O Pente
SERÁ QUE É AMOR?
Autora: Otaku Girl: Gi_Chii
Shipper: Draco / Gina
Capítulo 1- O pente
- Que saco pai! Não quero entrar no dormitório sujo daqueles grifinórios!
- Você vai sim Draco! É uma missão para o lorde das trevas.
- Tá bom, tá bom...eu vou. Mas eu preciso de algo de alguém...você sabe, né?
- Pegue de algum jeito, ouviu, mas tem que ser alguém próximo do Potter, viu...
- Eu sei pai, não sou idiota.
- Pois parece! Vá arrumar suas coisas que amanhã terá de acordar cedo. Você vai pra Hogwarts.
- Eu sei, eu sei.....tchau....
E ele se encaminhou para o quarto arrumar suas malas. O dia seguinte seria difícil.
*********
Era de manhã. Os raios de sol iluminavam o quarto da pequena Weasley, a única garota da família. Garota não. Estava indo para o seu quinto ano em Hogwarts, já era quase uma mulher. Ao lembrar que era o dia de regressar a sua escola, Gina levantou-se de um salto e arrumou-se. Harry Potter estava em sua casa, a Toca. Não poderia descer mal arrumada. Penteou os seus lindos cabelos vermelhos e se dirigiu a cozinha.
- Bom dia mamãe, bom dia papai - desejou aos pais ao vê-los na cozinha. Olhou em volta - onde estão todos?
- Eles estão lá fora querida....jogando quadribol, como fizeram as férias inteiras. Vamos, coma isso que daqui meia hora sairemos – disse a mãe enquanto empurrava três torradas para perto da filha.
Gina as devorou em segundos. Subiu as escadas e logo as desceu puxando seu enorme malão avermelhado. Deixou-o ao lado da porta, junto com os outros e saiu para o jardim, onde fazia um belo dia de sol.
Rony havia melhorado muito sua posição de goleiro desde que Harry veio para A Toca. Na verdade, Gina reparou, não deixava uma única bola cair. Ele treinava todos os dias de manhã para não ficar envergonhado novamente no estádio de Hogwarts.
Gina não sabia exatamente o que aconteceria com ela em relação ao quadribol. Ela era apanhadora da Grifinória ano passado, mas era só porque Harry havia sido proibido. Mas agora Umbridge estava expulsa e ela não sabia qual dos dois seria apanhador. Não queria perder o cargo, mas não tinha como comparar: Harry era mil vezes melhor que ela.
- Por Merlin!- disse Hermione a sombra de uma arvore, lendo um livro que Gina não pode ver o título - Como podem gostar tanto de quadribol!? Isso é anormal! Não tocaram em um livro as férias inteiras.
Rony olhou indignado para ela, desceu da vassoura, pegou o livro de suas mãos e logo devolveu a garota.
- Pronto, agora toquei - E subiu na vassoura novamente.
Hermione parecia procurar as palavras certas para dar um sermão no garoto. Mas foi interrompida por Molly:
- Vamos garotos, precisamos chegar a estação cedo!
Gina entrou no trem e logo avistou Luna e Neville e foi se juntar a eles. Neville trazia nos braços um enorme vaso com uma planta maior ainda. Luna estava com um colar piscante no pescoço. Sentaram-se no mesmo vagão que Rony, Hermione e Harry.
Gina olhou seu reflexo na vidraça. Seu cabelo estava com “nuvenzinhas”. Enfiou a mão no enorme malão e de lá retirou um pente vermelho escrito “ Gina ” em letras douradas e arrumou-o ( o cabelo ). Ao ver a garota, Hermione quis fazer a mesma coisa e pediu o pente emprestado, não que fosse adiantar muito. Logo estavam todos tentando arrumar o cabelo, menos Harry, que sabia que, por mais que tentasse, seu cabelo seria despenteado.
- Vai Harry, não custa tentar, de repente ele fica quieto.
- Não adianta Mione, ele sempre foi assim.
- Vai tenta Harry! Meu pente é mágico. – brincou Gina.
