Você é mais importante...
Capítulo 12 – Você é mais importante do que eu imaginava
Ele entrou em pânico interno. Ele não sabia o que fazer. Correu ao baile, a procura de Madame Pomfrey, mas está não estava sóbria, na verdade, ninguém ( ninguém mesmo!) estava. Ele não fazia idéia de como dar um jeito na situação agora. Voltou ao terceiro andar, mas agora havia uma garota pasma observando a cena: era Luna Lovegood.
- Lovegood! Você sabe o que fazer? – ele perguntou. O desespero estava estampado em seu rosto. Ela virou-se para ele. O garoto podia jurar que ela ia gritar. – eu juro! Não fui eu!
- Eu não acho que foi. – ela disse ainda branca, mas pelo menos era um sinal de que estava viva, pois antes não parecia.
- Então.....? O que fazemos? Quem chamamos? – ele disse demonstrando um tom desesperado na sua voz.
- Ninguém nesse baile, além de nós, está em condições de curar alguém, nem mesmo Hermione.
- E agora? – pareceu-se desesperar mais.
- Poção.....- ela disse em um tom meio sinistro. Parecia pensar em algo maquiavélico enquanto falava.
- Po...ção? – ele repetiu, pedindo explicações.
- Fizemos uma poção na aula de Poções que pode ajudar a melhorar essa paulada. – ela disse enquanto ajoelhava ao lado da ruiva e examinava sua cabeça. – podemos pegá-la.
- E onde está? – ele disse, posicionando-se para correr.
- Sala do Professor Snape. – ele se desmontou. Não podia invadir a sala do único professor que realmente o suportava. Ao olhar a cara indecisa do garoto, Lovegood continuou – ele não está em Hogwarts. Quando soube do baile, resolveu viajar em busca de ingredientes raros. – ela o encarou num tom de desafio. Ele ainda estava um pouco dividido, mas olhou mais uma vez a desmaiada no chão e correu em direção a sala do professor, se equipando com a varinha que guardava no bolso da veste. – Prateleira 12 de uma estante cinza. Há o meu nome no frasco. – ela gritou do fim do corredor.
Não sabia exatamente porque estava fazendo aquilo, mas se sentiu muito pior do que imaginara que fosse se sentir algum dia quando viu a garota sangrando no chão. Foi um peso que o afundou, e o fez ajudá-la.
Virou o corredor, subiu escadas em caracol em uma velocidade surpreendente, o que o deixou meio tonto. Parou em frente a porta. Um alorromora foi suficiente. A porta se escancarou e ele correu para a seção de provas dos alunos. Estava escuro, ele acionou o Lumus. Encontrou logo a prateleira cinza. 10...11...12! Mas ela não havia especificado exatamente a cor. Havia vários trabalhos dela em diferentes cores de líquidos. Num momento de desespero, ele pegou todos dela daquela prateleira, e saiu correndo, batendo a porta ao sair. Correu como um louco pelas escadas, quase tropeçou a poucos metros da menina loira. Ele parou bruscamente, arfou pela caminhada e jogou os frascos para a garota.
- Não precisava de todos. – ela disse analisando os frascos.
- Você não disse qual cor era. Nem o nome da poção.
- Com seus conhecimentos achei que soubesse a qual eu me referia.
- Não há tempo para papo. – ele acrescentou antes que ela dissesse mais alguma coisa. – tem uma menina morrendo aqui. Faça logo o que você tem que fazer.
- Mas até que não foi má idéia você ter trazido esse também....será útil – ela disse ignorando-o e continuando a analisar os frascos.
- Lovegood! – ele sentiu vontade de esbofeteá-la, mas não o fez. – Faça logo! – ela sorriu calma para ele e depois levantou-se segurando os frascos.
- Venha. Faremos na enfermaria. Lá tem todos os instrumentos necessários. – Draco pegou a Weasley no colo e os dois correram para enfermaria, deixando uma trilha de sangue no caminho.
Chegaram e Draco a jogou na cama mais próxima, sujando o lençol branco de vermelho forte. Ele se sentou na cama ao lado. Lovegood correu para os fundos da enfermaria e voltou com uma bacia com água e alguns panos.
