The end or just the begin.



CAPITULO X


Uma semana mais tarde, Luna estava trabalhando na mesa de recepção, atendendo a um homem que havia perdido a bagagem durante o vôo e estava desgostoso porque acreditava que jamais a encontraria.
— Não tenho sequer uma escova de dentes — dizia, sem parar.
— O senhor pode comprar o que achar necessário, mas a companhia prometeu localizar a bagagem e mandá-la para cá o mais breve possível.
— Não tenho sequer uma escova de dentes — repetiu o homem, passando as mãos pelos cabelos.
Havia alguém atrás dele. Luna estava concentrada no rosto do infeliz hóspede, mas, pelo canto dos olhos, percebia uma morena que fazia sinais, procurando chamar a sua atenção. Era Pansy. Luna desviou os olhos, contrariada.
— Estou certa de que a companhia cumprirá a palavra, senhor. Não se preocupe. Assim que se comunicarem conosco, eu o avisarei.
— Não tenho sequer uma escova de dentes — continuou dizendo, enquanto se afastava.
— Preciso falar com você. — Pansy aproximou-se da mesa.
Luna deu de ombros.
— Desculpe, estou trabalhando e não temos nada para conversar.
Pansy encostou-se na escrivaninha, exibindo unhas pintadas de vermelho vivo.
— Está surda? Disse que preciso falar com você e tem que ser agora!
— Estou ocupada.
Luna não levantou a voz, mas o seu rosto mostrava uma calma obstinação.
— Arranje alguém para substituí-la. — Pansy olhou em volta e viu Cho conversando com o porteiro. — Aquela moça trabalha aqui, não? Peça a ela.
— Cho está de folga.
— Pelo amor de Deus!
Pansy virou-se e caminhou na direção de Cho. Luna olhou para ela, furiosa. Quem pensava que era? Pansy falou com Cho e esta sorriu, parecendo surpresa e curiosa. Voltaram juntas.
— Tomarei conta da mesa para você, Luna. Vocês podem conversar no escritório.
Luna não tinha intenção de discutir o assunto na frente de Cho. Silenciosamente, dirigiu-se para o escritório, atrás da recepção. Quando Pansy fechou a porta, Luna olhou-a friamente.
— Então?
— Se você continuar com essa atitude, não conseguiremos ir muito longe. — Os grandes olhos castanhos da outra retribuíram sua frieza.
— Não sei por que está aqui.
— Se você se recusa a ouvir, como posso contar?
— Estou ouvindo. Fale.
— Blaise está doente — disse, num fôlego só.
— Procurem um médico.
— Que diabo! Você é de morte! — resmungou Pansy, encarando-a. — Sabe o que quero dizer. Ele não come, não faz nada, fecha-se sozinho, o dia todo, está com péssima aparência.
— Ele não é problema meu.
— Esse é exatamente o ponto. — Os cabelos castanhos brilhavam contra a luz da janela. Pansy apanhou uma pasta de papelão de cima da mesa e olhou para ela distraída, sem realmente vê-la. — Está louco por você, a ponto de perder o juízo.
— Isso não vai demorar muito. Ele acaba esquecendo.
Recusava-se a ouvir qualquer coisa e analisá-la em profundidade. Fechava sua mente e não queria raciocinar sobre o que Pansy lhe dizia. Não pretendia ser envolvida novamente naquela confusão de sentimentos que a atormentavam. Depois da última vez que vira Blaise, empenhara-se em afastar toda e qualquer recordação, recusando-se a pensar nele. Pansy colocou a pasta sobre a mesa.
— Ele não me contou muita coisa, mas eu o conheço bem.
Luna olhou para ela, com arrogância.
— Então, console-o você.
Os olhos de Pansy brilharam de satisfação, e Luna corou. Estava furiosa consigo mesma por aquela reação espontânea. Sabia que sua voz traía o ciúme que sentia.
— Escute, nunca representei algo importante para Blaise — disse a outra com franqueza. — Oh, tivemos um breve caso há alguns anos, mas, quando percebi que só eu estava interessada, afastei-me. Não quis perder o meu tempo com um homem que parecia nem sequer me ver.
— Uma decisão muito inteligente.