- Não vai adiant....- Rony já havia segurado seus braços, o impedindo de fugir. - Me solta Rony!
- Vai Gina! Prende com um lacinho no cabelo dele!
- É pra já!
- Não! Pelamordedeus!!!!
**********
Como iria pegar um fio de cabelo que fosse de um dos amiguinhos do Potter? Seu pai o mataria se soubesse que não o conseguiu até o final do mês. Precisaria de alguma forma de pegá-lo. Draco caminhava pelo corredor do trem enquanto pensava. Nessa hora foi que ele viu através do vidro do vagão um bando de gente tentando passar um pente pelos cabelos de Harry. Isso! Esse pente! Pensou Malfoy. Preciso arranjar algum jeito de pegá-lo. Tive uma idéia, mas ela vai ter que esperar. Só falta dez minutos mesmo pro trem chegar.
Draco voltou ao seu vagão e juntou-se a Crabbe, Goyle e Pansy, sua nova namorada (esta, quando o viu, pendurou-se em seu pescoço). Ele não queria assumir, mas havia uma vozinha o incomodando “Não é ela que você ama, Draco. Essa aí não, jamais. Não sei como pôde suportá-la as férias inteiras”. Ele balançou a cabeça para espantar a vozinha.
Não precisou esperar muito. Logo o trem havia parado e ele pegou seu malão rapidamente e fez o máximo para conseguir esbarrar em quem estava segurando o pente, A Weasley. Ela quase foi ao chão, mas o Weasley a segurou.
- Malfoy, seu idiota.
- Calma Weasley, quem mandou você estar no meu caminho - ela havia deixado o pente cair.
Logo o grupo virou as costas para ele e encaminhou-se em direção a porta. Ele abaixou rapidamente e pegou o pente, antes que o pisoteassem. Pronto, já tinha o cabelo, mas.....calmaí. Qual dos cabelos não era o do Potter? Teria que analisar depois.
Não esperou nem Crabbe, nem Goyle, muito menos Pansy e saiu do trem puxando seu pesado malão porta afora.
Logo após a cerimônia de inicio do ano, Draco foi para o dormitório, analisar o pente. Havia cabelos castanhos claros compridos (Esses são da sangue-ruim), ruivos curtos (Weasley macho), ruivos compridos ( Weasley fêmea), loiros compridos (daquela estranha da Lovegood) e castanhos escuros curtos ( Longbottom ou Potter?). Agora era na sorte, eram muito iguais. Precisava se transformar no Neville com a ajuda da poção polissuco para pegar nas coisas de Harry o que seu pai ( e Voldemort ) tanto queriam. Seu pai não lhe contou. Só lhe disse o aspecto físico do objeto. Claro que ele podia se transformar no Harry, mas seu pai não queria ver seu filho assim, tão bom. Além disso, se alguém o pegasse, de preferência o próprio Potter, este perderia a confiança em um de seus amigos.
- Vamos fazer uni-duni-tê, aquela brincadeira trouxa. Sempre dá certo com eles, por que não funcionaria comigo?- Draco falava para si mesmo- Uni-duni-tê sa-la-mê min-guê....- depois de toda a canção... - o escolhido foi você.- ele apontou para o fio da direita.- Pronto, amanhã no almoço serei Neville Longbottom, e tenho que treinar ser o mais idiota possível.
Draco colocou o fio em um pequeno frasco, arrumou-se e foi se deitar.
********
Gina acordou bem disposta. Abriu seus olhos e logo viu que a cama de Hermione estava vazia. Gina se arrumou e saiu silenciosamente do quarto para não incomodar as outras amigas que ainda dormiam.
Encontrou Hermione na sala comunal lendo um imenso pergaminho e uma coruja estava pousada em seu ombro direito, parecendo esperar uma resposta. Harry e Rony jogavam xadrez de bruxo, Harry perdendo feio. Simas treinava o feitiço convocatório em uma almofada. Havia alguns terceiranistas sentados em roda conversando. O resto do pessoal tomava café da manhã no Salão Principal. A barriga de Gina roncou. Deu um bom dia aos amigos e desceu as escadas. Quando descia as escadas do terceiro andar, que por sinal estava vazio, escutou uma gritaria:
- Como pôde Draco?!! Me trair?!!!- parecia a voz de Pansy. Agora Gina lembrara, ela estava namorando Malfoy.