- Não entendo muito, mas já estive nessa situação. Vou tentar. – ela comentou para si mesma. Molhou o pano e limpou o ferimento. Depois mergulhou o pano em uma de suas poções ( uma de cor amarelada) e repousou sobre o machucado. Ela mirou-o. –Acha que vai ficar parado aí? Venha, levante-se, trate de me ajudar. – ela respondeu muito calma para uma situação como aquela. Ele levantou-se. Ela deu-lhe uma colher com um líquido esverdeado com a textura de mel. – Dê para ela, certo? Eu vou no fundo buscar mais água. – e sumiu atrás das estantes.
No começo pensou em não fazê-lo, depois observou a ruiva e não hesitou nem mais um segundo. Enfiou a colher de leve na boca dela (Ele podia ser delicado, ninguém estava vendo mesmo). Colocou a colher no balcão e tornou a observá-la, bem de perto agora. Tocou em sua mão, sem ter vergonha. Estava fria, mas não morta, o que aliviou um pouco o peso que o garoto sentia no coração.
Lovegood voltou dos fundos e ele largou, corado, a mão da ruiva adormecida.
- Sabe...- ela começou pousando a bacia na mesa de cabeceira e molhando um pano branco nela - ...não achei que se importava realmente. Mas agora vejo...que me enganei.
- Acha que me importo com a Weasley? – ele perguntou um pouco irritado.
- Não minta dizendo que não. Até entrou na sala de Snape para salvá-la. É mais que suficiente para mim. – Disse num tom impressionante de calma. Ele não respondeu. Não tinha que responder. Seu silencio já dizia, mesmo que ele não quisesse: ele realmente se importava. – Você imagina como ela tenha feito isso? – ela perguntou, mudando de assunto. – ela não tentaria se matar, né?
- Não é provável, mas também não é impossível. – ele acrescentou lembrando de Harry e Chang: talvez ela tivesse visto algo entre eles que não suportou. Ou talvez... tenha sido o próprio Draco! O beijo!
Já eram quatro da manhã e nenhum aluno se encontrava em Hogwarts ainda, nem professores, nem visitantes. Ninguém parecia ter sentido a falta dos três. Pelo jeito o baile estava realmente bom. Mas não para eles.
- Não há mais o que fazer. – Lovegood disse tirando o termômetro que havia colocado na menina e analisando-o.- Agora só podemos esperar que ela reaja, ou que Madame Pomfrey chegue. O que acontecer primeiro. – finalizou ela se sentando em uma cadeira ao lado da cama e observando a amiga adormecida com um ar materno.
Draco se recusou a sair dali e a vozinha não veio zoar com a sua cara, Graças a Merlin. Os dois continuaram lá. Sem perceber, Draco adormeceu.
Raios de sol atravessaram a janela e o canto dos passarinhos também ajudou a acordar Draco. Espreguiçando, ainda de olhos fechados, ele lembrou da noite anterior. E até imaginou que fosse apenas um pesadelo. Mas ao abrir os olhos, viu que não era um sonho e sim realidade.
Lovegood comia pão quente ainda observando a amiga.
- -dia - ela desejou ao vê-lo.
- Ela acordou? – ele perguntou.
- Não. – disse oferecendo um pedaço de pão com manteiga, que ele aceitou no mesmo instante.
- Madame Pomfrey, onde está? – ele perguntou, engolindo o pão em segundos.
- Chegou tão cansada que passou reto pela área dos doentes, nem nos viu.
- Que horas são?
- Sete horas. – disse naquele tom pacífico de sempre.Ele levantou-se e foi lavar o rosto. Quando voltou, Weasley havia acordado. Ele teve vontade de chorar de alívio, mas era homem, não o faria.
********
Acordara na enfermaria, mas não se lembrava de ter ido até lá. A última coisa que se lembrava era estar subindo as escadas, mais nada. Olhou para as suas vestes de baile, manchadas de sangue. Olhou a janela, já era dia. Olhou os presentes. Luna e Malfoy olhavam para ela. Luna com um olhar lunático, e Malfoy com uma cara de bobo.