— Blaise sempre teve um mau conceito, por assim dizer, sobre as mulheres. Ele é uma boa companhia, e às vezes até mesmo encantador, mas, no fundo, não passa de um cínico. Sabe, a mãe dele...
— Sei de tudo isso — interrompeu Luna.
—- Sabe? Ele contou a infância triste que teve? Uma vez ou outra a mãe surgia com grande estardalhaço, trazendo-lhe braçadas de presentes caros e prometendo levá-lo com ela para Paris ou Nova York. Depois, desaparecia novamente, sem uma palavra. Blaise passou a detestá-la. E ainda detesta.
Luna ouvia, perturbada.
— Posso entender isso.
— Eu também — disse Pansy. — Pobre Blaise! Mas quando cresceu, percebeu que era um privilegiado. Todas as mulheres pareciam entrar na fila, interessadas nele. Ainda é assim. Quando me falou de você pela primeira vez, pensei que fosse uma garota se fazendo de difícil. Confesso que fiquei surpresa ao conhecê-la; mas as mulheres nunca se vêem da mesma forma que os homens, não é? Resolvi que Blaise devia saber o que você realmente desejava.
— Ele nunca soube, nem vai saber.
Luna sentia um vulcão por dentro. Blaise estava longe de compreendê-la. Tinha estado muito ocupado enxergando-a da única forma que desejava vê-la.
— Para ser franca, conversei sobre o assunto com o meu namorado. Ele me aconselhou a não interferir.
— Devia ter seguido o conselho.
— Ele não gosta de Blaise — disse Pansy, sorrindo.
— Posso imaginar por quê.
— Mas, mesmo antes de me ligar a Harry, deixei de pensar em Blaise dessa forma. E com muito mais razão, depois. Estou mesmo apaixonada por Harry. Acho que ele é o homem certo para mim. Entende o que quero dizer?
Luna acalmou-se, vendo o sorriso de Pansy.
— Sim, entendo muito bem.
— Blaise é apenas um velho amigo, e gosto dele. Houve um tempo em que me perturbou muito. Mas, agora, a única coisa que sinto por ele é uma grande amizade.
— Aprecio o que está tentando fazer, mas não vou mudar de idéia.
— Não acredito. Você não é indiferente ao Blaise, não finja.
— Eu não disse que era indiferente — respondeu Luna, zangada. — Eu o odeio!
— Oh, compreendo... compreendo — comentou a outra, sorrindo.
Luna não gostou daquilo.
— Não é nada engraçado!
— Não sei. Tudo pode ser engraçado, depende do ângulo.
— Pode ser para algumas pessoas.
— Não acha que a vida é, em parte, uma brincadeira?
— Nunca pensei assim.
— Talvez seja por isso que conseguiu enfeitiçar Blaise. Embora ele finja rir de tudo que vê, sempre suspeitei que, no fundo, ele também não acha graça. Como você.
Luna tornou-se séria, franzindo as sobrancelhas.
— Blaise leva a vida muito a sério — garantiu Pansy.
— Sei que ele se leva muito a sério — respondeu, amarga.
— Mas todos os homens não são assim?
— Não. Absolutamente, não. Esse é o mal das generalizações.
— Santo Deus, ouvir você, Luna, é a mesma coisa que ouvir Blaise! Têm muito mais em comum do que imagina.
Luna sentiu-se exausta de repente. Não queria mais falar sobre Blaise. Seus olhos ficaram marejados de lágrimas, só de pensar nele.
— Preciso voltar ao trabalho — disse, afastando-se da mesa. — Sinto muito, mas não há mais nada a dizer.
— Vá ver Blaise — insistiu Pansy, colocando-se entre ela e a porta.
Luna sacudiu a cabeça.
— Não se incomoda que ele esteja nesse estado por sua causa? — A outra agora parecia irritada, acusadora. — Não vou ficar parada, vendo-o se consumir em desespero.
— Não seja absurda — explodiu Luna, desviando-se para alcançar a porta. Abriu-a, o que fez Pansy praguejar alto o suficiente para atrair a atenção das pessoas, que olharam para dentro. Luna corou. Cho, espantada, ficou parada, de boca aberta.
— Escute — disse Pansy, aproximando-se e baixando a voz. — Que tal se encontrar com ele em terreno neutro? Que mal pode haver nisso? Venha jantar comigo e Harry, e eu convidarei Blaise.
— Não.
— Não responda nada ainda, pense no assunto. — E a morena foi embora.