- Quantas vezes vou ter que repetir Pansy? Eu não te trai com nin....- Era Draco, gritava bem alto e parecia querer terminar a discussão, mas Pansy o interrompeu.
- Se fosse com uma Sonserina até perdoava, com uma lufa-lufa ou corvinal eu dava um tempo, mas com uma grifinória?!!? Eu não esperava isso de você, Draco, de todos, menos de você.- O que? Com uma grifinória?! Quem aceitaria Draco Malfoy? Pensou Gina.
- Ah, Pansy, por Merlin, deixa eu falar? Eu não te trai....
- Mas não é qualquer grifinória, é uma Weasley!
Como? Ela era a única Weasley mulher em toda Hogwarts. E ela sabia que não tinha nem sequer tocado em Malfoy, que história absurda é essa?
- Pansy, você está tirando conclusões precipitadas, aquilo é só...
- É só....? – Gina resolveu dar as caras- Que história ridícula é essa de eu estar com Malfoy, Pansy?
- Agora deu de ouvir conversas, Weasley?
- As que se referem a mim sim. Agora me explique, como Malfoy te traiu comigo? Porque eu não me lembro...- mas Pansy já havia soltado um feitiço em Gina, e essa voara para longe e batera fortemente a cabeça na parede.
- Sua vaca desgraçada! O Malfoy é meu! MEU!!! E você não é ninguém para....
- Pare Pansy, é só um pente! É só um pente. Isso não significa que te trai.
- Então por que ele estava na escrivaninha do seu dormitório?
- Pente?....- Falou Gina molemente, ainda estava meio zonza pela pancada.- que pente..?
- Esse Weasley - Malfoy jogou o pente sobre Gina – Pansy, eu só ia azará-lo para essa daí ficar careca.
- Ah...- falou Pansy voltando ao normal e sorrindo abraçou Malfoy pela cintura - por que não falou antes...?
“Porque não falou antes?...e ainda tem coragem de perguntar...” pensaram Gina e Draco juntos.
- Bom Draquinho, vou para o dormitório depois te encontro no café da manhã – lhe deu um beijo e saiu saltitando horrivelmente pelo corredor até sumir de vista.
Malfoy a observava, logo virou-se para Gina e pareceu apreciá-la. Gina pensou ter visto um pouco de pena em seu olhar, mas olhando bem, era deboche.
- Então tchau Weasley, fique aí - e falando isso, virou as costas e saiu andando lentamente.
Gina tentou levantar, mas não conseguiu. Parecia ter torcido o tornozelo ou coisa parecida. Se apoiou na perna ilesa e se apoiou na parede. Encostou o outro pé no chão e *pof*, caiu novamente. O barulho pareceu ter chamado a atenção de Malfoy, pois ele parou e se virou, a observando tentar se levantar. Não queria perder na frente de Malfoy, ele iria zoar dela pro resto dos anos em Hogwarts. Apoiou-se novamente na perna boa, mancou um pouco, deu uns cinco passos e apoiou-se na parede novamente e escorregou lentamente para o chão. A dor a possuía, mas não choraria, não na frente de Malfoy. Este, caminhou até ela:
- Será que não consegue fazer nada por si só?
- Vai embora Malfoy. Não preciso de você.- disse Gina tentando acalmar-se.
- Pois eu acho que precisa. – e ele ajoelhou-se ao lado da garota.- se quiser ajuda, aproveite agora que ninguém está vindo.
- Não.- ela não poderia aceitar ajuda de um Malfoy.
- PelamordeMerlin, Weasley! Não seja tão teimosa agora! Não consegue dar um passo sozinha.
- Não.- Respondeu. Ele levantou-se, ainda olhando pra ela, passou a mão pelos cabelos loiros, respirou fundo e, sem que Gina esperasse, a carregou.