- Mas o que hou...- ela começou se levantando, mas Luna a empurrou de novo na cama.
- Daqui a pouco a Madame Pomfrey acorda e examina você! Por enquanto não se levante! – ela disse.
- Mas o que aconteceu? – ela continuou, agora deitada.
- Você estava morrendo no terceiro andar, Weasley. – disse Malfoy, voltando a ser rabugento. – Lovegood e eu apenas te trouxemos para cá.
- Morrendo?! – ela perguntou sentindo uma leve dor na cabeça.
- Nós cuidamos de você! Não se preocupe. E foi bem divertido! – Luna disse sorrindo o que impressionou Malfoy.
- Divertido? A menina tava morrendo e você achou divertido?
- Acho que vou trabalhar no St. Mungus , o que acham? – ela continuou, ignorando o comentário de Malfoy.
Pouco tempo depois, a porta do quarto de Madame Pomfrey se abriu e de dentro dele veio uma enfermeira cambaleando de cansaço, usando pantufinhas peludas e um cabelo despenteado. Quando os viu, se espantou.
- O que fazem aqui? – ela exclamou, mirando os três, com uma cara de sono.
- Gina se feriu, Madame Pomfrey, a trouxemos para cá. – disse Luna educadamente.
- Mas são nove da manhã....- ela reclamou. – por que vieram tão cedo...?
- Estamos aqui desde a madrugada. – acrescentou Malfoy.
- O QUE? – Ela exclamou. – mas eu não os vi!
- Claro!Estava dormindo em pé! – Luna acrescentou sorrindo.
- Mas estou com fome agora....- a enfermeira queria fugir um tempo da enfermaria.
- Eu pego café pra você! – exclamou Luna. – apenas a examine por favor.
- Não acho necessário. – disse Gina.
- Viu? Ela não acha necessário, vou descer para o café e....- ela já se dirigia a porta mas Malfoy se pos na frente dela, e não deixou ela sair. – Tudo bem, tudo bem....vou examiná-la. – disse dando meia volta, muito contrariada. – Mas vá buscar um lanche para mim, senhorita Lovegood.
- Sim senhora! – Luna disse feliz e saiu saltitando da enfermaria.
A enfermeira se sentou do lado de Gina e olhou seu pulso, examinou o machucado, mediu temperatura e muitas, muitas outras coisas.
- Me diga senhor Malfoy....- começou a enfermeira, ainda examinando Gina. – vocês deram alguma poção para ela?
- Sim...- ele respondeu baixinho. – fizemos mal?
- Não, não...na verdade, fizeram muito bem. Ela não apresenta estar mal, apesar do machucado ainda não ter cicatrizado. Que poção vocês usaram?
- Não sei o nome, foi a Lovegood que fez, na aula de poções.
Enquanto dizia, Luna chegou correndo com uma bandeja na mão, arfando.
- Tome! – ela estendeu a bandeja para a enfermeira. Esta a pegou e colocou no colo de Gina.
- Você está bem. Apenas coma isso, eu vou me trocar e depois tomar café lá embaixo. – disse Madame Pomfrey para Gina, enquanto ajeitava os cabelos - Depois me diga qual é o nome daquela poção, provavelmente está em falta no colégio. – disse para Luna e saiu.
Gina mal olhou o que havia no prato e já tinha engolido tudo. Praticamente a madrugada passada inteira ficara sem comer e perdera muito sangue com a ferida.
- Está com fome Malfoy? – perguntou Luna. Ele assentiu com a cabeça. – então vou buscar um prato, está bem? Volto em dois minutinhos! – ela correu pelo corredor novamente.
- Sabe...quem pode ter feito isso? – Malfoy perguntou.
- Isso o que? – ela disse de boca cheia.
- Isso. – ele apontou para o machucado.
- Não....- ela respondeu um pouco triste por não se lembrar de nada. Era horrível acordar no dia seguinte como se não tivesse vivido o dia ( madrugada) passado (a).