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Na manhã seguinte. Luna atendeu ao telefone para ouvir Pansy perguntar se tinha pensado sobre o jantar.
— Pare de me aborrecer!
— Aceite o convite que eu paro. Blaise está atingindo o fundo do poço. Os amigos devem fazer mais do que bater nas costas, dizendo que não há de ser nada. Eu disse a Blaise que fosse ver você e insistisse, até conseguirem conversar. Mas ele apenas sacudiu a cabeça e declarou que você jamais o perdoará. Não sei o que Blaise lhe fez, mas ele é de carne e osso, como todo mundo, e você o está magoando profundamente.
— Cuide da sua própria vida e me deixe em paz! — explodiu Luna, desligando.
Embora Pansy não tivesse ligado novamente, ela não conseguiu mais afastar da mente a idéia de Blaise vivendo num inferno. Sabia o que era isso. Já havia se sentido assim também. Na verdade, ainda se sentia. Aquele pensamento perturbou-a. Tanto ela quanto Blaise estavam na maior fossa, mas separados e solitários, e isso, de repente, pareceu-lhe uma tolice incrível.
— A vida é curta demais — resmungou Cho, depois de passar vinte minutos ouvindo um hóspede reclamar da qualidade do serviço do hotel. — Será que ele não tem nada melhor para fazer? Eu tenho.
A vida é curta demais, pensou Luna, enquanto saía para almoçar. O tempo era o inimigo. Era como a maré avançando pela terra. Blaise havia se comportado de forma abominável, e prometera a si mesma jamais perdoá-lo. Mas aquilo tudo parecia ter acontecido há muito tempo. Tinha ido para a Inglaterra para ser dona do próprio futuro. No entanto, ela o estava desperdiçando, cada vez que se recusava a encarar o único fato verdadeiro naquela situação.
Amava Blaise, embora não desejasse isso. Ele não lhe dera motivo para que o amasse. Pelo contrário, tinha feito tudo para que o odiasse. Mas o amor não procura motivos. Tem suas próprias razões e suas próprias motivações.
Caminhava pela rua vagarosamente, distraída com seus pensamentos e sem fome. Por um momento, pensou estar sendo seguida. Pelos vidros das vitrines vislumbrava a imagem de um homem alto acompanhando-a a uma distância razoável. No momento em que ele se aproximou um pouco mais, ela teve certeza: era Blaise.
Atravessou a rua. Não olhou em volta, mas sabia que Blaise a seguia como sua sombra. Entrou numa livraria. Blaise comportava-se como um espião, o corpo alto tentando parecer invisível. Luna escolheu um livro, ao acaso.
Tomou o caminho de volta para o hotel, com ele em seus calcanhares, como um cão perdido, sem se aproximar o suficiente para ser visto. Luna fingia não perceber. Dava-lhe uma impressão patética, mas talvez fosse essa mesma a sua aparência: os ombros largos um tanto curvados, enquanto a acompanhava; os olhos fixos nela, de tal forma que, por diversas vezes, quase derrubava alguém que passava. Percebeu quando uma senhora idosa reclamou, com impaciência, e Blaise, encabulado, resmungou algumas desculpas.
Uma nova tática, pensou, entrando no hotel. Mas quanto daquilo seria só uma tática e quanto haveria de verdade? Blaise pretendia tentar falar com ela? Ou queria apenas vê-la?
Pansy telefonou novamente no dia seguinte.
— Não vou desistir — anunciou. — Continuarei insistindo, até que concorde.
— Por que não cuida da sua vida? — respondeu Luna, brusca.
— Se você percebe que está para acontecer um acidente, não tenta impedir? Para mim Blaise é, sem dúvida, um sério candidato a um acidente.
— Se eu o vir novamente ... — começou Luna.
Pansy interrompeu, ansiosa:
— Só uma vez. É tudo que ele deseja: uma oportunidade para falar com você.
— Por que é que ele não pode aceitar um não como resposta? — murmurou Luna.
— É justamente isso. Está perdendo a esperança. Mas detesto vê-lo nessa situação.
— Você, na verdade, pensa muito nele, não é? — disse Luna, furiosa.
— Sim, penso muito nele.
— Imagino que o seu Harry não goste muito disso.
— Ele sabe que Blaise é um velho amigo, pelo qual farei o que for preciso. Nada mais do que um amigo. Você não o conhece bem. Do contrário, já teria percebido que precisa de ajuda.
Luna suspirou.
— Conheço-o muito bem. Bem demais.
— Gostava de Blaise como ele era, antes de encontrar você — disse Pansy, com hostilidade. — Era cheio de vida, você o esmagou feito um rolo compressor.
— Ele mereceu isso.
— Que mal pode haver num pequeno jantar para quatro? Juro que Harry e eu estaremos lá. Palavra de honra. Desta vez, sem truques.
Luna hesitou e Pansy, percebendo isso, insistiu:
— Por favor.
— Oh, está bem.
Luna respirou fundo, com uma sensação de fraqueza, sabendo que a outra insistiria sempre, até conseguir o que queria.
— Quando é a sua próxima noite de folga?
Luna disse e Pansy deu o seu endereço.
— Às oito horas?
Luna concordou. Sabia que ia se arrepender, mas agora não podia mais voltar atrás.
O dia seguinte amanheceu chuvoso. Luna aproveitou o intervalo do almoço para comprar um vestido novo. As roupas que trouxera da Grécia não eram bastante quentes. Escolheu um vestido de lã azul, de saia pregueada, para usar na noite em que devia jantar na casa de Pansy.
No dia marcado, Luna tocou a campanhia da casa de Pansy, às oito horas em ponto. Foi recebida com um enorme sorriso.
— Ah, você veio. Obrigada!
Luna entrou e Pansy continuou falando:
— Não estou certa se Blaise virá. Ele não anda muito bem. Também fiquei com medo de você mudar de idéia, por isso, não quis dar falsas esperanças a ele e não lhe contei nada.
Luna ficou espantada.
— Como? Ele não sabe que eu viria?
— Será uma surpresa.
— Você parece gostar muito dele — observou Luna, ferina.
Pansy ficou sem graça.
— Oh, desculpe. Pensei estar bancando o cupido, tentando reunir namorados brigões.
— Pois pode jogar fora o arco e a flecha — Luna falou, arrogante, e um homem riu atrás dela.
— Esse é o Harry — disse Pansy, passando o braço pelo dele.
— Olá. Então é você a causa dos problemas de Blaise? Prazer em conhecê-la.
Era alto, magro, com os cabelos escuros, crespos e rebeldes, os olhos de um verde muito observadores. Luna simpatizou com ele imediatamente.
— Venha tomar um aperitivo — sugeriu Harry. — O que prefere? -- Indicou o caminho para a sala de estar e Luna sentou-se ao lado de Pansy no sofá de couro.
— Cherry, obrigada.
Pansy elogiou a elegância de Luna.
— É bonito, muito bonito esse seu vestido. O que está achando do tempo? Deve ser bem diferente do da Grécia.
— É claro que na Grécia é diferente — caçoou Harry. — Mas não nos queixemos do clima inglês; tivemos um outono perfeito.
A campainha tocou e Luna ficou tão nervosa, com as mãos tão trêmulas, que um pouco do cherry caiu em sua saia. Ela pôde ocupar-se, enxugando com um guardanapo de papel. Pansy levantou-se para abrir a porta.
Pouco depois ouviram a voz dela, nervosa e rápida.
— Você está ensopado! Como se molhou assim?
— Se você não sabe, está chovendo — respondeu Blaise, e sua voz fez os nervos de Luna ficarem tensos.
— Mas o que você andou fazendo? Nadando? Esse casaco está encharcado! Não veio de carro?