- Ei! O que pensa que está fazendo? Me Põe no chão Malfoy! Vou te jogar uma azaração! – Gina tentou pegar a varinha no bolso, mas sua posição a impedia.
- Pare de espernear como um bebê! – ele corria em direção a enfermaria – daqui a pouco chegamos, vê se acalma os hormônios aí.
- GRRR! ME PÕE NO CHÃÃÃÃÃO!!! – Gina berrava.
- Calada, alguém pode te ouvir! Não quero ser visto carregando uma Weasley!
- Não fui eu que me pus em cima de você, afinal, porque está fazendo isso?
- Isso se chama dívida bruxa, um dos casos de divida bruxa. Eu te meti em confusão, por causa de mim você não consegue andar e então eu tenho que te ajudar.
- Já é o suficiente, eu consigo chegar até lá....
- Como? Rastejando? Você é muito orgulhosinha pro meu gosto.
- Como tem coragem de me chamar de orgulhosa se você é muito pior? E quem disse que quero agradar os seus gostos?
Haviam chegado na porta da enfermaria. Madame Pomfrey os observava assustada.
- Pois não? O que quer Malfoy, Weasley?- disse ela.
- Acho que torci o tornozelo, Madame Pomfrey. Poderia me ajudar?
- Claro, claro. Tornozelo torcido é super fácil de curar. Vamos senhor Malfoy, a coloque nessa cama aqui. - Disse ela apontando para uma cama e pegando uma poção. Malfoy a jogou delicadamente (?) na cama e ficou olhando para Madame Pomfrey.- Tire o sapato senhorita Weasley – Gina obedeceu.- oh, não....acho que não torceu o tornozelo não....- e correu para a estante procurando outra poção.
Gina olhou para sua perna. Sua pele parecia levemente esverdeada, parecia pulsar e Gina percebeu que a dor não era a mesma de torcer o tornozelo, parecia uma azaração.
- O que é que eu tenho?- perguntou Gina à Madame Pomfrey.
- Nada incurável. Poderá sair daqui amanhã.- ela agora misturava dois líquidos verdes que se tornaram rosas com a junção.- Mal começa o ano e já tem gente na ala hospitalar....o que você andou fazendo senhorita Weasley? – Perguntou um pouco distraída.
-........- Gina se calou durante alguns segundos. Olhou para Malfoy buscando apoio, mas este parecia querer evitar seu olhar. Resolveu mudar de assunto.- Eu tenho aula hoje! Não posso faltar!
- Sorte sua ser o primeiro dia que é só farra. Pior seria se fosse no dia dos NOM’s.- ela molhou um pano num líquido e entregou-o a Malfoy - Vamos, me ajude aqui. Enrole isso no tornozelo dela por favor.
Ele olhou para a garota um pouco espantado, parecia ter ficado corado. Aproximou o pano da perna da garota, depois afastou-se, olhou para Gina e lhe jogou o pano.
- Ponha você Weasley....tenho que ir. Daqui a pouco começam as aulas. Tchau.- ele nem olhou para elas e se dirigiu a porta. Dois segundos depois virou-se e mirou Madame Pomfrey - e a senhora.....se alguém perguntar....não fui eu que a trouxe aqui, tá?
- Se o senhor prefere assim...- ela pareceu não dar a mínima importância. Ele saiu e ela continuou a frase - ...mas que é estranho é....grifinórios e sonserinos...
N/A: Olha gente, um avisinho básico aqui: Esse fanfic é escrito pela Giovana (Otaku Girl: Gi_Chii), mas quem publica sou eu, TutiMaru (ou Boke_chan, meu nome de autora), a autora de “Sentimentos Modificados”, “O Dom e a Vagabunda” e “Eu tentei te avisar...”. A Realidade é que a Gi está sem Internet, mas como eu amo o fanfic dela, ela me deu permissão para publicá-lo aqui. Outra coisa, os comentários enviados por e-mail, vão para o meu e-mail, mas TODOS são passados diretamente para ela (Gi), então sugestões, dúvidas ou pedidos podem enviar ali nos comentários.
Obrigada. Tutimaru =^ ^=
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