- Weasley....- disse Malfoy com cara de pena. – não faça essa cara de dor.
- Mas não está doendo! – ela mentiu.
- Se não está, não faça essa cara. – ele reclamou.
- Como se você se importasse. – ela emburrou esperando o próximo xingamento. Mas ele não ocorreu. – Não é? – ela pediu confirmação. Silêncio novamente.
Ele levantou-se e foi aproximando o seu rosto. Ela não esquivou, apenas olhou nos seus olhos cinzentos. Pôde sentir sua respiração muito próxima. Ela se sentia muito corada. Ele segurou seu rosto. A respiração cada vez mais perto. Então ele se afastou brutamente. Ela não suportou encará-lo, virou o rosto.
- Vê se melhora, cabeça mole. Vou tomar um banho. Adeus. – e saiu, colocando o terno ( estava com roupas do baile, lembram-se?) sobre o ombro, quase correndo pelo corredor, cruzando com Luna pelo caminho que tentou lhe entregar o prato, e ele o jogou no chão. Luna limpou com magia e correu para a Ala Hospitalar.
- Que que houve com Malfoy? – ela perguntou com o olhar fanático de sempre. A ruiva deu de ombros. – Não importa, não é? Olhe, trouxe a nova edição de O Pasquim para você! Chegou agorinha! – e ela estendeu a revista e Gina folheou. Depois perguntou.
- E...como foi o baile?
- Bom, até o Colin ficar bêbado. O Neville ficou sentado com ele, porque desistiu de dançar com Susana Bones. Ela não queria parar e ele estava cansado. Eu fui dançar com Zacarias, mas ele reclamou que eu pisei no pé dele. Eu não me lembro, acho que estava inventando só porque não conseguia acompanhar o meu ritmo....
- E o Harry? – perguntou Gina, cortando a fala da amiga.
- Ficou bêbado e logo parou de dançar. O mesmo aconteceu com Cho Chang. Daí eles ficaram parados a um canto.
- Só?
- Na verdade não, mas você não precisa saber o resto. Já o Rony – Luna continuou sua história. - bebeu um monte e demorou a ficar bêbado. Hermione claro que desaprovou, mas depois que Rony a convenceu, o que demorou muito, a “molhar o bico” numa amanteigada um pouco mais forte, ela ficou zonza rapidinho. Foi bem engraçado.
Gina podia ter se divertido bastante se fosse com outra pessoa, mas ela imaginou que seria muito pior do que foi ir com Malfoy ao baile. Ela gosta até da companhia de Malfoy, mas não suporta ele bonzinho demais e nem exibido demais. Alguns xingamentos básicos são importantes para mostrar que nada mudou. Mas alguma coisa havia mudado. Ele tentou beijá-la. Não era normal. Gina sentia o coração apertado.
Logo apareceu na porta os três amigos inseparáveis: Harry, Rony e Hermione. O irmão correu até a irmã.
- O que o Malfoy fez? Eu não devia ter deixado você ir no baile com ele, não devia! Olhe agora! Está de novo na ala Hospitalar....
- Para Rony, não foi o Malfoy! – Gina protestou. (Promfrey é muito fofoqueira mesmo, ou teria sido Luna? mais um mistério para resolvermos XD)
- Quem foi Gina? – perguntou Harry. – ou o que foi?
- Eu não sei – de novo aquela pergunta chata e de novo a mesma resposta. – eu não cheguei a ver.
- Sabe quem eu acho que pode ter sido? – disse Luna e todos se viraram para ela, para ouvir. – o Snape. Ele é mau e não apareceu no baile inteiro.
- Todos sabemos que ele foi viajar. – disse Hermione, defendendo o professor. – África. Não dá pra fazer isso de tão longe.
- Quem disse que ele foi realmente viajar? Pode ter mentido e se escondido no armário da escola! – disse Rony feliz por ver que podia ferrar o insuportável professor de poções.
- Ele é professor em Hogwarts, não faria isso com ninguém. Além disso, não tem motivos para atacar Gina. – argumentou Hermione.
