Não tão Malfoy assim



Capítulo 3- Não tão Malfoy assim


Era sábado de manhã e íamos todos a Hogsmead. Como de costume, eu, Al, Colin Longbotom e Darcy Finnigan já estávamos prontos, só esperando para sermos liberados. Então um grupo de alunos mais velhos chamou minha atenção. James, meu primo Fred (que estava no quinto ano) e mais dois garotos: Arnye Boogies e ele, Lestat Prewet (um dos garotos mais lindos do quarto ano por quem eu tinha uma pequena grande queda), caminhavam na direção contrária aos portões que nos levariam para fora do castelo.


Em um ímpeto de curiosidade, resolvi segui-los e ver o que eles estavam aprontando. No meio do caminho eles se encontraram com cinco garotas. Arnye saiu de mãos dadas com Marisa Cleanswep, da Corvinal enquanto Fred beijava loucamente Alicia Bell, Lestat abraçava Sam Brown (o que me fez odiá-la até a morte) e James foi abraçado por Mirela McMillan e Safira Heine (uma segundanista!). Assim, seguiram até o famoso Salgueiro Lutador. Eles se aglomeraram em torno da árvore e de repente ela parou de se debater por alguns segundos e todos eles entraram por um pequeno buraco entre o chão e o tronco da árvore.


 


No momento em que a pequena Safira sumiu pelo buraco e me adiantei para segui-los, o buraco se fechou e, não me pergunte como, a árvore recomeçou a debater seus enormes galhos. Fui obrigada a saltar quando um desses galhos veio em minha direção. Comecei a correr, tentando não ser acertada pelo Salgueiro e estava conseguindo, não fosse alguém gritar um histérico: “CUIDADO GAROTA!” e eu me virar para ver o que estava acontecendo. Nesse instante, um galho dos grandes veio em minha direção, mas algo me derrubou, e não foi o galho.


 


 A única coisa que consegui fazer foi fechar os olhos e quando os abri, havia um garoto loiro estatelado no chão, ao meu lado. Com muito esforço consegui arrastá-lo para longe do Salgueiro. Fiquei ajoelhada ao seu lado, arquejando, por algum tempo. Não acreditei que no vi. O garoto loiro era o meu arquiinimigo número um: Malfoy. Chocada, era assim que me sentia naquele momento. Só consegui pensar no quão enganada eu estive a respeito daquele garoto. Observei-o por alguns instantes e resolvi tentar acordá-lo.


 


-Ei, garoto! - chamei dando um cutucão com a varinha em suas costelas - Malfooy, você ta legal?- perguntei, mexendo no ombro dele e depois ouvindo um gemido de dor.


 


-Ai garota! Não faz isso. - disse soltando um gemido, respirando com dificuldade-Você ta louca?-disse com a voz meio fraca (E que voz... se eu não estivesse tão em choque com a situação diria até que ele estava sexy) - Podia ter morrido, sua retardada!


 


 “O quê”? Ele me chamou de RETARDADA?” Foi a primeira coisa que eu consegui pensar, mas depois do choque percebi que ele tinha se preocupado comigo e foi aí que a vergonha se apoderou de meu pobre ser.Todo esse tempo eu só tinha pensado em competir, competir e competir e provar que era melhor que ele e acabei me tornando uma babaca .Enquanto ele, apesar de toda aquela pose arrogante, pensou em me proteger.


 


“Caramba, o Malfoy salvou minha vida!”


 


 -Weasley, será que dá para você me tirar daqui?- perguntou com sua costumeira prepotência -Acho que quebrei uma costela... -disse tentando se levantar.


 


-Malfoy, fica deitado. -e empurrei-o de volta para o chão. -Tá maluco?Quer furar o pulmão? Espere que eu vou chamar a Madame Pomfrey. Não sai daí!-dizendo isso me levantei com certa dificuldade.


 


-Como se desse pra eu sair daqui... -resmungou


 


-Fica quieto, garoto!-disse evitando olhar em seus olhos - Me salvou porque quis...se eu morresse não faria diferença nenhuma pra você.Aliás, faria sim, porque você finalmente seria o melhor aluno do quarto ano ao invés de ficar na minha sombra...-Oh Mérlin!Que idiota eu estava sendo.


 


 -Weasley, sua imbecil de sangue...


 


-NÃO OUSE TERMINAR ESSA FRASE!-e apontei a varinha para seu rosto -Eu não posso acreditar que depois de tanto tempo que aquele verme preconceituoso foi derrotado ainda existam uns otários feito você que vem falar se sangue impuro!Isso não existe mais, entendeu?NÃO EXISTE! Eu diria até que somos todos iguais se não fosse por uns e outros como você que o meu pai e meu tio fazem questão repreender todos os dias!-disse usando meu tom mais Hermione Granger possível.


 


E recomecei a falar antes que ele pudesse se defender:


 


- Os tempos são outros, meu caro e ninguém mais vai permitir que ameaças como você perturbem a paz no mundo bruxo, entendeu?Ou quer que eu desenhe?-dessa vez eu usei o tom mais Rony Weasley que consegui.


 


-Será que você pode tirar essa maldita varinha da minha cara?-pediu Malfoy com uma expressão assustada -E me levar até a enfermaria?


 


-Malfoy -e respirei fundo, retirando a varinha do rosto dele- Fica quieto-e apontei a varinha para o ombro ferido dele.


 


-Garota, você quer me matar, é?-perguntou, olhando espantado para minha varinha.


 


-Não, estúpido, quero pagar minha dívida com você. - dizendo isso, coloquei o ombro dele no devido lugar, com um feitiço. –Agora tira a mão da frente das costelas pra eu poder dar um jeito nisso. -ralhei.


 


-Você colocou meu ombro no lugar, já chega.  Aposto como foi sorte de principiante, não vai se repetir.Vai que você me deixa sem costelas!


 


-POIS EU DEVIA MESMO!-cara, eu estava realmente furiosa! -Moleque, eu sou filha de Hermione Granger, a mulher que aos 17 anos conseguia curar estrunchamentos! Tenho o talento no sangue. Agora cala a sua boca e me deixa trabalhar!


 


E depois disso ele se manteve calado. Levantou-se e saiu sem dizer nem ao menos um “muito obrigado”. Eu também não agradeci. Estávamos quites, mas ele conquistara um pouco do meu respeito. Afinal salvou minha vida. Foi nesse dia, então, que Malfoy mostrou não ser tão Malfoy assim.


***


N/A: Poisé poisé poisé...taí o capítulo 4! viiiu, ta melhorando! o próximo capítulo é o meu favorito ^^ e em breve (muuuuito breve) será postado!


Enjoooy


Bjus


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