A batalha final - Parte II



14. A BATALHA FINAL – PARTE II

“Gina”

Harry desviou seu olhar dos olhos de Draco para os de Voldemort, que brilhavam intensamente ao ver Gui carregando a irmã. Seus lábios de serpente estavam esticados, em um sorrisinho malicioso. A ruiva não se movia, e Draco sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha, ao mesmo tempo em que viu Harry estremecer. Será que ela ainda estava viva?

-Potter e Malfoy, acho que acabei de achar o calcanhar de Aquiles de vocês.

-Ora, seu... – Draco estava quase pulando em cima de Voldemort, mas Harry colocou seu braço na frente, deixando ainda um grande espaço entre o Lord e o rapaz.

-Não, Malfoy. Ela não está morta. Pelo menos não ainda – concluiu Voldemort, deixando o rapaz um tanto mais calmo.

-O que quer para deixar a Gina viva? – perguntava Harry, olhando de Voldemort para Gui, que estava posicionado como um segurança ao lado do Lord.

“Esse ruivo me lembra o Goyle...”

“Por parecer o segurança do cara mal?”

“Eu entendi mal ou você me comparou ao cara de cobra?!”

“Desculpa, Malfoy. Mas é que foi inevitável.”

-Quero que se entregue, Potter.

Mesmo sem ter idéia do que fazer, Harry já imaginava que essa seria a resposta de Voldemort. Draco olhou-o e lhe disse, via mente:

“Hora de pôr o plano em ação”
Harry entregou sua varinha a Draco, e caminhou lentamente até Voldemort. Este sorria, como se acabasse de realizar seu maior sonho. Bem, pra quem passou quase vinte anos de sua vida tentando matar um garotinho indefeso igual o Potter, a obsessão já se tornou um sonho, pela lógica.

Voldemort segurava os pulsos de Harry, e Draco podia ver a cara de nojo que o indivíduo fazia. Claro, ser segurado por aquelas mãos nojentas de cobra não era um trabalho fácil para alguém sem estômago. De cantinho do olho, Harry deu uma piscadela para Draco, que entendeu imediatamente que era hora de agir.

-Antes de acabar com você, Potter, eu preciso acabar com esse traidorzinho.

Como ambos esperavam, Voldemort se virou para Draco, e apontou sua varinha para o mesmo. O loiro também possuía a varinha na mão.

-AVADA KEDAVRA!

-ESTUPEFAÇA!

A mesma linha fina que se formou entre Harry e Draco no dia anterior surgiu novamente, mas com as mesmas cores do dia em que Voldemort renasceu. Draco fazia uma força imensa para controlar sua varinha, que pulsava freneticamente na sua mão, como se tivesse vida própria. Harry, que há algum tempo já havia se livrado das mãos do Lord, virou-se para o inimigo. Voldemort estava aparentemente surpreso, mas conseguia mesmo assim manter-se firme com sua varinha, que parecia pulsar da mesma maneira.

Draco olhava para Harry, esperando que ele acabasse logo com o plano. Mas este estava apenas encarando o centro da linha, onde as cores verde e vermelha se encontravam.

-POTTER! ACABA LOGO COM ISSO! EU NÃO VOU AGÜENTAR POR MUITO TEMPO!

Parecendo acordar de um sonho, Harry apontou sua varinha para o peito de Voldemort, que olhava de um para o outro. O Ministério da Magia havia autorizado Harry a utilizar a maldição da morte em Voldemort, pois tinham consciência de que era a única maneira de acabar com o terror que ele espalhava, e que Azkaban não era um lugar totalmente seguro.

-AVADA...

Antes que Harry pudesse falar o restante do feitiço, Gui jogou-se em sua frente, e Gina gritou, desesperada.

-GINA! – gritou de volta Harry, correndo para ver como ela estava.

-Eu estou bem... HARRY!

Ao que Harry se virou, viu Gui, lhe apontando a varinha. Empunhou novamente a sua, colocando-se a frente da moça, que ainda estava sentada no chão.

-Olá, Harry.

-EXPELIARMUS!

Antes que o ruivo pudesse reagir, sua varinha voou longe. Mas, mesmo assim, ele sorriu. Aquele sorriso estilo Draco Malfoy, que Harry tanto odiava. A sorte dos dois foi que Draco não viu a imitação, pois continuava muito ocupado segurando sua varinha para manter a linha de ligação com a de Voldemort.

-Ainda sabe que não pode me vencer, não é mesmo Harry? – perguntou Gui, em um tom que beirava a loucura – Sabe que você não é autorizado a usar a maldição da morte, a não ser que seja no Meu Lord, não é?

-Sim, eu sei – respondeu Harry calmamente – mas sei que posso te estuporar quando eu quiser, não há regra alguma contra isso.

-Eu não teria tanta certeza assim, Harry.

-ESTUPEFAÇA!

-HARRY NÃO! – gritava Gina, puxando-o para trás.