- Deve ter sido o Malfoy! – suspeitou Rony, orgulhoso. As garotas olharam, desaprovando.
- Não foi ele. – completou Luna.
- Como podem saber? Ele tem todos os motivos. – Rony disse. Depois completou bravo – Mas o que deu em vocês três? Porque ficam defendendo Malfoy? Ele é o Malfoy! Não entenderam isso ainda?
- Eu sinto que não foi ele. – completou Luna. E, antes que Rony pudesse reclamar, Harry se meteu e interrompeu, mudando de assunto.
- Querem saber quem é a minha suspeita? – começou ele, e todos pararam para escutá-lo – Pansy Parkinson. – todos pareceram concordar. – eu não a vi o baile inteiro. Estranho não? E ainda que Gina foi com Malfoy, seu antigo namorado. Ela pode estar querendo se vingar.
Hermione não encontrou argumentos para discordar. Nem ela e nem ninguém. Parkinson era a suspeita mais forte. Não que importasse muito agora. Gina já estava quase curada.
********
Ele entrou na ducha tentando se livrar dos pensamentos que lhe vinham. Estava se importando demais com a Weasley. Não podia, era errado. E depois tentou beijá-la. Ainda bem que seu bom senso o salvou. Mesmo assim, estava com raiva de ter tentado.
Ele tomou uma decisão. Era preciso fazê-la, pelo seu orgulho. Mas faria apenas depois, mais a noite. Era sábado, ele tinha que curtir o dia.
Todos estavam dormindo no dormitório, e ninguém se encontrava na sala Comunal, muito menos no Salão Principal. Provavelmente a noite anterior tinha sido longa e cansativa, não acordariam até a hora do almoço. O garoto tomou um caprichado café em um salão ocupado apenas por Dumbledore e McGonagall que conversavam animadamente sobre o baile da noite anterior (o qual ele fazia esforço para esquecer), e por alguns alunos de Durmstrang.
Mesmo depois do café, a cena da tentativa de beijo não saía da cabeça de Draco. Subiu em sua KIRARA e voou por cima dos terrenos de Hogwarts. Foi um bom passeio, porque ele não pensou naquela cena em momento algum, mas, logo que seus pés encostaram no chão, a irritante lembrança voltou. Pensou em subir aos céus de novo mas não era exatamente o que ele queria fazer. Estava de saco cheio de ter a vassoura mais potente já inventada e não poder jogar Quadribol com ela. Ele estava entediado. Entediado e sozinho.
Teve uma idéia, não muito boa, mas no fundo era o que ele queria realmente fazer naquele sábado nublado. Andou até a enfermaria e, quando estava entrando, Potter e seus dois carrapatos saíam de lá. O Weasley, logo que o viu, apontou a varinha. Draco, para se defender, apontou a dele.
- O que você fez com a Gina? – berrou o ruivo.
- Mas....por Merlin Rony....quantas vezes vamos ter que repetir que Malfoy não fez nada? – disse a Granger, irritada, abaixando a varinha do garoto.
- Não preciso que me defenda. – disse Malfoy, abaixando a varinha também. Empinou o nariz e entrou na enfermaria, onde Lovegood lhe deu um tchau rápido e também saiu.
Weasley estava sentada na cama, e ao ver Draco, seu rosto branco corou de leve.
- Já está melhor? – ele perguntou, sem enrolação.
- Sim...na verdade, vocês cuidaram tão bem de mim, que Madame Pomfrey vai me liberar em duas horas.
- Perfeito. É que eu estou muito entediado e queria uma companhia. – ela corou furiosamente.
- O problema é seu. – ela acrescentou.
- Você não está entendendo. Você é escrava. Fará o que eu mandar enquanto eu ainda tiver os chamados “bilhetes de escravidão”.
- Eu tenho uma vida também Malfoy. Tenho amigos, tarefas, meu mundo não gira em torno do seu. – ela disse ainda calma.
- Você aceitou a aposta. Você perdeu, agora pague.
- Grrr....- ela resmungou, meio irritada. – Tá bom, Malfoy. Tá bom. Me encontro com você as três, então. – disse ela, enquanto fazia sinais para espantá-lo do ambiente.
