E foi lá que eu vi, Harry sentado com um garotinha no colo, sorrindo e lhe contando historias, como era natural dele, bondoso, com se fosse parte daquele lugar...
“Vê aquele lindo rapaz ali?” a enfermeira apontou para o Harry. E eu senti um leve, bem leve, ciúme “Ele é nosso paciente mais antigo, ele tem Cardiomegalia...”
Eu não ouvi o resto, meu estomago revirou, e tive vontade de vomitar, não sabia o que significava ter aquela doença, mas alguma coisa dentro de mim falou que não era uma boa coisa...
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No proximo capitulo....
Allie sorriu com aquele ar de top model enquanto sussurrava para Rock “Eu acho que o H gosta dela.”.
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Guta Weasley Potter: Bem, espero que voê continue gostando viu? Esse foi outro micro capitulo, mas em fim, ainda tem muita agua em baixo dessa ponte. Obriado por todos os comentarios!
Fl4v1nh4 : Não se preocupe, o malfoy não vai passar de uma "ancora", porque o romance H/G já começa no prox. Bjkas, comenta viu?
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