E Gui apenas moveu a mão esquerda, fazendo com que uma espécie de escudo aparecesse em sua frente, e o feitiço voltou em questão de segundo para Harry, que desviou na hora certa.

-O que foi isso?! – perguntou ele a Gina.

-Desde pequeno o Gui apresentou poderes especiais. Assim como Voldemort, e assim como Dumbledore.

-Como assim?!

-Quer dizer que ele não precisa de varinha para fazer feitiços.

Harry afirmou com a cabeça, vendo que Gina o empurrara para que continuasse a batalha. Gui agora tentava matar Harry, que apenas fazia feitiços de proteção e desviava.

Enquanto isso, Draco segurava a varinha com as duas mãos, vendo que a luz do centro apenas se expandia. Seus olhos começavam a arder, e pôde ver que Voldemort acabara de fechar os seus. Draco realmente esperava que saíssem formas humanas da ponta da varinha de Voldemort, mas nada aconteceu. Pelo que podia ver, Voldemort fazia muita força, e logo viu o resultado. A linha começou a ficar mais verde do que vermelha, como se o Avada Kedavra estivesse se aproximando mais e mais dele. Bem, era exatamente isso que estava acontecendo. Ela sabia que não iria agüentar muito, mas o único que poderia matar o Lord era o Potter, e este estava um tanto ocupado batalhando com Gui.

Voltando a batalha de Harry... Feitiços e proteções eram jogados de ambos os lados, e os dois estavam cansados de tanto desviar deles. Harry preparava-se para atacar, quando ouviu uma conhecida voz gritar:

-SECTUMSEMPRA!

Seu oponente saiu pelos ares, rodopiando e caindo inconsciente no chão, com um baque. Harry olhou para trás, e se deparou com Gina, com a varinha erguida. Ele acenou com a cabeça, em sinal de agradecimento, e a ficou olhando, num momento quase romântico, se não fosse pelo que Gina disse a seguir:

-Harry! Ajude o Draco!

Enfim, acordou que nunca mais teria um momento romântico como aquele que sonhara, para o fim da guerra. Pelo menos não com Gina, enquanto Malfoy existisse. Sem rancor, é claro. Desviou o olhar da ruiva, para ver Draco segurando com uma imensa força sua varinha. Percebeu que Voldemort sorria, e que a luz verde estava a poucos centímetros da varinha do loiro. Apontou então sua varinha para o inimigo e gritou, numa voz só:

-EXPELIARMUS!

A varinha voou da mão de Voldemort, e ele não teve tempo algum de se abaixar ou simplesmente desviar, sendo atingido pelo próprio Avada Kedavra que havia lançado em Draco. Inerte, caiu no chão, seguido de palmas e gritos da multidão. Draco caiu no chão, sem forças e desmaiado. Gina correu até ele, segurando sua cabeça nas mãos.

-Gina, eu vou morrer...

-Não Draco, você não pode morrer... – dizia ela, com os olhos já cheios de água.

-Atenda meu último pedido, por favor, Gina.

-NÃO! EU NÃO QUERO QUE VOCÊ MORRA! - gritava ela, desesperada, sentindo que uma multidão começava a se formar em volta deles.

-Eu te amo...

-NÃO DRACO!

Harry colocou a mão esquerda no ombro de Gina, a puxando, mas ela não queria ir. Queria ficar ali, com Draco. Não, não podia ser. Ele não podia morrer. Sentiu então que o chão começava a tremer. Do telhado do castelo, caiam pedaços e mais pedaços de pedra, assim como das paredes. Tinham que sair dali, o mais rápido possível. Hogsmead também deveria estar tremendo, e tudo acabaria caindo em cima deles.

-GINA VAMOS! – Harry gritava, mas ela não se mexia.

-EU NÃO POSSO DEIXAR O DRACO AQUI!

Rony, que acabara de se aproximar deles, sacou sua varinha e levitou o loirinho, que já estava perdendo a consciência e ficando branco como papel. Gina ia atrás deles, quando ouviu um grito alto das ruínas de Hogwarts. Lúcio Malfoy estava quase soterrado, gritando por ajuda. Rony riu do estado de pobre homem, e Gina deixaria o “sogro” ali para morrer, quando Draco segurou fracamente sua mão, dizendo:

-Meu último pedido... Salve meu pai...

E fechou os olhos, ficando com o corpo mole. Harry colocou dois dedos em seu pescoço, e iria anunciar alguma coisa quando deu pela falta de Gina. Procurou com os olhos por ela, mas só a encontrou quando olhou direito a cena do castelo desmoronando. Lá estava ela e sua cabeleira ruiva, levitando para fora das ruínas certo loiro, com o rosto banhado em lágrimas. Ela era amparada por Fred e Jorge, que a abraçavam e disputavam os braços da irmã.

-Gina! – correu Rony, afastando os gêmeos e a abraçando.

-Ele morreu... – soluçava a ruivinha, não deixando que Harry nem ao menos contasse a verdade.



N/A: um tanto dramático, nao?? entao esperem pra ver o 15...



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