- Boa menina! – ele disse, já saindo.
- Só não entendo uma coisa. – ele parou e voltou a cabeça para ouvir. – como você pode mudar de humor e forma de tratar as pessoas tão rapidamente?
- Se eu fosse você, aproveitava o dia de hoje Weasley....- ele disse e depois saiu da enfermaria.
*********
Gina não entendeu o que ele quis dizer, mas aposta era aposta, e ela tinha que cumprir. Pegou um gibi mágico e ficou lendo. Quando Madame Pomfrey entrou na enfermaria, o que demorou muito( porque ela ela estava de ressaca e não queria ficar trabalhando, então fugia da ala hospitalar.), perguntou quando seria liberada (era um tédio ficar ali) e a enfermeira examinou seu estado e enfiou um tipo de xarope goela abaixo da garota e deixou-a sair. Sem dores, ela levantou. A primeira coisa que fez foi tomar um banho. Aquela roupa ensangüentada estava nojenta. Entrou em uma banheira de água bem quentinha e por lá ficou durante duas horas. Saiu se sentindo relaxada e se trocou calmamente. Dirigiu-se ao Hall, onde Malfoy já se encontrava.
- Certo, estou aqui. O que você quer?
- Treinar Quadribol. – ele disse mostrando uma caixa com as quatro bolas, só que eram bem mais brilhantes e perfeitas do que as da escola. Os olhos dela se iluminaram. – impressionada? Meu pai me deu no natal. Pode babar mais um pouco, eu deixo. – disse, gabando-se.
- Eu não estou babando. – ela olhou braba para ele.
- Agora não importa, venha. – ele fechou a caixa e puxou-a até o campo de Quadribol. – quem ia treinar em um sábado? Vamos ficar por aqui.
- Vou pegar minha vassoura então. – ela disse dirigindo-se ao galpão.
Mas que tipo de “castigo” é esse? Tudo bem que era com o Malfoy, mas treinar quadribol jamais seria um castigo (N.A.:é porque ela não passou pela fase Wood). Quando ela voltou com sua vassoura, o outro já estava voando e disse lá de cima:
- Se sua cabeça começar a doer, está liberada, ouviu? Não quero ser culpado por nenhuma morte.
Treinaram durante muito tempo, mas não foi tão chato assim. Naquele dia Malfoy estava incrivelmente mais legal do que sempre ( ele continuava xingando, claro. Essa é a marca registrada dele). E de manhã ele havia tentado beijá-la, será que ele estaria tentando se aproximar...? Porque estava apaixonado? Improvável! Impossível! Ela estava falando de Malfoy, o chato e irritante Malfoy que odeia todo mundo e todo mundo o odeia.
Mas que ele estava estranho estava, ô se estava....
Lá pelas cinco horas, o céu estava carregado de nuvens negras. Choveria a pouco. Cansaram de treinar.
- Continuo entediado. – comentou Malfoy, descendo da vassoura.
- E o que quer que eu faça?
- Venha, quero ver a lula gigante. – ele disse, se dirigindo para o lago.
- Que? – ela perguntou indignada. – daqui a pouco chove. Vamos entrar no castelo.
- Está liberada então, escrava. Mas há uma coisa nessa Lula que eu quero ver....
- O que? O que? O que? – Gina perguntou curiosa. Lula-Gigante nunca foi uma grande coisa para ninguém. Era só mais uma peça do cenário exótico de Hogwarts.
- Vai embora. Você queria ir, não é? Agora pode. – ele reclamou, já se enfiando entre algumas arvores, parecendo não querer ser visto. Sem perceber, ela acabou seguindo-o.
N/A: Bom, esse capítulo é especial da Luna, que não aparecia muito... Muito obrigada pelos comentários, principalmente os da Alulip! Valeu! E, Alulip, quem é a garota que está com o concurso de fics? Gostaria de me inscrever, sim... E podem ficar felizes, agora finalmente estou com Virtua, e com certeza postarei todas as imagens!!! Mas não deixem de comentar! ^^ Beijos!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!