— Está tudo bem — disse ele, entrando na sala. Parou, espantado, e empalideceu. Luna olhou para ele, confusa. Os cabelos negros estavam colocados na cabeça e os maxilares apertados.
— Ora, que surpresa... — começou.
— Luna veio jantar conosco — interrompeu Pansy.
— Foi sua a idéia? — perguntou Blaise, olhando para ela, friamente. — Pensei que tinha pedido para não interferir.
— Aceita uma bebida, Blaise? — ofereceu Harry.
Mas ele pareceu não ouvir. Virou-se para Luna e perguntou:
— Como Pansy conseguiu trazê-la aqui? Precisou usar alguns truques? Sinto muito, não sabia de nada, desta vez. Juro que não sabia.
— Eu sei — murmurou Luna.
Harry e Pansy saíram da sala sem que os dois percebessem. A porta fechou-se mansamente. Luna olhou para cima e seus olhos encontraram os de Blaise, enfeitiçados.
— Você está maravilhosa — disse, emocionado.
— Obrigada — respondeu, um tanto trêmula.
Num gesto impulsivo, ajoelhou-se ao lado dela e beijou suas mãos. Ela não as retirou e o observou com o coração disparado; as batidas pareciam encher a sala. Devagarinho, acariciou aqueles cabelos negros, alisando-os para trás.
— Não me odeie, Luna — ele murmurou, rouco. — Sei que mereço, mas não faça isso. Você me deixou amargurado durante semanas. Já paguei caro pelo que lhe fiz. Devo continuar sofrendo pelo resto da vida? Amo você. Acho que morreria se soubesse que nunca mais a teria em meus braços.
Luna sentiu-se dividida entre a agonia e a felicidade.
— Não vai me dizer alguma coisa? — Blaise beijava suas mãos, devagar, mas com paixão. — Diga alguma coisa. Qualquer uma. Quero ouvir a sua voz!
Docemente, num sussurro, ela apenas pronunciou o nome dele. Blaise abraçou-a e seus lábios se uniram num beijo apaixonado. Quando, finalmente, se afastou dela, foi para encontrar seus olhos cheios de amor.
— Querida, não imagina como eu precisava disto. Não tenho palavras para explicar.
Na ansiedade, ela percebia agora o amor verdadeiro. Desta vez não havia razão para odiá-lo. Olhou para ele, com o sorriso confiante de uma mulher que se sabe amada.
Ele acariciou seus cabelos, enlevado.
— Perdoe, querida. Mereci o sofrimento. Falava de amor, quando, durante todo o tempo, estava interessado só em sexo. Você tinha razão sobre isso, não admitia estar realmente apaixonado, até quando achei que era tarde demais.
— Não é tarde demais, Blaise.
— Quer casar comigo? Acho que não suportaria ficar longe de você, nunca mais.
— Sim — respondeu, e seus lábios se encontraram novamente.
Ouviram uma batida leve na porta. Era Pansy. Parou junto à porta e olhou para os dois, satisfeita por vê-los abraçados.
— Então, tudo certo?
— Devia torcer seu pescoço — disse Blaise, rindo e brincando com ela. — Sempre se metendo onde não é chamada!
Encantada e envaidecida, ela sorria.
— E vocês dois podem descer do mundo da lua para pensar em comida agora?
Blaise virou-se para Luna.
— Está com fome, querida?
— Morrendo.
— Mesmo os amantes têm fome — brincou Pansy.
— Iremos num minuto, Pansy.
Quando a porta se fechou. Blaise beijou a ponta do nariz de Luna.
— Só quero dizer mais uma coisa, enquanto estamos a sós.
— Estou ouvindo — respondeu Luna, admirando as linhas másculas daquele rosto.
— Adoro você — murmurou, e começou a beijá-la novamente.

FIM~*

~*~

That's it, guys!

A fic chegou ao final.
Depois de muitas enrolações, risas e lagrimas, ela finalmente teve seu fim.
Espero que todos vocês tenham curtido bastante.

Beijos e até apróxima.
;*



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